Um empate amargo. Assim pode ser definido o Atletiba pela disputa de maior torcida de Curitiba. O levantamento da Paraná Pesquisas ouviu 15.034 pessoas maiores de 16 anos para determinar qual time tem mais fãs na capital. O Atlético venceu, com 22,55%, contra 21,54% do Coritiba. Com a margem de erro de um ponto porcentual, a disputa está tecnicamente empatada
A comparação com a pesquisa de 2008, realizada pelo mesmo instituto, revela que a igualdade é resultado da combinação entre a diminuição da torcida do Atlético e um leve crescimento do número de coxas-brancas – há quatro anos, o placar era 24,6% a 21,3% pró Furacão.
A queda atleticana é vista como natural por Murilo Hidalgo, diretor da Paraná Pesquisas. Reflexo do arrefecimento do efeito causado pelo crescimento do clube na virada do século. “Acabou a euforia da Arena, do título brasileiro e do vice da Libertadores”, constata Hidalgo, que vê a reinauguração da Baixada como o vetor de um novo crescimento dos rubro-negros.
Do lado coxa-branca, a aproximação do rival é atribuída às boas campanhas de 2010 para cá. “Tri estadual, duas finais de Copa do Brasil. Isso fez com que o time se tornasse novamente referência. Mas é um crescimento que só se sustenta com o fortalecimento da estrutura, que é o que vai nos permitir brigar com os times de fora”, analisa o presidente Vilson Ribeiro de Andrade.
Um fortalecimento capaz de levar a títulos que façam o torcedor sonhar em extrapolar as fronteiras. “Os clubes têm de buscar um título de Copa do Brasil e estar sempre na Libertadores para ter uma torcida nacional”, diz o analista de sistemas Rodrigo Salvador dos Santos, de 27 anos, presença assídua no Couto Pereira.
Antes de sonhar em conquistar o país, a dupla Atletiba precisa defender seu quintal. Nos últimos quatro anos, a torcida do trio de ferro caiu 7% em Curitiba, enquanto a dos 12 maiores clubes do país cresceu 18%.
Mesmo com a liderança na região metropolitana – Atlético 17,89%, Coritiba 15,83% –, os rivais já começam a sentir o avanço dos forasteiros. Se os rubro-negros vencem em 11 cidades da RMC e os coxas em cinco, o Corinthians é o preferido em quatro municípios. No Litoral a divisão é maior: Antonina e Morretes são do Atlético; Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná do Corinthians; Paranaguá do Flamengo.
Pior só mesmo o cenário do interior: o Atlético tem a oitava torcida, com 1,55%, logo à frente do Coritiba, com 1,30%. “É um cenário que vamos levar algumas gerações para mudar”, disse o diretor de marketing do Atlético, Mau¬¬ro Holzmann, em junho, às vésperas da decisão da Libertadores, vencida pelo Corinthians – número 1 do interior com 20,32%.
O levantamento é exclusivo da Paraná Pesquisas para a Gazeta do Povo publicado na edição de domingo (23/12) que ouviu 113.962 pessoas em 70 municípios.
ISTO É OBVIO! A COLONIZAÇÃO DO PARANÁ NÃO É HOMOGÊNEA. AQUI NO NORTE, PREDOMINA PAULISTAS E MINEIROS. TORCEMOS PELO TIME DA CIDADE E PELOS DE SÃO PAULO. NO OESTE, A COLONIZAÇÃO É GAÚCHA, TORCEM PELOS TIMES LOCAIS E PELOS DO RS E EVENTUALMENTE DO RJ. E ASSIM POR DIANTE!
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