“É prática ritual e salutar que, no
momento da assunção do mandato de cada diretoria, o presidente eleito passe ao
longo instâncias inerentes à academia e se situe diante delas.
Passo a fazê-lo, no cumprimento do
ritual.
Ingressei na Academia Mourãoense de Letras
em 24 de junho de 2010, ocupando a cadeira 29, cujo patrono dr. José Carlos Ferreira,
gaúcho de Soledade, homenageado com a criação da cadeira, por seu pioneirismo e
dedicação no desenvolvimento e sua renúncia de uma vida melhor em
favor da medicina na região.
Na gestão 2012/2014 exerci o papel de
secretária geral, tendo como presidente Jair Elias dos Santos Junior.
Na gestão 2014/2016 exerci o papel de
vice-presidente, com o mesmo presidente.
Participei de todo o processo de
ascensão da AML neste quadriênio.
Sob a orientação do presidente pude estar presente em
todos os meandros dos processos executados.
Sabemos de que as coisas árduas e
lustrosas se conseguem com trabalho e com fadiga. Na compensação, temos o
prazer de fazer e fazer bem feito.
O vice-presidente transmite à
presidência uma segurança de que não está só na tomada de decisão e projetos a
serem estudados.
O secretário-geral e primeira
secretária, ascende à presidência, não por mera rotina, mas pela sábia
orientação que privilegia a experiência adquirida, e a intimidade com a
realidade do agir e do administrar.
A tesoureira geral e primeiro
tesoureiro, garante a segurança de investimentos e execução dos projetos que
dependem de numerários;
Diretor de biblioteca, dá a segurança
da história catalogada e arquiva em seus devidos afins;
Oradores asseguram a comunicação com
históricos redundantes do dia a dia da instituição.
Aos companheiros de percurso,
expresso o mais profundo agradecimento por terem concordado, e com entusiasmo,
em co-participar da missão. Em nome da equipe formada agradeço a votação por
aclamação com que fomos privilegiados.
Estou consciente do que representa a
investidura na presidência. Como ser individual, como ser social.
Individualmente, gratifica em grande
o voto de confiança.
Somos eventualmente agraciados, somos
quarenta entre tantos que têm todas as condições de integrar seus quadros, mas
os que a integram tem plena consciência da sua responsabilidade histórica
nestes quatorze anos de sua fundação.
Essa qualificação e esse
reconhecimento nos honram e nos transcendem.
Somos uma diretoria que ora toma
posse, e tenho plena consciência de que uma diretoria plena e edificante
não é feita somente da figura do presidente, mas de todos os membros escolhidos
para ocuparem as funções diretivas e assim, cada qual com a sua
responsabilidade, mas com um propósito comum: de grande participação e
interesse, e laborar para que a nossa academia mourãoense de letras possa
crescer em qualidade nos seus projetos e objetivos estatutários e da nossa
cidade que tanto amamos. .
Ao todo somos quarenta agraciados com
o título de imortais, mesmo sendo mortais. Neste grupo, os integrantes são
pessoas normais que sonham, trabalham, não tem tempo, mas que se dispõem a
fazer algo no plano da cultura, da arte e científica, preservando o
cultivo do vernáculo e da literatura, podendo participar de iniciativas úteis
do desenvolvimento cultural de campo mourão, do paraná e do brasil.
A língua e a literatura exigem de
todos nós, mais do que nunca, o bom combate. Em especial a arte literária.
É de consenso lembrar que textos
literários ajudam as pessoas a organizar seu pensamento e seu universo
cultural. Possibilita-nos conhecer melhor a nós mesmos, ao mundo que nos cerca,
à nossa relação com o mundo e com o outro. E mais: que o escritor é testemunha
do seu tempo e que a literatura interpreta o presente, restaura emocionalmente
o passado e possibilita a projeção ao futuro.
Cumpre reiterar que o texto literário
contribui para a estruturação do imaginário nacional e para a formação da nacionalidade,
leva o leitor ou ouvinte a questionar a realidade social que o cerca, propicia
abertura para a transformação enriquecedora e mesmo, para a firmação da
identidade, contribui para a formação da cidadania.
A diretoria que ora toma posse dará
seguimento ao trabalho desenvolvido pelas que nos antecederam no processo
contínuo de construção.
E aberta ao diálogo, esperamos contar
com a colaboração e participação de todos os imortais, para além de
eventuais desencontros e divergências. Não nos esquecendo de que a Academia
Mourãoense de Letras é dos acadêmicos e acadêmicas, e de que a casa é para Campo
Mourão, e sobretudo nos ultrapassa.
Na melhor tradição da AML, posso
assegurar-lhes, a diretoria que ora assumimos, procuraremos agir com sabedoria,
decidir com justiça, atuar corajosamente, e, mais que nunca cultivar a
temperança.
Muito obrigado e felicidades a
todos.” Ester de Abreu Piacentini – discurso proferido
na sua posse como presidente da entidade na noite de 21 de maio de 2016.
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