No domingo, 23, dirigindo-se aos milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa Francisco comentou o Evangelho do XXI domingo do tempo comum. O Pontífice disse que se conclui a leitura do sexto capítulo do Evangelho de João, com o discurso sobre o “Pão da vida”.
O Papa sublinha que no fim desse discurso, o grande entusiasmo do dia anterior se apagou, porque Jesus tinha dito ser o Pão que desceu do céu, e que ele daria a sua carne como alimento e seu sangue como bebida, aludindo assim claramente ao sacrifício da sua própria vida. E acrescentou: “Estas palavras provocaram decepção no povo, que as julgou indignas para um Messias, palavras não “vencedoras”. E assim, alguns observavam Jesus como um Messias que devia falar e agir de modo que a sua missão tivesse sucesso. Mas com relação a isso eles se enganaram, no modo de entender a missão do Messias.
Francisco prosseguiu dizendo que até mesmo os discípulos não conseguiram aceitar aquela linguagem inquietadora do Mestre e mostraram o seu desconforto com as palavras. “Este discurso é duro, quem o pode escutar? Mas na verdade, eles tinham entendido bem o discurso de Jesus, tão bem que não queriam escutá-lo, porque é um discurso que põe em crise a sua mentalidade.”
Chave composta por três elementos - Mas só Jesus oferece a chave para superar as dificuldades, uma chave composta por três elementos: “Primeiro, a sua origem divina. Ele desceu do céu e subirá para onde estava antes; segundo, as suas palavras só podem ser compreendidas através da ação do Espírito Santo, Aquele que dá a vida; terceiro, a verdadeira causa da incompreensão das suas palavras é a falta de fé entre vocês e alguns que não acreditam”.
De fato, a partir daquele momento, muitos dos seus discípulos haviam desistido e perante estas deserções, Jesus não poupa e nem atenua as suas palavras, ao contrário, obriga a fazer uma escolha precisa: ou estar com Ele ou separar-se d’Ele, e diz aos Doze: “Também vós quereis ir embora?”.
E é então quando São Pedro faz a sua confissão de fé em nome dos outros Apóstolos: “Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna”. Site Canção Nova / Vaticano
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