17 de abr. de 2010

ENTREVISTA DE DOMINGO: HEDIR VECHI


Não há uma pessoa risonha e encantadora, provida de carinho e alegria, que vive e luta com amor como a dona Hedir Vechi - homenageada neste final de semana aqui no BLOG na ENTREVISTA DE DOMINGO. As primeiras palavras deste texto é uma versão da letra do Hino da terra natal desta mulher de fibra que faz muito bem aos outros- vide no final deste entrevista.
Quem vive ou acompanha a atuação desta caciquense - nascida em Cacique Doble, no Rio Grande do Sul e que já morou em Santa Catarina, na cidade de Lages e desde 1961 no Paraná, em Campo Mourão, sabe o que é ser voluntário e o verdadeiro sentido dos verbos "Amar" e "Servir".

Dona Hedir completou este mês 80 anos de vida sendo um exemplo para todos os mourãoenses e em especial para a Comunidade da Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Copacabana/Vila Rio Grande. Viva!

Conheça a história e o que pensa esta caciquense que há 50 anos faz parte da Ordem Franciscana e há 25 anos ajuda e cuida da Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
"A Religião é indispensável, não sei como seria se não tivesse uma religião. Rezo o terço diariamente, aprendi com a vó Nemézia que botava as crianças de joelho rezando o terço na beira da cama. Com minha família a gente rezava o terço depois na janta e na mesa, e só depois íamos lavar a louça", conta.
Um ótimo domingo e uma excelente semana.
QUEM É HEDIR VECHI? Nasci em 2 de abril de 1930 em Cacique Dobre, no Rio Grande do Sul, que foi distrito de Lagoa vermelha e próximo a Marcelino Ramos.
Igreja matriz em Cacique Doble, no RS
Sou filha de Hermes e Nadir Guimarães Vechi.
Com a família: Hedir, a mãe Nadir, o pai Hermes e a irmã Terezinha; sentados: Maria Amélia, Vicente e Iracema).
Tenho sete irmãos (Vicente, Paulo, Luis Fernando, Terezinha (que é a mais velha da família e tem 1 ano e 10 dias a mais que eu), Iracema, Maria Amélia e Rosa). Somos em três irmãs solteiras (eu, a Terezinha e a Maria Amélia). Minha mãe faleceu há 26 anos e o meu pai há 46 anos. O meu pai que sempre foi o esteio de casa foi exemplo, era correto, enérgico, muito inteligente e tratava a minha mãe como uma rainha.

Hedir e duas amigas na década de 40.
Onde e como foi sua infância? Em Cacique Doble mas fui estudar em Lages (SC) onde oi meu pai tinha uma serraria. Anos mais tarde, em 1961 viemos para Campo Mourão. Aqui, o Vicente e o Paulo montaram um comércio em Nova Cantu e nós ficamos morando em Campo Mourão.
Há quase 30 anos moro na mesma casa com as minhas irmãs Terezinha e Amélia. A Terezinha foi auxiliar de Enfermagem na Secretaria Estadual de Saúde há 40 anos, uma pessoa sossegada e tranqüila; Amélia foi professora de 28 anos, aposentada e gosta de estar sempre do meio do povo e eu gosto de servir, ajudar a comunidade e a cuidar dos doentes.
Com as irmãs Maria Amélia e Terezinha: família unida.
COMO A SENHORA SE DEFINE? Sou uma pessoa serena e calma que gosta de amar e servir. Faço tudo com amor e há 25 anos ajudo a nossa comunidade lavando e passando as toalhas e roupas que são utilizadas nas celebrações.
Ao lado da amiga Mercedes e do Arcebispo Dom Mauro.
COMO É ESSE TRABALHO NA IGREJA? Moro na Perimetral Tancredo Neves que está na entrada do Jardim Copacabana há 30 anos e há 25 ajudo a cuidar dos materiais e preparação do que for utilizar nas celebrações na nossa Igreja, da Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Vivo na obediência de Deus e tenho uma grande alegria em ajudar a quem precisa. Aprendi isso quando a minha mãe estava doente e eu tinha que ajudar a criar os meus irmãos.
Participo da Ordem Franciscana secular há 50 anos e sou consagrada como leiga, quase freira. A nossa Capela integra a Ordem Franciscana da Fraternidade Frei Leão sendo a única na Diocese de Campo Mourão. A Ordem tem atualmente a participação de 15 mulheres, a maioria residente aqui na região do Jardim Copacabana/ Vila Rio Grande.
COMO É O SENTIMENTO DE ALÉM DE AJUDAR OS NECESSITADOS TAMBÉM ENSINAR A QUEM PRECISA? Meus verbos são amar e servir, me sinto muito bem em ajudar o próximo.
Em 2003 montamos a Escola Mamãe Cecília no salão da Capela onde uma vez por semana reunimos várias pessoas da comunidade para aprender corte e costura, bordado, crochê, pintura em tecidos, macramê.
Eles aprendem e muitos já estão inclusive ganhando dinheiro e sua renda com o que aprenderam.

QUAL SUA TRAJETÓRIA ESPORTIVA? No esporte jogava queima com bola de meia em Cacique Noble e era uma grande jogadora.
QUAL SEU ESPORTE PREFERIDO, TIME DO CORAÇÃO E IDOLO? Meu time é o Grêmio, o da minha irmã Amélia são dois (Inter e Palmeiras) e do da Terezinha é o Flamengo. Inclusive assisti o time do Grêmio nos anos de 50/51 jogar em Lagoa Vermelha.
QUAL PROJETO QUE GOSTARIA DE REALIZAR QUE AINDA NÃO FOI? Gostaria de ter sido freira e não pude, pois minha mãe estava doente e a “minha maior felicidade então foi ter cuidado dos meus irmãos”.
RELIGIÃO É ... indispensável, não sei como seria se não tivesse uma religião.
Rezo o terço diariamente, aprendi com a vó Nemézia que botava as crianças de joelho rezando o terço na beira da cama.
Com minha família a gente rezava o terço depois na janta e na mesa, e só depois íamos lavar a louça.
A ORAÇÃO É .. tudo, sem ela não tem amor. A oração não cai no chão.
Há 50 anos faço a Novena do Espírito Santo nessa época durante 9 domingos. Na foto ao lado com o padre Ricardo Arica, o primeiro Sacerdote da Diocese de Campo Mourão ordenado em 2010.
O MOMENTO ATUAL DA SUA VIDA É..A minha saúde está ótima, tenho muitos amigos e sou muito feliz, graças a Deus.
O MOMENTO DA SENHORA ATUANDO NA IGREJA É amar muito a comunidade, entrega total a quem precisa, principalmente aos doentes.


A CAMPO MOURÃO DO PRESENTE É... uma cidade linda, maravilhosa que vi crescer. Antes não era nada, só tinha buraco e mato.
A CAMPO MOURÃO DO FUTURO SERÁ... maravilhosa, se não tiver violência.
O GOVERNO NELSON TURECK É... está fazendo um bom trabalho.
O GOVERNO LULA É... tem coisas boas e coisas ruins. A distribuição das cestas básicas e de um monte de “Vale” está deixando o povo muito acomodado e sem vontade de trabalhar.
QUAL O SENTIMENTO DE RECEBER ESTÁ HOMENAGEM E PARTILHAR UM POUCO DA SUA VIDA E DA SUA HISTORIA?PDe muita felicidade com o coração alegre, passa um filme na cabeça da gente, lembro da minha infância e juventude, da minha vida. É muito bom.
Atuando na comunidade: Dona Hedir não para nunca.
QUAL FRASE DEIXARIA PARA OS LEITORES DO BLOG? “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará”
Com as irmãs Terezinha e Maria Amélia: fazendo próximos mais dignos e felizes
QUAL O RECADO PARA OS LEITORES DO BLOG? Nós temos que amar a Deus e ao próximo para ser feliz.
Cacique Doble é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Nome tuxaua, adotado sobrenome castelhano. O município caracteriza-se pela existencia de duas tribos: kaigang e tupi-guarani. O nome do município Cacique Doble originou-se do Cacique Indígena Faustino Ferreira Doble, da tribo caingangues. Hoje, são mais ou menos 650 índios ali vivendo. Dedicam-se também ao artesanato, confeccionando peneiras, balaios, chapéus, arcos e flechas.
A colonização iniciou-se por volta de 1903, quando chegaram na região as primeiras famílias de italianos, procedentes de Caxias do Sul. Em 01 de janeiro de 1916 a Câmara Municipal de Vereadores da Lagoa Vermelha resolveu promover Cacique Doble à sede de distrito. Em 01 de junho de 1964, Cacique Doble foi emancipado.
Cacique Doble conforme o Censo de 2008 tem:
• População Total (2008): 4.830 habitantes
• Área (2008): 203,9 km²
• Densidade Demográfica (2008): 23,7 hab/km²
• Taxa de analfabetismo (2000): 13,32 %
• Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 66,57 anos
• Coeficiente de Mortalidade Infantil (2007): 0,00 por mil nascidos vivos
• PIBpm(2007): R$ mil 46.651
• PIB per capita (2007): R$ 9.671
• Data de criação: 1/6/1964 - (Lei nº . 4735)
• Munícipio de origem: Machadinho e São José do Ouro
Hino de Cacique Doble - RS
Não há terra risonha e encantadora
Como a nossa que nasceu dos coroados
Desbarvada com carinhos e alegria
Com a luta de outros povos irmanados.
Nobre gente caciquense
Luta, luta com ardor
Nesta terra singular
Tu verás o sol brilhar, tu verás o sol brilhar.
Comtemplai os belos montes caciquenses
E também o majestoso pôr do sol
Da cultura e da arte o ressurgir
Deste povo em novo arrebol.
Esta terra modelando ideais
Sem a luz deste sol não ficará
E na busca de valores essenciais
Este povo com vigor se lançará.

12 comentários:

  1. Olá Ilivaldo parabéns por contar a história dessas pessoas muitas vezes anonimas mas que fazem a diferença em nossa Cidade. Tenho muito carinho por ela , e sem dúvida merece ser homenageada. Um abraço.

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  2. Lúcia

    Oi Ilivaldo, o seu blog esta semana ufa....,só emoções fortíssimas. Não consegui conter as lágrimas ao ler a sua entrevista com a Hedyr. Ela que pra mim é uma mãe, e também minha irmãzinha franciscana. Hedyr é como disse o Padre Zezinho no seu show hoje, ela faz, ela serve, ela vai lá onde está o outro precisando. Testemunho verdadeiro de amor, doação e dedicação, pela fé e vivencia da Palavra de Deus. A Hedyr, a Amélia e a Terezinha são minhas irmãs e elas sabem o significado e o sentido da vida delas na minha vida.
    Ilivaldo, rezo e agradeço por Deus pela tua vida, por este trabalho maravilhoso de comunicação que vc exerce. Que o Espírito Santo o ilumine e o inspire sempre no seu trabalho, com a proteção da Nossa Padroeira-Mãe do Perpétuo Socorro. Parabéns!!

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  3. Que alegria ler esta entrevista da Edir, e matar a saudade vendo as fotos delas, Edir, Terezinha e Amelia minnas irmas do coraçao. Parabens Ilivaldo pelo seu trabalho, que Deus abençoe sempre vc e sua familia, um abraço - Jacinta Nery- Roma- Italia

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  4. Realmente a Dona Hedir é um exemplo de vida para todos nós. Um coração iluninado. Quem conhere admira e respeita.
    Parabéns pelo seu trabalho e pelo seu jeito simpático e alegre de ser.

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  5. Homenagem merecida para essa grande cristã.
    Quem é a Edir?como nós a chamamos.
    Para mim é minha mãe,irmã,amiga,companheira,comquem pude contar em todos os momentos da minha vida,me ajudou a criar meus filhos enquanto eu lecionava,ñ só os meus ,mas de todas nós q tinhamos filhos e lecionávamos e ainda costurava p fora e fazia todos esses serviços na comunidade e sempre com esse sorriso nos lábios.
    Alem de tudo isso que consta nessa entrevista ela faz muito mais,cuida dos doentes, levando a eucarístia,amor ,alimento e muito mais,ajuda a aposentar muitos necessitados q ela cuida.etc...etc..
    Para mim ela é o maior exemplo de amor e doação,é um anjo que Deus colocou na minha vida.
    Edir Deus te abençoe
    Te amo muito.
    ROSE VECCHI

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  6. Gostaria tbm de dizer que a Amélia e a Terezinha,são maravilhosas,gostam de ajudar o próximo e estão sempre ao lado da Edir ajudando-a e dando apoio.Para mim sempre foram minhas mães ,irmãs companheiras com quem sempre pude contar.
    Deus abençoe vcs.
    Eu as amo muito.
    Beijos

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  7. fiquei emocionado e agradecido a Deus e ao Ilivaldo pela dela reportagem feita com minhja irmã e minha mãe.A Edir é uma verdadeira seguidora de São Francisco;ele dizia que o amor não é amado, mas ela ama o amor que é Deus e o irmão que é a imagem esemelhança de Deus.não posso expressar todo o amor que sinto por ela mas ela sabe quanto a amo.parabéhs Ilivaldo parabéns minha querida irmã.

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  8. Hedir Vecchi
    Verbo Amar conjugado em todos os tempos e pessoas
    Passado numa vida dedicada à família
    Presente na força e no carinho com os quais seu
    Sorriso nos acolhe
    Futuro na certeza que temos que ela é nossa Mestra
    Getulio Campos, Ivani, filhos, noras e netos

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  9. Antes de falar sobre Edir, preciso dizer da bondade do casal Nadir e Hermes Vecchi,deu morada a minha mãe Maria (88 anos))e a minha tia Terezinha (in memorian )quando jovens e orfãs de mãe, deram carinho, foram presenca, foram bencàos de Deus.Inesquecíveis.Edir voce recebeu as dádivas do céu e tornou-se sublime ao viver o amor pleno sendo serva , sendo amiga, orante, persistente, exemplo de vida, pessoa querida e amada.Nosso carinho e gratidão e alegria de tê-la conhecido, bem como a toda a família.O nosso abraco fraterno Cristão. Neide, Ilton e mãe Maria. Paz e Bem

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  10. Hermes Francisco Vecchi15 de junho de 2010 às 11:27

    Pena que só vi agora esta entrevista, mas acho que ainda vale o comentário..
    O que dizer da minha madrinha maravilhosa? É uma pessoa na qual a bondade e o amor ao próximo prevalecem. Sempre foi um exemplo de humildade e dedicação para mim e toda a família.
    Tenho em meu nome a prova deste carinho, pois foi ela quem escolheu o "Francisco", por ter nascido um dia antes do dia de São Francisco.
    Parabéns pela entrevista e podem acreditar que se existe santidade na terra, está nesta mulher.
    Um Abraço.

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  11. Todos os comentarios que eu quisera fazer seria pouco para falar te uma pessoa como Dona Edir só posso agradecer a Deus por nos ter presenteado com ela fazerndo parte de nossas vida.........parabens Dona Edir e para Ilivaldo por tão bela homenagem..Vania Sales e Familia

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  12. Sou sobrinho de Hedir Vecchi ela é uma pessoa muito boa amo ela

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