Conversando hoje com um amigo sobre os 90 anos do rádio no Brasil ele me perguntou como foi o meu início neste maravilhoso instrumento de comunicação. Pois bem, contei a ele e disse que postaria aqui no meu BLOG para leitura dos interessados.
A imagem acima é recente, é deste ano, quando entrevistei o padre Zezinho no programa Tocando de Primeira na Rádio Colméia AM. E a imagem abaixo, é de uma das minhas primeiras apresentações na Rádio Humaitá, no programa "Uma Luz no Infinito" que ia ao ar das 23 às 24 horas, de segunda a sexta-feira.
Desde criança gostei muito de rádio, e de futebol. Quando comecei a trabalhar com 14 anos na Fiat Guarani Automóveis, na seção de peças, o papo corria solto com o hoje jornalista Roberto Soares, que na época ele mecânico e fanático corintiano, e eu palmeirense. Conversávamos muito sobre futebol e éramos apaixonados por rádio.
Muito bem, como participava do grupo de jovem Jumic - Jovens no Mesmo Ideal de Cristo - na então Capela N. S. Aparecida, hoje Santuário na Vila Urupês, certo dia, no ano de 1985, o cantor Paulo Roberto Silva, após uma sessão de filme católico no Cine Plaza me convidou para apresentar o "Uma luz no Infinito" em seu lugar numa sexta-feira, na Rádio Humaitá.
Lá fui eu, sem nenhuma experiência, mas com vontade e realizando um sonho. Deu tanto certo que fiz o programa por mais de um ano. A Humaitá tinha o Marcel Fernandes, o "Pimentel" como gerente na época.
Nessa época já trabalhava na Coamo, na área de Cadastro e morava na Travessa Guaíra, que sequer tinha asfalto. Tinha como referência e ouvia muito os narradores Osmar Santos e Osvaldo Maciel, os repórteres Henrique Guilherme, Márcio Bernardes e Roberto Carmona, e Loureiro Júnior como comentarista, todos da Rádio Globo, que era um sucesso absoluto na fase áurea do rádio. Tanto que considero Osmar, um dos maiores narradores que já ouvi no rádio brasileiro.
Ia para o trabalho e sempre imaginando que um dia estaria "fazendo" rádio. Depois de um certo tempo no "Uma Luz no Infinito", o Pimentel me chamou para ser plantonista na rodada do amadorzão aos domingos e no sábado, fazer uma "pontinha" junto com o narrador Denival Pinto no programa "A Marcha do Esporte". A Humaitá tinha uma audiência maravilhosa e o Pimentel me dizia que poderia fazer sucesso.
E assim foi, fiz plantão, depois fui chamado pelo Denival para fazer reportagens nos gramados e quadras, e adquirindo experiência nos bons tempos dos campeonatos citadinos de futsal no final da década de 80 com ginásio JK lotado às terças, quintas e sábados. Haja saudade!
Na Humaitá, com o Denival e o Pimentel, tive o privilégio de fazer a minha transmissão internacional - no jogo Brasil 1 x 1 Chile, no Pinheirão, em Curitiba, no inesquecível 5 de maio de 1986, antes da Copa do Mundo no México. O Brasil tinha Zico, Casagrande e outros craques. Só sei que fiz um trabalho muito bom, na véspera do aniversário da minha mãe - foi um presente para ela.
Em 1987, o então gerente da Rádio Colméia Luiz Ferreira Lima me chamou para um almoço na antiga Churrascaria Piacentini e fez uma proposta para eu ir para Colméia fazer um programa aos sábados e participar da equipe esportiva. A estreia na Colmeia foi em 14 de março de 1987 e o nome do programa era "Programa de Esportes Especial de Sábado", hoje "Tocando de Primeira".
Caros leitores, essa foi uma pequena resenha e partilha da minha história no rádio mourãoense, que está prestes a completar 1.000 programas semanais - sábados- no mês de novembro.
A paixão pelo rádio? Continua cada vez maior, tanto que antes de dormir habitualmente ouço jornalismo nas rádios Globo, Tupi, Gaúcha, Guaíba e sempre com caneta e papel na mão, pois as idéias aparecem e às vezes de madrugada - como as que fizeram surgir alguns quadros e homenagens na Colméia.
Mas uma coisa é certa e quem me conhece sabe disso: o rádio é uma grande paixão, é entretenimento, é companheiro para todos os momentos e lugares, principalmente nos ginásios e estádios.
E viva o rádio, pois brasileiro não vive sem rádio e brasileira também não.
Para encerrar, o slogan que falo nos meus programas para a grande multidão invisível: "Só não ouve o Ilivaldo Duarte quem não tem rádio ou não vizinho". "Tocando de Primeira, um golaço no rádio brasileiro" Viva!
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