Com Mirassol e Ponte Preta como surpresas ao vencer São Paulo e Santos, será neste domingo a rodada das semifinais do Paulistão 2020.
A Federação Paulista anuncia que o Mirasol jogará às 16 horas contra o Corinthians em Itaquera e a Ponte Preta enfrentará o Palmeiras às 19 horas no Allianz Parque.
Para os grandes da Capital, favoritismo, porém devem ficar ligados pelas façanhas dos times do interior, principal do time de Campinas, que derrotou o Santos de virada na Vila Belmiro. Haja emoção!
Jornalismo com informação e credibilidade. Valorizando nossa gente e nossa terra.
31 de jul. de 2020
EVANGELHO DO DIA sexta-feira, 31 de julho 2020
Evangelho- Mt 13,54-58
Naquele tempo: Dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: 'De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?' E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: 'Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!' Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé. Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
Naquele tempo: Dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: 'De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?' E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: 'Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!' Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé. Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
30 de jul. de 2020
29 de jul. de 2020
EVANGELHO DO DIA 27 de julho 2020
Evangelho
- Jo 11,19-27 – Santa Marta
Naquele tempo, Muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão. Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. Então Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele to concederá". Respondeu-lhe Jesus: "Teu irmão ressuscitará". Disse Marta: "Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia". Então Jesus disse: "Eu sou a Ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?" Respondeu ela: "Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo". - Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor!
- Jo 11,19-27 – Santa Marta
Naquele tempo, Muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão. Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. Então Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele to concederá". Respondeu-lhe Jesus: "Teu irmão ressuscitará". Disse Marta: "Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia". Então Jesus disse: "Eu sou a Ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?" Respondeu ela: "Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo". - Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor!
28 de jul. de 2020
DIA DO AGRICULTOR: O HOMEM DO CAMPO é um forte (Parte 2)
"As
sementes lançadas ao solo a cada nova safra têm expectativas de êxito e do desenvolvimento no momento certo para o homem do campo ter renovada sua esperança em colher muito bem sua produção como recompensa pela incansável dedicação na labuta diária de produtor de alimentos.
O
homem do campo, o agricultor é forte! É um homem de fé, que tem desejos
imensuráveis de partilha e felicidade, não só para si, mas também para seus
familiares, vizinhos, amigos e companheiros de labuta, que com ele estão lado a
lado na sua jornada.
O homem
do campo é otimista por natureza e tem suas esperanças restauradas a exemplo do
que acontece com a Primavera, quando vemos as folhas já caídas darem lugar a
beleza e a novas cores, alegres e sugestivas que fazem bem a todos e ao meio
ambiente.
O
agricultor, o homem do campo é um forte! Forte porque planta sempre uma nova safra e
não perde o ânimo nunca, acreditando em clima favorável com chuva e sol na
medida certa sob a proteção divina. E com persistência e fé inabalável, espera ver ao vivo e em cores
a evolução das suas lavouras, semeadas em solo fértil e o resultado de altas produtividades.
Para isso, o uso da tecnologia atualizada faz com que o homem do campo seja antes de tudo,
um ser que acredita e sabe o que está fazendo, na busca incessante da perfeição
e do máximo potencial produtivo de suas lavouras.
O
agricultor, o homem do campo, anseia e luta para ver não só os seus sonhos
realizados com uma excelente produção, mas também que suas metas traçadas sejam
superadas a cada nova com produtividades fantásticas.
O
homem do campo é um forte, porque acredita e trabalha para que os frutos do seu
trabalho sejam recompensados, em razão da sua imensa dedicação, entusiasmo,
inovação, persistência e desejo de vencer, na busca da concretização das suas
conquistas no ambiente produtivo rural.
O
homem do campo é um forte. É um forte porque tem vocação e amor à sua terra, é
um ser sempre apaixonado, corajoso, esperançoso e persistente, que acredita na
graça de Deus para que suas safras sejam sempre mais abençoadas e produtivas, remunerando
assim o seu trabalho e colaborando para alimentar a fome de milhares de
pessoas em todo o mundo.
Por
tudo isso e muito mais, sinto orgulho do homem do campo e agricultor, e como
neto de dois agricultores cooperativistas fundadores da Coamo, com todo respeito e admiração, eu tiro o chapéu
para o homem do campo agricultor."
Ilivaldo
Duarte, cooperativista, neto de agricultores cooperativistas, mourãoense, jornalista e membro
da Academia Mourãoense de Letras, fundador da cadeira nº 28.
DIA DO AGRICULTOR: O HOMEM do campo é um forte (Parte 1)
"O
homem do campo, o agricultor é forte! É um homem de fé, muito importante
para o desenvolvimento e sucesso da agricultura e economia do nosso país.
O
homem do campo, o agricultor é um forte. Forte, porque acredita, tem vocação e
amor à sua terra, sendo um apaixonado pelo que faz.
É forte, porque faz a sua
parte e cumpre a sua missão, independente do governo ou mesmo do clima, que é
fator imprescindível para o sucesso da safra.
O homem do campo é otimista e com
esperanças renovadas, lança suas sementes em solo fértil acreditando na boa
germinação, precedendo uma promissora colheita.
Colheita com boas produtividades é a expectativa do homem do campo a cada nova safra. Um prêmio pelo seu trabalho, entusiasmo, inovação e investimento, atuando
sempre com muito afinco e determinação almejando conquistas na produção rural.
O
homem do campo, o agricultor é um forte! Forte, porque sabe que do seu suor e
labuta diária de sol a sol depende a produção de alimentos e assim, a certeza
de que milhões de pessoas serão alimentadas e terão a sua fome saciada, de
Norte a Sul, e de Leste a Oeste do nosso país e também do mundo.
O
homem do campo, o agricultor é um forte! Porque apesar dos cenários nem sempre
desejáveis e promissores com relação às políticas econômicas, cambiais,
agrícolas e dos preços nem sempre satisfatórios, ele não deixa de se fazer
presente na parte que lhe cabe.
O
homem do campo, o agricultor é, seguramente, um forte! Forte por ser um
empreendedor rural sempre corajoso, esperançoso e persistente, e acredita que
com a graça de Deus suas safras serão bem melhores como recompensa ao seu
trabalho e dedicação na sua atividade.
Por
isso e muito mais, com orgulho, como cooperativista há 36 anos, e neto de dois agricultores cooperativistas fundadores da Coamo, que, junto com outros 77 lançaram suas sementes em solo fértil no Centro-Oeste
do Paraná, com orgulho, eu tiro o chapéu para o homem do campo e o agricultor, que produz
alimentos e ajuda o Brasil a crescer."
Ilivaldo Duarte, cooperativista, mourãoense, neto de agricultores cooperativistas, jornalista e membro da Academia Mourãoense de Letras, fundador da cadeira nº 28.
27 de jul. de 2020
COLMEIA NEWS FM agora também no Facebook, Instagram e YouTube para incrementar audiência online
A Rádio Colméia FM pelos 89,7 é tradição sendo a mais antiga no Centro-Oeste do Paraná. A emissora vem evoluindo e sempre sintonizada com seus milhares de ouvintes oferece sua programação agora também pelas tecnologias das redes sociais por meio do facebook, instagram e YouTube.
O diretor da emissora Deoclécio Silva comemora a evolução e a satisfação dos ouvintes, sempre ligados e de bem com a vida. "A força do microfone da Rádio Colméia FM é muito grande, por ser a emissora mais antiga no Centro-Oeste do Paraná. Nos tempos da AM a Audiência era grande e com a migração para a FM nossos ouvintes também migraram junto conosco e com estas novas opções disponíveis acreditamos que audiência online será muito maior. Temos a certeza do sucesso pois os nossos ouvintes merecem", considera o diretor da Colméia FM.
O diretor da emissora Deoclécio Silva comemora a evolução e a satisfação dos ouvintes, sempre ligados e de bem com a vida. "A força do microfone da Rádio Colméia FM é muito grande, por ser a emissora mais antiga no Centro-Oeste do Paraná. Nos tempos da AM a Audiência era grande e com a migração para a FM nossos ouvintes também migraram junto conosco e com estas novas opções disponíveis acreditamos que audiência online será muito maior. Temos a certeza do sucesso pois os nossos ouvintes merecem", considera o diretor da Colméia FM.
SÉRGIO Maybuk repercute a ENTREVISTA DE DOMINGO da professora Dalva Medeiros
"Parabéns Ilivaldo Duarte por esse importantíssimo trabalho de reconhecimento à personalidades marcantes da nossa cidade, como é caso da professora Dalva.
Grande profissional e grande amiga. Estivemos juntos em várias batalhas ao decorrer de todos esses anos.
Uma curiosidade, em 1995 eu, ela e o professor Amauri Jerci Ceolim fomos nomeados pela Governadora em exercício Emilia Belinati em publicação conjunta conjunta no Diário Oficial do Estado. A
ler a deliciosa entrevista, tive a satisfação de ver uma foto da Academia Mourãoense de Letras e nós três, anos depois juntos ali.
Parabéns querida Dalvinha como carinhosamente nós chamamos", escreveu Sérgio Maybuk, professor da Unespar em Campo Mourão.
Grande profissional e grande amiga. Estivemos juntos em várias batalhas ao decorrer de todos esses anos.
Uma curiosidade, em 1995 eu, ela e o professor Amauri Jerci Ceolim fomos nomeados pela Governadora em exercício Emilia Belinati em publicação conjunta conjunta no Diário Oficial do Estado. A
ler a deliciosa entrevista, tive a satisfação de ver uma foto da Academia Mourãoense de Letras e nós três, anos depois juntos ali.
Parabéns querida Dalvinha como carinhosamente nós chamamos", escreveu Sérgio Maybuk, professor da Unespar em Campo Mourão.
NOTA DO BLOG: obrigado professor, suas palavras são combustíveis e chegam ao meu coração, e estímulo para como historiador continuar esta missão de homenagear e registrar fatos e fotos de protagonistas da nossa terra. Muito obrigado meu amigo.
EVANGELHO DO DIA segunda-feira, 27 de julho 2020
Evangelho
Mt 13,31-35
Naquele tempo: Jesus contou-lhes outra parábola: 'O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos.' Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: 'O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.' Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: 'Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo'. - Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
Mt 13,31-35
Naquele tempo: Jesus contou-lhes outra parábola: 'O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos.' Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: 'O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.' Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: 'Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo'. - Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
26 de jul. de 2020
ESCOLINHA DE FUTSAL: bons momentos há 13 anos
Há 13 anos. A vida é a gente que vive e transforma. Como pais é muito bom acompanhar os momentos de nossos filhos.
Na imagem, ao lado de outros pais prestigiando nossos filhos em competição de futsal com os professores Ronaldo Gonçalves da Silva e Guilherme Capelli.
Na imagem, ao lado de outros pais prestigiando nossos filhos em competição de futsal com os professores Ronaldo Gonçalves da Silva e Guilherme Capelli.
EVANGELHO DO DIA domingo, 26 de julho 2020
Evangelho
- Mt 13,44-52
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola. O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. E ai, haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isso?' Eles responderam: 'Sim.' Então Jesus acrescentou: 'Assim, pois, todo mestre da Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.' - Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
- Mt 13,44-52
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola. O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. E ai, haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isso?' Eles responderam: 'Sim.' Então Jesus acrescentou: 'Assim, pois, todo mestre da Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.' - Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
25 de jul. de 2020
ENTREVISTA DE DOMINGO: DALVA Helena de Medeiros
"Em todos os níveis e modalidades de ensino a preocupação com a formação humana deve predominar, ela se dá pelo acesso aos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos e formação de valores éticos." Assim acredita e defende a professora Dalva Helena de Medeiros, fundadora da cadeira 36 da Academia Mourãoense de Letras, homenageada na ENTREVISTA DE DOMINGO.
Como pedagoga, Dalva desempenhou funções na gestão da escola básica, conjuntamente aos diretores, de 1ª à 4ª séries (município e estado); de 5ª à 8ª séries: Ensino Médio Educação Geral e Ensino Médio Profissionalizante (no estado).
Na Unespar, atuou como chefe de departamento, Coordenadora de Curso, Assessora Pedagógica, Diretora de Ensino, coordenadora de eventos e de projetos de pesquisa e de extensão.
Ótima leitura na 187ª ENTREVISTA DE DOMINGO - projeto iniciado em março de 2009.
QUEM É DALVA HELENA DE MEDEIROS? Sou filha de Dalva Aracy e Constantino Medeiros. Casada com Gerson Colucci Júnior e mãe de dois filhos. Nasci em Campo Mourão em 1965. Sou mãe, dona de casa, professora universitária, amante da leitura, da escrita; gosta de viajar, de cultivar boas amizades e de conviver com a família.
COMO OS OUTROS VEEM VOCÊ? Penso que os os outros me veem como pedagoga e professora, devido atuar muitos anos na profissão, há quase 33 anos, que se tornou uma marca registrada, uma identidade social.
Em família e com os amigos, penso que me percebem como dedicada, responsável e exigente, com uma pessoa que defende pontos de vista e valores e que não abre mão deles.
Penso que também identificam a característica de cultivo e valorização de amizades de 20, 30 anos com constância e lealdade.
ONDE FOI SUA INFÂNCIA? Minha primeira infância foi toda na Fazenda Santa Helena, propriedade rural da família, localizada em Mamborê. Foi brincando livre, subindo em árvores, cercas, telhados, correndo em gramados, brincando e convivendo com muitos animais e plantas.
Marcou a infância o convívio familiar com pais, avós, tios, primos. Aprendi a ler e escrever muito cedo, fui alfabetizada em casa pelos pais, sempre estava no colo do pai que escrevia suas crônicas e poesias. Cresci em meio de muitos livros, enciclopédias, histórias e lendas.
Na segunda infância, já dividia meu tempo entre os estudos na cidade, de segunda à sexta, e no final de semana voltava para a fazenda.
Tempo de certezas, tranquilidade, segurança e brincadeiras numa vida simples no campo, penso que influencia meus gostos e personalidade até hoje.
ONDE ESTUDOU? Da 2ª à 5ª séries estudei no Colégio Adventista em Campo Mourão, morei com os avós maternos; da 6ª à 8ª estudei na extensão do Colégio Estadual, no distrito de Piquirivaí, próximo à Fazenda Santa Helena.
Meu segundo grau foi profissionalizante, no Colégio Estadual, Curso de Secretariado, durante a vigência da Lei 5.692/71, durante a vigência do Regime Militar, vinha de ônibus escolar da zona rural para estudar na cidade, durante o dia colaborava nos trabalhos em geral da fazenda, no terceiro ano morei em Campo Mourão, na casa da irmã Araci. A
minha graduação em Pedagogia – Orientação Educacional foi na Facilcam (1983 – 1986). Tive a maior parte da trajetória educacional, na escola pública, com bons e dedicados professores, que dominavam o conteúdo, a disciplina e se orgulhavam da profissão.
Devido a boa formação na escola básica e na graduação consegui passar em seleções de mestrado e doutorado, o que possibilitou desenvolvimento na carreira docente.
Sou mestre em Ciências Ambientais no Nupélia / UEM (2001) com doutorado em Educação no PPE/UEM – Linha de estudos e pesquisas em Ensino Aprendizagem e Formação de Professores. Fiz também pós-graduação lato sensu em Filosofia na Fecilcam.
COMO FOI SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL? Iniciei a trajetória profissional,
lecionando em uma escola rural, multisseriada, em Pensamento, Distrito de
Mamborê em 1987. Depois passei em concurso estadual, para Pedagoga Orientadora
Educacional, assumi em 1989.
Passei em outro concurso para pedagoga, Municipal e trabalhei na Secretaria de Educação do Município de Campo Mourão, no início dos anos de 1990; Passei em outro concurso para pedagoga orientadora Educacional do Estado do Paraná e assumi novo padrão em 1991/1992. Não lembro ao certo, por esse motivo, deixei de trabalhar no município.
Em 1994 comecei a trabalhar como professora CLT, temporária na Fecilcam, juntamente com o trabalho de Pedagoga na rede básica de educação.
Em 1995 passei no concurso para professora efetiva na Fecilcam, motivo pelo qual pedi exoneração de um padrão de Pedagoga. Continuei atuando na rede básica e no ensino superior até 2006. Lecionei também no Curso de Magistério no Estadual.
A partir de 2006 até 30 de junho de 2020 atuei somente na Unespar Campus de Campo Mourão, lotada no Colegiado de Pedagogia com 40 horas.
Como é próprio da função de pedagoga, desempenhei funções na gestão da escola básica, conjuntamente aos diretores, de 1ª à 4ª séries (município e estado); de 5ª à 8ª séries: Ensino Médio Educação Geral e Ensino Médio Profissionalizante (no estado).
Na Unespar, atuei como chefe de departamento, Coordenadora de Curso, Assessora Pedagógica, Diretora de Ensino, coordenadora de eventos e de projetos de pesquisa e de extensão.
O QUE MAIS GOSTOU E GOSTA DE FAZER PROFISSIONALMENTE? Gostei de toda trajetória, de atuar como pedagoga, como docente, na gestão escolar, na pesquisa e na extensão. Gosto em especial da gestão e de atuar em cursos de extensão de Formação de Pedagogos e de Professores. A docência, o contato com estudantes de todas as idades são muito realizadores, me sinto muito bem, esqueço qualquer tristeza e aborrecimento, me transporto para uma dimensão de satisfação pessoal e profissional.
Ver alguém se transformando pela educação, acompanhar essa transformação, contribuir com ela, é muito gratificante. Conheci estudantes na primeira série do Colégio Estadual, acompanhei sua trajetórias na escola básica e depois os reencontrei no ensino superior, posteriormente atuando como profissionais. Não há dinheiro no mundo que corresponda a essa experiência valorosa.
O QUE FAZ HOJE? Atuei como professora do Ensino Superior no ensino, pesquisa e extensão até 30 de junho. Estudo, leio, escrevo. Gosto de plantas, de jardinagem, de cuidar da casa, pretendo usufruir a aposentadoria, viajar e exercer novas atividades. No momento são apenas planos, devido a reclusão imposta pela pandemia mundial da Covid-19.
Gosto de fazer caminhadas e atividades físicas como Body Pump e Body Combat, gosto de nadar. Não me ligo em times e competições.
DESDE QUANDO É APAIXONADA PELA VIDA E EDUCAÇÃO? Penso que, ao ir descrevendo minha trajetória, já fui demonstrando minha paixão pela educação, pelo ensinar, educar. Minha paixão pela vida e pela educação estão interligadas, caminharam juntas.
Os “culpados”, risos..., penso que são vários, desde os primeiros educadores que foram meus pais, o amor pela leitura e escrita que meu pai desenvolveu em mim desde o colo; meus bons e dedicados professores que também amavam a profissão e dominavam os conteúdos que ensinavam.
Penso que posso ser injusta, pois todos foram bem importantes, mas citarei alguns que deixaram marcas especiais: Juraci de Assis (minha primeira professora na escola formal, doce e calma); NiKon Kopko, de Língua Portuguesa e Literatura do 2º Grau (recordo ele declamando Navio Negreiro com aquele vozeirão bonito); Aparecida Perez de Marco, de Língua Portuguesa e Literatura, dos Anos Finais do Ensino Fundamental, adorava a disciplina que lecionava, tocava violão e cantava lindas canções; Terezinha Kurta de Matemática; Agenor Krul, Assabido Rhoden, Sonia Okido Rodrigues na graduação e especialização. Minhas duas orientadoras: Marta Belline (mestrado) e Marta Sforni (doutorado) deixaram ensinamentos, contribuições e amizade para toda a vida.
Além desses, de convívio presencial, tem os grandes educadores e pesquisadores que lemos e que influenciaram minha vida, minha profissão, minhas decisões, citarei apenas alguns também: Dermeval Saviani, Paulo Freire, Selma Garrido Pimenta, Marx, Gramsci, Vigotsky, Luria, Leontiev, Davídov.
Abaixo, professores diretores do Colégio Estadual em Campo Mourão - Os dois últimos a direita Nickon Kopko e Agenor Krul.
SE FOSSE MINISTRA DA EDUCAÇÃO QUAIS SERIAM SEUS PROJETOS? Genericamente, digo que seriam projetos inclusivos socialmente, que possibilitem acesso à educação pública de qualidade, para todos, independente da classe, etnia e credo. Possibilitar uma boa formação básica, também incentivar a boa formação profissional e a pesquisa, pois um país sem pesquisa, sem ciência, é fadado ao subdesenvolvimento e subserviência.
Em todos os níveis e modalidades de ensino a preocupação com a formação humana deve predominar, ela se dá pelo acesso aos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos e formação de valores éticos.
A maior parte da minha trajetória profissional, por opção, foi em instituições públicas, entretanto, penso que podemos contribuir em todos os lugares que atuamos, desde que, tenhamos dedicação e responsabilidade. Às vezes ainda encontro alguma pessoa que se identifica como ex-aluno de Filosofia do Integrado, dessa forma creio que posso ter deixado alguma contribuição na formação.
O QUE MUDOU NA EDUCAÇÃO COM O ADVENTO DA TECNOLOGIA? O que muda na educação formal e informal, com a tecnologia são os meios, os modos de acessar o conhecimento, em todos os níveis e modalidades de ensino, a possibilidade de produzí-lo, no ensino superior.
As tecnologias mudam, igualmente, o modo das pessoas interagirem, umas com as outras e com os conhecimentos. No caso, agora no momento de pandemia do Coronavírus, está sendo essencial, contudo, nada substitui o humano, a presença, a troca de ideias.
A tecnologia deve ser utilizada, para melhorar a vida, a comunicação, possibilitar mais tempo livre para convivência com os amigos e família.
A tecnologia, aliada à ciência, melhorou nossas vidas e tem possibilidade de avançar ainda mais, porém precisamos saber usá-la com cautela: as crianças precisam brincar, correr, se movimentar, os jovens precisam dialogar presencialmente, não apenas ficarem passivos diante de equipamentos tecnológicos.
Os celulares, computadores, internet, possuem bons conteúdos e possibilidades de diminuir distâncias, físicas ou culturais, nos possibilitam acessar conhecimentos e lugares rapidamente, entretanto, podem ser utilizados também para aliciar, para mentir (Fake News), para pornografia, para golpes, para Bullying, preconceito e difamação da honra, ou seja, ela pode ser boa ou má dependendo do uso que façamos dela.
É um processo irreversível também, temos que aprender a usar adequadamente, pois a tecnologia não é um elemento neutro, expressa interesses financeiros e políticos, pode servir à inclusão ou à exclusão.
Creio que o Brasil já vem apresentando avanços, mas precisa produzir mais tecnologia e não apenas ser usuário de técnicas e processos, desenvolvidos por outros países, necessita usar a tecnologia em prol da vida, do desenvolvimento, da saúde, da segurança.
QUAIS OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO? Temos desafios ainda, de inclusão social, pois o acesso à educação possibilita o desenvolvimento humano, que é cultural e não naturalmente determinado. Desafios também de desenvolvermos metodologias de ensino que possibilitem a compreensão de conceitos e não apenas visem a ludicidade e divertimento, não que sejam oposto ou contraditórios, mas é essencial a compreensão de conceitos, não podemos aceitar uma educação apenas de acolhimento social.
Os investimentos educacionais precisam ser relacionados aos investimentos nas áreas sociais e de geração de trabalho e renda também por meio de políticas públicas e programas interligados, com vistas à superação de desigualdades socialmente determinadas.
CONTE-NOS UM POUCO SOBRE A ACADEMIA MOURÃOENSE DE LETRAS (AML).
Sou com muita alegria e orgulho, fundadora da cadeira 36, tomei posse em 24 de novembro de 2012 e a patronesse da cadeira é a professora Diva Camargo. A AML é um local prazeroso, espaço de fruição e de práticas criativas. Reúnem-se na academia, vários profissionais, com diversidades de posicionamentos ideológicos ou políticos e com interesses comuns de cultivar, preservar e divulgar o vernáculo e a literatura, nos seus aspectos cientifico, histórico e artístico.
É um local que nos possibilita fugir da rotina, muitas vezes alienante, e estressante e ouvir uma boa poesia, uma boa música, um bom discurso ou narrativa. A AML teve e tem tempos de desenvolvimento diferenciados: de criação, de implantação, de organização do quadro associativo, de criação e reelaboração de estatutos e regimentos, cada etapa muito valorosa na trajetória de uma instituição. Agora, com uma certa solidez e maturidade, tem se dedicado mais, a projetos e atividades que possibilitam atingir seus fins expressos no estatuto, tais como: democratizar a cultura, incentivar o estudo da língua pátria, por meio de eventos, seminários, palestras, concursos, pesquisas, dentre outros.
As decisões são tomadas democraticamente, por meio de discussões e/ou votações de modo a garantir a liberdade de expressão, as reuniões são orientadas por princípios éticos de participação, representação e pluralidade. O convívio com a diversidade de pensamentos e de personalidades nos torna melhores, mais humanos e também nos ajuda a valorizar os princípios de diversidade e de pluralidade, e distingui-los de desigualdade, de posições sectárias, desrespeitosas e de intolerância religiosa, política, ou de classe, com aparência de cultivo à ordem e à moralidade.
Enfim, foi um presente na minha vida, espaço no qual aprendo e no qual tenho muito ainda, a contribuir e me desenvolver nos aspectos humano e literário.
CONQUISTAS. QUAIS DESTACA NA SUA HISTÓRIA? Várias
também: passar em concursos públicos, passar em seleções de mestrado e de
doutorado, defender dissertação, defender tese, ser selecionada para o prêmio
Mulheres de Ciência, ser escolhida para fazer parte da AML. São conquistas
porque expressam resultado de esforço de dedicação, não são conseguidas por
sorteio, pelo acaso. Cada amanhecer é de certa forma um presente e uma vitória.
SE PUDESSE VOLTAR NO TEMPO, O QUÊ JAMAIS TERIA FEITO? Não possuo grandes arrependimentos, cada fase da vida tem sua beleza e interesses próprios.
QUAL A MELHOR TURMA E FACULDADE ONDE TRABALHOU OU CONVIVEU? Minha turma no curso de Pedagogia da Facilcam foi excepcional,
tenho grandes amizades até hoje, são pedagogos e pedagogas que se destacaram e se destacam até hoje pelo seu valoroso trabalho na educação. Onde trabalhei, tenho várias turmas e estudantes no meu coração como joias raras, eternizadas.
Na imagem acima, Dalva e Ilivaldo - dois ex-alunos do professor Agenor nos tempos da Fecilcam: ele também se tornou membro da Academia Mourãoense de Letras; e abaixo, Dalva e os amigos Paraguaio, Ilivaldo e Dirce, que se formaram na mesma turma de Pedagogia, no início dos anos 1980 na Fecilcam.
SE PUDESSE CITAR TRÊS PERSONALIDADES EM CAMPO MOURÃO? Horácio Amaral, José Pochapski, José Aroldo Galassini, pelas contribuições para o desenvolvimento econômico e social do município e até da região. Difícil nominar só três, temos muitas pessoas que contribuem para o desenvolvimento do município.
- abaixo na imagem, Pochapski, Gallassini e Amaral.
CAMPO MOURÃO: Campo Mourão significou nova vida para minha família que veio do sul, fui a primeira a nascer aqui, esta terra foi escolhida, gosto daqui, valorizo, procuro contribuir com o seu desenvolvimento, por meio das áreas nas quais atuo.
JOGO RÁPIDO
ÉTICA: Posicionamento no mundo, possibilidade de respeito às diversas formas de vida. Na filosofia encontramos expressões diferentes que nos levam a refletir sobre o bem e o mal, o certo e o errado, a imparcialidade e a isonomia.
MÚSICA: reflexão, descanso, beleza, harmonia.
AUTOR: Além dos que eu já citei na área educacional: Machado de Assis, Jorge Amado, Drummond de Andrade, Cora Coralina, Helena Kolody, Jesus.
FAMÍLIA: Base, segurança, referência.
ESPERANÇA: Um mundo melhor, com mais tolerância e justiça social.
SAUDADES: Do meu pai, da infância, da natureza preservada, sem agressão e devastação.
Nota do Blog - Constantino Lisboa Medeiros, pai da Dalva, nasceu em Lajes (SC), em 6 de dezembro de 1932. Filho de Juvenal Calixto de Medeiros e Helena Raphaeli de Medeiros. Casou-se em 29 de janeiro de 1955 com Dalva Araci Lopes de Medeiros com quem teve os filhos Alencar, Araci, Dalva, Constantino Júnior e Antônio César. Foi alfabetizado em casa pelos pais, pois desde criança auxiliava nos ofícios paternos: agricultura, carpintaria e medicina natural.
MOMENTO ATUAL DA SUA VIDA: É de maior maturidade, de pensar em curtir mais e diminuir um pouco a intensidade de trabalho.
SONHO: ler o que gosto e escrever mais.
PROJETO QUE GOSTARIA DE REALIZAR: Pretendo me dedicar mais à literatura, à pintura, ao desenho, que são interesses e capacidades que posso melhor desenvolver, os quais, devido ao trabalho, deixei adormecidos por longo tempo.
VIAGEM QUE GOSTARIA DE FAZER: Desejo retornar à Itália e França para conhecer melhor, com mais tempo, pois gosto muito de museus de arte, de arte sacra e de história. Desejo ainda, conhecer o Egito, o Marrocos, a África, conhecer mais e melhor o Brasil e a América Latina.
HOMENAGEM NA ENTREVISTA DE DOMINGO: Primeiramente uma surpresa, ao responder as perguntas uma boa possibilidade de reflexões, de parar para pensar sobre quem ou o que tem e teve valor na vida.
LEGADOS QUE GOSTARIA DE DEIXAR: Os legados que podemos deixar são lealdade, honestidade, responsabilidade, dedicação, respeito. Valor à educação, à ciência, à arte. Valor à espiritualidade, algo que transcende a matéria, que nos faz ter perspectivas e motivos mais perenes, menos imediatistas, nos faz mais pacientes, resignados, persistentes.
RECADO AOS LEITORES: O trabalho, o estudo, o convívio com a família e amigos, a religiosidade, são muito importantes para a saúde física, mental e espiritual.
Como pedagoga, Dalva desempenhou funções na gestão da escola básica, conjuntamente aos diretores, de 1ª à 4ª séries (município e estado); de 5ª à 8ª séries: Ensino Médio Educação Geral e Ensino Médio Profissionalizante (no estado).
Na Unespar, atuou como chefe de departamento, Coordenadora de Curso, Assessora Pedagógica, Diretora de Ensino, coordenadora de eventos e de projetos de pesquisa e de extensão.
Ótima leitura na 187ª ENTREVISTA DE DOMINGO - projeto iniciado em março de 2009.
QUEM É DALVA HELENA DE MEDEIROS? Sou filha de Dalva Aracy e Constantino Medeiros. Casada com Gerson Colucci Júnior e mãe de dois filhos. Nasci em Campo Mourão em 1965. Sou mãe, dona de casa, professora universitária, amante da leitura, da escrita; gosta de viajar, de cultivar boas amizades e de conviver com a família.
COMO OS OUTROS VEEM VOCÊ? Penso que os os outros me veem como pedagoga e professora, devido atuar muitos anos na profissão, há quase 33 anos, que se tornou uma marca registrada, uma identidade social.
Em família e com os amigos, penso que me percebem como dedicada, responsável e exigente, com uma pessoa que defende pontos de vista e valores e que não abre mão deles.
Penso que também identificam a característica de cultivo e valorização de amizades de 20, 30 anos com constância e lealdade.
ONDE FOI SUA INFÂNCIA? Minha primeira infância foi toda na Fazenda Santa Helena, propriedade rural da família, localizada em Mamborê. Foi brincando livre, subindo em árvores, cercas, telhados, correndo em gramados, brincando e convivendo com muitos animais e plantas.
Marcou a infância o convívio familiar com pais, avós, tios, primos. Aprendi a ler e escrever muito cedo, fui alfabetizada em casa pelos pais, sempre estava no colo do pai que escrevia suas crônicas e poesias. Cresci em meio de muitos livros, enciclopédias, histórias e lendas.
Na segunda infância, já dividia meu tempo entre os estudos na cidade, de segunda à sexta, e no final de semana voltava para a fazenda.
Tempo de certezas, tranquilidade, segurança e brincadeiras numa vida simples no campo, penso que influencia meus gostos e personalidade até hoje.
ONDE ESTUDOU? Da 2ª à 5ª séries estudei no Colégio Adventista em Campo Mourão, morei com os avós maternos; da 6ª à 8ª estudei na extensão do Colégio Estadual, no distrito de Piquirivaí, próximo à Fazenda Santa Helena.
Meu segundo grau foi profissionalizante, no Colégio Estadual, Curso de Secretariado, durante a vigência da Lei 5.692/71, durante a vigência do Regime Militar, vinha de ônibus escolar da zona rural para estudar na cidade, durante o dia colaborava nos trabalhos em geral da fazenda, no terceiro ano morei em Campo Mourão, na casa da irmã Araci. A
minha graduação em Pedagogia – Orientação Educacional foi na Facilcam (1983 – 1986). Tive a maior parte da trajetória educacional, na escola pública, com bons e dedicados professores, que dominavam o conteúdo, a disciplina e se orgulhavam da profissão.
Devido a boa formação na escola básica e na graduação consegui passar em seleções de mestrado e doutorado, o que possibilitou desenvolvimento na carreira docente.
Sou mestre em Ciências Ambientais no Nupélia / UEM (2001) com doutorado em Educação no PPE/UEM – Linha de estudos e pesquisas em Ensino Aprendizagem e Formação de Professores. Fiz também pós-graduação lato sensu em Filosofia na Fecilcam.
Passei em outro concurso para pedagoga, Municipal e trabalhei na Secretaria de Educação do Município de Campo Mourão, no início dos anos de 1990; Passei em outro concurso para pedagoga orientadora Educacional do Estado do Paraná e assumi novo padrão em 1991/1992. Não lembro ao certo, por esse motivo, deixei de trabalhar no município.
Em 1994 comecei a trabalhar como professora CLT, temporária na Fecilcam, juntamente com o trabalho de Pedagoga na rede básica de educação.
Em 1995 passei no concurso para professora efetiva na Fecilcam, motivo pelo qual pedi exoneração de um padrão de Pedagoga. Continuei atuando na rede básica e no ensino superior até 2006. Lecionei também no Curso de Magistério no Estadual.
A partir de 2006 até 30 de junho de 2020 atuei somente na Unespar Campus de Campo Mourão, lotada no Colegiado de Pedagogia com 40 horas.
Como é próprio da função de pedagoga, desempenhei funções na gestão da escola básica, conjuntamente aos diretores, de 1ª à 4ª séries (município e estado); de 5ª à 8ª séries: Ensino Médio Educação Geral e Ensino Médio Profissionalizante (no estado).
Na Unespar, atuei como chefe de departamento, Coordenadora de Curso, Assessora Pedagógica, Diretora de Ensino, coordenadora de eventos e de projetos de pesquisa e de extensão.
O QUE MAIS GOSTOU E GOSTA DE FAZER PROFISSIONALMENTE? Gostei de toda trajetória, de atuar como pedagoga, como docente, na gestão escolar, na pesquisa e na extensão. Gosto em especial da gestão e de atuar em cursos de extensão de Formação de Pedagogos e de Professores. A docência, o contato com estudantes de todas as idades são muito realizadores, me sinto muito bem, esqueço qualquer tristeza e aborrecimento, me transporto para uma dimensão de satisfação pessoal e profissional.
Ver alguém se transformando pela educação, acompanhar essa transformação, contribuir com ela, é muito gratificante. Conheci estudantes na primeira série do Colégio Estadual, acompanhei sua trajetórias na escola básica e depois os reencontrei no ensino superior, posteriormente atuando como profissionais. Não há dinheiro no mundo que corresponda a essa experiência valorosa.
O QUE FAZ HOJE? Atuei como professora do Ensino Superior no ensino, pesquisa e extensão até 30 de junho. Estudo, leio, escrevo. Gosto de plantas, de jardinagem, de cuidar da casa, pretendo usufruir a aposentadoria, viajar e exercer novas atividades. No momento são apenas planos, devido a reclusão imposta pela pandemia mundial da Covid-19.
Gosto de fazer caminhadas e atividades físicas como Body Pump e Body Combat, gosto de nadar. Não me ligo em times e competições.
DESDE QUANDO É APAIXONADA PELA VIDA E EDUCAÇÃO? Penso que, ao ir descrevendo minha trajetória, já fui demonstrando minha paixão pela educação, pelo ensinar, educar. Minha paixão pela vida e pela educação estão interligadas, caminharam juntas.
Os “culpados”, risos..., penso que são vários, desde os primeiros educadores que foram meus pais, o amor pela leitura e escrita que meu pai desenvolveu em mim desde o colo; meus bons e dedicados professores que também amavam a profissão e dominavam os conteúdos que ensinavam.
Penso que posso ser injusta, pois todos foram bem importantes, mas citarei alguns que deixaram marcas especiais: Juraci de Assis (minha primeira professora na escola formal, doce e calma); NiKon Kopko, de Língua Portuguesa e Literatura do 2º Grau (recordo ele declamando Navio Negreiro com aquele vozeirão bonito); Aparecida Perez de Marco, de Língua Portuguesa e Literatura, dos Anos Finais do Ensino Fundamental, adorava a disciplina que lecionava, tocava violão e cantava lindas canções; Terezinha Kurta de Matemática; Agenor Krul, Assabido Rhoden, Sonia Okido Rodrigues na graduação e especialização. Minhas duas orientadoras: Marta Belline (mestrado) e Marta Sforni (doutorado) deixaram ensinamentos, contribuições e amizade para toda a vida.
Além desses, de convívio presencial, tem os grandes educadores e pesquisadores que lemos e que influenciaram minha vida, minha profissão, minhas decisões, citarei apenas alguns também: Dermeval Saviani, Paulo Freire, Selma Garrido Pimenta, Marx, Gramsci, Vigotsky, Luria, Leontiev, Davídov.
Abaixo, professores diretores do Colégio Estadual em Campo Mourão - Os dois últimos a direita Nickon Kopko e Agenor Krul.
SE FOSSE MINISTRA DA EDUCAÇÃO QUAIS SERIAM SEUS PROJETOS? Genericamente, digo que seriam projetos inclusivos socialmente, que possibilitem acesso à educação pública de qualidade, para todos, independente da classe, etnia e credo. Possibilitar uma boa formação básica, também incentivar a boa formação profissional e a pesquisa, pois um país sem pesquisa, sem ciência, é fadado ao subdesenvolvimento e subserviência.
Em todos os níveis e modalidades de ensino a preocupação com a formação humana deve predominar, ela se dá pelo acesso aos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos e formação de valores éticos.
A maior parte da minha trajetória profissional, por opção, foi em instituições públicas, entretanto, penso que podemos contribuir em todos os lugares que atuamos, desde que, tenhamos dedicação e responsabilidade. Às vezes ainda encontro alguma pessoa que se identifica como ex-aluno de Filosofia do Integrado, dessa forma creio que posso ter deixado alguma contribuição na formação.
O QUE MUDOU NA EDUCAÇÃO COM O ADVENTO DA TECNOLOGIA? O que muda na educação formal e informal, com a tecnologia são os meios, os modos de acessar o conhecimento, em todos os níveis e modalidades de ensino, a possibilidade de produzí-lo, no ensino superior.
As tecnologias mudam, igualmente, o modo das pessoas interagirem, umas com as outras e com os conhecimentos. No caso, agora no momento de pandemia do Coronavírus, está sendo essencial, contudo, nada substitui o humano, a presença, a troca de ideias.
A tecnologia deve ser utilizada, para melhorar a vida, a comunicação, possibilitar mais tempo livre para convivência com os amigos e família.
A tecnologia, aliada à ciência, melhorou nossas vidas e tem possibilidade de avançar ainda mais, porém precisamos saber usá-la com cautela: as crianças precisam brincar, correr, se movimentar, os jovens precisam dialogar presencialmente, não apenas ficarem passivos diante de equipamentos tecnológicos.
Os celulares, computadores, internet, possuem bons conteúdos e possibilidades de diminuir distâncias, físicas ou culturais, nos possibilitam acessar conhecimentos e lugares rapidamente, entretanto, podem ser utilizados também para aliciar, para mentir (Fake News), para pornografia, para golpes, para Bullying, preconceito e difamação da honra, ou seja, ela pode ser boa ou má dependendo do uso que façamos dela.
É um processo irreversível também, temos que aprender a usar adequadamente, pois a tecnologia não é um elemento neutro, expressa interesses financeiros e políticos, pode servir à inclusão ou à exclusão.
Creio que o Brasil já vem apresentando avanços, mas precisa produzir mais tecnologia e não apenas ser usuário de técnicas e processos, desenvolvidos por outros países, necessita usar a tecnologia em prol da vida, do desenvolvimento, da saúde, da segurança.
QUAIS OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO? Temos desafios ainda, de inclusão social, pois o acesso à educação possibilita o desenvolvimento humano, que é cultural e não naturalmente determinado. Desafios também de desenvolvermos metodologias de ensino que possibilitem a compreensão de conceitos e não apenas visem a ludicidade e divertimento, não que sejam oposto ou contraditórios, mas é essencial a compreensão de conceitos, não podemos aceitar uma educação apenas de acolhimento social.
Os investimentos educacionais precisam ser relacionados aos investimentos nas áreas sociais e de geração de trabalho e renda também por meio de políticas públicas e programas interligados, com vistas à superação de desigualdades socialmente determinadas.
CONTE-NOS UM POUCO SOBRE A ACADEMIA MOURÃOENSE DE LETRAS (AML).
Sou com muita alegria e orgulho, fundadora da cadeira 36, tomei posse em 24 de novembro de 2012 e a patronesse da cadeira é a professora Diva Camargo. A AML é um local prazeroso, espaço de fruição e de práticas criativas. Reúnem-se na academia, vários profissionais, com diversidades de posicionamentos ideológicos ou políticos e com interesses comuns de cultivar, preservar e divulgar o vernáculo e a literatura, nos seus aspectos cientifico, histórico e artístico.
É um local que nos possibilita fugir da rotina, muitas vezes alienante, e estressante e ouvir uma boa poesia, uma boa música, um bom discurso ou narrativa. A AML teve e tem tempos de desenvolvimento diferenciados: de criação, de implantação, de organização do quadro associativo, de criação e reelaboração de estatutos e regimentos, cada etapa muito valorosa na trajetória de uma instituição. Agora, com uma certa solidez e maturidade, tem se dedicado mais, a projetos e atividades que possibilitam atingir seus fins expressos no estatuto, tais como: democratizar a cultura, incentivar o estudo da língua pátria, por meio de eventos, seminários, palestras, concursos, pesquisas, dentre outros.
As decisões são tomadas democraticamente, por meio de discussões e/ou votações de modo a garantir a liberdade de expressão, as reuniões são orientadas por princípios éticos de participação, representação e pluralidade. O convívio com a diversidade de pensamentos e de personalidades nos torna melhores, mais humanos e também nos ajuda a valorizar os princípios de diversidade e de pluralidade, e distingui-los de desigualdade, de posições sectárias, desrespeitosas e de intolerância religiosa, política, ou de classe, com aparência de cultivo à ordem e à moralidade.
Enfim, foi um presente na minha vida, espaço no qual aprendo e no qual tenho muito ainda, a contribuir e me desenvolver nos aspectos humano e literário.
QUAL DECISÃO MARCOU SUA VIDA? Várias decisões marcam
nossa vida: a escolha da profissão, a decisão de casar, a decisão de ser mãe,
são resoluções que definem os rumos da sua vida e que devem ser assumidas com
responsabilidade.
SE PUDESSE VOLTAR NO TEMPO, O QUÊ JAMAIS TERIA FEITO? Não possuo grandes arrependimentos, cada fase da vida tem sua beleza e interesses próprios.
QUAL A MELHOR TURMA E FACULDADE ONDE TRABALHOU OU CONVIVEU? Minha turma no curso de Pedagogia da Facilcam foi excepcional,
tenho grandes amizades até hoje, são pedagogos e pedagogas que se destacaram e se destacam até hoje pelo seu valoroso trabalho na educação. Onde trabalhei, tenho várias turmas e estudantes no meu coração como joias raras, eternizadas.
Na imagem acima, Dalva e Ilivaldo - dois ex-alunos do professor Agenor nos tempos da Fecilcam: ele também se tornou membro da Academia Mourãoense de Letras; e abaixo, Dalva e os amigos Paraguaio, Ilivaldo e Dirce, que se formaram na mesma turma de Pedagogia, no início dos anos 1980 na Fecilcam.
SE PUDESSE CITAR TRÊS PERSONALIDADES EM CAMPO MOURÃO? Horácio Amaral, José Pochapski, José Aroldo Galassini, pelas contribuições para o desenvolvimento econômico e social do município e até da região. Difícil nominar só três, temos muitas pessoas que contribuem para o desenvolvimento do município.
- abaixo na imagem, Pochapski, Gallassini e Amaral.
CAMPO MOURÃO: Campo Mourão significou nova vida para minha família que veio do sul, fui a primeira a nascer aqui, esta terra foi escolhida, gosto daqui, valorizo, procuro contribuir com o seu desenvolvimento, por meio das áreas nas quais atuo.
JOGO RÁPIDO
ÉTICA: Posicionamento no mundo, possibilidade de respeito às diversas formas de vida. Na filosofia encontramos expressões diferentes que nos levam a refletir sobre o bem e o mal, o certo e o errado, a imparcialidade e a isonomia.
MÚSICA: reflexão, descanso, beleza, harmonia.
AUTOR: Além dos que eu já citei na área educacional: Machado de Assis, Jorge Amado, Drummond de Andrade, Cora Coralina, Helena Kolody, Jesus.
FAMÍLIA: Base, segurança, referência.
RELIGIÃO: importante no seu sentido etimológico de RE-ligare ao
princípio criador que significa amor, equilíbrio, beleza, perfeição. Para a
humanidade: Definiu grandes preceitos civilizatórios de amor e tolerância.
Imagem de Samantha Andrade: Catedral São José em Campo Mourão.ESPERANÇA: Um mundo melhor, com mais tolerância e justiça social.
SAUDADES: Do meu pai, da infância, da natureza preservada, sem agressão e devastação.
Nota do Blog - Constantino Lisboa Medeiros, pai da Dalva, nasceu em Lajes (SC), em 6 de dezembro de 1932. Filho de Juvenal Calixto de Medeiros e Helena Raphaeli de Medeiros. Casou-se em 29 de janeiro de 1955 com Dalva Araci Lopes de Medeiros com quem teve os filhos Alencar, Araci, Dalva, Constantino Júnior e Antônio César. Foi alfabetizado em casa pelos pais, pois desde criança auxiliava nos ofícios paternos: agricultura, carpintaria e medicina natural.
Dia 17 de novembro de 2000 faleceu. Entre uma ativa participação na vida artística e cultural de Mamborê e Campo
Mourão, foi sócio fundador do Rotary Club de Mamborê, em 1986 e a Casa da Amizade de Mamborê tem o seu nome.
Em Campo
Mourão, foi membro atuante da Associação Mourãoense de Escritores - AME,
recebendo em agosto de 1999, da Fundação Cultural de Campo Mourão - Fundacam, o título de Vulto Emérito Cultural.
É nome de uma escola no Jardim Damferi.
Também é patrono da Cadeira nº 06 da Academia Mourãoense de Letras, que tem como fundadora Elza Paulina de Moraes (Posse em 2002) e primeira ocupante Giselta Silva (Posse em 2015).
Constantino
Medeiros foi também colaborador do Jornal Tribuna do Interior, Folha de São
Paulo e da Revista Chácaras e Quintais, Magazine Agrícola, e dos jornais A
Folha, Nossas Letras, Folha do Valle e A Folha de Londrina. É autor do livro
“Síntese Existencial”, e teve ainda participação em várias coletâneas literárias.
SONHO: ler o que gosto e escrever mais.
PROJETO QUE GOSTARIA DE REALIZAR: Pretendo me dedicar mais à literatura, à pintura, ao desenho, que são interesses e capacidades que posso melhor desenvolver, os quais, devido ao trabalho, deixei adormecidos por longo tempo.
VIAGEM QUE GOSTARIA DE FAZER: Desejo retornar à Itália e França para conhecer melhor, com mais tempo, pois gosto muito de museus de arte, de arte sacra e de história. Desejo ainda, conhecer o Egito, o Marrocos, a África, conhecer mais e melhor o Brasil e a América Latina.
HOMENAGEM NA ENTREVISTA DE DOMINGO: Primeiramente uma surpresa, ao responder as perguntas uma boa possibilidade de reflexões, de parar para pensar sobre quem ou o que tem e teve valor na vida.
LEGADOS QUE GOSTARIA DE DEIXAR: Os legados que podemos deixar são lealdade, honestidade, responsabilidade, dedicação, respeito. Valor à educação, à ciência, à arte. Valor à espiritualidade, algo que transcende a matéria, que nos faz ter perspectivas e motivos mais perenes, menos imediatistas, nos faz mais pacientes, resignados, persistentes.
RECADO AOS LEITORES: O trabalho, o estudo, o convívio com a família e amigos, a religiosidade, são muito importantes para a saúde física, mental e espiritual.
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