Nunca as religiões foram tão questionadas como agora. Nunca os extremismos religiosos provocaram tanto medo, incertezas.
Mas as religiões que defendem a vida, reunidas dia 8 de fevereiro, no Fórum Social Mundial em Dakar fixaram alguns princípios mínimos básicos que poderiam tornar possível que as Religiões reúnam suas energias a serviço da salvação do Planeta e da própria Humanidade, em uma Aliança de Civilizações e Religi ões em favor do Bem Comum da Humanidade e do Planeta:
- As religiões devem abandonar a expressão e o conceito da "única religião verdadeira"... porque todas elas o são.
- As religiões são dons de Deus à Humanidade para aprofundar nossa qualidade profunda como seres humanos, de forma que levem à plenitude a nós mesmos, à Vida e ao Cosmos do qual fazemos parte.
- As religiões devem reconhecer que são também criações humanas, misteriosamente elaboradas por nossos ancestrais e, nesse sentido, realidades limitadas, imperfeitas, que necessitam ser tratadas com compreensão e melhoradas com um generoso esforço crítico, com humildade e agradecimento.
- As religiões devem descobrir agradecidas que já não há um Povo Eleito... porque todos são Povos muito amados por Deus.
- As religiões devem superar seu próprio complexo de superioridade religiosa, como um antigo pecado, próprio de tempos já passados.
- As religiões aceitam, estremecidas de gozo, a inabarcável diversidade religiosa e se comprometem a apreciar, proteger e reverenciar tal diversidade do sagrado.
- As religiões devem se esforçar para renunciar ao proselitismo. - As religiões vão estabelecer vínculos entre elas e canais de comunicação e enriquecimento mútuo. A nova "missão" da qual as religiões são conscientes não vai tentar converter o outro, fazendo-o mudar de religião, mas sim ajudá-lo a assumir mais autenticamente a sua própria religião.
- As religiões veneram a Realidade Última, que pode ser chamada com muitos nomes, embora nenhum deles lhe seja apropriado. Nenhuma religião vai conceber ainda essa Realidade Última como um deus tribal, próprio de sua raça, povo ou cultura... Todas as religiões vão superar sua antiga imagem tribal de Deus.
- As religiões coincidem na chamada Regra de Ouro: tratemos os outros como gostaríamos de ser tratados. Essa regra vale tanto com relação aos indivíduos, quanto aos povos e às religiões, assim como à sua coexistência pacífica em meio a toda a Humanidade.
Essa Regra de Ouro abrange também a Vida, a Terra, o Planeta mesmo, nesta hora de crise que estamos atravessando atualmente. Salvar a Vida, a Humanidade e a Terra como um todo é a meta suprema à qual, neste momento histórico, elas deveriam aderir. Esses princípios podem constituir a Visão, a teologia que necessitamos para enfrentar os desafios que a Terra confronta.
As religiões são indispensáveis para superar o momento presente da Humanidade. As religiões podem e devem ajudar a constituir a Aliança de Civilizações e Religiões para o bem comum da Humanidade e do Planeta.
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC- majocalderari@yahoo.com.br
- As religiões devem abandonar a expressão e o conceito da "única religião verdadeira"... porque todas elas o são.
- As religiões são dons de Deus à Humanidade para aprofundar nossa qualidade profunda como seres humanos, de forma que levem à plenitude a nós mesmos, à Vida e ao Cosmos do qual fazemos parte.
- As religiões devem reconhecer que são também criações humanas, misteriosamente elaboradas por nossos ancestrais e, nesse sentido, realidades limitadas, imperfeitas, que necessitam ser tratadas com compreensão e melhoradas com um generoso esforço crítico, com humildade e agradecimento.
- As religiões devem descobrir agradecidas que já não há um Povo Eleito... porque todos são Povos muito amados por Deus.
- As religiões devem superar seu próprio complexo de superioridade religiosa, como um antigo pecado, próprio de tempos já passados.
- As religiões aceitam, estremecidas de gozo, a inabarcável diversidade religiosa e se comprometem a apreciar, proteger e reverenciar tal diversidade do sagrado.
- As religiões devem se esforçar para renunciar ao proselitismo. - As religiões vão estabelecer vínculos entre elas e canais de comunicação e enriquecimento mútuo. A nova "missão" da qual as religiões são conscientes não vai tentar converter o outro, fazendo-o mudar de religião, mas sim ajudá-lo a assumir mais autenticamente a sua própria religião.
- As religiões veneram a Realidade Última, que pode ser chamada com muitos nomes, embora nenhum deles lhe seja apropriado. Nenhuma religião vai conceber ainda essa Realidade Última como um deus tribal, próprio de sua raça, povo ou cultura... Todas as religiões vão superar sua antiga imagem tribal de Deus.
- As religiões coincidem na chamada Regra de Ouro: tratemos os outros como gostaríamos de ser tratados. Essa regra vale tanto com relação aos indivíduos, quanto aos povos e às religiões, assim como à sua coexistência pacífica em meio a toda a Humanidade.
Essa Regra de Ouro abrange também a Vida, a Terra, o Planeta mesmo, nesta hora de crise que estamos atravessando atualmente. Salvar a Vida, a Humanidade e a Terra como um todo é a meta suprema à qual, neste momento histórico, elas deveriam aderir. Esses princípios podem constituir a Visão, a teologia que necessitamos para enfrentar os desafios que a Terra confronta.
As religiões são indispensáveis para superar o momento presente da Humanidade. As religiões podem e devem ajudar a constituir a Aliança de Civilizações e Religiões para o bem comum da Humanidade e do Planeta.
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC- majocalderari@yahoo.com.br
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