9 de jan. de 2010

ENTREVISTA DE DOMINGO: Luiz Seki


Presentes nos bons momentos da vida de milhares de mourãoenses ao longo das últimas décadas, o mandaguariense de nascimento e mourãoense de coração desde 1953, fotógrafo e empresário Luiz Seki, é o nosso convidado desta ENTREVISTA DE DOMINGO. Trata-se de uma homenagem aos fotógrafos na pessoa deste profissional que embora discreto e tímido, capturou milhares de imagens da sociedade mourãoense através das suas lentes nos eventos realizados nos últimos 37 anos. Sempre presente, registrando através de fotos e vídeos, momentos de casamentos, aniversários, batizados, primeira comunhão e crisma, entre outros, ele é uma figura conhecidíssima e faz parte de uma família íntegra que venceu e está vencendo sob o princípio da honestidade, com muita dedicação, trabalho e profissionalismo, e é claro, bom relacionamento e um vasto círculo de amigos.
Luiz Seki conta um pouco da sua história e fala como foi sua jornada para chegar até o momento atual, com 37 anos de atividades fotográficas.
QUEM É LUIZ SEKI? Sou o único filho homem do casal Tatsuo e Kekio Seki – tenho cinco irmãs: Mitika, Lúcia, Odete, Celina e Terezinha. Nasci em Mandaguari há 60 anos e dois meses, nasci no dia 7 de novembro e com quatro anos vim para Campo Mourão, porque o meu pai veio trabalhar com fotografia aqui nesta terra.
É VERDADE QUE O SEU PRIMEIRO NOME NÃO É LUIZ? É verdade, fui registrado e está na minha certidão de nascimento "Tadanori Seki", mas fui batizado aos quatro anos como Luiz; quando comecei a estudar no Colégio Santa Cruz ficava esquisito ouvir “Tadanori”, daí, naquele tempo passei a ser chamado de “Luizinho”. Fui crescendo e todo mundo me chamava de Luiz, fiquei sendo o “Luiz do Foto Seki”.
ONDE E COMO FOI SUA INFÂNCIA? Até os quatro anos em Mandaguari, depois em Campo Mourão, aqui ia ver o pessoal jogar bola lá perto do Fórum, ia pescar e brincar no Rio do Campo; nadar, pescar, quanta travessura fiz na época.
COMO O SENHOR SE DEFINE? Sou tranqüilo, uma pessoa realizada, que nunca tirei férias de mais de uma semana na vida. Sou muito tímido, tenho amigos e gosto muito do que faço, por isso sou uma pessoa feliz. –Sua irmã Lúcia que com ele convive diariamente, o define como “uma pessoa trabalhadora, determinada, tímida, de pouca conversa e um coração enorme”
QUAL FOI SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL? Meu pai montou o Foto Seki em 1953 em Campo Mourão atendendo na nossa casa com estúdio e tudo– as pessoas tinham que chegar e apertar a campainha para ser atendidas. Por incrível que pareça, nunca pensei em trabalhar com fotografia. Meu primeiro emprego foi na Prefeitura como auxiliar administrativo na época do prefeito Dr. Milton Luiz Pereira. Depois fui servir o Exército em Curitiba e de lá fui para São Paulo morar com um parente no bairro da Lapa, onde comecei a trabalhar com fotografia. O que eu ganhava não pagava o custo, então decidi voltar para Campo Mourão.
E COMO FOI ESTA SUA VOLTA PARA TRABALHAR COM SEU PAI? O pai tinha o foto na Rua Brasil, era uma casa de madeira, depois ele comprou um terreno onde hoje é o Fruto Maduro. No início eu não tinha máquina profissional e não tinha estrutura. Lembro bem de uma grande alegria quando fiz minha primeira compra de material em Maringá (pincel, papel, química) para relevar fotos e de lá para cá passaram-se 37 anos, fomos evoluindo e acompanhando as mudanças para atender os nossos clientes.
O QUE O SENHOR FOTOGRAFAVA ANTES? E AGORA? O nosso forte sempre foi registro fotográfico de casamentos, aniversários, batizados, primeira comunhão e crisma; mas tinha também a cobertura dos bailes sociais e de Carnaval, que em décadas anteriores eram em grande quantidade. Era uma correria só, saía de um evento e ia para o outro, e vinha direto para revelar e copiar as fotos. Muitas e muitas vezes a gente nem dormia, tudo para copiar e entregar as fotos o mais rápido para os clientes. Hoje continuamos a fotografar e filmar casamentos, etc. Mas, com a máquina digital ficou mais difícil, pois a maioria tem uma, salva direto no computador e nem todo mundo traz para revelar.
O SENHOR TEM IDEIA DE QUANTOS CASAMENTOS FOTOGRAFOU? Não, não tenho a mínima ideia, só sei que foram muitos eventos nesses quase 40 anos, acompanhamos e testemunhamos a alegria e os bons momentos de muitas e muitas pessoas de Campo Mourão e região, inclusive, estive no seu casamento Ilivaldo com a Rosângela, há 18 anos e também nos batizados dos seus filhos Ilana e Ricardo, só para citar um exemplo. Nós ficamos felizes com a alegria e a felicidade do amigos e clientes. Para se ter uma ideia já estamos fotografando e vendo a alegria de uma terceira geração de mourãoenses.
QUAL SEU ESPORTE PREFERIDO, TIME DO CORAÇÃO E IDOLO? O meu hobby é pescaria, não sou muito ligado em futebol, mas sou santista e o melhor jogador de todos os tempos é o craque Pelé, que estava no auge quando eu era adolescente.
Luiz e Mauro Simões, curtindo pescaria. Quem bateu a foto? Máquina automática?
QUAL PROJETO GOSTARIA DE REALIZAR QUE AINDA NÃO FOI? Praticamente realizei todos, no início o que eu queria mesmo era ser engenheiro civil, mas a vida foi me direcionando para essa área de arte. Sou uma pessoa realizada. Talvez, se tivesse entrado na engenharia não fosse bem-sucedido. Ao lado de sua irmã Lúcia, companheira do dia-a-dia no Foto Seki
QUAL É NA SUA OPINIÃO O SEGREDO PARA SER UM BOM FOTÓGRAFO? Hoje ficou mais fácil, muita gente tem máquina digital, mas um bom fotógrafo é aquele que, por exemplo, antes da digital, sabe verificar o uso do flash, da velocidade, da abertura e da distância, para tirar uma boa fotografia e com qualidade.
SER FOTÓGRAFO É.... não ter vida fácil, muitas vezes não ter vida social, às vezes o trabalho é um lazer e em outros, o lazer é um trabalho.
ÉTICA EM UMA FRASE É... respeitar o outro como gostaria de ser respeitado.
CITE PERSONALIDADES ESPORTIVAS DE CAMPO MOURÃO? A família dos Tagliari e um dos seus filhos, o Itamar Tagliari. Muito do que Campo Mourão é conhecida no Paraná e no esporte deve-se à Família Tagliari.
Uma das equipes da Associação Tagliari na década de 70
CITE PERSONALIDADES, FORA DO ESPORTE EM CAMPO MOURÃO? Vou citar duas: o ex-prefeito Dr. Milton Luiz Pereira e o presidente da Coamo, Dr. Aroldo Gallassini.
A CAMPO MOURÃO DO PRESENTE É... Uma cidade bonita e gostosa para se viver, com povo amigo e hospitaleiro. Tem belas paisagens e um traçado que é elogiado por todos os visitantes. Gosto muito da Catedral, do Bosque, pontos turísticos da nossa cidade.
Homenagem do Rotary pela passagem do Dia do Fotógrafo
A CAMPO MOURÃO DO FUTURO SERÁ? Espero e torço para que seja muito melhor do que é hoje, que tenha maior crescimento e desenvolvimento, com mais empregos e uma consolidação nas áreas industrial e educacional.
O GOVERNO NELSON TURECK É... Bom, ele é um bom político, é um “bagre ensaboado”.
QUAL O SENTIMENTO DE RECEBER ESTÁ HOMENAGEM E PARTILHAR UM POUCO DA SUA VIDA E DA SUA HISTORIA? Fico feliz em ser lembrado, isso me deixa muito contente, porque sou uma pessoa tímida e confesso que nunca dei uma entrevista como essa. Foi muito bom, pois lembrei de muitas coisas em minha vida.
Luiz e sua irmã Celina, em um dos raros eventos em que eles não estavam trabalhando
QUAL O RECADO PARA OS LEITORES DO BLOG?
Seja honesto em tudo, cumpra com o seu dever e trabalhe fazendo o que gosta, assim terá muito sucesso e será um cidadão digno e respeitado.
Nota do BLOG: Obrigado Luiz, uma bonita história de vida e de sucesso. Obrigado a equipe do Foto Seki e a Família Seki.

3 comentários:

  1. ilivaldo, estou de ferias mas nao pude deixar de ler a entrevista do Luis, que participou em todos os momentos importantes de minha vida, sempre registrando tudo...parabens a vc < lus...e valeu a lembranca dele , ilivaldo... a familia Seki faz parte da nosa historia...getulinho, o Nene, como o Luis me chama.

    ResponderExcluir
  2. Um abraço fraterno ao amigo Luis!
    Deus o abençoe!

    ResponderExcluir
  3. Parabéns aos dois, Ilivaldo e Tadanori Seki, pela excelente entrevista de domingo.
    Nunca pensei que teria um xará Tadanori!!! hehe
    Admiro e respeito muito a família Seki. Lembro de quando acompanhava minha mãe no salão de beleza deles, de quando ia tirar fotos com meus irmãos (tem uma clássica dos anos sessenta, sentado num cavalinho de madeira...), depois com minhas filhas e agora vou com as netas...
    Tadanori é exatamente como definiu a Lúcia: um homem com um coração enorme.
    Pena que o Luiz, não o Tadanori, não aprendeu a jogar truco. hahaha
    abraços!
    Luizinho Ferreira Lima

    ResponderExcluir