Contemplação *
No isolamento, fazer o quê?
Serviço de casa, momento de oração, momento de reflexão... balanço da vida: O que fiz de bom? - O que fiz de errado?
Sento-me na varanda (área de serviço?) Varanda tem mais sentido para mim, é mais poética.
Olho ao redor. As árvores dançam como se quisessem se mostrar. Um botão de rosa está prestes a se abrir. O céu azul, intensamente azul, se faz enfeitar por pequenas nuvens brancas. Bem ali há um pé de hibisco, plantado no quintal do vizinho, que se debruçou no muro e derramou flores cor de rosa para o meu lado.
Como se lesse meus pensamentos, um bem te vi pousou no varal e gritou bem alto: Bem te vi! - Sim, estou bem, obrigada!
A brisa tocou meu rosto querendo falar comigo. Entendi seu recado. Ela queria ser vista, invisível que é. Queria me dizer que é ela que faz o bailado dos galhos, das folhas...Entendi, agradeci.
Pombos e pardais também estiveram no cenário fazendo voos rasantes sobre a relva verde lavada pela chuva.
Chamou minha atenção uma lagarta agarrada na parede, um casulo esperando o tempo de libertar a borboleta. Quantas delas chegarão até o fim de sua jornada? Tantos perigos a rondam...
Para me responder, uma borboleta amarela pousou em uma flor. Entendi. Algumas conseguirão ir até o fim.
O azul do céu...as nuvens branquinhas...o verde das plantas... o colorido das flores...a liberdade dos pássaros...a leveza da borboleta, a sutileza da brisa...a claridade do Sol...Obrigada, meu Deus! Não dá para ver tudo isso sem te agradecer! Obrigada por tudo, meu Deus!
Cida Freitas, professora, poetisa, empreendedora, Cidadã Honorária de Campo Mourão, fundadora da Academia Mourãoense de Letras, cadeira 08.
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