29 de jan. de 2022

ENTREVISTA DE DOMINGO: jornalista José Nascimento, de boia fria a profissional do jornalismo e de gestão

"Com Deus na frente, saí, literalmente da roça, da colheita de feijão, para os bancos da universidade. Isso, com muito orgulho", diz José Nascimento, um dos grandes nomes do jornalismo paranaense. "Sou da velha guarda, do bom jornalismo. Uma história começa com uma boa reportagem, uma entrevista e investigação. Em termos de tecnologia mudou tudo e muito. O que não pode mudar é o papel e forma de agir do ser humano frente a tudo isso." José Nascimento é o primeiro homenageado da ENTREVISTA DE DOMINGO, projeto do Blog do Ilivaldo Duarte, que desde 2009 valoriza mensalmente personagens de vários segmentos da comunidade de Campo Mourão e várias regiões paranaenses. "O que eu mais fiz ao longo da minha vida foi  aprender e  Alvin Toffler diz que ´Os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender`", afirma Nascimento, uma pessoa de fé e entusiasmo, com visão aberta e empreendedora. Ótima leitura, boa aprendizagem.


QUEM É JOSÉ NASCIMENTO?   Sou José Antonio Ribeiro Nascimento, 53 anos, jornalista, casado, nascido em Irati, Centro-Sul do Paraná, no dia 23 de dezembro de 1968.

Esposo da Rosecleia Ferreira Nascimento ....

e pai da Mariana, 29 anos, farmacêutica e do Daniel, 23 anos, dentista.

Já morei em Ponta Grossa, onde fiz faculdade de Jornalismo na UEPG e trabalhei nos jornais Diário e Jornal da Manhã e na TV Esplanada, afiliada da Rede Globo, onde assumi meu primeiro cargo de gestão. Com 24 anos passei de repórter e editor a gerente de Jornalismo. 

Ainda morei na cidade de Maringá por duas vezes, onde atuei como gerente de RPC TV Cultura, Gerente de Comunicação e RH da Viapar e, numa outra oportunidade, em 2015, fui diretor de Comunicação e Marketing das empresas do Grupo Santa Rita. 

Atualmente moro em Curitiba, onde já atuei como Diretor de Jornalismo da GW, trabalhando na TV SINAL, gerente de Produção da RPC TV e Diretor de Conteúdo do Grupo RIC, cuidando dos projetos da RICTV, Jovem Pan, Top View,

Engenharia e RIC Mais. 

No grupo RIC, a partir de 2016, trabalhei como Gerente de RH e, posteriormente, de Produção.  

Hoje sou Assessor Parlamentar na Câmara de Curitiba, trabalhando no gabinete do vereador Herivelto Oliveira. 

 COMO SE DEFINE?   Em uma palavra, APRENDIZ. E, este espírito, me trouxe uma competência, que é a LIDERANÇA.  Digo que, como ex-boia fria, que virou diretor de empresas, foi o que eu mais fiz ao longo da minha vida - aprender. Gosto da frase do Alvin Toffler: “Os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que não sabem APRENDER, DESAPRENDER e REAPRENDER”. Uma verdade; estamos em um processo intenso de mudança em todas as áreas da nossa vida e, quem não quiser fazer parte deste movimento, corre sério risco. O próprio Toffler afirma: “O conhecimento é a fonte mais democrática de poder”. 

COMO ACHA QUE OS OUTROS TE VÊEM? Hoje em dia, humildemente ou arrogantemente (sem problemas),

posso dizer que estou pouco preocupado com esta aprovação. Naturalmente que preciso fazer entregas no trabalho, aulas, palestras, mentorias e treinamentos, mas não tenho mais o temor que me oprimia até quando era mais jovem, que era agradar as pessoas e ficar preocupado com o que elas iriam pensar de mim. 

Não fiquei milionário, o que me daria maior independência para expressar meu pensamento, mas me sinto no direito e dever de falar algumas verdades. Não posso me calar e deixar de emitir minhas opiniões, principalmente, por conta do temor do que as pessoas vão pensar e achar.  Acredito que é um aprendizado da vida. Aliás, tenho ficado (alguns reclamam) mais direto e  pesado nas minhas opiniões. Eu, ao contrário, me acho mais franco e verdadeiro. 

VOCÊ FALA EM MENTOR: QUEM FOI O SEU? Meu pai, seu Nelson, meu maior mentor. Um homem simples, com o

segundo ano primário, que era muito sábio e me estimulou sempre a ser curioso, querer aprender cada vez mais e me ensinou a liderar de forma carismática. 

Aliás, liderar desta forma não é ser bonzinho apenas, mas gerar os resultados contratados de forma humana e inteligente, fazendo com que as pessoas atinjam suas metas com clima, ambiente e mente de felicidade. 

Acredito que com o passar dos anos acho que evoluí nestes quesitos (aprendizado e liderança)  e, graças a DEUS, nunca fui atropelado pelas mundanas nas empresas onde passei. Sempre assumi o protagonismo, ajudando nas transformações e me antecipando aos movimentos. 

ONDE E COMO FOI SUA INFÂNCIA? Foi linda e maravilhosa, no distrito de Florestal (que saudades), no hoje município de Fernandes Pinheiro. Era na roça mesmo. Meu pai era operário rural da Secretaria de Estado da Agricultura e morávamos numa fazenda experimental, tocada hoje pelo Iapar.  Tudo era muito simples, Ilivaldo, pobrinho mesmo, mas tinha muito amor dos meus pais, (Seu Nelson e Dona Maroca) cuidado de DEUS e alegria, muito grande, juntamente com minhas irmãs, Eliane e Adriane. 

Certeza que lá vivi os melhores momentos da minha vida, a partir da riqueza da vida na roça. Ai que saudades. Muitas boas lembranças. O que sou hoje foi forjado a partir desta experiência e, sempre digo, na roça aprendi muita coisa: respeitar o tempo, as pessoas, trabalhar em equipe, ajudar o próximo, saber ser ajudado… amar e respeitar a natureza. 

Lá tive também meu primeiro trabalho, pois no sítio todo mundo começa trabalhar muito cedo e tem que fazer de tudo. De lá saí como boia-fria e fui para faculdade e cheguei a diretor de empresas, professor de pós, consultor e mentor de executivos e empreendedores. Digo, com muito carinho: o que eu aprendi por lá me ajudou e ainda me ajuda na caminhada profissional. 

ONDE ESTUDOU E QUE CURSOS FEZ? Vou ser justo e honesto e começar falando que meu primário foi na Escola

Rural de Florestal, no então município de Teixeira Soares, Sul do Paraná. A cidade fica a 150 quilômetros de Curitiba. Lá eu fui alfabetizado e não posso esquecer das minhas primeiras professoras, Dona Ivone, Marly, Alice, Maria Amélia, Leonildas, Ester e da diretora, dona Lila. A gente geralmente lembra das graduações, pós e outros cursos, mas quero aqui lembrar e homenagear minhas primeiras professoras. Com isso, reconheço o trabalho e papel dos alfabetizadores que são responsáveis pelos primeiros passos da garotada brasileira no universo da educação.

Meu primeiro e segundo graus foram no Colégio Estadual São Vicente de Paulo, em Irati, de onde guardo as melhores lembranças e amigos que fiz para vida e com quem, sempre que podemos, nos encontramos e fazemos uma verdadeira viagem no túnel do tempo.

E A FACULDADE?  Do São Vicente, colégio público e estadual, saí para a Universidade Estadual de Ponta Grossa, onde passei em terceiro lugar, no curso de Jornalismo, a despeito das descrenças. Sempre digo que, com DEUS na frente, saí, literalmente da roça, da colheita de feijão, para os bancos da universidade. Isso, com muito orgulho. A bem da verdade, nunca fui dos melhores alunos, confesso, mas depois da sétima série (reprovei na quinta e sétima), com uma conversa séria do meu pai, seu Nelson, nunca mais reprovei.

Ufa - a universidade fechei em 4 anos, levando, em alguns momentos, dois estágios junto com o curso. Lembro bem - teve um período que eu trabalhava como estagiário em jornais em Ponta Grossa (Diário da Manhã, Jornal da Manhã e Jornal da Semana), fazia faculdade e ainda, no fim de semana, escrevia e editava um jornal em Irati, o Correio do Sul.  

Reclamação? Nenhuma - pelo contrário, foram experiências de grande valia, sem falar que com o salário eu pagava minhas contas. Após a faculdade fiz algumas pós graduações e formações especiais. Entre elas, pós em Marketing no Cesumar, Gestão Empresarial na FGV, Empreendedorismo e Inovação no BI Internacional e Cinema e Televisão (extensão) na FGV.  

Resumidamente, da Escola Rural de Florestal ao IESE, em Nova Iorque, andei estudando e aprendendo por aí. Em alguns locais, em outros menos, mas aprendendo a cada segundo.

 E A SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL? Ilivaldo, comentei que comecei a trabalhar em casa, na zona rural, onde morávamos. Fui bóia fria, para poder comprar umas coisinhas de jovens, ajudar meus pais e comprar livros e cadernos para a escola. Foi meu começo. 

Vou contar toda minha jornada, especialmente para inspirar jovens que, como eu moram no sítio. A gente ouve muito: estudar não é pra você. Trata-se de uma mentira. Estudar sim, é para todos e especialmente para nós, que somos do campo, tanto para usar o seu conhecimento na área rural, propriedade familiar ou ir para o mercado. Precisamos dar novos e maiores passos e mostrar que somos capazes de ser mais do que nos imputam. 

TEM ATÉ EX-AGRICULTOR NA NASA, NÃO É VERDADE?  Adoro esta história. Fico orgulhoso de ver jovens agricultores sucedendo seus pais e fazendo um belo trabalho e, ainda sendo sucesso em outros campos.  

Agora mesmo, entre continuar com minha jornada, queria contar a história do Ivair (Gontijo), um brasileiro de Minas Gerais, que cuidava de vacas. Hoje, o Ivair é um dos grandes cientistas da Nasa, responsável por projetos importantes, como o da exploração de Marte. Isso não é lindo?

NOTA DO BLOG - Ivair Gontijo - Cientista formado na UFMG, integra a equipe da Nasa para missões de reconhecimento em Marte. Criado na cidade mineira de Moema, às margens do Rio São Francisco, ele deixou seu trabalho como técnico agrícola em uma fazenda para a graduação em Física na UFMG, onde também fez o mestrado. O doutorado e pós-doutorado foram realizados na Escócia e EUA, quando ele chegou à agência espacial mais importante do mundo, a NASA, na Califórnia. 

Independente se a pessoa vai ficar no campo, gerenciando a propriedade, trabalhando na lida ou indo para um grande projeto, é preciso estudar. Antigamente estudar era muito difícil, mas hoje está muito mais fácil.

E COMO FOI SUA IDA PARA A CIDADE? Enfim, voltando a sua pergunta, caro amigo Ilivaldo: da roça, meu primeiro e necessário emprego na cidade (para poder pagar minhas despesas de acadêmico de Jornalismo) foi no Jornal Diário da Manhã, em Ponta Grossa. Graças a amigos, consegui esse trabalho, inclusive na área, mas era desafiador. Trabalhava das 6 da tarde às 2 horas da madrugada. Meu curso era no período da tarde. Mas foi ótimo. Na sequência fui como repórter para o Jornal da Manhã, Jornal da Semana. 

Já formado, disputei uma vaga na TV Esplanada de Ponta

Grossa, como repórter. Era uma afiliada da Band, que foi adquirida pela Globo. A gente tinha medo de perder o emprego. Graças a DEUS eu fiquei na empresa e, seis meses depois, recebi o convite, do Diretor Marcos Batista, através do seu Rubens Ávila (já falecido - foto)) para ser gerente da unidade, que tinha como missão implantar o Departamento de Jornalismo, nos padrões da Rede Globo. Ainda recordo do diálogo: 

·    Oi rapaz, você quer ser chefe aqui, me surpreendeu um dia o coordenador Rubens Ávila.

Eu quase caí de costas, pois tinha uns 24 anos. Tinha muita vontade de aprender e disposição, mas não era uma pessoa experiente na posição. Minha resposta foi:

·  Eu nunca fui chefe, mas se o senhor me ajudar.

Assim assumi minha primeira posição de liderança e, tenha certeza, as lições lá da roça, da turma capinando roça de soja, arrancando feijão (aquele tempo não tinha tanta tecnologia) foram muito úteis. Implantei, com uma equipe de 30 pessoas, o modelo Globo de Jornalismo. Lembro que ia nas reuniões em Curitiba e as pessoas não acreditavam que eu era o chefe da TV Esplanada de Ponta Grossa e tão novinho. Que saudades!!!

TEVE UM PERÍODO TAMBÉM EM MARINGÁ, NA TV CULTURA, AFILIADA DA RPC GLOBO? Sim. Bem lembrado. O resultado em PG foi tão bom que acabei indo implantar um projeto de reestruturação na TV Cultura, em Maringá. Um dia o Fernando Rodrigues, meu coordenador, ligou no meio da tarde e disse: - Amanhã cedo você pega um ônibus para Maringá. Vai assumir o Jornalismo lá. 

Fui e, graças a DEUS, deu certo. Lá na emissora acabei conhecendo você Ilivaldo e o Dr. Aroldo Galassini. Não esqueço que, de madrugada, ia para a TV recepcioná-los quando vinham para a entrevista do Bom Dia Paraná, nos brindar com os cases da Coamo. 

Foi um tempo muito bom, de grande produtividade, com

matérias sendo geradas para rede nacional, como Globo Rural, Jornal Hoje, Globo News, Ana Maria, entre outros telejornais. Isso, sem falar dos jornais estaduais, onde éramos os campeões de envio de matérias. Maringá e toda região estavam na tela da Globo, sempre eu pensava assim. Mas, se a produção me alegrava, o meu maior orgulho foi de reestruturar o departamento fisicamente e potencializar o talento do time. Quando saí de lá, praticamente todos tinham voltado a estudar. Cinegrafistas e editores viraram jornalistas e, jornalistas, partiram para pós-graduação e até mestrado. 

E QUAL FOI A PRÓXIMA PARADA? Sempre gostei de novos projetos e desafios, uma das minhas características de liderança. Quando ouvi uma vez que, depois de 8 anos de sucesso, teria que esperar uma outra unidade maior nos alcançar, fiquei preocupado. Já tinha feito duas pós graduações e éramos destaque. Me fez lembrar, Ilivaldo, o dilema bíblico de Jacó e Labão, que nunca conseguia atingir a meta. Nessa época, depois de pensar, orar, falar com

minha família, resolvi aceitar o convite da Viapar (do Ricardo von Glehn e do Marchetti) para assumir a área de Recursos Humanos. Gosto de aprender e fazer coisas diferentes e, apesar do medo, foi um desafio muito interessante, que depois foi dirigido por um dos melhores líderes que já tive, o Inaro Fontan Pereira (foto). 

Pasmem, em busca de novos ares, fui ganhando menos, mas com carta branca para transformar o RH. Aliás, tem uma história interessante lá: na entrevista eu não levei apenas o CV, mas um projeto para apresentar para a empresa. Sai da conversa contratado e, 3 meses depois, além do RH assumi a Comunicação. 

Lá, com a equipe, ganhamos o prêmio Aberje, o Sodexho, implantamos uma rádio interna, melhoramos o clima, reduzimos a rotatividade, enfim, construímos juntos um modelo de RH e Comunicação, integrados, que fez com que a empresa fosse escolhida para o grupo das 150 Melhores para Trabalhar. Foi muito interessante. Durante muitos anos, depois de sair da empresa, ao passar pelas praças de pedágio o pessoal me reconhecia pelo trabalho que realizamos. Inesquecível mesmo. Aliás, lá tive a honra de passar a liderança do projeto a um dos meus grandes amigos. De aluno virou amigo e parceiro, até hoje, o Marçal Siqueira. Ele fez o projeto florescer. 

E DA VIAPAR PARA A PRIMEIRA DIREÇÃO DE JORNALISMO? A TELEVISÃO VOLTOU A FAZER PARTE DA SUA VIDA, ISSO?  Sim. Temos mais histórias, jornadas e aprendizados pela frente. Vim morar em Curitiba, assumindo a Direção de Jornalismo da TV da Assembleia Legislativa, um projeto tocado pela produtora GW, me reportando ao Ricardo Coelho de Toledo e ao Davi Campos. De novo, um projeto de reestruturação. Falei, amo desafios. Levantei informações, ouvi as pessoas, desenhei um projeto, apresentei para os líderes e toquei. Foi um sucesso.

O refino da qualidade dos produtos que fazíamos, assim como a estrutura, me impressionaram e aprendi muito. Um ano depois, a RPC me chamou novamente, desta vez para ser gerente de Produção em Curitiba, na equipe do Vandelino Gonçalves. 

Tudo na minha vida tem cuidado de DEUS e histórias, que valorizo muito, sem vergonha. Uma pessoa me disse uma vez: - Você não cresce mais na vida porque fala muito de DEUS. Eu respondi: - Só estou aqui por conta DELE, então, nem cogito falar menos de quem me criou e cuida de mim.

Mas, recebi o convite de diretores da RPC (Vande, Serra e Luiz Vieira) para falar do case da TV SINAL, que culminou com o convite de voltar para a empresa, onde cuidei dos projetos Casos e Causos, Humor e, especialmente, da implantação da área de Produção na OTV, uma emissora que foi criada pela empresa no sistema de tv a cabo. Digo, orgulhosamente, que fiz todo o alicerce de criação, implantação e contratação de um time responsável por 30 programas. Era um projeto arrojado e inovador. A OTV acabou sendo tirada do ar, mas me orgulho de ver a maioria dos talentos que eu ajudei a contratar brilhando hoje na tela da RPC. 

Ainda, em Curitiba, lá pelo ano de 2012, fui convidado pelo

Leonardo Petrelli (foto), da RIC Record, para assumir a Direção de Conteúdo. Um sonho para um profissional de mídia. Desenhei e implantei, com a ajuda da Ivete Azollini e um time de talentos, um belo projeto, que fez audiência média da emissora crescer de 3 para 7 pontos em Curitiba, revelamos  apresentadores, ganhamos prêmios de Jornalismo, viajamos para Antártica com equipes, mudamos a cara das chamadas da programação, criamos eventos de aproximação da comunidade, entre outras coisas. Foi muito bacana.

QUE JORNADA! E tem mais. Você pediu para explicar e estou falando então. Isso é que dá ter mais de 50 anos Ilivaldo. No ano de 2015 voltei para Maringá, onde fui diretor estatutário, de Comunicação e Marketing do Grupo Santa Rita, a convite do Hiran Moura Castilho. Fiquei um ano, mas deixei um legado e mapa de Marketing. Gosto de desenhar projetos nas empresas por onde passo, pois além de ser um compromisso, serve para direcionar a empresa, caso você precise sair. 

No ano seguinte, em 2016, voltei a Curitiba e assumi o RH e depois Produção da RIC TV, novamente, onde também recebi minha primeira demissão na carreira. Acontece! Confesso - é ruim, mas faz parte. Porque eu falo disso aqui: para dizer que na jornada e carreira estamos sujeitos a solavancos. A vida não é só flores. Agora, quem não passou por momentos assim? 

Desde 2017 faço parte da equipe de assessores do

jornalista e meu amigo (por mais de 20 anos de jornada na comunicação) Herivelto Oliveira. Fizemos muitos debates juntos, consultoria de reestruturação de emissores de rádio, tv e programas. Como bom aprendiz, a área de relações institucionais, onde fiz coisas embarcado em outras atividades, agora é meu dia a dia e tem sido de grande valia, de aprendizado, contatos e conhecimento. 

E A ÁREA PELA QUAL VOCÊ TAMBÉM É APAIXONADO, A EDUCAÇÃO? Desde que cheguei em Curitiba, lá por 2010, dou aulas em cursos de pós graduação em diversas universidades do Paraná. Já fui até em Campo Mourão no Integrado. Faz tempo que não vou aí Ilivaldo e está na hora de voltar, para rever o amigo, almoçar na Cantina de Colli com você e o meu amigo, cinegrafista Boanézio  (Buana) Magalhães -na imagem em reportagem na Bolsa de Chigaco. 

Verdade à parte, não é brincadeira: amo Campo Mourão e tratava a cidade, tanto na RPC como na VIAPAR, com grande carinho, levando projetos especiais para a cidade. 

Então, dou aula também na Tuiti e Unibrasil, de Curitiba, Fateb, de Telêmaco, Fag de Cascavel e Toledo, e Alfa, de Umuarama. Ainda, em Curitiba, dou aula no Centro Europeu. São aulas em módulos, geralmente aos finais de semana,  que posso conciliar com outras atividades. 

Junto com a Comunicação, a Educação é uma paixão.  Quando era criança, lembrei disso no Dia do Professor, queria ser professor. A gente não se liga, mas sonha e pensa e as coisas acontecem. Dei aula na Faculdade Maringá e Cesumar na graduação de Jornalismo.

Sonhei com as pós e aconteceu. Em 2010, chegando em Curitiba, fui indicado por um amigo, o Dátames, para a professora Patricia Blum, da Tuiuti e estou lá, até hoje, com a professora Denise Stacheski. Na Fag fui chamado pelo professor Osmar. Na Fateb é a professora Joseane Balan, na Unibrasil a Silvia Valin e em Umuarama, na Alfa, quem me referendou foi o Marçal Siqueira e o professor Marcos, me fez um gentil convite para conhecer o projeto deles. 

Amo dar aulas, pois repasso o que aprendi, estudo para ir dar aulas, faço valer o meu propósito e ainda faço amigos e descubro talentos. Não raro indico e já contratei muitos ex-alunos por onde passei. É muito legal isso. Não é uma benção? 

O QUE MAIS GOSTOU E GOSTA DE FAZER PROFISSIONALMENTE? Amigo, gostei de tudo, mas tenho pensado muito no que está por vir. Acredito que as lições do passado nos trouxeram até aqui, nos prepararam para o hoje e nos ajudam a escrever o futuro. Todas as minhas experiências, acredito, com seus prós e contras, contribuíram para eu chegar aqui. Claro, ajudar a colocar emissoras de tv em pé foi interessante, tocar o Rh da Viapar, que foi premiado e transformador também. Da

mesma forma, reestruturar emissoras de rádio e TV, mas sempre coloco meu foco e olho no futuro.

E, nesse sentido, para não fugir da sua pergunta, a história do livro MUNDO 6.0 é a mais recente e onde deposito muita esperança e sonho. Eu acredito no empreendedorismo e inovação e a semeada do livro me dá esperança. Vou falar mais ainda aqui sobre. 

QUANTA COISA! COMENTE A QUESTÃO DAS MENTORIAS E O LIVRO? Sim, ainda atuo como professor de cursos de pós-graduação em diversas universidades do Paraná, produzo o projeto cidadão TOP DE GESTÃO e faço consultoria e mentoria de profissionais e empreendedores. 

Sou co-autor de alguns livros e autor de MUNDO 6.0 - é pra lá que eu vou. Meu filho, na pandemia e que falo dele mais a frente, com certeza, se você permitir. Sou um homem cuidado por Deus, que manda anjos, em forma de gente, para me ajudar. 

Vou cuidar aqui para não citar nomes e acabar esquecendo de alguém, pois tenho muita gente que me ajudou na caminhada. Isso faz com que meu lema seja: FAÇA O MESMO. 

Acredito que sozinhos somos um, mas juntos podemos ir bem mais longe. Ajude alguém, mesmo que seja com algo pra você pequeno e insignificante. Vamos fazer a diferença na vida do próximo.  


FALE DO TOP DE GESTÃO, seu canal no YOUTUBE. Uma das coisas que faço e de bom gosto e coração, é um projeto cidadão, voluntário e colaborativo que é o TOP DE GESTÃO, que fomenta o empreendedorismo, gestão, inovação e universo das startups e empresas, contando cases de pequenas e grandes empresas, que inspiram novos empreendedores. Recente, por conta deste projeto, fizemos uma ação gratuita, com 30 entrevistas. Foram 10 horas, 59 minutos e 19 segundos de palestras com grandes feras do mercado que, on line e de graça, pelas redes sociais, se conectaram com pessoas do Brasil todo, compartilhando seus erros e acertos no mundo dos negócios. Tudo via o YouTube.

Penso que aqui posso ajudar pessoas e empresas com o que aprendi, como nesta série que fiz, logo que começou a pandemia, que chamei de FALA MENTOR. Foi em parceria com a RBV Rádios, do seu Flávio Brandalise e é tocada pela Karla e Fabiane.

Teaser – #FALAMENTOR https://www.youtube.com/watch?v=QnULQ56gStw

 Episódio 1 – #FALAMENTOR https://www.youtube.com/watch?v=uMBq3DCZObc&t=3s

 Episódio 2 – #FALAMENTOR https://www.youtube.com/watch?v=QfoAB7LqFr0&t=94s

 Episódio 3 – #FALAMENTOR https://www.youtube.com/watch?v=_hl-SnuaZFE

 Episódio 4 – #FALAMENTOR https://www.youtube.com/watch?v=xX6bnBZCCjA

 Episódio 5 – #FALAMENTOR https://youtu.be/oGtAuihidLk

No canal conto história de pequenos e grandes empreendedores. Digo que do pastel de feira, do rapaz da coxinha e cachorro quente, a grandes e milionários empresários, todos têm para ensinar e tem espaço no canal, que é pioneiro em falar de empreendedorismo e inovação. Aqui do Paraná ouvi em uma série especial o seu Mário Gazin.

CONFIRA ESTA SÉRIE COM O MÁRIO GAZIN: 

1 - https://youtu.be/4QzlbCrYlr4

2 - https://youtu.be/B7HA0EHBwyc

3 - https://youtu.be/gCpHaoj85cU

4 - https://youtu.be/Ys7WDeuyzhk

5 - https://youtu.be/jVoiwKOW9Oo


E tem dezenas de conversas por lá, inclusive elas estão no livro, em QR CODE. 

ENTÃO NASCIMENTO, DESDE QUANDO É APAIXONADO PELA VIDA?  Hahaha… essa é boa. Desde sempre. Tenho sim meus altos e baixos, mas sou um SR. ESPERANÇA. O melhor ainda está por vir, acredito sempre. E, por incrível que pareça, acredito em milagres, pois sou um deles. Sempre tive que superar obstáculos e, com o ajuda do Divino, de muito trabalho e alguns amigos, as coisas aconteceram. 

E DE ONDE VEM A PAIXÃO PELA COMUNICAÇÃO? Do meu

pai. Do berço, literalmente. Ele é um encantador de pessoas, um comunicador nato e simples. E ainda, do rádio, através dele.  Meu pai contava que tinha que ligar o rádio para que eu dormisse. Um rádio Philips, a pilha. E eu, lembro dele. Comia uma pilha que te conto. Elas ficavam (seguindo a lenda) em cima do fogão de lenha para dar uma carga. Hahaha… Não sei se funcionava, mas lá que ouvia a Turma da Maré Mansa, o Zé Bétio, o Osvaldo Betil, o Afanásio Jazadi e o Gil Gomes. Peguei um pedaço do Repórter Esso, do jornalístico da Tupi (Tupi na frente, da informação) e o Globo no Ar. Não posso esquecer de citar o Pulo do Gato, que ouvia quando era mais garoto, pela Rádio Bandeirantes de SP, apresentado pelo José Paulo de
Andrade (foto). Sobre o Pulo, foi honrado pelo amigo Marc Tawil, um radiofônico apaixonado também, com o convite para ir ao lançamento em São Paulo do livro Esse gato ninguém segura (do jornalista Cláudio Junqueira). Fiquei muito emocionado, pois o Zé Paulo estava lá, com toda uma geração de pessoas que eu ouvia e, com certeza, me inspiraram para ir para o jornalismo. O Zé Paulo foi, com certeza, um dos maiores âncoras do rádio brasileiro, campeão de audiência. Infelizmente morreu em 2020. Até fiz uma crônica para homenageá-lo.

https://www.youtube.com/watch?v=WYkN76J5660

A gente sintonizada em Ondas Curtas e Médias. Nem o FM existia há 40 anos atrás. Nossa, como é bom pensar na evolução que tivemos. 

Eu sempre ouvia muitas rádios, tanto aqui do Brasil, como do exterior. Das rádios do Rio Grandes do Sul (Gaúcha e Guaíba), subindo por Santa Catarina e Paraná (Marumbi, Clube, Atalaia, Clube, Novas de Paz), pelas citadas de São Paulo e Rio, Minas (Itatiaia) até a Nacional da Amazonas. Uma curiosidade, que sempre conto, é que eu ouvir a Rádio Relógio, que fica o dia todo dando a hora certa. Realmente é para quem gosta deste meio fantástico e mágico que é o rádio. Ela é do Rio e era do Observatório Nacional. Hoje está alugada para uma comunidade religiosa.  

Eu também ouvia rádios de fora do Brasil. Foi um hábito que herdei do meu pai, com certeza. Sintonizava, geralmente de noite, por conta do sinal, rádios da Argentina, Estados Unidos (Voz da América), do Equador (Voz dos Andes), África do Sul e muitas outras. Por conta da Guerra Fria os países usavam como forma de defesa e influência. Eram nossas atuais redes sociais. E outra coisa: eu escrevia cartas para as rádios que eu ouvia e ficava esperando as respostas e presentes, lá em Florestal, distrito onde eu morava. Está aí pra mim, que estudo os fenômenos da comunicação, um veículo fantástico, com uma força incrível e que, no seu tempo, foi bem usado pela humanidade, ao contrário do que acontece hoje, com a internet, igualmente meio espetacular, que vem sendo invadido negativamente pelas fake news, trollers e uso inadequado. 

Nota do Blog - abaixo, Ilivaldo Duarte e Jorge Cavanha, também apaixonado por rádio em Campo Mourão, e parte da sua coleção de rádios. 

NESSES ANOS TODOS, O QUE FAZ VOCÊ  GOSTAR DA SUA PROFISSÃO?  Em todas as áreas em que eu atuo (jornalismo, educação, meio executivo e mídias digitais) gosto de observar qual é o impacto positivo e de

transformação que estou provocando na vida das pessoas. Acredito que em tudo que fazemos só existe sentido se ajudamos o próximo a atingir um outro patamar. Mesmo que seja apenas um tijolo que a gente assente, já é alguma coisa. Cada ser humano tem uma missão na sua jornada e, nem sempre, o nosso papel é fazer o trabalho todo. Assim, somos formiguinhas de passagem por aqui. 

Outra coisa que me fascina é a possibilidade de debater, discutir, denunciar e ser voz para que as coisas melhorem. Na imprensa, nas salas de aula, redes sociais e até nas empresas tenho ousado ser uma voz, às vezes destoante. Hoje, no mundo empresarial, precisamos de alguns choques, entres eles de ética, liderança e gestão. O

problema é que a passividade e conveniência tomou conta dos gabinetes e, no final, por falta de coragem, todas acabam perdendo em meio a acidentes, erros estratégicos e até corrupção. Isso, até mesmo no meio empresarial. Neste cenário, na pior das hipóteses, um profissional que não conseguiu ser ouvido deve se organizar (arrumar outro trabalho) e pedir para sair. Acontece que tem muita gente que, pela comodidade e conforto de altos salários e bônus, acaba ficando. No Brasil já tem uma leva que virou hóspede da PF. 

Onde estiver, um talento especial e ser humano não pode se conformar com injustiça, falta de ética, corrupção, miséria, qualquer tipo de discriminação e intolerância. Acho que minhas atividades permitem que eu seja voz, seja equilíbrio e posição sobre causas importantes, que têm passado despercebidas.

COMO ANALISA OS TEMPOS ATUAIS DO JORNALISMO, REDES SOCIAIS E INFLUENCER DIGITAIS? Sou da velha guarda. Do bom jornalismo. Uma história começa com uma boa reportagem, uma entrevista e investigação. Provoco - o jornalismo acabou e muita gente briga. Daí explico: acabou do jeito que aprendi e precisamos de reinvenção. O ruim é que ganhamos agilidade das redes, mas perdemos em ética, formato, conteúdo. Estamos pobres e por culpa de todos os entes envolvidos: consumidores de mídia (se acostumaram a pobreza e não exigem qualidade), conteudistas, mercado empresarial, instituições e veículos de comunicação. 

Outra coisa: rede social e influencer digital não são veículos de comunicação e nem jornalistas. Generalizei para dizer

que mídia e produção de conteúdo é coisa séria, para profissionais preparados e treinamentos para saber mensurar o peso da comunicação. A sociedade e até autoridades, infelizmente, transformaram curiosos e experts em redes sociais em pseudo autoridades. Não passam de irresponsáveis, que têm feito um estrago enorme. Pior de tudo, os influencers povoam alguns veículos tradicionais, por conta do grande número de seguidores e repercussão que alcançam. Eu acredito que já temos um fenômeno inverso, onde autoridades, empresas, principalmente, acordaram para o risco que correm. Nada contra os blogueiros, youtubers e influencers, pois sou favorável a liberdade de expressão e imprensa, de forma indiscutível. Mas não dá para confundir jornalista e veículos profissionais com os amadores da comunicação, uma ciência complexa. 

QUAIS OS SEUS DESAFIOS? Tenho muitos, mas um deles vou citar aqui. Quero fazer com que MUNDO 6.0 cumpra sua missão de ser embaixador do empreendedorismo e da inovação, com cases inspiradores, de pequenos e grandes empresários. Quero que ele chegue em locais onde o tema precisa fazer eco, onde as pessoas precisem deste empoderamento, através do empreendedorismo. São localidades onde as pessoas não têm acesso a essa informação e esse tema e casos não chegam. O TOP DE GESTÃO, meu canal no YOUTUBE, faz isso há mais de 10 anos de forma colaborativa e gratuita nas redes sociais. Mas isso não é tudo. 

Queria que o TOP DE GESTÃO e o livro tivessem patrocinadores, para chegar a mais pessoas. Hoje eu sou o conteudista, patrocinador e operador. Um faz tudo no projeto, mas não posso reclamar: é minha escolha e propósito. Faço com muito amor e já temos sementes germinando. 

Já falei: minha vida sempre foi de vencer obstáculos e romper. Daí que, com recursos próprios, lancei o livro, para amplificar a mensagem e ele está indo para a segunda edição. São 2 mil exemplares. Parece pouco, mas vejo como as sementes de feijão que eu deixava na terra com uma matraca lá roça. Um punhado na terra e bem cuidado, virava um saco de feijão. Assim é que eu penso e vou semeando. Tenho orgulho de dizer que uma boa parte foi entregue gratuitamente para quem não podia comprar e ainda teve a super live, de conteúdo gratuito, sobre Empreendedorismo na Prática - Foram quase 11 horas de informação - https://youtu.be/YRBdOjrLzyU

Penso assim: estou semeando, com chuva ou sol, fazendo a minha parte. 

VIRANDO A CHAVE, COMO ESTÁ SENDO A EXPERIÊNCIA DE CONVIVER COM A  PANDEMIA? Nunca tínhamos vivido nada igual. Eu também enfrentei a pandemia nas minhas

diversas áreas de atuação. Vou pegar o gancho do livro, para falar um pouco. Como todo mundo, fiquei com medo e achei que ia vergar. Mas coloquei metas ousadas e intensas e fui atrás. Uma delas foi, a partir dos meus estudos e trabalho, escrever um livro em 100 dias e assim nasceu MUNDO 6.0, é pra lá que eu vou, para inspirar e ajudar empreendedores. A palavra chave do livro é REINVENÇÃO. 

E, esta palavra, resume a necessidade para o momento e o que vai se impor em nossas vidas daqui pra frente. Precisamos construir um mundo novo, não importa a forma com que fomos impactados pela pandemia. Perdi e perdemos muitos amigos e até familiares. precisamos continuar se cuidando e impondo novos hábitos ao nosso comportamento (sou a favor da máscara e distanciamento por mais um tempo), mas não podemos ficar parados, travados. Reinvenção é a tônica. 

Quem ganhou dinheiro na pandemia vai ter que pensar no futuro do seu negócio. Quem quebrou na pandemia vai ter que juntar os cacos para construir o novo. E, precisamos lembrar que o ser humano, ao longo da sua história, sempre soube ressurgir das cinzas. Não será diferente desta vez. Deus frente e avançar, essa deve ser a máxima. Ah - e precisamos aprender coisas com essa doença. Ela nivelou todo mundo. Mostrou que ninguém é mais que ninguém e que precisamos colocar nos nossos dias e passos diversidade, generosidade, compaixão e misericórdia. Para dar, sim, pois podemos precisar ser alcançados por mãos angelicais e amigas. 

O Planeta tem ficado cada vez mais pequeno. Depois do alcance rápido dos clicks da internet, agora temos a rapidez de um vírus mortal e ainda, nos ameaçam, as questões climáticas. Já passou da hora de entender que a TERRA entrou num ritmo de exaustão e colapso e, além do Divino, só os humanos, unidos, podem reverter este quadro acelerado de destruição. Ah - isso não é ser apocalíptico ou trágico - não precisamos ir longe. Se voltarmos à nossa infância, vamos enxergar rios que não existem mais, clima que mudou, animais que se foram e assim por diante. Me preocupa a falta de água, por exemplo. O recurso farto de outrora, virou motivo de racionamento em muitas cidades. Aqui mesmo em Curitiba, tivemos meses de rodízio. Como colocar uma luz de verdade em cima deste assunto, chamando todos os entes envolvidos para uma roda de conversa madura, sem histeria de qualquer natureza?

QUAL O LEGADO QUE VOCÊ TIRA DESTE PERÍODO? Meio

filosófico.  Só sei que nada sei e quanto mais sei e aprendo, só vejo que não sou nada.  Agora, juntos podemos ser mais.
Precisamos amadurecer e ter um pensamento grandioso, não de megalomania, mas de sentimento de que estamos no mesmo barco e precisamos nos unir. O primeiro passo é olhar para a minha casa, minha vizinhança, meu bairro, minha cidade e depois ir para outros ambientes. É a máxima de cada um fazer bem a sua parte. 

COMO É A SUA ROTINA?  Acordo cedo. Durmo cedo. Busco

me informar. Gosto de conhecer e ouvir pessoas. Sempre que posso, nunca almoço sozinho. Chamo pessoas para cafés. Leio, mais que posso, menos que gostaria.  Ainda assisto TV, mas só o que quero e gosto. Não virei maratonista de séries.

Gosto de fotografar tudo. Amo flores, carros antigos, coisas velhas. Amo dar aula, adoro aprender com jovens e mais velhos.  Faço caminhos diferentes nos meus trajetos. Vejo coisas novas. Adoro ouvir quem tem experiência de vida.

Sou um curioso e estudioso de comunicação. Gravo vídeos, faço posts de conteúdo e gravo podcasts. Não temo o mundo online e digital. É irreversível. Sonho em ter um pequeno sítio. Plantar horta, ter bichinhos e colher frutas. 

O que me deixa curioso, aprendo e faço. Chamo de meus laboratórios. 

O QUE MUDOU NA SUA VIDA COM A TECNOLOGIA, INTERNET....? Sai da máquina de escrever e do rádio caixão de abelha para a TV, internet e, agora, redes sociais, whatsapp, aplicativos. O rádio virou podcast, a Tv You Tube e as cartinhas para as rádios, redes sociais, fazendo uma analogia. Me espanta que foi em pouco tempo, fazendo com que a gente tivesse que a cada ciclo aprender coisas

novas e ferramentas. Uma evolução irrevogável e inevitável e, numa frase: ou embarcamos ou perdemos o
bonde. 

Em termos de tecnologia mudou tudo e muito. O que não pode mudar é o papel e forma de agir do ser humano frente a tudo isso. Vamos ou não ser substituídos por máquinas, robôs?  Essa pergunta tira o sono de muita gente, sendo que a questão não é exatamente essa. A questão é: o que nós, humanos, estamos imputando no cérebro desta máquina? Os robôs vão responder e aprender, por enquanto, o que nos adicionar nas suas memórias de inteligência artificial e machine learning.

ESCREVER É JEITO OU DOM?  Poder ser um dom sim, mas que pode ser trabalhado, exercitado. Uma pessoa que tenha dificuldade em escrever, com dedicação, pode vir a ter um bom texto. Aliás, escrever é uma arte e a magia maior está em se estabelecer um laço de diálogo e uma conversa com o leitor. Amo escrever e digo que estou engatinhando. Só escreve bem quem lê muito, conversa e ouve pessoas e consegue ser muito observador. O escritor, de qualquer gênero, não é nada mais que um observador atento, que ousa contar, em texto, o que teve oportunidade de registrar. Concorda. Ser um bom contador de histórias, essa é a magia. 

QUALQUER UM PODE VIRAR JORNALISTA? Sim. Com certeza. Eu, particularmente, defendo a formação

acadêmica profissional ou ainda o provisionamento de profissionais que exerçam a atividade. Por mais que tenhamos tantas polêmicas atualmente em torno da atividade, por conta da polarização em que vivemos, defendo a importância dos jornalistas na formação da nossa sociedade. Somente com jornalistas e imprensa livres, independentes e éticos é que vamos crescer. 

O que seria do Brasil se não fosse a coragem de jornalistas e veículos em denunciar os desmandos que vivemos nos últimos anos? Por mais jornalistas profissionais, competentes, ousados, com paixão pelo furo de reportagem, em divulgar a verdade e veículos que dêem espaço para esse tipo de conteúdo. 

Como já falei, defendo e destaco a importância das redes

sociais, mais me preocupa a forma com que tratam as informações. Um jornalista profissional busca, incansavelmente, a verdade e, antes de publicar qualquer notícia e informação, pensa no impacto que ela vai causar na vida das pessoas. Isso está fora de questão, na maioria dos casos, na insanidade das redes sociais. Não podemos ter censura, jamais, mas não podemos perder o controle das redes pois, como a força que têm, podem provocar um estrago irreparável. Já passou da hora da sociedade acordar para um amplo debate sobre o papel da internet e redes sociais.

 
COMO OBSERVA ATUALMENTE O INTERESSE DOS CIDADÃOS. HÁ UMA MUDANÇA DE POSTURA, ATITUDE E VISÃO GERAL?  Sou muito crítico. Já fomos mais bem formados e o nível de exigência dos consumidores de mídia

anda muito baixo. O jornalismo na TV anda precarizado. As emissoras estão entregando coisas muito ruins, com raras exceções. O jornalismo televisivo brasileiro, que sempre foi modelo, anda caindo pelas tabelas, especialmente no conteúdo regional. Por conta da crise, falta de verbas, de criatividade, pressão das redes sociais, falta de interesse do público e falta de criticidade da audiência. 

O que eu vejo na tela não me agrada. Anda deprimente. Um dia desses o pessoal da academia me ligou pedindo para falar sobre a inovação de uma emissora de TV na cobertura durante a pandemia. Eu disse que as empresas não inovaram e não criaram nada, a não ser que alguém ache que inovar é colocar um repórter de máscara. A TV brasileira, digo novamente, com raros casos positivos, não fez mais do mesmo na pandemia. Fez menos, muito menos, em termos de formato e conteúdo na cobertura da pandemia. Divulgamos, sim, mas ficamos devendo muito em termos de informação e, especialmente, jornalismo investigativo e científico. No informativo fizemos um bom feijão com arroz, apenas. Não tem mais nem ovo frito nessa mistura.   

TRÊS PERSONALIDADES E POR QUÊ? Jesus,  meu pai e Martin Luther King. Jesus, líder por excelência. Sabedoria, foco e humildade. Meu pai, seu Nelson - meu mentor. Simples e inteligente. Luther King - com sabedoria e ousadia colocou a causa negra no debate mundial. 

QUAL SEU ESPORTE PREFERIDO? Ilivaldo - confesso. Não sou desportista. Mas gosto de caminhar e pedalar um pouco, além de academia, por necessidade de qualidade de vida. Aliás, coloquei e recomendo este desafio na minha jornada e tem sido de grande valia. 

TIME DO CORAÇÃO? ÍDOLO? Olha, nunca fui um grande torcedor daqueles fanáticos, que sabem da escalação, vão no estádio, assistem na tv e etc, mas gosto de dois times: Corinthians e Atlético Paranaense. 

Nota do Blog: nas imagens acima homenagem a torcida atleticana e amantes do futebol, e póstuma a lenda Sicupira, que faleceu em 2021.

Meus ídolos no futebol, atletas que admiro, são do século passado. Entre eles Zico, Roberto Dinamite, Sócrates e Marcelinho Carioca. Num novo mundo e forma de viver e ver as coisas, não coloco na minha lista de ídolos do futebol os mais modernos brasileiros, como Ronaldo, Ronaldinho e até Neymar. 


QUAL O MELHOR TIME QUE JÁ VIU JOGAR?  Não sou muito ligado aos esportes, mas gostaria de fazer alguns destaques.

Hoje, não acompanho muito futebol, mas diria que trago boas memórias, como por exemplo:

1. Time do Flamengo, que tinha na sua escalação os jogadores Zico, Adílio, Junior e Nunes. O Ilivaldo, especialista em esportes, deve lembrar do que estou falando. 

2.  Da mesma época o Corinthians que tinha Sócrates, Alfinete, Biro Biro e até o Casagrande. Era bonito ver esses times entrarem em campo.

3. E, da mesma época, a Seleção Brasileira, de 1982, que tinha alguns dos craques citados. Jogava bonito demais, mas não conseguiu se sagrar vencedora da Copa, mas deixou saudades. 

4. No volei, como não citar a seleção que tinha Bernardinho, Renan, Bernard e outros. Um time que deixou lições dentro e fora das quadras. Histórico. 

UMAS E OUTRAS

ÉTICA É....? Inegociável. Tão vital como água e comida, mas que, infelizmente, anda sendo flexibilizada. Muita gente flertando com a falta de ética, por conveniência. Uma tristeza. Somos firmes em ver, reclamar e denunciar a falta de ética, por exemplo, na política. Uma verdade. Mas me

preocupa, entristece e espanta, como executivo e professor de pós graduação em cursos de gestão, de ver como este mal enveredou e faz estragos no meio corporativo. 

Por esse movimento, entre outros, Governança e Liderança, fazem parte dos meus temas nas universidades. Procuro mostrar a realidade para inspirar nossos futuros líderes. Olha - a coisa não anda boa quando o assunto é liderança no mundo empresarial. Temos um apagão, um verdadeiro blackout e precisamos colocar o dedo nesta ferida. Triste de ver como empresas de destaque são vítimas de executivos sem pudor e caráter, carreiristas apenas, que tem provocado estragos na reputação e cofres de companhias sérias. Ultimamente, compliance, governança e ESG viraram mais que temas da moda. São imprescindíveis no mundo dos negócios. 

MÚSICA......? Gospel, Popular Brasileira e algum Rock Nacional… Gosto ainda de alguns sertanejos, daqueles antigos e raiz e, ainda, da gaúcha tradicionalista. Sou fã ainda de música clássica. Tudo, é claro, no seu devido tempo e ambiente. 

LIVRO....? Muitos, mas a Bíblia é o número 1. Ela, escrita há mais de 2 mil anos, continua atual e, claro, precisa ser lida sob a luz dos nossos tempos. Abuso e ouso dizer: tá na hora de escrevermos um novo capítulo, pelo menos, do que vivemos deste Evangelho. Não é heresia. Temos muitas histórias contemporâneas dignas de inspirar futuras gerações. 

E tem muitos outros livros: gosto de um livro que me inspirou e foi de meu avô: “Em seus passos o que faria Jesus”. Um choque confrontante sobre os nossos hábitos e escolhas. Uma lição de ética. 

Gosto muito de livros de gestão e tenho uma lista enorme, que posso passar a quem quiser. Basta me acionar pelo zap 41 99270 1011, dizendo que leu aqui no Blog do Ilivaldo. Estava pensando aqui, acho que vou gravar um vídeo sobre esses livros. Que tal?

RELIGIÃO.... ? Religare - conexão com um ser maior, o CRIADOR, DEUS.  A religião está desacreditada, falida, por assim dizer, por conta dos humanos querendo fazer o papel do Divino, mas continua sendo o laço que gera o hábito de querer estar perto, falar e entender que DEUS é o soberano e ele governa. 

Ele, inclusive, está acima das igrejas, templos bonitos, placas, slogans, arautos e pregadores. Aliás, ainda bem.

Então, sendo assim, prefiro escolas e igrejas do que presídios. Nesse ponto a religião é muito importante, mas ela não pode ser opressora, vingativa, dogmática e dona da verdade. Chega de rancor entre as congregações que dizem levar o povo ao céu. Imagino se os brigões se encontram no Paraíso? 

Sou do tempo em que, infelizmente, as pessoas hostilizavam a fé e a espiritualidade das outras. Precisamos de grandeza e tolerância religiosa. Não somos nada mais que pó e quem pode ser assertivo quanto ao futuro e dizer que seu caminho é melhor do que o do outro?

Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Não é assim que está escrito - então que a gente persiga este alvo. Penso que os cristãos, especialmente, tem uma visão e olhar a respeito do futuro da humanidade, mas antes deste fim nosso compromisso é de sermos aqui embaixadores do reino que acreditamos existir e para onde estamos indo. Então, não apenas no espaço físico da fé, com o padre, pastor ou líder espiritual, mas em todos os momentos somos pequenos “cristos” (afinal, somos filhos de Deus) a aprender, compartilhar, ajudar e a ser apoiado. Qual é a luz que eu estou espalhando ao meu redor, na escola, trabalho, vizinhança e comunidade? Qual é o tempero que estou deixando no gosto das pessoas, visto que me considero sal. Enfim, religião e espiritualidade: está aí um tema no qual só vivendo um dia de cada vez é que podemos crescer mas, aqui no plano terreno, não chegaremos ao ponto perfeito. 

UMA ESPERANÇA…? A esperança (amo) é o que me dá vida e, depois de uma pancada ou solavanco, me possibilita olhar para o futuro com fé de que tudo pode ser melhor. A

esperança, pra mim, vem de DEUS. Ele nos faz tomar pé do momento, olhar por onde caminhamos, ver o quanto Ele nos ajudou e, ainda, enxergar onde podemos chegar, o que podemos fazer e construir para o nosso bem e das pessoas. 

Quem já viu uma árvore cortada agressivamente e que, depois de meses começa a brotar, consegue entender, subjetivamente, o que é esperança. Numa seiva curta que corre, nas gotas de água que chegam à sua raiz, a planta renasce. Esperança é o efeito Fênix da mitologia. E, de novo, não importando quem somos, nossa conta bancária e etc, todos os humanos passam por seu tempo de nascer e renascer, algumas vezes. Em maior ou menor grau. A pergunta é: o que aprendemos com isso.  Esperança é uma graça e felizes os que esperam, especialmente em DEUS, pois renovam suas forças. 

UM SONHO.....? Tenho muitos. Agora, para falar assim: ter um sítio pequeno e poder ter recursos para desacelerar, mas ainda não deu. 

SAUDADES...? Do meu pai, da infância. 

QUE LEGADOS QUER DEIXAR? Acho muito importante que a gente tenha um PROPÓSITO, uma razão de existir, mas seria muita pretensão minha pensar nisso. Vamos fazendo,

somando e construindo, sem preocupação de reconhecimento. Quero fazer o bem, mais e melhor. O resto é consequência. Penso na vida como uma semeada e o ideal é ir deixando sementes. Ao seu tempo e na hora certa e terreno ideal, vão germinar. 

Então minha preocupação é com o que eu tenho em mãos, o que eu posso fazer hoje em gestos concretos, em cima de cada questão e causa onde estou inserido, como trabalho, família, comunidade, grupo de fé e espiritualidade. Entre outros, alguns temas pra mim são muito preciosos, tais como: ética, política, comunicação, gestão, liderança, empreendedorismo, livros, startups, agricultura, comunicação, transformação digital, mídias sociais, futuro, tendências, rádio e televisão. Vou aprendendo, debatendo e discutindo nestas assuntos, nas minhas áreas de influência e onde as portas se abrem. 

Numa outra frente, que considero importante demais, são temas de âmbito muito pessoal (hobbies), como antiguidades, carros antigos, fuscas, qualidade de vida, espiritualidade e oração, flores, fotografia e network. 

UM " GOLAÇO" QUE MARCOU NA SUA VIDA E COMEMOROU MUITO... Fiz algumas coisas na vida. Algumas muito simples, que considero um golaço, como se refere e algumas mais interessantes. Tudo depende né.  Um dia, quando morava em Maringá, na Avenida Colombo, parei meu carro para tirar uma pessoa alcoolizada do meio da rua. Passados alguns dias alguém me encontrou e relatou o feito, como sendo um golaço. Eu acho que os pequenos gestos, que muitas vezes fazemos no oculto, escondido, são os golaços. Os demais fazemos para animar nosso ego e ter aprovação. Ser o melhor talento, construir isso ou aqui. 

Já que falamos sobre ética há pouco, ouvi uma vez que ética é aquilo que fazemos quando ninguém está vendo. Ali, no recôndito, está o nosso verdadeiro eu e DNA.

Gosto de ver muita gente que ajudei na carreira se dando bem na vida. Fico feliz: faz parte da minha missão e propósito, que é potencializar o talento das pessoas para que elas alcancem grandes resultados. 

 O MOMENTO ATUAL DA SUA VIDA É..?.   Quero ter um neto e, ainda, tantas outras coisas. A vida faz sentido quando temos sonhos e novos projetos. Às vezes, pelas pedras no caminho, entregamos, escondemos, guardamos e até perdemos nossos sonhos. Eles dão sentido à vida e nos forçam a se manter em pé. O poeta diz: A vida é luta renhida, que os fracos abatem, que os bravos só podem exaltar. Viver é lutar, lutar é viver (Gonçalves Dias, nas aulas de literatura da Dona Lídia Rocca).

Pobre ou rico, o humano tem suas lutas e viver não é simples para ninguém, por isso precisamos colocar DEUS a frente e criar sonhos, projetos, metas e propósitos. Avançar sempre e estar aberto para o novo.

QUAL PROJETO QUER REALIZAR?  Desenhar e implantar mais um amplo projeto de reestruturação de um grupo de comunicação ou outro negócio, focado em resultado, tendo inovação e gestão de pessoas como base. Já fiz alguns. Quero mais um, dois… três, quem sabe.

No caso de grupo de comunicação, por exemplo, num setor que está em crise (nos meios tradicionais) tirando o melhor de cada canal, plataforma e implantando novos formatos, conteúdos e experiências de comunicação, integrando cada área da empresa e extrapolando isso para o cenário externo, conectando muito com o mundo digital. 

Já fiz isso algumas vezes, em rádio, tv e meios digitais. Acredito que, com o que tenho visto e estudado, de gente, gestão, tendências e comunicação, dá para fazer uma boa revolução do que vemos aí. Muitas empresas de mídia vão falir, fazer fusão e ainda, passar por um processo (que depende de regulamentação) de aporte de capital estrangeiro. Só os grandes no Brasil e pequenos regionais, por incrível que pareça, têm fôlego para se manter no mercado. Me diz: porque uma grande empresa vai precisar gastar milhões em mídia, por exemplo, num canal de TV, se ela pode ter o se próprio canal e falar, com quem quiser, na
hora que quiser, pelos meios digitais, gastando muito menos?

Aí tem reflexões para uma longa conversa. E qual será o papel dos novos grandes players do mercado de mídia digital (Google, Facebook, por exemplo), que são detentores das maiores marcas de audiência no mundo online? As empresas de comunicação não serão mais apenas empresas de mídia. Precisam entregar mais e usar o legado de audiência e confiança para fazer negócios e pagar as contas. Enfim, muita coisa a se desenrolar neste campo. 

QUAL VIAGEM GOSTARIA DE FAZER? Sempre gostei, por influência do meu pai, de Israel. Não tive ainda a oportunidade de conhecer a Terra Santa. Estava nos meus sonhos, levar meu pai até lá, mas ele foi embora. Então, tenho esse sonho, de um dia ir a Israel e, de quebra, a alguns países do Oriente Médio. Penso que deveria ser uma viagem guiada, para ser bem informativa.        

                                                               

SER CONVIDADO PARA ESTA ENTREVISTA DE DOMINGO NO BLOG DO ILIVALDO DUARTE? Uma honra. Um presente de DEUS e do meu amigo Ilivaldo, que admiro e respeito muito como ser humano, homem de fé e talento profissional. Sua dedicação pela Coamo e a causa cooperativista são exemplares. Participar da entrevista foi uma viagem no túnel do tempo, que fiz com amor, pois a cada pergunta voltava ao passado, revisitando e degustando cada acontecimento. Temo ter esquecido algo ou alguém, mas não foi por mal. Além do texto, revisitei meus álbuns de fotografias. Foi rico e emocionante. Já caminhamos um pouco, o que nos anima para uma jornada ainda maior e melhor, com DEUS a frente. 

Giovani Ferreira, Ilivaldo Duarte, José Nascimento e Samuel Milléo Filho - evento cooperativista.

RECADO AOS LEITORES: Obrigado pela generosidade e carinho, se conseguiram chegar até aqui. Levei a entrevista a sério e abri meu coração, como se estivéssemos conversando numa tarde de sábado, debaixo de uma árvore, num gostoso sítio. Então, gratidão mesmo. Foram heróis. 

PRESENTE PARA OS LEITORES:  Illivaldo, para quem mandar um ZAP para o 41 99270 1011, dizendo que leu a entrevista, vou dar um desconto especial na compra do livro “MUNDO 6.0”. Quem gostar de ler digitalmente (eu ainda não tenho este hábito) pode encontrar o nosso livro na AMAZON.

PRA TERMINAR: VOCÊ FALOU QUE O LIVRO GEROU OUTROS PROJETOS. QUAIS? Sim, verdade. Eu tenho alma de aprendiz e coração de educador. Tenho colocado a minha experiência profissional e de professor, a serviço de

empresas, empreendedores e executivos. E, nesse sentido, trabalho fazendo mentoria, consultoria, palestras e treinamentos. Entre os meus temas estão empreendedorismo e inovação, tendências e criatividade, gestão de pessoas, governança, negociação, marketing, comunicação e estratégia digital, entre outros. 

O que eu aprendi, como executivo e colaborador de empresas, o que vi visitando companhias e ouvindo seus fundadores ou estudei, são conteúdos que preciso disponibilizar para outras pessoas. Conhecimento é movimento. Não faz mais sentido ter uma biblioteca, por exemplo, ou guardar pra gente o que aprendemos. Tudo fica velho do dia pra noite e o ideal é fazer da informação. 

Ilivaldo, mais uma vez, obrigado por essa oportunidade de conversar com seu público e, daqui, sigo à disposição de todos.


Viva a história! Viva o jornalismo! Viva os bons exemplos!