24 de jul. de 2010

ENTREVISTA DE DOMINGO: Osvaldo Broza


Paranaense de Inácio Martins, na região Centro-Sul do Paraná, Osvaldo Broza tem histórias e muitas histórias que daria muitos livros. De uma família humilde, Broza saiu de Herveira, distrito de Campina da Lagoa, para Campo Mourão, na década de 60. Foi lavrador, sorveteiro, frentista, offcice-boy, entre outras atividades que desempenhou, sempre com muita dignidade.
No esporte, participou de campeonatos de futebol amador pelos times do Canarinho, Estrela e Associação Esportiva e Recreativa Mourãoense – AERM, além de campeonatos locais de futebol de salão. Com 16 anos foi presidente do Esporte Clube Canarinho.
Em 1970, foi presidente da comissão de formatura do Colégio Estadual “João de Oliveira Gomes”, viabilizando a primeira apresentação de uma peça de teatro profissional na cidade. Foi presidente do Rotary Club e discursou na inauguração da Fundação de Ensino Superior de Campo Mourão, hoje Fecilcam, em janeiro de 1973, como presidente da União Mourãoense dos Estudantes Secundários (Umes). É membro fundador da Academia Mourãoense de Letras, titular da cadeira número 21 e autor de vários livros.
“ Sou um eterno apaixonado nos braços da minha mulher (Malu) e solitário, algumas vezes, no braço da minha viola caipira. Sou, acima de tudo, um cidadão”, resume Osvaldo Broza, o homenageado desta semana na ENTREVISTA DE DOMINGO.
Broza é uma pessoa de muito amigos (na foto, com alguns deles) e muito conhecida em Campo Mourão. Uma ótima leitura e bom final de semana. Tudo de bom com muita prosperidade, saúde e as bençãos de Deus.
QUEM É OSVALDO BROZA? Sou filho de José Broza e Maria da Conceição Broza, pai do Alessandro, Renan, Thiago e Ciro e avô do Leonardo e do Lucas. Casado com Maria Luzia Gomes Broza há 33 anos. Nasci em Inácio Martins, então distrito de Guarapuava, no dia 18 de novembro de 1949. Em 1958, mudei para Erveira, distrito de Campina da Lagoa. Em 1963, vim para Campo Mourão, por livre e espontânea pressão de minhas irmãs, Gina e Sissi.
ONDE E COMO FOI SUA INFÂNCIA? Até 1958 em Inácio Martins (Foto, do Município localizado na região Centro-Sul do Paraná), uns vinte quilômetros da cidade, num dos lugares mais frios e atrasados do Brasil, chamado “Potinga”. Eu passava muito frio e fome algumas vezes. De 1958 a 1962 em Erveira, distrito de Campina da Lagoa, onde ajudava o meu pai na lavoura. Apesar da pobreza eu era feliz e, por isso, tenho muita saudade de ambos os lugares.
COMO O SENHOR SE DEFINE? Gosto de respeitar as pessoas, indistintamente, sem levar em conta o que elas têm e sim o que elas são. Abomino a invisibilidade; acredito na família como a mais forte instituição; acredito na força do homem, independente de religião e crença. Sou um eterno apaixonado nos braços da minha mulher (Malu) e solitário, algumas vezes, no braço da minha viola caipira. Sou, acima de tudo, um cidadão. Porque usufruo dos meus direitos e cumpro com os deveres impostos pela sociedade e pelas leis.
ONDE O SENHOR ESTUDOU E QUE CURSOS FEZ? Comecei na própria Erveira, onde tinha como colega e amigo o ex-prefeito de Altamira do Paraná, Ademar Kleim. Sua Irmã Ilga Gafuri foi a minha primeira professora. Fiz contabilidade – fui contador por uns dez anos – e comecei e não terminei os cursos de Administração e Direito. Fiz diversos outros cursos técnicos.
QUAL FOI SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL? Fui lavrador e engraxate em Erveira. Em Campo Mourão, fui sorveteiro, frentista, pacoteiro (Casas Buri), entregador (Casa Rosa), ferramenteiro (Tereza Assami - Mercedez Benz), funcionário público municipal – onde comecei como Ofice-Boy e terminei como Assessor de Imprensa -, contador do Depósito do Construtor, gerente da Sucursal da Folha de Londrina, sócio da Comercial Norte Sul (Secos e Molhados), sócio da Laundromat Lavanderia, sócio da PHD Propaganda, proprietário de uma Gráfica Rápida no Shoping Cidade, proprietário e um dos motoristas da Transword (transporte de passageiros) e proprietário do Jornal Entre Rios.
COMO É O DIA A DIA DE UM ESCRITOR? COMO NASCE UMA OBRA? Não me considero um escritor embora tenha escrito alguns livros e participado de outros. Não me considero um poeta embora tenha escrito alguns poemas. E também não me considero um articulista embora tenha escrito e continue escrevendo artigos (crônicas) para veículos de comunicação da cidade. Minha inspiração são as histórias do cotidiano e as lembranças do passado. Ao lado de Pedro da Veiga e Jair Elias
QUANTOS LIVROS PUBLICADOS? QUAL O PRIMEIRO TEXTO, COMO NASCEU? Dois livros publicados. Caminhos de Casa, em 2004, e Campo Mourão em Crônica, em 2007. Eu chegava de uma longa viagem trazendo trabalhadores da construção civil para uns dias de descanso. Um deles, que estava longe da família por mais de 30 dias, ao perceber que estava próximo de sua residência, disse em voz alta, quase gritando: “Não acredito que estou na rua da minha casa”. Foi emocionante vê-lo reencontrar a mulher e os filhos - ainda pequenos - que correram até o veículo para abraçá-lo. Daí, aconteceu o primeiro texto, Os Caminhos da Minha Casa, que me inspirou a escrever e dar título ao meu primeiro livro, Caminhos de Casa. Vale a pena transcrever o texto, o mais significativo de todos, porque retrata o que eu sentia nas viagens que fazia, transportando pessoas, sonhos, ilusões, esperanças...e a vontade de voltar pra casa.
“Os caminhos da minha casa são infinitos e meus companheiros inseparáveis; me direcionam, me acolhem, me guardam, me descansam.
Nos caminhos da minha casa eu vejo sonhos e aventuras; despedidas e reencontros emocionados; eu vejo a esperança, a luta incansável, a solidão angustiante; eu vejo o amor, a dor.
Nos caminhos da minha casa eu vejo um passado cada vez mais presente, um presente que não passa nunca e o tempo passando rápido demais. Mas vejo alguém dizendo que não é o tempo que passa, nós é que passamos, como um vento veloz, semeando ilusões e esperança para um futuro que não existe e que não chegará jamais.
Nos caminhos da minha casa eu vejo Deus, que me acalma e me protege nas caminhadas mais difíceis.
Os caminhos da minha casa sempre me trazem de volta e me fazem reencontrar as pessoas que amo”.
E QUAL O PRÓXIMO? Quem sabe daqui um ou dois anos.
O SENHOR É MEMBRO DA ACADEMIA MOURÃOENSE DE LETRAS? O QUE REPRESENTA ISSO, SER IMORTAL? Pelo fato de ser membro da Academia Mourãoense de Letras, apesar da honra em dela fazer parte, não significa que eu seja um imortal. Na minha teoria, a imortalidade está nos exemplos que você deixa de muito bom ou de muito ruim às futuras gerações. As histórias nos revelam isso. Se tiver que ser, será, pela minha conduta e pelos meus escritos. E não por ocupar uma cadeira em uma academia de letras. Quanto à nova diretoria, acredito que a sua principal meta será concluir os novos estatutos e o seu regimento interno, o que possibilitará uma melhor funcionalidade da entidade e a participação mais efetiva e proveitosa de seus membros. Broza, o terceiro em pé da esquerda para à direita, ocupa a cadeira número 21 da Academia Mourãoense de Letras, tendo como patrono Jonas Bento de Deus.
QUAL FOI SUA TRAJETÓRIA ESPORTIVA?
Participei de campeonatos de futebol amador pelo Canarinho, pelo Estrela e pela Associação Esportiva e Recreativa Mourãoense – AERM. Participei de campeonatos locais (apenas um regional) de futebol de salão pelo Ameriquinha (foto), Depósito do Construtor,
Akadêmicos (foto)
Renascença e
Clube Atlético Municipal (foto).
Cheguei a jogar uma vez pela Associação Tagliari (em Palmital dos Trinta) e duas vezes pela seleção de Campo Mourão (no Ginasinho JK contra Campina da Lagoa (ganhamos e eu marquei um gol) e em Cambé. Acho que esse nós perdemos, porque não lembro mais do adversário)
DESDE QUANDO É APAIXONADO PELO ESPORTE? QUEM FOI O “CULPADO”?. Desde muito cedo. E eu mesmo fui o culpado, porque não tive por quem puxar. Mas tive muitos pra contestar.
NO ESPORTE, QUAIS MODALIDADES JOGOU? Futebol de campo, de salão e suíço. Sinuca, peteca, búrica (bolinha de vidro)...
QUAL O SEU ESPORTE PREFERIDO E TIME DO CORAÇÃO, E ÍDOLO? Futebol. Meu time do coração é o Santos e o meu ídolo é Mané Garrincha (na foto com Alessandro, um dos filhos de Broza)..
QUAL PROJETO GOSTARIA DE REALIZAR QUE AINDA NÃO FOI? Não foi e, pelo jeito, não será: um jornal, que eu não precisasse vender meus bens e, principalmente, minha opinião para vê-lo prosperar. Mas quase aconteceu, o Entre Rios chegou a circular em 10 cidades da região.
COMO É NA SUA OPINIÃO A REALIDADE DO NOSSO ESPORTE E DA NOSSA CULTURA EM CM? Futebol profissional, na minha visão, está um pouco difícil. É muito caro e não tem tanto apoio. Mas torço para que o Sport volte a nos dar grandes alegrias nas tardes de domingo. Futebol de Salão (já há muito tempo) e o basquete masculino são as modalidades que mais se destacam, porque recebem maior incentivo e apoio da comunidade. Mas, de um modo geral, o esporte vai bem, graças ao excelente trabalho da Fecam e da participação de empresas.
Quanto à cultura, Campo Mourão é referência para cidades até de maior porte, e não só do Paraná. É um dos municípios que mais investem nessa área. Os espaços culturais que temos – em torno de dez, não sei bem – são elogiados além fronteiras. Isso, graças a continuidade – e melhorado sempre - de um bom trabalho iniciado em administrações anteriores.
QUAL SERÁ O FUTURO DO ESPORTE EM CM? O futuro vai depender da atuação da Fecam e da continuação dos incentivos, inclusive para o surgimento de novos atletas, nas diversas modalidades. Vejo com bons olhos o trabalho que está sendo realizado. O basquete, além do futsal, já é uma feliz e grata realidade.
COMO SE SENTE SENDO UM EMPRESÁRIO DE SUCESSO? Sucesso e fracasso caminham juntos. Você pode passar de um lado para o outro num piscar de olhos. Ficar atento às tendências de mercado, ao planejamento e à organização são fundamentais. E ter, principalmente, perseverança.
Quanto a mim, posso dizer que, se sucesso for sinônimo de muito dinheiro, então não me considero um empresário de sucesso. Se, porém, for uma realização pessoal e profissional, mesmo com muitas dificuldades e alguns prejuízos, então eu posso me considerar realizado. Só a própria pessoa é que pode avaliar e determinar o grau de grandeza e satisfação do seu sucesso. Ou do seu fracasso.
QUEM EM CM É UM ESPORTISTA EXEMPLO? POR QUÊ? Já tá ficando repetitivo, mas...não tem como negar, tem mesmo que ser o Itamar (Tagliari). Itamar foi ótimo atleta – o melhor jogador de futebol de salão que vi jogar em muitos anos -, ótimo dirigente, ótimo secretário de esportes, educado demais da conta e meu amigo. Precisa mais? Apesar de que, o China também é um exemplo dos mais gratificantes. Tomara que ele continue recebendo os incentivos necessários para colocar o nosso basquete no topo brasileiro. E não vai demorar. Uma menção honrosa para o João da Silva Alves, o João Emílio do Esporte Clube Estrela. Duas Celebridades citadas: os palmeirenses Itamar Tagliari e João Emílio.
QUEM EM CM É UM EMPRESÁRIO EXEMPLO? POR QUÊ? Família Machado da Luz (Grupo Paraná Supermercados) - na foto, Leila e Adalberto Machado da Luz. Pelo arrojo, empreendorismo, inteligência, perseverança, e por acreditar em Campo Mourão. QUAL DECISÃO E TÍTULO ESPORTIVO FICARAM NA HISTÓRIA DE SUA VIDA? Foi o título de campeão amador de futebol de 1970, pela AERM (foto). Lembro de um dos jogos, contra o ótimo time do DER. Vencemos o jogo por 3 a 1, marquei um gol, sofri um pênalti convertido pelo Clóvis Tagliari (in memorian) e atrapalhei o zagueiro Neuci Fabiano, do DER, que acabou fazendo um gol contra. O título foi gratificante, mas essa partida foi inesquecível.
QUAL JOGADA OU DECISÃO QUE, SE PUDESSE VOLTAR NO TEMPO, JAMAIS TERIA FEITO? Num jogo de futebol suíço no Country Club, há alguns (muitos) anos, fiz uma boa jogada e deixei o meu centroavante na cara do gol. O goleiro, que não lembro mais quem era, saiu da área feito um louco e quebrou o joelho dele. Foi a única vez, infelizmente, que tive a honra de jogar ao lado do melhor jogador de futebol de Campo Mourão em todos os tempos: Joel Albuquerque. Foi a jogada que eu não deveria ter feito. Na foto abaixo, um dos times do Country na década de 80: em pé, da esquerda para à direita, Davi Camargo - o primeiro, João Pessa, o quarto e Luiz Carlos Klank, o último; agachados: o quarto, Sérgio Kfuuri. Foto do BLOG DO LUIZINHO: www.baudoluizinho.blogspot.com
ÉTICA EM UMA FRASE É: Não se importar com a vida dos outros.
O MOMENTO ATUAL DA SUA VIDA É... Renovação.
O SENHOR ACREDITA QUE CM PODERÁ ELEGER DEPUTADOS NESSAS ELEIÇÕES? Gostaria que todos os nossos candidatos se elegessem. Mas acho difícil. Tem muitos prefeitos por aí já comprometidos com candidatos de outras regiões.
O QUE O SENHOR AINDA NÂO FEZ QUE, SE TIVESSE CONDICÕES, AINDA GOSTARIA DE FAZER? Viajar de moto. Parece loucura, mas é verdade.
QUAL O MELHOR TIME DE FUTEBOL OU FUTSAL (FORA DE CM) QUE O SENHOR JÁ VIU JOGAR? Esse negócio de melhor time é meio complicado. Geralmente mencionamos ao qual torcemos. Como não torço pra nenhum time de futebol de salão que não seja o nosso, lembro do Palmeiras quando veio jogar em Campo Mourão na época de ouro desse esporte em nossa cidade. Fiquei com ele na lembrança e a sensação de que foi o melhor que vi jogar até hoje.
QUAL O MELHOR TIME DE FUTEBOL OU FUTSAL EM CM QUE O SENHOR JÁ VIU JOGAR? Futebol de campo, fora o profissional, lembro de duas equipes que deixaram saudade: Judisa e DER, do Artur Kunioshi, Neuci Fabiano e de tantos outros craques. Futebol de salão, sem dúvida, a Associação Tagliari Na página 263, do livro "Campo Mourão Centro do Progresso", de Pedro da Veiga, o qual reputo ser o melhor no relato da história do nosso Município: Biju (Wilson Yurk), Francisco Spartais e Nascimento; Haroldo Secco, Artur Kunioshi e Oswaldo Weonski - nas peladas do DER na década de 60.
CITE TRÊS PERSONALIDADES ESPORTIVAS DE CAMPO MOURÃO?
China Hirata, Pedro Cordeiro e Biju. Wilson Yurk, o "Biju" ao lado de familiares após receber homenagem e o troféu Tocando de Primeira, no programa 853, em dezembro de 2009, na Rádio Colméia.
CITE TRÊS PERSONALIDADES (FORA DO ESPORTE) DE CAMPO MOURÃO?. Zuleica Teodoro de Oliveira, Dona Jacira e Amélia Hruschka (foto, quando discursava na sessão solene do Poder Legislativo em fevereiro de 1977 como vereadora). SER ESCRITOR É......Sonhar.
A CAMPO MOURAO DO PRESENTE É: Bela, boa pra se morar e investir.
A CAMPO MOURAO DO FUTURO SERÁ? Ainda mais bela, melhor pra se morar e investir, desde que a insegurança e o consumo de drogas e cachaça não continuem crescendo mais que a cidade
O GOVERNO NELSON TURECK É: Sonhador .
O GOVERNO LULA É:.. Viajador.
QUAL A REALIDADE DA IMPRENSA MOURÃOENSE ATUALMENTE? É difícil falar de uma coisa que a gente gosta muito e que, indiretamente, ainda está ligado a ela. Eu gostaria, entretanto, que se investisse mais em jornalismo. Jornalismo sério e independente. Alguns estão fazendo isso, felizmente. A dependência de verbas públicas e de grupos políticos pode desvirtuar o que é de mais sagrado em um veículo de comunicação: a imparcialidade.
QUAL O SENTIMENTO DE RECEBER ESTA HOMENAGEM E PARTILHAR UM POUCO DA SUA VIDA E DA SUA HISTÓRIA? Envaidecido e agradecido.
QUEM GOSTARIA DE VER HOMENAGEADO AQUI NO BLOG? João Sergio Kffuri e Joel Albuquerque (foto). QUAL O RECADO PARA OS LEITORES DO BLOG? Façam comentários, mesmo que não sejam satisfatórios. Critiquem, elogiem, contestem, complementem informações, enfim, façam tudo o que acharem de direito e de dever, dentro da democracia responsável que deve existir em todos os setores da sociedade. Tanto o dono do blog/entrevistador como os entrevistados gostam de saber que são lidos e avaliados.
JOGO RÁPIDO:
MÚSICA?
El Condor Pasa.
UM LIVRO? Médico de Homens e de Almas (História de São Lucas).
QUE LIVRO ESTÁ LENDO NO MOMENTO? Caminhadas Vermelhas, de Nelci Veiga de Melo – pela segunda vez.
UM AUTOR? João Ubaldo Ribeiro.
COMIDA? Sukiaki .
SONHO? Ver meus filhos e netos realizados.
SAUDADE? DO QUÊ E DE QUEM? Do meu filho Thiago que está morando na Inglaterra.
MOMENTO INESQUECÍVEL? São muitos. O nascimento de meus filhos foram os mais especiais.
HOBBY? Baixar músicas no computador entre um intervalinho ou outro de uma boa leitura.
MANIA? Assistir Fórmula Um na televisão sozinho. Ou sem ninguém conversando por perto.
PROGRAMA? A Grande Família.
JOGO? Sinuca.
TÍTULO? De eleitor, é o único que tenho.
FRUSTRAÇÃO? Mais que uma, mas o fim do Entre Rios foi a maior delas, sem dúvida.
FAMÍLIA É...O alicerce para qualquer realização.
QUAL PERGUNTA QUE NÃO FOI FEITA QUE GOSTARIA DE TER RESPONDIDO?
QUAIS OUTROS ACONTECIMENTOS QUE MARCARAM A SUA HISTÓRIA EM CAMPO MOURÃO? Foram muitos, afinal, estou por aqui por quase cinquenta anos.

- Em 1966, por exemplo, com apenas dezesseis pra dezessete anos, fui presidente do Esporte Clube Canarinho, com o qual participamos do primeiro campeonato regional de futebol patrocinado pela liga de Campo Mourão, fundada em 1965.
- Em 1970, fui presidente da comissão de formatura do Colégio Estadual “João de Oliveira Gomes”, quando viabilizamos a primeira apresentação de uma peça de teatro profissional na cidade. “A ratoeira”, de Ágatha Christie, era o nome da peça, apresentada por um grupo do Teatro Guaíra, de Curitiba.
- Em 1984, fui presidente do Rotary Club Campo Mourão “Gralha Azul”, uma das experiências mais significativas que vivi.
- Um dos acontecimentos mais importantes, senão o maior, foi a inauguração da FUNDESCAM – Fundação de Ensino Superior de Campo Mourão, hoje FECILCAM, no dia 28 de janeiro de 1973. Como presidente da UMES – União Mourãoense dos Estudantes Secundários, fui um dos oradores, ao lado do prefeito Horácio Amaral, do prefeito eleito Renato Fernandes Silva, do presidente da FUNDESCAM Prof. Ephigênio José Carneiro, e do ex-governador do Estado do Paraná, Bento Munhoz da Rocha Netto. Broza discursa na inauguração do prédio da Faculdade de Campo Mourão
Tomo a liberdade de transcrever o final do discurso do ex- governador num dos momentos mais marcantes da história de Campo Mourão e da minha própria vida.
“...Para mim é um motivo de muita alegria estar hoje aqui em Campo Mourão, vendo o progresso da cidade, vendo a grandeza da cidade, mas vendo, sobretudo, um espírito que não perece que é o espírito da cultura, que é o espírito da conquista intelectual e que eu tive testemunho nas palavras desse moço, falando em nome de três mil secundaristas de Campo Mourão.
A Campo Mourão, portanto, a expressão da minha alegria por essa conquista imorredoura de uma faculdade superior”.

Extraído do Livro: Oratórias Históricas,
de Pedro da Veiga e Jair Elias dos Santos Júnior.
Nota do BLOG: O Discurso do Broza, como presidente da UMES na inauguração da Fundescam, em 1973: "Esse é um sonho acalentado pelo povo mourãoense há muitos anos, e que está prestes a ser concretizado. Hoje, é a inauguração do prédio, e isto nos dá uma iedeia do pouco tempo que nos separa do início de uma escola superior em Campo Mourão.
Após os oradores que me antecederam eu não teria mais nada a acrescentar, represento nesta oportunidade mais de três mil jovens, e são eles os estudantes secundários de Campo Mourão, que estão esperançosos de num futuro bem próximo, usufruirem desta escola cujo prédio estamos inaugurando.
Campo Mourão acaba ou está prestes a dar um passo gigantesco no campo da educação e cultura, e está de parabéns, como estão de parabéns também as pessoas que ajudaram direta ou indiretamente, para que esses somhos se tornasse realidade. Muito Obrigado"
Página 47, do livro Oratórias Históricas, de Pedro da Veiga e Jair Elias.
NOTA DO BLOG: Algumas imagens desta homenagem tem como fonte o BLOG DO LUIZINHO (BAÚ DO LUIZINHO), a quem agradecemos pela colaboração.

7 comentários:

  1. Mais uma vez, Ilivaldo, você nos apresenta as palavras de um moço, dedicado, ordeiro, progressista e que ama Campo Mourão...
    Convivi com o Broza em diversas passagens citadas por ele, na Casa Rosa, eu chefiava o setor de contabilidade da empresa... Na Prefeitura, atuamos juntos... Ele esqueceu de dizer que trabalhou comigo no Jornal "Folha de Campo Mourão", onde ele exercia funções de cronista e ele tem até hoje a credencial, com minha assinatura, de funcionário do Jornal...
    É isso aí, parabéns Broza, você é um grande amigo que prezo muito... continue com sua lide de "escrivinhador", como eu...
    Abraços: PVeiga

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  2. Parabéns Ilivaldo por mais essa brilhante entrevista com esse não menos brilhante, Osvaldo Broza.Broza é uma dessas pessoas que voce sentes-se privilegiado por ser amigo. Um abraço Elio Maciel.

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  3. Osvaldo Broza...
    É verso é prosa
    é jeito simples de viver.

    Broza é letra, é esporte
    é "papo" amigo.
    As horas contigo,
    é uma lembrança gostosa de bons tempos idos,
    tornando melhores os dias de agora.

    Parabens amigo!
    E que "nos caminhos de casa"
    possamos nos encontrar de vez em quando
    para caminharmos juntos falando das coisas...
    De qualquer coisa, por mais simples que seja
    mas que nos faça contemplar a amizade
    e lembrar que o tempo existe
    e é medido, não pelos anos,
    mas pelo o que aqui semeamos.
    E das sementes jogadas por você, amigo,
    colhemos belas histórias, colhemos livros,
    colhemos, principalmente, vida...

    Vida em abundância.


    Abraços do amigo...
    Oswaldoir Capeloto.

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  4. Meu pai é uma pessoa que tem que ser fã dele mesmo, o melhor ser humano, a melhor pessoa, o melhor pai, tambem estou com muitas saudades viu.100000000 beijosssssssss

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  5. Osvaldo Broza além de grande ser humano é um grande amigo.
    Falar dele é fácil, pois é um ser humano maravilhoso. Seu talento como escritor é invejável, é muito gostoso ler tudo o que Broza escreve, ele tem um jeito único, uma forma lúdica e irreverente.
    Resumindo:
    osvaldo Broza é a a própria simplicidade em pessoa, de ima humildade sem tamanho, igual ao seu coração.
    Amigo , continue assim , pois ,

    SER POETA É VIVER NO MUNDO DA MAGIA
    SEM SE IMPORTAR QUE SEJA APENAS FANTASIA
    É VOAR COMO AS PLUMAS SOLTAS AO VENTO
    VIAJAR, IR ALÉM DO PENSAMENTO.(edina simionato)

    Voce sabe o quanto amamos voce e tua família.
    Grande abraço e Parabéns pela merecida homenagem
    Edina Simionato

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  6. Osvaldo Broza é um cidadão do bem. Pessoa simples e amigo de todos os momentos. Se existe alguém que ama este lugar, este é o nosso amigo.
    Broza cabe perfeitamente dentro do pensamento de Machado de Assis: Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho. Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

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  7. Osvaldo Broza...Se tú não Vivêsses, nêsse mundo, capitalismo selvagem, não tenho dúvidas, Que TÙ Serias REI. Sou testemunho de Seus valores: Família, Amizade, Humano, Humildade, Simplicidade, Sonhador ...Em 20ºlugar dinheiro.
    "Não importa quantas vezes caímos, e sim quantas vezes, Conseguimos Levantar.."

    Juro que fui imparcial, nada te Oferecí de graça, todo Mérito SEU.
    De. Seu Sobrinho e Fã Geraldo Pasinato- popular "Agrimensor Chefia"
    www.chefiaambiental.com.br
    "Hà 30 anos medindo o Brasil"

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