“Quem sabe,
muitas vezes não diz. E quem diz muitas vezes não sabe” Máxima do jornalismo investigativo
A
maior confiança dos brasileiros nos meios de comunicação continua sendo os
jornais impressos, 58%. Na busca da informação a televisão tem 54% e o rádio
52%.
“O
jornal impresso vai acabar”, sinteriza a projeção feita inclusive por vários
jornalistas, devido ao crescimento e expansão da internet. Se o jornal impresso
irá desaparecer não é para tão cedo. A diferença entre jornal de papel, TV
e rádio é pequena, evidencia a credibilidade que todos eles possuem, ainda não
abalada pela internet, que cresceu de 26% para 37%, 2013 para 2014.
A
pesquisa feita pelo Ibope com 18 mil entrevistados, entre os dias cinco
e 22 de novembro de 2014, foi encomendada pelo governo federal. De cada dez
brasileiros que acessam os meios de comunicação impressos, pelo menos oito é
para se informarem, sendo que 58% declararam que confiam “sempre”. Embora
notório, uma nova geração que quer informações e que já nasceu diante de um
computador com internet, os meios de comunicação concorrem com o mundo virtual,
que é ao mesmo tempo uma ferramenta aliada. É a integração entre veículos: quem
assiste televisão dispõe do canal na internet, como o rádio e publicações
impressas.
No
meu caso, creio que o vício por ler jornais impressos
esteja no cheiro do papel
e da tinta, que pretejam os dedos. O que fiz foi incorporar a rede mundial de
computadores, sem deixar de lado também o rádio. Devemos mudar, no meu caso sem
pressa, a força do hábito não é uma contrariedade ante novas tecnologias.
Dos
leitores, 84% estão sempre em busca da informação. A pesquisa tem um dado
muitíssimo interessante que contraria uma “verdade” quanto ao domingo. O dia de
maior leitura é a segunda-feira (48%) e não o domingo, e o pior dia é o sábado
(35%). Paraná, Piauí e Ceará são os Estados que mais preferem internet. 13%
compram jornal na banca e 20% têm assinatura.
A
internet é um desafio para os jornais, se ela veio para ficar e ampliar o
espaço dela, os jornais impressos, a televisão e o rádio vão se transformando
para não perderem a interação com leitores/telespectadores/ouvintes.
O
tempo dirá. A cautela não deve ser posta de lado. É no tempo que se pode
encontrar um exemplo como advertência. Quando surgiu a televisão, sentenciaram:
ninguém mais ouviria o rádio, as imagens magnetizam de tal modo que ele
acabaria. Outro exemplo, inventada a fotografia, ela sepultaria os
profissionais na arte da pintura. Nada morreu, nada é preciso ressuscitar.
Fases de Fazer Frases (I)
O
olheiro tem olheiras de orelha a orelha.
Fases de Fazer Frases (II)
Ser alegre é mais do que não estar triste. Tristeza
maior é não ter alegrias para lembrar.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Como
o tema principal hoje é sobre a credibilidade dos jornais, cabe citar a ironia
do escritor e jornalista Luís Fernando Veríssimo: “Às vezes, a única coisa
verdadeira num jornal é a data”.
Olhos, Vistos do Cotidiano
(II)
Durante décadas esta Tribuna, que só circulava
aos domingos, tinha a tradicional coluna Jiboiadas, gerou um livro
contento os melhores textos. Ela foi escrita pelo inesquecível Adinor Cordeiro,
que tinha o apelido de Jiboia. Em homenagem a ele e aos jornalistas, cito o
humor e sabedoria contidos na seguinte frase: “Jornal foi feito para
embrulhar”.
Olhos, Vistos do Cotidiano
(III)
Em tempos de crise econômica é necessário austeridade
e medidas eficientes para enfrentá-la.
Porém, elas não podem elevar os custos de produção, que resulta em agudizar a
crise. Ou seja, não se deve deixar de
produzir. O exemplo positivo é mais uma vez dado pela COAMO, a cooperativa, com
9,68 bilhões de receita, está distribuindo sobras para os cooperados: 258,7 milhões
de reais já circulam nas áreas de atuação da Cooperativa. Grande lição, o
produtor não deixa de semear, sabe ele que para colher tem que plantar.
Reminiscências em Preto e
Branco
Meninos
gritando pelas ruas para vender jornais, “extra, extra!!” e eles leem
manchete. Perdi a conta de tais cenas,
só vi em filme.
José Eugênio Maciel, mourãoense, professor, sociólogo, escritor, advogado, membro da Academia Mourãoense de Letras e Centro de Letras do Paraná.
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