21 de abr. de 2025

“MORREM OS PAPAS” por dom Amilton, bispo de Guarapuava (PR)

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Morrem os Papas como morrem todos os mortais.

Morrem os Papas, mas não morre Pedro.

Que em cada Papa reflete sua liderança e seu primado.

Morreu Francisco, o primeiro Papa latino-americano e primeiro jesuíta.

Morreu na oitava da Páscoa, depois de celebrar a Ressurreição na praça de São Pedro.

Depois de abençoar a cidade e o mundo, depois de proclamar a Páscoa como festa da vida.

Ele, que fez da vida uma entrega pela causa do Reino de Deus.

Morrem os Papas, mas não morre o que falaram e o que escreveram.

Não morrem suas atitudes e jamais o legado que deixaram.

Não morrerá a revolução que Francisco causou, como o Santo de Assis:  Da ternura  da alegria, da escuta e do diálogo, do respeito e da inclusão.

Francisco puxou a Igreja para a saída e a deixou ativamente missionária.

Resgatou a misericórdia e provocou-nos a cuidar da Casa Comum.

Cortou a autorreferencialidade da Igreja e a perfumou com o cheiro das ovelhas...

Morrem os Papas como morrem todos os mortais.

Porém, jamais morrerá a Sagrada Escritura, a Tradição e o Magistério.

Alicerces da Igreja Católica Apostólica Romana.

Não morre Aquele que está ressuscitado, o fundador da Igreja: Jesus Cristo!

Não morre o Espírito que do lado aberto do crucificado foi derramado.

Sobre a Igreja, sobre os cristãos, sobre o Pontífice Romano, atualizando na Palavra, nos Sacramentos e na caridade, Cristo no hoje da história.

Morrem os Papas como todos os mortais, mas garantiu o Senhor: as minhas Palavras jamais morrerão. Então cremos que os que viveram a Palavra, se alimentaram da Vontade do Pai,  e abraçaram a causa da vida, reconhecendo Cristo nos irmãos,  brilharão para sempre, como estrelas no céu...

Porque suas vidas foram sementes de eternidade,  que continuarão dando frutos de paz, fraternidade, justiça, esperança e amor!

Dom Amilton Manoel da Silva, CP - Bispo da Diocese de Guarapuava- PR

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