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Morrem os Papas como morrem todos os mortais.
Morrem os Papas, mas não morre Pedro.
Que em cada Papa reflete sua liderança e seu primado.
Morreu Francisco, o primeiro Papa latino-americano e primeiro jesuíta.
Morreu na oitava da Páscoa, depois de celebrar a Ressurreição na praça de São Pedro.
Depois de abençoar a cidade e o mundo, depois de proclamar a Páscoa como festa da vida.
Ele, que fez da vida uma entrega pela causa do Reino de Deus.
Morrem os Papas, mas não morre o que falaram e o que escreveram.
Não morrem suas atitudes e jamais o legado que deixaram.
Não morrerá a revolução que Francisco causou, como o Santo de Assis: Da ternura da alegria, da escuta e do diálogo, do respeito e da inclusão.
Francisco puxou a Igreja para a saída e a deixou ativamente missionária.
Resgatou a misericórdia e provocou-nos a cuidar da Casa Comum.
Cortou a autorreferencialidade da Igreja e a perfumou com o cheiro das ovelhas...
Morrem os Papas como morrem todos os mortais.
Porém, jamais morrerá a Sagrada Escritura, a Tradição e o Magistério.
Alicerces da Igreja Católica Apostólica Romana.
Não morre Aquele que está ressuscitado, o fundador da Igreja: Jesus Cristo!
Não morre o Espírito que do lado aberto do crucificado foi derramado.
Sobre a Igreja, sobre os cristãos, sobre o Pontífice Romano, atualizando na Palavra, nos Sacramentos e na caridade, Cristo no hoje da história.
Morrem os Papas como todos os mortais, mas garantiu o Senhor: as minhas Palavras jamais morrerão. Então cremos que os que viveram a Palavra, se alimentaram da Vontade do Pai, e abraçaram a causa da vida, reconhecendo Cristo nos irmãos, brilharão para sempre, como estrelas no céu...
Porque suas vidas foram sementes de eternidade, que continuarão dando frutos de paz, fraternidade, justiça, esperança e amor!
Dom Amilton Manoel da Silva, CP - Bispo da Diocese de Guarapuava- PR
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