Fazer com que cerca de 6.500 crianças tornem-se adultos mais responsáveis e preocupados com os temas socioambientais. Esse é o desafio que foi lançado ontem com o Atlas Ambiental de Campo Mourão, uma parceria entre a Coamo Agroindustrial Cooperativa e a multinacional Basf. Campo Mourão é a segunda cidade a receber a iniciativa.
O atlas começou a ser produzido há um ano e nesta fase inicial terá duração de dois anos. O material é composto por um livro do professor e um livro do aluno, além dos cursos de formação continuada dos professores e a avaliação do que é aplicado por eles. “O material irá auxiliar professores e alunos a entenderem história, geografia e temas socioambientais, levando em conta aspectos globais e regionais. Temas que fazem parte do universo da criança serão abordados para tornar o entendimento mais fácil. No futuro, teremos cidadãos mais conscientes social e ambientalmente”, ressalta o vice-presidente sênior da Unidade de Proteção de Cultivos BASF para América Latina, Eduardo Leduc.
Além do conteúdo geral, o atlas deverá situar os alunos do município na realidade daqui. “Ele nos localiza. Mostra para o jovem, por exemplo, que a soja produzida nos campos dos cooperados vai alimentar todo o Brasil. A gente espera que ele desperte o orgulho deles de morar em Campo Mourão”, explica Aquiles de Oliveira Dias, um dos gerentes da cooperativa.
Leduc acrescentou que o melhor do programa é que é feito com os dados do município. “É interessante por isso, é feito a partir de Campo Mourão. Os jovens vão aprender a ter orgulho da cidade onde vivem. A cidade tem uma posição estratégica com uma agricultura de ponta que exporta para os países mais exigentes. Bate recordes de produtividade todos os anos e isso, sem esquecer da responsabilidade com o meio ambiente, isso é sustentabildade”, completa.
O presidente da cooperativa, José Aroldo Gallassini chamou a atenção para o fato de que são iniciativas assim que realmente fazem a diferença. “Sem paixões e sem ideologias, como alguns fazem, tem como melhorar o meio ambiente. Quando começou a reciclagem das embalagens eu não acreditava que daria certo, hoje 95% das embalagens são recicladas. Para chegar onde estamos foi muito trabalho.” De acordo com Gallassini com a participação da comunidade será possível criar uma consciência ambiental nos jovens.
João Luiz Conrado, chefe do núcleo regional de educação, afirmou que acredita que este é um projeto que só vem a somar com o que já se tem feito nas escolas. “É importante principalmente porque é da nossa região. Os alunos aprendem a geografia geral, não a geografia da cidade, agora com esse material será possível ampliar os projetos que desenvolvemos”, diz. Serão 17 escolas com mais 150 professores envolvidos inicialmente por dois anos. “A continuidade do processo vai depender de todos”, finaliza Leduc.
O atlas A ferramenta interdisciplinar de educação socioambiental será distribuída para professores que lidam com crianças do 6º ao 9º ano, abrangendo uma faixa etária de 9 a 14 anos de idade. Os educadores receberão uma versão exclusiva do Atlas com textos, imagens e sugestões de atividades, para auxiliá-los no planejamento das aulas. Além disso, receberão um plano de capacitação e desenvolvimento à distância para que utilizem a ferramenta de forma mais efetiva.
O material didático é composto por imagens espaciais, obtidas via satélite, que revelam informações sobre as matas, os oceanos, os animais, a urbanidade, o clima, a cultura, a sociedade, a história e a política do Brasil e do mundo. Para o conteúdo pedagógico do Atlas Ambiental, foram entrevistados especialistas de conceituadas instituições de ensino do país.
Fonte: repórter Ana Carla Poliseli , Tribuna do Interior.
Fotos: Assessoria de Imprensa Coamo.
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