"Quando pelos idos de 2009 já com 8 anos de rádio, fui adquirir este MIC, realizei meu sonho de ter um alemão destes pra somar com meu trabalho. Tinha um cara no rádio, o Luiz Sérgio, que não está mais entre nós, no qual serei um eterno fã. Ele sempre dizia: O equipamento de qualidade mais que tudo, nos ensina a trabalhar.
E é verdade, na época eu assalariado já pensando em galgar sozinho meus voos, investi neste cara, quem conhece sabe o valor que tem um Neumann, o "nóicra" (brincando com o nome) é como dizia outro grande cara do rádio no qual também sou fan, Antonio Luiz Tonin (este está entre nós, usado mas está kkk).
Em 2009 tentei pela primeira vez ingressar no home-office.... transferência de dados com internet ADSL, sofrimento pra enviar áudio upando por FTP. Era algo pra poucos há tão pouco tempo, me vi na necessidade de retornar pro rádio, pela paixão e ainda cheio de vontade de "fazer" uma rádio com a minha cara.
Em 2010 tive a maior experiência da minha vida. Tive esta oportunidade, de pensar e criar uma programação 24 horas em cada detalhe, que foi junto de uma amigo que havia sido uns dos que o inseriu na profissão: Vitor Hugo dos Santos. Tivemos a oportunidade de começar um projeto do zero, foram cinco anos desta experiência que levarei pra vida toda com uma rádio como eu imaginava: serviço, música boa, shows, fora caixa, da curva e os cambal kk! Experiência incrível e enriquecedora, burocracia, gestão de pessoas, contatos, total mise en´ cene com artistas etc!
Me desliguei em 2015, um mês após resolvi ouvir uma proposta de uma das principais rádios do estado: a Folha FM de Londrina, através do grande amigo Jimmy Alves e do saudoso Marcio Rocha, que também não está entre nós.
Pra mim seria uma última "cartada" no rádio pelo peso do nome da Folha, mas acabou que não demos continuidade nas tratativas pelo triste falecimento do Marcio bem nos dias em que eu entraria com minha resposta. Tive outros caminhos, fomos chamados para uma reunião com a galera da Massa Maringá, e onde abri mão, mas o Vitor ficou por mais de 5 anos.
A gente sai do rádio, mas ele não sai da gente, kkk. Então resolvi entender o "sinal", encarar novamente o home-office, e cá estou depois de sete anos trabalhando em meu estúdio próprio com empresa instituída e novamente dentro de casa.
Sempre sonhei fazer isso, tentei, fracassei e novamente tentei, e tem dado muito certo. Não saí do rádio apenas de maneira física, tive que me reinventar em todos os sentidos para atuar em outra vertente de comunicação. O grande barato de nossa profissão é de que não existe limite, mas exige estudo diário, reciclagem. Falamos para as pessoas, e pessoas mudam de hábitos, costumes e valores, e toda profissão que não enxergar isso estará fadada a deixar de existir.
Infelizmente o (Rádio) tem evidenciado em tempos, seguir este caminho." - Alisson Patrick, na história do rádio paranaense.
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