6 de mai. de 2017

ENTREVISTA DE DOMINGO Carlos César de Souza, do Karatê de CM e do PR


O comandante da equipe de Karatê Rendimento e das Escolinhas de Karatê, mantidas pela Fundação Municipal de Esportes de Campo Mourão, diretor regional Norte da Federação Paranaense de Karatê e árbitro nacional pela Confederação Brasileira de Karatê, professor Carlos César de Souza é o homenageado do BLOG DO ILIVALDO na ENTREVISTA DE DOMINGO. Ele relata como foi sua história de vida e de dedicação a esta modalidade, bem como sua importância para o desenvolvimento dos alunos. "sempre tive muita tranquilidade, gosto muito do que faço, quando se ama o que faz, tudo fica muito simples. Tento respeitar o ponto de vista das pessoas. No caso do Karatê, ter uma grande divisão de estilos, portanto uma grande divisão de ideias. Tento respeitar a opinião de cada um", diz o cidadão que nasceu em Lunardelli, no Paraná, e está em Campo Mourão há mais de 30 anos. 
Ótima leitura. Este BLOG conta a história e  valoriza a gente da nossa terra que faz e acontece, pelo bem da nossa comunidade.

QUEM É CARLOS CÉSAR DE SOUZA? Sou casado com Patrícia Layla, pai de dois filhos - Maria Luíza com 11 anos e Arthur com 01 e 07 meses.
Sou simples e tenho persistência.

ONDE E COMO FOI A SUA INFÂNCIA? Nasci em Lunardelli, no dia 03 de fevereiro de 1975. Nessa época, meus pais moravam em São João do
Ivaí.- Lunardelli, terra do Santuário de Santa Rita de Cássia. 
Meu pai motorista de caminhão em uma cerealista do seus Tios (família Elvira) tradicional em São João do Ivaí. Minha mãe antes de engravidar era professora primária, porém após o meu nascimento (houve dificuldades no parto e foi necessário fórceps para o nascimento) deixou a profissão para cuidar da família. Acho que minha infância foi muito parecida como a da maioria das pessoas daquela época. Podíamos brincar, correr, pular, subir em árvore, brincar de pega-pega, tiroteio, carrinho de rolimã e outras bagunças que fazíamos. Hoje já não se vê isso, muito computador, muito videogames, redes sociais... é uma pena, não sabem o que estão perdendo, infelizmente.
COMO FOI SUA JUVENTUDE E ONDE? Desde que chegamos em Campo Mourão, estudei nas escolas municipais Bento Mussurunga e Maria do Carmo Pereira. Iniciei a antiga quinta série no Colégio Estadual (foto), mas a partir da sexta série transferi para o Colégio Estadual Dom Bosco, do qual tenho muitas saudades, principalmente dos
antigos amigos de sala de aula e dos professores. Na juventude continuava a morar no Jardim Lar Paraná (foram tempos muito difíceis, mas maravilhosos). Difíceis porque quando eu tinha aproximadamente 12 anos meus pais se separaram, deixando minha mãe em uma situação de muito desconforto financeiro, com três filhos para criar.
Eu (mais velho dos irmãos), minha irmã Beatriz (do meio) e meu irmão caçula Eder. O fato que mais me marcava era querer ajudar minha mãe e não poder. Não tinha qualificação nenhuma, além de ser muito jovem, e nessa época, já estava próximo ao alistamento para o Serviço Militar, que sempre era uma barreira para encontrar emprego. Foi quando fiz quase todos os cursos possíveis do Senac (auxiliares de todo o tipo), mas mesmo com qualificação ainda não conseguia emprego.
Mas o que mais me marcou foi a generosidade de uma pessoa, quando eu cursava o ensino médio (antigo 2º grau). Ela me indicou para uma vaga temporária para trabalhar de contínuo na Prefeitura Municipal. Essa pessoa é a amiga Elizabeth Neco da Silva, que se me lembro bem, fazia pouco tempo que estava casada com o Rubens Sanches Hernandes, outra pessoa ímpar.  Bete muito obrigado. - abaixo Beth e o esposo Rubens.
DESDE QUANDO EM CAMPO MOURÃO? Chegamos a Campo Mourão por acaso. Morei em São Paulo, na cidade de Ferraz de Vasconcelos. Nessa época, tinha 5 anos e meu pai trabalhava na empresa Viação Garcia. Lá ficamos 5 anos, quando meu pai foi transferido para Maringá, mas morávamos em Marialva, no recém-criado Conjunto João de Barros. Lá moramos do final de 1981 até 1982. De 1983 a 1985 moramos em Umuarama.  Em 1986 meu pai veio para Campo Mourão e começou a trabalhar na Coamo, como motorista canavieiro. Em 1988, meus pais se separaram e fiquei morando com minha mãe em Campo Mourão. Meu pai voltou para São Paulo.
COMO FOI E ONDE A SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL?  Pois é, aí vem a Beth. Em 1990, ela me indicou para uma vaga de contínuo na
Prefeitura. Fui trabalhar temporariamente com a Vera Fiorese e o Pedro Veiga, na Secretaria de Administração, no mandato do prefeito Augustinho Vecchi. Ali foi um aprendizado. A Vera muito competente, enérgica, o Pedro Veiga, um homem com grande conhecimento de administração pública. Foram minhas primeiras grandes referências. Foi quando fiz concurso público em 1992 e efetivei no Município e em 2001 fiz outro concurso e mudei de cargo, no qual estou até hoje. 
Tendo o primeiro emprego, coloquei em prática um sonho de criança: treinar Karatê. Comecei em 1989, mas tive que parar por não poder pagar. No ano seguinte voltei, mas como trabalhava o dia todo, comecei a treinar as 06h30 com o Tião Galdino. Depois tive que mudar de horário e fui treinar com o Antonio Carlos (falecido), e depois fui treinar com o Milton Asseda (irmão do Polaco Leiteiro, foto acima). Foi ali, com o Milton que tudo começou. Ele, neste momento estava organizando a Associação Kuro-Obi (hoje Associação de Karatê-Do Exata) e filiando-se à Federação Paranaense de Karatê, que havia pedido a mudança do nome, pois não podia usar um nome estrangeiro. Numa conversa minha com o Milton depois de um treino, tivemos a ideia de “Exata”,  que foi fundada por ele em 1992.  Em 1994, devido a sua condição de trabalho, já que não vivia somente do Karatê, precisou parar de dar aulas e anunciou que iria fechar o Dojo. Fiquei muito frustrado, afinal, eu já estava ali treinando por aproximadamente dois anos e vinha me dedicando muito ao esporte. Foi quando perguntei para ele o que iríamos fazer, onde iria treinar? Então ele me respondeu: por que você não assume o Dojo e continua dando aula (na época eu era faixa roxa)? Pensei, acho que não, acho que não tenho capacidade para isso. Foi quando ele insistiu e pediu autorização para a Federação que passou a me supervisionar nos treinamentos com auxílio do nosso diretor técnico - professor Alziro Souza (3º Dan) de Maringá, com o compromisso que eu deveria continuar meus treinamentos com o Sensei Souza e com a Federação. 
Nossa! Foram muitas idas e vindas para Maringá, para Curitiba, mas valeu a pena. No dia 08 de dezembro de 1995, fiz meu exame de faixa preta e aprovado na minha primeira tentativa. Era uma época em que participavam 120, 140 candidatos e passavam somente 20 ou 30. Eu entrei nesse bolo. No dia que recebi o resultado, não sabia se eu ria ou se chorava. Foi muito suor, lágrima e sacrifício, mas novamente valeu a pena. No decorrer da minha vida como professor de Karatê (Sensei - que na verdade quer dizer “o que sabe mais” em japonês) além do Karatê Marcial, comecei a me dedicar ao Karatê Esportivo.

Participei de vários campeonatos paranaenses e brasileiros, como atleta e técnico. Ganhei vários títulos com atleta, mas ganhei ainda mais como técnico. 
Casei em 2002 e me afastei um pouco das competições. Já com quase três anos parado, resolvi voltar a competir, fui com mais dois alunos (Erickson Razera Joao Benassi) participar em Brusque (SC), da Comeka (Copa Mercosul de Karatê), onde me classifiquei como vice-campeão de Kata. 
Animado, voltei para os paranaenses e em 2007 retornei com tudo, com poucos alunos me acompanhando (5 ou 6) e começamos a ganhar medalhas e melhorar nosso Karatê. Foi quando em 2009 recebi o convite para assumir o Karatê de Rendimento da Fecam. Aí a coisa pegou fogo. 
Graças a Deus, nossa equipe foi só aumentando e os resultados cada vez mais inesperados, quando em 2013 conquistamos o título inédito para Campo Mourão, de Campeão Paranaense de Karatê, fazendo uma campanha melhor que a de cidades com mais tradição como Curitiba, Londrina, Maringá e até
Araucária, que é hoje celeiro de atletas no Karatê.
No decorrer destes anos me envolvi também com a arbitragem do Karatê. Primeiramente, fiz vários cursos estaduais e desde 2009 estou classificado como árbitro nacional pela Confederação Brasileira de Karatê. Continuo com muita disposição comandando a equipe de Karatê Rendimento e Escolinhas de Karatê, mantidos pela Fecam. Além disso, acumulo ainda o cargo de diretor regional Norte da Federação Paranaense de Karate, desde fevereiro de 2012.
O QUE FEZ NA SUA TRAJETÓRIA QUE NÃO FARIA DE NOVO?  Sinceramente não sei, sempre tive muita tranquilidade, gosto muito do que faço, quando se ama o que faz, tudo fica muito simples. Tento respeitar o ponto de vista das pessoas. No caso do Karatê, ter uma grande divisão de estilos, portanto uma grande divisão de ideias. Tento respeitar a opinião de cada um. Sempre estive fiel a minha entidade, a Federação Paranaense de Karatê, a qual devo todo o sucesso do meu trabalho.
COMO É SUA ATUAÇÃO NA COMUNIDADE? Como professor temos o objetivo de educar. No meu caso, o Karatê é uma
excelente ferramenta de auxílio na educação do ser humano. O Karatê ensina a você de forma natural, ação sem esforço desnecessário, inspira-o com totalidade, paz e integridade do caráter que enriquecem o seu dia-a-dia. Muitas pessoas já passaram pelas minhas aulas, sempre com o compromisso de amplificar as qualidades que cada um já tem.  Já atuei como professor de Karatê nas escolas municipais Bento Mussurunga, Maria do Carmo Pereira, Ethanil Bento de Assis, Espaço Aberto (que abriga deficientes auditivos). Somente na Escola Municipal Monteiro Lobato permaneci por 15 anos.
QUAL É A MENSAGEM DO KARATÊ?: Acho que consegui nesses anos todos passar a mensagem do Karatê: Caráter, sinceridade, persistência, esforço e autocontrole, as máximas do Karate. Essas palavras são sintetizadas do DOJO KUN (lema do Dojo (sala de treinamento ou aprendizado)): Sempre – Esforçar-se para formação do caráter; Sempre – Criar o intuito de esforço; Sempre – Respeitar acima de tudo; Sempre – Conter o espírito de agressão; Sempre – Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão.
COMO ENTROU A EDUCAÇÃO E O ESPORTE EM SUA VIDA? Meu primo treinava Karatê, eu ia com ele aos treinos e ficava assistindo, e louco querendo treinar. Os filmes foram grandes inspiradores também, como: Bruce
Lee e Karatê Kid. O Karatê me escolheu, comecei a buscar informações sobre o Karatê em tudo que podia e naquela época não existia internet, tudo era difícil e demorado. Era complicado até para encontrar boas literaturas sobre o assunto e fui me apaixonando pela arte. Hoje não consigo me ver sem o Karatê. O dia que não consigo treinar é como se estivesse faltando um pedaço do corpo.
QUAIS, ENTRE TANTAS EXPERIÊNCIAS NÃO SAEM DA MEMORIA? São várias. Mas a que sempre carrego comigo foi o período de aproximadamente 12 meses de preparação para a faixa preta. Foram idas e vindas a Maringá, onde com muito sacrifício treinei com o Professor Souza (3º DAN) e a Curitiba, onde treinei com o Professor Aldo Lubes (hoje 9º DAN - foto abaixo).  Bons tempos. Se fosse hoje faria tudo de novo.
COMO SURGIU SUA ATUAÇÃO NO KARATÊ? POR QUÊ O KARATÊ? Costumo dizer que não é o praticante de escolhe o Karatê e sim o Karatê que escolhe o praticante. É necessário muita dedicação e persistência para chegar a faixa preta, mas vale a pena. Comecei em 1989 a treinar Karatê, em 1994 assumi a Associação Exata como professor titular. O meu então professor Milton Asseda, não podia mais continuar ministrando as aulas e ia fechar o Dojo (lugar de treinamento), foi quando desanimado questionei a ele o que iríamos fazer, quem procurar para treinar já que ia fechar, foi aí que ele me propôs uma espécie de sociedade, me ajudando com as despesas no primeiro momento. Passados alguns meses eu já conseguia manter o Dojo sozinho e estou até hoje. Entramos para a Federação Paranaense de Karatê em 1992.
Desde esta época já tínhamos o objetivo de tornar nossa modalidade olímpica e em 1999 a World Karate Federation – WKF foi reconhecida como modalidade olímpica pelo Comitê Olímpico Internacional, mas ainda existiria uma grande batalha. Além do reconhecimento tínhamos que conquistar o direito de incluir o esporte para valer medalha e durante muitos anos sonhamos com a inclusão do Karatê no circuito olímpico. Foram três tentativas frustradas em 2005, 2009 e 2013, onde batemos na trave. 
O Karatê jamais desistiu deste sonho, pois como diz um ditado no Karatê: “O Karatê é como água quente. Se não receber calor constantemente torna-se água fria”. 
No dia 20 de junho de 2017 nosso Dojo completa 25 anos de atividade em Campo Mourão, sem interromper as atividades. Talvez seja o Dojo mais antigo em atividade na região da Comcam. Desde fevereiro de 2012, fui nomeado pelo presidente da Federação Paranaense de Karatê, Aldo Lubes, para ocupar o cargo de diretor Regional Norte que comanda as cidades de Campo Mourão, Londrina, Maringá, São Tomé, Cianorte, Umuarama e Guaíra.
OLHANDO PARA TRÁS E VENDO ESSES ANOS TODOS, QUAL É O seu SENTIMENTO? É um sentimento de dever cumprido. Afinal pude contribuir para a formação de muitas pessoas, utilizando-me dos ensinamentos do Karatê para a educação e manutenção da saúde de muitas crianças, jovens e adultos. Aprendi muito com todas essas pessoas que passaram pelas minhas aulas. Não percebi o tempo passar, outro dia numa conversa com alguns alunos é que fui dar conta que lá se vão 27 anos de prática e 22 anos de professor. Foi muito bom tudo que passei, se tivesse que repetir faria tudo novamente sem hesitar. Estou com disposição para trabalhar mais 30 anos se for preciso.
COMO ANALISA O ESPORTE ATUALMENTE? O esporte mourãoense hoje é atuante, sendo um dos melhores do Estado. A nível nacional conseguiu-se muito, mas ainda temos muito a fazer. É necessário que as autoridades brasileiras assumam o compromisso com o esporte, sem pensar na modalidade A ou B, todos temos o seu lugar ao sol. Acredito que com a realização das Olimpíadas no Rio 2016, o país passará por um grande avanço no esporte. Espero legado olímpico seja mais que belas construções. Penso que a partir de agora, o esporte nacional passará por grandes transformações. 
No caso de Campo Mourão, temos grande tradição
nas modalidades de futsal, handebol e basquetebol. Mas hoje Campo Mourão é um celeiro de atletas em praticamente todas as modalidades, onde as empresas e administrações municipais acreditaram nos profissionais e investiram e praticamente todas as modalidades que o Município hoje oferece, tanto nas coletivas como nas individuais. É necessário que este ciclo de desenvolvimento do esporte mourãoense não pare, que as próximas administrações invistam ainda mais e que as empresas continuem nos ajudando. O esporte é uma maneira simples e barata de educar e manter ativa e saudável uma população.
O Município que investe em esporte ganha na formação das crianças e jovens, futuro da nossa da nossa comunidade e da nossa Nação e deixa de gastar com recuperação de saúde e previne no uso de drogas, grande problema da nossa sociedade. Esporte é vida, é saúde e alegria.
QUAL MANCHETE FICOU NA SUA HISTÓRIA DE VIDA? Os desastres do Japão e Indonésia com o Tsunami. Principalmente pelo exemplo dos japoneses, que mesmo na crise nos passaram a mensagem de que mesmo na crise, podemos ter calma e ajudar uns aos outros. Não houve saques, apesar do desespero a calma prevaleceu.  Infelizmente através destes eventos, devemos nos conscientizar do que estamos fazendo com nosso planeta e que ele é muito mais poderoso que nós seres humanos.
QUAL SEU ESPORTE PREFERIDO, ÍDOLO E TIME? Karatê é o preferido. Mas gosto muito de voleibol. Nossa atual seleção olímpica foi comandada por um "monstro" o técnico Bernardinho, nos enche de orgulho. 

Meu ídolo é o eterno Ayrton Senna. Um exemplo de superação e eu estava em uma competição no dia fatídico que ele bateu o carro e faleceu. Estava em Astorga em uma fase do Campeonato Paranaense. Quando recebemos a notícia, foi pedido pelos organizadores um minuto de silêncio. Para muitos já não tinha mais clima para a competição, mas é vida que segue, me inspirei nele e ganhei a medalha de ouro naquele evento. Sou corintiano.
QUEM EM CM É ATLETA EXEMPLO? Me inspiro muito no Professor Itamar Tagliari. Por onde passo neste Estado, sempre tem alguém que vem perguntar como está o Itamar Tagliari, contam muitas histórias. Ele é uma pessoa muito querida no meio esportivo. Quero ser lembrado como ele, um grande amigo. 
O melhor time que montei foi em 2013, quando conquistamos o título inédito para Campo Mourão como Campeões Paranaenses de Karatê (isolados) e o título de vice-campeões masculino dos Jogos Abertos 2013 em Cascavel e quinto lugar no feminino.  Aquele ano foi muito proveitoso e nossos atletas abraçaram a causa e graças a eles fomos campeões. Agradeço a cada integrante daquela conquista e tenham certeza, vocês fizeram a diferença.
CITE TRÊS PERSONALIDADES ESPORTIVAS EM CAMPO MOURÃO  Itamar Tagliari – Futsal, Paulo Cesar da Costa (Paulinho - Atletismo) e Sebastião Galdino (Tião do Karatê).
QUAL JOGADA QUE, SE PUDESSE VOLTAR NO TEMPO, JAMAIS TERIA FEITO? Sempre trabalhei de forma muito respeitosa e consciente, acho que não houve nenhum momento que me arrependa.
ÉTICA EM UMA FRASE É... Esforçar-se para formação do caráter - Gichin Funakoshi pai do Karatê Moderno. Precisamos lembrar dela sempre. A ética é que nos conduz como seres desenvolvidos. A sociedade brasileira está carente de pessoas mais éticas e comprometidas. Temos que parar com o jeitinho brasileiro. Estamos passando por grandes problemas tanto na economia como na política e não
podemos perder os valores morais e éticos que irão contribuir para o desenvolvimento da nossa sociedade. Devemos formar o caráter de nossas crianças (futuro das gerações), fazendo com que hajam com cortesia e atitudes dignas. Formar para o caráter das pessoas é fundamental para termos uma sociedade melhor. Hoje isso está se perdendo infelizmente. Estamos com uma inversão de valores muito grande. Uma pena!
O MOMENTO DA SUA VIDA É..... De muito trabalho. Ainda temos muitos desafios este ano, como Jogos da Juventude, Jogos Abertos, Campeonato Brasileiro e Paranaense.  De muitas alegrias, tanto no plano profissional quanto no campo familiar. É muito difícil hoje associar trabalho x família x lazer, mas devagarinho vamos conseguindo. Atualmente ocupo o cargo de Diretor Regional da Federação Paranaense de Karatê, atuando nos Municípios do Norte-Noroeste paranaense, cargo este que me ocupa grande parte
dos meus finais de semana, com treinos, seminários, reuniões, mas que é muito gratificante ver essa região prosperando. 
Dou graças a Deus sempre pela minha família que me apoia sempre. Agradeço minha esposa Patricia Layla e meus filhos Maria Luíza e Arthur que muitas vezes no ano estou ausente, para os treinamentos, ausente para os cursos e competições. A minha mãe Neide e meus irmãos Beatriz e Eder e meus sobrinhos. Aos meus alunos e pessoas que colaboram com o Karatê, em especial a amiga Adma Gisele, professora da educação infantil municipal e mãe do atleta João Victor que muito tem contribuído para melhorar nossas condições de participação da equipe de Karatê Rendimento. Nossa grande defensora. É incansável nas nossas organizações de competições em Campo Mourão, motivo este de nossas últimas sediações terem tido uma organização impecável em todos os aspectos. Ela é uma pessoa muito criativa e mesmo com poucos recursos financeiros conseguimos realizar as etapas dos campeonatos com muita organização. Além disso ela tem uma capacidade de liderança muito grande, se engajou muito bem no Karatê, mesmo não praticando, porque conhece as dificuldades de uma modalidade amadora querendo tornar-se profissional. Ela é grande responsável também pelo nosso sucesso. Adma muito obrigado por fazer parte da nossa equipe.
O QUE AINDA NÃO FEZ QUE, SE TIVESSE CONDIÇÕES, AINDA GOSTARIA DE FAZER? Um grande sonho é conhecer o Japão e acho que isso pode se realizar com a Olimpíada do Japão em 2020.  Tenho um grande desejo de passar algum tempo, por menor que seja, treinando no Japão, berço do Karatê.
CITE TRÊS PERSONALIDADES NA HISTÓRIA DE CAMPO MOURÃO:
Ilivaldo Duarte, pelo seu carisma.  José Aroldo Gallassini, por ser um visionário. Dilmar Daleffe (In memorian), pelo seu legado na construção da Santa Casa.
JOGO RÁPIDO
MÚSICA– Todos os ritmos, mas principalmente MPB.
UM LIVRO -  Os Cinco Anéis - Myamoto Mussashi.
AUTOR? Içami Tiba.
PROFESSOR? Foram vários...  Todos são
importantes em nossas vidas, desde o primeiro lá na escola primária até o mais enérgico da Faculdade. Tenho um carinho especial pelo professor Odenir Colchon (foto), de matemática, que se desdobrou para fazer eu aprender as temidas equações do segundo grau. Mas quero mencionar Alziro Souza (Maringá) e Aldo Lubes (Curitiba), meus professores de karatê a quem agradeço pela paciência e esforço por terem me ajudado em toda a minha trajetória.
SONHO? Conhecer o Japão.
SAUDADE? DO QUE E DE QUEM?  Da infância.... Éramos felizes e não sabíamos. Mas felizmente o tempo passou e hoje estamos aqui vivendo um novo tempo. Agora é tentar brincar com os filhos as brincadeiras que quando criança e torna-los felizes também.
MOMENTO INESQUECÍVEL? O nascimento dos meus filhos Maria Luíza e Arthur. Foram emoções muito parecidas, porém singulares.
HOBBY?  Assistir filmes, todos os tipos, desde jovem sempre gostei muito.
MANIA? Dormir tarde... é nesse momento que consigo realmente conversar comigo mesmo. Mas é algo que preciso mudar... ultimamente não tem me feito muito bem... o descanso é fundamental para a manutenção do nosso organismo.
PROGRAMA? Gostava de assistir Jô Soares.
FRUSTRAÇÃO? Não tenho esse sentimento, talvez algumas desilusões, mas não me sinto frustrado.
TOCANDO DE PRIMEIRA É... Um grande incentivador e comunicador do esporte. Programa
sempre parceiro ao longo desses 24 anos de profissão no Karatê. Oferece oportunidade a técnicos, atletas, leigos e aficionados para divulgar sua modalidade, seja coletiva ou individual, seja profissional ou amadora. Parabéns pelo seu trabalho, a comunidade esportiva deve sempre agradecer esse espaço. Esse programa é NOTA 1000.
FAMÍLIA É. A chave mestre de tudo. A família deve ser o pilar que sustenta todos nossos problemas. Por mais difícil que eles sejam é com ela que temos as respostas, o incentivo, e principalmente as alegrias. Devemos sempre agradecer pelas nossas famílias. Deus proteja todas as famílias mourãoense e brasileiras. Deus seja louvado.
A CAMPO MOURÃO DO PRESENTE É .... uma cidade que cresceu muito e que poderá ser ainda maior e melhor. Uma cidade que tem um enorme potencial, com um povo trabalhador. Com certeza vai se tornar uma grande cidade, referência no Estado.
A CAMPO MOURÃO DO FUTURO SERÁ??? O futuro de nossos filhos. Campo Mourão merece prosperar. Espero que nossa cidade possa oferecer as novas gerações muitas alegrias, trabalho, educação.
QUAL O SENTIMENTO DE RECEBER ESTA HOMENAGEM E PARTILHAR UM POUCO DA SUA VIDA E DA SUA HISTÓRIA? Sabe, muitos anos ouvindo seu programa, ouvindo muitas pessoas sendo homenageada e pensando: quem sabe um dia
serei eu. Esse dia chegou. Estou muito contente pela homenagem ainda mais sendo por esta pessoa Ilivaldo Duarte o qual tenho a maior admiração. Você e este programa fazem parte da minha trajetória, por várias vezes estive aqui repassando um pouco do trabalho que executei no Karatê, seja na época de atleta, seja hoje na condição de técnico. Fiquei muito lisonjeado por estar entre pessoas tão seletas como as que até agora receberam essa homenagem. Meu muito obrigado.
QUEM GOSTARIA DE VER HOMENAGEADO AQUI NO BLOG?  Professor Babata do Judô. O cara é fera, grande homem e grande amigo.
QUAL O RECADO PARA OS LEITORES DO BLOG? Primeiramente quero agradecer a Deus por essa oportunidade. Quero também agradecer a este público maravilhoso que nos acompanha através do seu blog e do Programa Tocando de Primeira, torcendo, incentivando o esporte amador e profissional de Campo Mourão. Quero também agradecer as empresas mourãoense que direta ou indiretamente contribuem para o desenvolvimento das modalidades, em especial ao Karatê. A cada ano que passa, temos conseguido apoio importante de empresas que colaboram para a projeção do Karatê. Nossos sinceros agradecimentos a Fundação de Esportes de Campo Mourão, Faculdade Integrado, Academia Clinisport , Videotec Eletrônica, Marujo Sport, Vanilla Boutique, Madereira Polegar, Refrigeração Mamborê, Familiari Odontologia e Bem Estar Bucal, Rigamonti Dry-Wall, Agromourão, Sinval Portas e Janelas, Bassani Ótica e Relógios, M&G Paramédicos, Gold One Dry-wall, Clivet, Maranatha Contabilidade, Bicicletaria dos Campeões, Nacional Materiais Elétricos. 
Aproveitem este Blog que é de excelente qualidade. Dinâmico e atualizado. Quer saber de esporte local, regional, estadual e nacional , acesse o blog do Ilivaldo Duarte.
QUAL PERGUNTA GOSTARIA DE TER RESPONDIDO? SOBRE A INSERÇÃO DO KARATE NOS JOGOS OLÍMPICOS. Resposta: Somos modalidade olímpica desde o dia 03 de agosto de 2016. Porém ainda existem muitos detalhes a serem acertados entre a World Karate Federation – WKF e Comitê Olímpico Internacional – COI, sobre como
serão os processos seletivos para selecionar os atletas que participarão dos Jogos Olímpicos pelo Karate em Tóquio em 2020. Acontecerá entre os dias 25 a 30 de outubro de 2016 em Linz na Áustria, o Campeonato Mundial de Karatê, momento onde haverá diversas reuniões com os representantes da WKF, COI e presidentes das Confederações Nacionais para traçar metas para a modalidade visando o ciclo olímpico para 2020 em Tóquio.  

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