Estamos em clima de Copa do Mundo. Não se ouve falar de outra coisa, pelo menos no Brasil onde o futebol é o esporte paixão nacional. O Brasil literalmente para a cada jogo da nossa seleção. De norte a sul os brasileiros vestem-se das nossas cores para torcer pelo Brasil. Do Iapoque ao Chui, especialmente nas tardes de sábado, domingo joga-se futebol, celebra-se a amizade, o companheirismo, a alegria do povo brasileiro. Como se explica essa paixão do povo brasileiro pelo futebol? Nos seus ensaios, o sociólogo Roberto da Mata afirma a idéia de que o futebol "proporciona à sociedade brasileira a experiência da igualdade e da justiça social". A sua hipótese é que o futebol é popular porque proporciona uma experiência concreta de vitória e de igualdade concreta, num sistema que sempre tem negado isso no campo político. O que valida a paixão pelo futebol seria essa distância do cotidiano triste, marcado pela falcatrua, pelo roubo, corrupção. É pelo futebol que as pessoas aprendem que a regra vale mesmo para todos, que quem é bom (e sabe jogar) vence mesmo, mesmo sendo pobre, e, sobretudo, que não se pode vencer ou perder sempre. Essa experiência de igualdade de todos, perante as regras, é que permite explicar a popularidade do fu tebol e do esporte no mundo moderno e especialmente no Brasil.
Mesmo quando um juiz rouba no futebol, logo é descoberto e punido. Há no futebol uma maior transparência democrática, uma ênfase no desempenho maior, do que em outras atividades humanas, sobretudo na administração pública. Claro que há corrupção no esporte e futebol, mas, devido à ênfase no desempenho e ao fato de que as regras são simples, é muito mais complicado continuar ou estruturar esse tipo de conduta. No futebol não há caixa 2 nem plano B. A torcida logo descobre a fraude, faz algo se as autoridades, os políticos não o fazem.- exige punição,correção dos erros, punição dos culpados, vaia quando os seus ídolos não jogam bem. Deixem o futebol fora da política pedem os torcedores. Não usem a Copa para fazer campanha eleitoral!
Respeitem o sonho de cada menino deste país, especialmente dos mais pobres, que é vencer, ser um campeão. Diante de tantas dificuldades sabe-se que na maioria das vezes isto só será possível pelo esporte, pelo futebol pelo menos no futebol, somos campeão e produzimos vencedores. Em cada dez dos melhores jogadores de futebol do mundo, pelo menos cinco são brasileiros. Entretanto entre todos os prêmios Nobel do mundo, nenhum é brasileiro. Na Educação estamos na lanterninha do mundo junto com os país paupérrimos da África... Entre os grandes jogadores brasileiros, quase todos têm origem pobre, enquanto quase todos os profissionais de nível superior vêm das camadas ricas e médias.
Nestes tempos de Copa do Mundo, a TV e o rádio mostram, todos os dias, pequenas biografias dos nossos grandes jogadores. Em comum, todos têm o fato de terem começado a jogar futebol aos quatro anos de idade, em algum campo de pelada perto de casa, às vezes no quintal de um amigo. Todos continuaram, com persistência, o desenvolvimento de seus talentos. Transformaram-se em grandes craques, graças à oportunidade, e mais ao talento e à persistência pessoal, que a alguma escola. Os mais talentosos até podem até ter freqüentado escolas de futebol mas sem talento nem entrariam lá. No Brasil de hoje, 20 milhões de meninos jogam futebol. Se apenas um em cada dez mil tiver talento e persistência, nas próximas Copas teremos dois mil ótimos jogadores; se for um em cada um milhão, ainda assim teremos dois times completos, formados por grandes craques. E quantos concorrerão ao Prêmio Nobel???
Como o povo brasileiro, o futebol é um esporte democrático em que todas as classes podem participar, e que não discrimina ninguém. Assim como nossas crianças crescem com a bola nos pés, (mesmo que seja de pano) e tem acesso ao jogo de futebol, (mesmo que seja descalço, numa partida de várzea), assim é hora de participarmos democraticamente da escolha de nossos representantes, de expressar as nossas discordâncias em público, de dizermos “não” a corrupção, à roubalheira do dinheiro do povo, ao nepotismo. Vamos aceitar que nossos políticos "entreguem o jogo”, governem em causa própria, deixem impunes os corruptos, escondam a verdade de todas as formas??? Se no futebol conseguimos com a nossa torcida, influir no resultado do time, vamos montar, com o nosso voto, a melhor seleção de políticos para jogar o jogo do poder a fav or do POVO BRASILEIRO!!!Chega de jogar contra!!!
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC- majocalderari@yahoo.com.br
Mesmo quando um juiz rouba no futebol, logo é descoberto e punido. Há no futebol uma maior transparência democrática, uma ênfase no desempenho maior, do que em outras atividades humanas, sobretudo na administração pública. Claro que há corrupção no esporte e futebol, mas, devido à ênfase no desempenho e ao fato de que as regras são simples, é muito mais complicado continuar ou estruturar esse tipo de conduta. No futebol não há caixa 2 nem plano B. A torcida logo descobre a fraude, faz algo se as autoridades, os políticos não o fazem.- exige punição,correção dos erros, punição dos culpados, vaia quando os seus ídolos não jogam bem. Deixem o futebol fora da política pedem os torcedores. Não usem a Copa para fazer campanha eleitoral!
Respeitem o sonho de cada menino deste país, especialmente dos mais pobres, que é vencer, ser um campeão. Diante de tantas dificuldades sabe-se que na maioria das vezes isto só será possível pelo esporte, pelo futebol pelo menos no futebol, somos campeão e produzimos vencedores. Em cada dez dos melhores jogadores de futebol do mundo, pelo menos cinco são brasileiros. Entretanto entre todos os prêmios Nobel do mundo, nenhum é brasileiro. Na Educação estamos na lanterninha do mundo junto com os país paupérrimos da África... Entre os grandes jogadores brasileiros, quase todos têm origem pobre, enquanto quase todos os profissionais de nível superior vêm das camadas ricas e médias.
Nestes tempos de Copa do Mundo, a TV e o rádio mostram, todos os dias, pequenas biografias dos nossos grandes jogadores. Em comum, todos têm o fato de terem começado a jogar futebol aos quatro anos de idade, em algum campo de pelada perto de casa, às vezes no quintal de um amigo. Todos continuaram, com persistência, o desenvolvimento de seus talentos. Transformaram-se em grandes craques, graças à oportunidade, e mais ao talento e à persistência pessoal, que a alguma escola. Os mais talentosos até podem até ter freqüentado escolas de futebol mas sem talento nem entrariam lá. No Brasil de hoje, 20 milhões de meninos jogam futebol. Se apenas um em cada dez mil tiver talento e persistência, nas próximas Copas teremos dois mil ótimos jogadores; se for um em cada um milhão, ainda assim teremos dois times completos, formados por grandes craques. E quantos concorrerão ao Prêmio Nobel???
Como o povo brasileiro, o futebol é um esporte democrático em que todas as classes podem participar, e que não discrimina ninguém. Assim como nossas crianças crescem com a bola nos pés, (mesmo que seja de pano) e tem acesso ao jogo de futebol, (mesmo que seja descalço, numa partida de várzea), assim é hora de participarmos democraticamente da escolha de nossos representantes, de expressar as nossas discordâncias em público, de dizermos “não” a corrupção, à roubalheira do dinheiro do povo, ao nepotismo. Vamos aceitar que nossos políticos "entreguem o jogo”, governem em causa própria, deixem impunes os corruptos, escondam a verdade de todas as formas??? Se no futebol conseguimos com a nossa torcida, influir no resultado do time, vamos montar, com o nosso voto, a melhor seleção de políticos para jogar o jogo do poder a fav or do POVO BRASILEIRO!!!Chega de jogar contra!!!
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC- majocalderari@yahoo.com.br
Bom mesmo seria se a igualdade de condição dos brasileiros, seja material ou emocional, não tivesse a precária duração de apenas 90 minutos, como numa empolgante partida de futebol. Quem sabe ainda veremos nos acréscimos ou até mesmo na disputa de pênaltis, uma atitude mais firme dos nossos governantes, voltada inteiramente à justiça social. Teríamos assim ,motivos reais para vibrar num tom uníssono, ao som das vuvuzelas.
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