Nesta semana tantos acontecimentos grandiosos, mundiais, preencheram todos os minutos dos noticiários do mundo como casamento real, beatificação do papa João Paulo II, empalidecida pela notícia da execução do terrorista Bin Laden, a reação festivo-patriótica dos norte americanos, acendendo mais a ira-ódio-vingança dos anti EUA e o medo global...
Aqui no Brasil temas tão importantes como a tão esperada votação do código florestal, a enchente no seco Nordeste, ficaram apenas nas entre linhas dos noticiários... E para o dia das Mães sobraram os espaços pagos dos comerciais que nos chamam para comprar coisas. Mas muitas mães já não estão ao nosso lado e nem precisam mais de coisas materiais...
Queremos homenageá-las então resgatando as memórias de nossa saudade. Procuramos no nosso coração, quais são os “arquivos” que estão mais carregados de boas lembranças que nos alimentam nos momentos de tristeza... Quais são os “Clipes” que teimam em serem reproduzidos pelo nosso inconsciente, independente até mesmo de nossa vontade, especialmente em datas especiais...
Nesta semana vou desligar todos os canais, os sites, as redes sociais que me conectam com o mundo para recarregar as baterias da saudade, do carinho por quem nos trouxe ao mundo. Deixar de lado tudo que nos angustia, a pressa, a correria, a ansiedade pelo futuro, o medo do presente... Deixar aflorar todas as memórias guardadas no mais profundo de nossos “arquivos” do inconsciente, que nunca serão perdidos, apagados, contaminados por nenhum vírus deste mundo louco em que vivemos...
Momentos mágicos, recheados de saudades como a sensação de aconchego e carinho daquele colo gostoso, daquele porto seguro para onde ainda temos vontade de correr nos momentos de dor, de medo, de incerteza... Ou o cheirinho gostoso da comida da mãe, que nos encontrava já na entrada da casa quando voltávamos esfomeados da escola gritando Mãããaãe!!!!!! E ao lado do fogão de lenha a fome e a saudade iam sendo amenizadas com as histórias contadas, a comida beliscada, a polenta com queijo nas colheradas tiradas da panela de ferro ainda no fogo... Que saudades!
Quantas sementes lançadas na terra, especialmente no frescor da manhã e da tardinha, “Já é noite mãe, terminou o expediente” falava meu irmão; quantos pés de frutas plantados, quantas frutas colhidas distribuídas os parentes e amigos e para virarem, suco, geléia... Até as flores plantadas, os copos de leite, lírios, mosquitinhos, os cravos perfumados eram “socializadas” nos finados. A velha máquina de costura testemunhou tanta vida dada aos tecidos, às roupas re-reformadas até virarem colchas de retalhos...
E nós testemunhamos um tempo de solidariedade, de partilha, de mutirão para ajudar na colheita da uva, para organizar tantas festas de igreja, para fazer as dezenas de “cucas” que só a dona Maria sabia fazer, batidas na mão, assadas em grandes fornos a lenha. Sentiu que não houve quem quisesse aprender e assumir esta tarefa.
Quanta diferença testemunhamos desde o mundo de minha infância (vivíamos sem telefone, TV, celular, internet...) até os tempos cibernéticos de hoje. Minha mãe de poucos estudos, minha avó analfabeta nunca sonharam viver o que vivemos hoje. E nós não podemos imaginar o que viverão os nossos netos, mas queremos deixar para eles o testemunho desta trança solidária de vida que se prepara para ganhar continuidade.
Aqui no Brasil temas tão importantes como a tão esperada votação do código florestal, a enchente no seco Nordeste, ficaram apenas nas entre linhas dos noticiários... E para o dia das Mães sobraram os espaços pagos dos comerciais que nos chamam para comprar coisas. Mas muitas mães já não estão ao nosso lado e nem precisam mais de coisas materiais...
Queremos homenageá-las então resgatando as memórias de nossa saudade. Procuramos no nosso coração, quais são os “arquivos” que estão mais carregados de boas lembranças que nos alimentam nos momentos de tristeza... Quais são os “Clipes” que teimam em serem reproduzidos pelo nosso inconsciente, independente até mesmo de nossa vontade, especialmente em datas especiais...
Nesta semana vou desligar todos os canais, os sites, as redes sociais que me conectam com o mundo para recarregar as baterias da saudade, do carinho por quem nos trouxe ao mundo. Deixar de lado tudo que nos angustia, a pressa, a correria, a ansiedade pelo futuro, o medo do presente... Deixar aflorar todas as memórias guardadas no mais profundo de nossos “arquivos” do inconsciente, que nunca serão perdidos, apagados, contaminados por nenhum vírus deste mundo louco em que vivemos...
Momentos mágicos, recheados de saudades como a sensação de aconchego e carinho daquele colo gostoso, daquele porto seguro para onde ainda temos vontade de correr nos momentos de dor, de medo, de incerteza... Ou o cheirinho gostoso da comida da mãe, que nos encontrava já na entrada da casa quando voltávamos esfomeados da escola gritando Mãããaãe!!!!!! E ao lado do fogão de lenha a fome e a saudade iam sendo amenizadas com as histórias contadas, a comida beliscada, a polenta com queijo nas colheradas tiradas da panela de ferro ainda no fogo... Que saudades!
Quantas sementes lançadas na terra, especialmente no frescor da manhã e da tardinha, “Já é noite mãe, terminou o expediente” falava meu irmão; quantos pés de frutas plantados, quantas frutas colhidas distribuídas os parentes e amigos e para virarem, suco, geléia... Até as flores plantadas, os copos de leite, lírios, mosquitinhos, os cravos perfumados eram “socializadas” nos finados. A velha máquina de costura testemunhou tanta vida dada aos tecidos, às roupas re-reformadas até virarem colchas de retalhos...
E nós testemunhamos um tempo de solidariedade, de partilha, de mutirão para ajudar na colheita da uva, para organizar tantas festas de igreja, para fazer as dezenas de “cucas” que só a dona Maria sabia fazer, batidas na mão, assadas em grandes fornos a lenha. Sentiu que não houve quem quisesse aprender e assumir esta tarefa.
Quanta diferença testemunhamos desde o mundo de minha infância (vivíamos sem telefone, TV, celular, internet...) até os tempos cibernéticos de hoje. Minha mãe de poucos estudos, minha avó analfabeta nunca sonharam viver o que vivemos hoje. E nós não podemos imaginar o que viverão os nossos netos, mas queremos deixar para eles o testemunho desta trança solidária de vida que se prepara para ganhar continuidade.
Seja BEM-VINDO(A). Que Deus proteja, ilumine, guarde esta criança tão pequenina ainda e já tão “amadinha”...
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC.majocalderari@yahoo.com.br
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC.majocalderari@yahoo.com.br
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