Entre
outros, qual é o objetivo essencial da
escola? E da família? Ensinar. A pergunta parece tola e a resposta, lógica. A
indagação é no mínimo pertinente e inquietante.
Serão
melhores os resultados na promoção do conhecimento se a família e a escola
desempenharem papéis de co-responsabilidade. “A educação vem de berço”, o
ditado é lição para os pais ou responsáveis: a educação proporcionada na
prática da convivência com os filhos é fator determinante na sala de aula, a
assimilação do saber é mais intensa e consolidada. O professor irá ensinar com maiores e mais
eficazes possibilidades de resultados positivos ao contar com uma formação
familiar. O conhecimento do senso comum se entrelaça com o científico.
A
existência da lei para proibir o uso de celulares ou outros aparelhos é
reflexo da sociedade incapaz de evitar ou enfrentar uma situação que, a rigor
nem deveria existir ou levar a edição de um dispositivo legal. Profundamente
lamentável chegarmos a esse ponto, a lei no Paraná fixando tal proibição.
Aliás, nosso Estado está bem atrasado ante a muitos outros, como Minas Gerais,
lá a lei tem mais de uma década.
Não
deveria ser necessário salientar, mas é oportuno, qualquer fato que atrapalhe,
comprometa ou inviabilize a aprendizagem no ambiente escolar não pode ser
aceita ou tolerada. Cabe ao professor intervir, de maneira a não aceitar o uso
indevido do celular, sobretudo porque a capacidade infantil, do
adolescente e também do adulto impede o estudante de prestar atenção e realizar
muitas tarefas ao mesmo tempo, elas ficam improdutivas por completo ou
parcialmente.
A
recusa ou a intenção de burlar, dando um jeito de usar o celular evidencia
a falta mínima de seriedade e compromisso com a educação. Ao não “conseguir”
ficar sem usar o aparelho de telefone móvel, é prova cabal da ausência de
compromisso, indisciplina em não aceitar e reconhecer a necessidade de ficarmos
algumas horas “fora do ar” telefonicamente. Nem carece entrar no mérito, é
grande (comum na maioria) das vezes que o uso do celular é fútil, não
acrescenta e sim impede (desvia) a atenção tão primordial ao aprendizado.
A
lei é um atestado da tamanha incapacidade dos pais e professores.
É
comum (embora não deva ser normal!) parte dos estudantes esquecerem livro em
casa, e, na sala de aula, emprestam lápis, caneta. Ou ainda pela desatenção
flagrante ao não saber das atividades do dia, tarefas que ignoram, tudo porque
estavam “conectados com o mundo”, da lua, possivelmente. Professores devem dar
o exemplo, desligando o celular, se o deixarem no silencioso, estarão
olhando número ou mensagens, certamente interrompendo a própria atuação em
sala, péssima e inadmissível conduta. Caso realmente ocorra algo de grave,
estudantes e professores serão encontrados nos locais de trabalhado, avisados
pela escola.
“Qualquer
tipo de aparelhos/equipamentos eletrônicos durante o horário de aulas nos
estabelecimentos de educação de ensino fundamental e médio no Estado do
Paraná”, é o texto do Artigo 1º da Lei nº 18.118, em vigor desde 24 de junho
deste ano. Só será admitido o uso deles se a finalidade for pedagógica. Cada
escola irá adotar medida que julgar a adequada como sanção. Tem quem possa
achar exagero ou humilhação recolher o aparelho. Não! Se constatada a tentativa
ou transgressão, a conduta evidencia que o estudante sequer poderá ficar o
aparelho.
Existirá
um dia que estudantes se revoltarão com os pais ou professores porque querem
dinheiro para comprar um livro, e não para porem crédito no celular!?
Fases de Fazer Frases
Furtivo é o tempo que acaba sem aviso, furtadas as
horas.
Olhos, Vistos do Cotidiano
Enquanto pessoas expressam preocupações e cobram/criticam
candidatos à presidência, com temas como o aborto, em nome da vida são
centenas e diárias notícias de pessoas morrendo sem darem entrada hospitalar, à
míngua nas macas, sem quem as atenda, como se não existissem, cadáveres não
sepulcros, abortados pela insensibilidade/incompetência
humano-governamental.
Reminiscências em Preto e
Branco (I)
Foi
se o tempo em que candidatos pediam voto do eleitor; e o eleitor dava
o voto. É maior o número de candidatos que se oferecem para
comprar o voto, assim como cresce a quantidade de eleitores que se oferecem para
vendê-lo? A política será tudo questão de preço? É o fim do apreço?
Reminiscências em Preto e
Branco (II)
O passado responde o que é o amor, quando ele
não mais existe no present
Coluna de José Eugênio Maciel publicada domingo (07/09/14) no jornal Tribuna do Interior em Campo Mourão -PR. Maciel é pioneiro mourãoense, professor, sociólogo, advogado, membro das Academias Mourãoense de Letras e do Centro de Letras do Paraná.,
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