O Paraná está em luto. Embora fosse catarinense, nascida em Forquilhinha, Zilda Arns Neumann já era paranaense de coração, pois, por suas ações frente à Pastoral da Criança e a Pastoral da Pessoa Idosa, há muito os paranaenses a consideravam uma de suas conterrâneas mais queridas. Pediatra e sanitarista, Zilda Arns, criou, em 1983, junto com Dom Geraldo Majela Agnello, hoje Cardeal Arcebispo Primaz de São Salvador, a Pastoral da Criança, um método para educar famílias pobres através de líderes comunitários, evitando doenças e, principalmente, a desnutrição infantil. Em 25 anos de atuação, a entidade atende mais 1,9 milhões de gestantes e crianças menores de seis anos, 1,4 milhões de famílias pobres de mais de quatro mil municípios brasileiros.
E foi exatamente por sua atuação frente à Pastoral da Criança que Zilda Arns estava Porto Príncipe, capital do Haiti, no momento em que aquele país sofria uma das maiores catástrofes de sua história. Zilda morreu dentro de uma igreja, onde, momentos antes, proferira uma palestra a mais de 150 pessoas sobre as ações da entidade que coordenava de maneira admirável. Seu corpo, segundo relato divulgado no site da Pastoral da Criança, não foi soterrado e sim atingido por um pedaço do teto que desabou no momento do tremor que causou a morte de milhares de pessoas naquele país.
Quem teve a oportunidade de conhecê-la informa que ficavam surpresos que, aos 75 anos, ela conservasse tanta vitalidade e disposição para realizar seu trabalho e divulgar para o mundo ações que, a seu ver, ajudariam a melhorar a qualidade de vida daqueles que mais necessitam de nosso apoio: as crianças. Pessoalmente tive a oportunidade de conhece-la em uma Conferencia Distrital do Rotary Clube, em Maringá.
Em suas últimas palavras, num lugar marcado pela violência e desrespeito aos direitos humanos, Zilda Arns afirmou que a paz é uma conquista coletiva, que começa no coração das pessoas e se fundamenta no amor, que tem suas raízes na gestação e na primeira infância, transformando-se em fraternidade e responsabilidade social.
Para Zilda Arns, que será para nós, brasileiros, sempre um exemplo a ser seguido, a solução para a maioria dos problemas pelos quais passa a humanidade está na redução urgente das desigualdades sociais, com o fim da corrupção, a promoção da justiça social, acesso à saúde e educação de qualidade, entre outros meios que dependem, e muito, da união das pessoas pelo bem comum.
A data de 13 de janeiro de 2010 foi um dia triste para todos, principalmente para aqueles que perderam parentes e amigos ou ainda amargam o desespero da falta de informações. Por tudo o que fez e que representa, como uma brasileira que sempre se negou a aceitar as coisas como elas se apresentam, deixando de lado as críticas vazias e passando diretamente às ações, a data também será lembrada com saudades por muitos e muitos anos por milhões de pessoas que um dia receberam a visita de um dos voluntários das entidades coordenadas por esta mulher.
Embora sua biografia registre diversos títulos, premiações, entre outras homenagens, lembraremos sempre da Dra. Zilda com a expressão meiga, a tenacidade de suas ações e a disponibilidade de estender sempre sua mão ao próximo.
O que nos resta é seguir seu exemplo, que pode ser resumido nas suas próprias palavras, proferidas ao concluir sua palestra, momentos antes de seu falecimento: “Como os pássaros que cuidam de seus filhos ao fazer seus ninhos no alto das árvores e nas montanhas, longe dos predadores, ameaças e perigos e mais perto de Deus, devemos cuidar de nossas crianças como um bem sagrado, promover o respeito aos seus direitos e protegê-los”.
E foi exatamente por sua atuação frente à Pastoral da Criança que Zilda Arns estava Porto Príncipe, capital do Haiti, no momento em que aquele país sofria uma das maiores catástrofes de sua história. Zilda morreu dentro de uma igreja, onde, momentos antes, proferira uma palestra a mais de 150 pessoas sobre as ações da entidade que coordenava de maneira admirável. Seu corpo, segundo relato divulgado no site da Pastoral da Criança, não foi soterrado e sim atingido por um pedaço do teto que desabou no momento do tremor que causou a morte de milhares de pessoas naquele país.
Quem teve a oportunidade de conhecê-la informa que ficavam surpresos que, aos 75 anos, ela conservasse tanta vitalidade e disposição para realizar seu trabalho e divulgar para o mundo ações que, a seu ver, ajudariam a melhorar a qualidade de vida daqueles que mais necessitam de nosso apoio: as crianças. Pessoalmente tive a oportunidade de conhece-la em uma Conferencia Distrital do Rotary Clube, em Maringá.
Em suas últimas palavras, num lugar marcado pela violência e desrespeito aos direitos humanos, Zilda Arns afirmou que a paz é uma conquista coletiva, que começa no coração das pessoas e se fundamenta no amor, que tem suas raízes na gestação e na primeira infância, transformando-se em fraternidade e responsabilidade social.
Para Zilda Arns, que será para nós, brasileiros, sempre um exemplo a ser seguido, a solução para a maioria dos problemas pelos quais passa a humanidade está na redução urgente das desigualdades sociais, com o fim da corrupção, a promoção da justiça social, acesso à saúde e educação de qualidade, entre outros meios que dependem, e muito, da união das pessoas pelo bem comum.
A data de 13 de janeiro de 2010 foi um dia triste para todos, principalmente para aqueles que perderam parentes e amigos ou ainda amargam o desespero da falta de informações. Por tudo o que fez e que representa, como uma brasileira que sempre se negou a aceitar as coisas como elas se apresentam, deixando de lado as críticas vazias e passando diretamente às ações, a data também será lembrada com saudades por muitos e muitos anos por milhões de pessoas que um dia receberam a visita de um dos voluntários das entidades coordenadas por esta mulher.
Embora sua biografia registre diversos títulos, premiações, entre outras homenagens, lembraremos sempre da Dra. Zilda com a expressão meiga, a tenacidade de suas ações e a disponibilidade de estender sempre sua mão ao próximo.
O que nos resta é seguir seu exemplo, que pode ser resumido nas suas próprias palavras, proferidas ao concluir sua palestra, momentos antes de seu falecimento: “Como os pássaros que cuidam de seus filhos ao fazer seus ninhos no alto das árvores e nas montanhas, longe dos predadores, ameaças e perigos e mais perto de Deus, devemos cuidar de nossas crianças como um bem sagrado, promover o respeito aos seus direitos e protegê-los”.
Neri José Thomé escreve aos sábados para o jornal Tribuna e também para este BLOG.
Nenhum comentário:
Postar um comentário