3 de abr. de 2012

COLUNA DA PROFESSORA MARIA JOANA: Vamos permitir!


Vamos deixar que entrem, que invadam o seu lar, pedir que quebrem que acabem com seu bem-estar. Vamos pedir que quebrem o que eu construi pra mim, que joguem lixo, que destruam o meu jardim...” Titãs.
Vivemos num mundo cada vez mais violento, inseguro, perigoso. Para nos proteger usamos todos os recursos materiais possíveis para proteger nossa casa, carro, bens materiais,” nosso jardim”.
Mas não colocamos nenhuma cerca, alarme, nenhuma segurança para proteger o nosso bem maior, a nossa consciência e a de nossos familiares, dos jovens que formarão as futuras gerações.
As tecnologias de comunicação como TV, a internet no Brasil atingiram alto padrão de qualidade, da audiência, com investimento gigantesco em publicidade e inúmeras repetidoras espalhadas por todos os cantos do Brasil e do mundo tendo um poder tremendo de penetração na sociedade e dentro de nossas casas, de nossas famílias.
Em todos os cantos deste imenso Brasil em todos os lares, podemos ver antenas parabólicas que ligam as pessoas em tempo real com os acontecimentos do mundo. Pode até faltar comida, mas não falta a TV...
Quantos valores e desvalores podem ser introduzidos sutilmente, quanto poder de construção e destruição carregam a sua programação...
Quando ligamos a televisão, conectamos com a internet, abrimos uma janela para entrar em sua casa, em nossa vida, coisas boas ou ruins - isso é uma questão de escolha.
Mas a grande maioria da população não tem acesso a muitos canais de televisão e assistem o que chega com mais facilidade e qualidade técnica... não necessariamente os melhores programas...
Uma rádio local vem fazendo uma enquete buscando saber dos ouvintes qual é o pior programa de televisão.
Poderia contribuir com a reflexão da população perguntando qual é o programa que está contaminando mais a nossa família com desvalores...
Mas fica sempre o perigo de estar fazendo propaganda, incentivando as pessoas a verem mais cenas de sexo, brigas, violência...
Os produtores de programas alegam que retratam a sociedade, que mostram o que o povo quer ver, o que dá audiência, ibope, o que faz sucesso. E gradativamente vem introduzindo, uma cultura de libertinagem, traição, adultério e rompimento com a célula familiar de forma sutil, fazendo com que esses desvalores sejam vistos como algo comum, corriqueiro, simples, natural e engraçado, ou seja, aceitável.
Sob o manto sagrado do não preconceito, da liberdade, da igualdade, do “vale tudo” vem apresentando temas polêmicos como homosexualidade, sexualidade liberada, drogas, separação, aborto, adoção, traição, violência...
O estímulo para ver “tudo” leva o telespectador ao absurdo de torcer para que as cenas de sexo apareçam ao vivo na TV, no computador, para ver o beijo gay, para que um irmão, um amigo traia o outro ficando com sua namorada, para que o mais violento vença, para que o personagem mau caráter engane a justiça e saia de cena vitorioso, livre, rico e “feliz”.
A velha ética da maladragem, do “o negócio é levar vantagem, certo!” levado ao extremo torna-se lei, norma.
Honestidade, integridade...” joguem no lixo...” já era..., que coisa fora de moda...
Vamos permitir que invadam "nosso jardim", a consciência sagrada de nossos filhos, netos e relativizem todos os valores, a moral, a ética...
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino
Religioso-PUC-majocalderari@yahoo.com.br

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