Campo Mourão perdeu um pioneiro, professor biquímico, político e indubitavelmente, um cidadão: Ephigênio José Carneiro- na foto de 10 de outubro de 1968, ao lado do zagueiro e capitão Beline, do Atlético Paranaense e Seleção Brasileira, Augustinho Vechi,no estádio Roberto Brzezinski, no amistoso entre Mourãoense e Atlético.
O historiador Pedro da Veiga publica no seu BLOG e no livro "Campo Mourão, Centro do Progresso" relato do professor Ephigênio da sua chegada e objetivos em Campo Mourão.
O historiador Pedro da Veiga publica no seu BLOG e no livro "Campo Mourão, Centro do Progresso" relato do professor Ephigênio da sua chegada e objetivos em Campo Mourão.
"Naqueles dias de 1955, tornara-se insopitável, por imposição do ideal de desenvolvimento e a necessidade de aperfeiçoamento das gerações, a instalação de um Ginásio. Seria sem dúvida, então, a maior conquista, a melhor benesse.
Veio trazê-la, com a munificência de seu idealismo e o vigor de suas iniciativas, o Professor Ephigênio José Carneiro.
Como venceu e porque venceu só ele é quem sabe.
E é ele próprio, em artigo publicado pelo jornal “O PIQUIRIVAÍ”, de 5 de dezembro de 1959, às páginas 12, quem afirma:
Numa bela tarde de inverno a 29 de julho de 1955, pelas graças de Deus, cheguei pela primeira vez em Campo Mourão. No geral, felizmente, tive boas impressões. O aeroporto era modestíssimo, mas percebia-se que o local era bom, possibilitando futuros melhoramentos.
Ao dirigirmo-nos para a cidade, passamos pela cidade dos mortos, onde pudemos reverenciar os pioneiros que lutaram pelo desbravamento desta rica região. Que Deus os tenha na paz eterna é o que desejamos.
Entramos pela Avenida Capitão Índio Bandeira... Com aquele sol mortiço da tarde fria, a terra vermelha, as casas baixas e distanciadas umas das outras, fazia lembrar-nos um cenário do “far-West”.
Ao percorrer a avenida lembrei-me da Professora Áurea, que me dissera na véspera, diante de certa indecisão minha:
- “Afinal, você vai ou não vai construir esse Ginásio em Campo Mourão?”
Na mesma hora fui tratar da passagem.
Chegamos ao Hotel. Papai aguardava-me ansioso, pois fora ele o incentivador de minha viagem. Após várias apresentações, combinou-se uma reunião para o dia seguinte, em casa do Dr. Armando [Queiroz de Morais]. Lá nos reunimos, e ficou constituída a Comissão de Construção do Ginásio “Campo Mourão”: Odilon Joffre Tayer, Alphonso Germano Hruschka, Bonifácio Paes Carneiro e Teodoro Metchko.
No dia 1º de agosto [de 1955], considerado como dia da fundação do Ginásio “Campo Mourão”, foi lavrada a ata no livro de subscrições de empréstimos para a construção do prédio. Prestaram inestimável apoio nesta oportunidade os Senhores Dr. Daniel Portella, então Prefeito Municipal e o nosso pranteado Roberto Brzezinski.
Com os esforços conjugados, em setembro foi iniciada a construção, que, em apenas seis meses esteve concluída. Nesse meio tempo estive tratando da documentação junto ao Ministério de Educação e Cultura, sendo que a 22 de fevereiro de 1956, foi assinada a Portaria Ministerial [nº 518] autorizando o funcionamento do Ginásio “Campo Mourão”.
No primeiro exame de admissão inscreveram-se perto de cem candidatos, dos quais oitenta foram aprovados. A 1º de março iniciamos, com grande emoção, as aulas com duas turmas da 1ª série, uma da 2ª série e uma da terceira série.
Desde sua fundação o Ginásio “Campo Mourão” tem funcionado em situação financeira deficitária, fato este que muita gente não quer acreditar, não se dignificando, entretanto, de irem sentir de perto a nossa situação.
Ao conferirmos o grau de ginasianos à turma de 1959, sentimos a satisfação do dever cumprido. Para que possam prosseguir seus estudos, sem necessidade de saírem de Campo Mourão, aí está a Escola Técnica de Comércio “Santo Inácio”, com o Curso Técnico de Contabilidade. Com o diploma de contabilista, terão uma profissão digna e rendosa e poderão prosseguir seus estudos na Universidade, se assim o desejarem. A todos quantos tem colaborado conosco, nossos agradecimentos. "
O Professor Ephigênio José Carneiro foi, portanto, o primeiro Diretor do Ginásio “Campo Mourão”, com os seguintes Professores, formando o corpo docente no primeiro ano de funcionamento: Nelson Bittencourt Prado, Iran Martins Sanches, Armando Queiroz de Morais, Ephigênio José Carneiro, Aurea Margarida Carneiro, Odilon Joffre Tayer, Augustinho Kauling, Dinah Saldanha Muniz e Lady Rosa Amaral.
Veio trazê-la, com a munificência de seu idealismo e o vigor de suas iniciativas, o Professor Ephigênio José Carneiro.
Como venceu e porque venceu só ele é quem sabe.
E é ele próprio, em artigo publicado pelo jornal “O PIQUIRIVAÍ”, de 5 de dezembro de 1959, às páginas 12, quem afirma:
Numa bela tarde de inverno a 29 de julho de 1955, pelas graças de Deus, cheguei pela primeira vez em Campo Mourão. No geral, felizmente, tive boas impressões. O aeroporto era modestíssimo, mas percebia-se que o local era bom, possibilitando futuros melhoramentos.
Ao dirigirmo-nos para a cidade, passamos pela cidade dos mortos, onde pudemos reverenciar os pioneiros que lutaram pelo desbravamento desta rica região. Que Deus os tenha na paz eterna é o que desejamos.
Entramos pela Avenida Capitão Índio Bandeira... Com aquele sol mortiço da tarde fria, a terra vermelha, as casas baixas e distanciadas umas das outras, fazia lembrar-nos um cenário do “far-West”.
Ao percorrer a avenida lembrei-me da Professora Áurea, que me dissera na véspera, diante de certa indecisão minha:
- “Afinal, você vai ou não vai construir esse Ginásio em Campo Mourão?”
Na mesma hora fui tratar da passagem.
Chegamos ao Hotel. Papai aguardava-me ansioso, pois fora ele o incentivador de minha viagem. Após várias apresentações, combinou-se uma reunião para o dia seguinte, em casa do Dr. Armando [Queiroz de Morais]. Lá nos reunimos, e ficou constituída a Comissão de Construção do Ginásio “Campo Mourão”: Odilon Joffre Tayer, Alphonso Germano Hruschka, Bonifácio Paes Carneiro e Teodoro Metchko.
No dia 1º de agosto [de 1955], considerado como dia da fundação do Ginásio “Campo Mourão”, foi lavrada a ata no livro de subscrições de empréstimos para a construção do prédio. Prestaram inestimável apoio nesta oportunidade os Senhores Dr. Daniel Portella, então Prefeito Municipal e o nosso pranteado Roberto Brzezinski.
Com os esforços conjugados, em setembro foi iniciada a construção, que, em apenas seis meses esteve concluída. Nesse meio tempo estive tratando da documentação junto ao Ministério de Educação e Cultura, sendo que a 22 de fevereiro de 1956, foi assinada a Portaria Ministerial [nº 518] autorizando o funcionamento do Ginásio “Campo Mourão”.
No primeiro exame de admissão inscreveram-se perto de cem candidatos, dos quais oitenta foram aprovados. A 1º de março iniciamos, com grande emoção, as aulas com duas turmas da 1ª série, uma da 2ª série e uma da terceira série.
Desde sua fundação o Ginásio “Campo Mourão” tem funcionado em situação financeira deficitária, fato este que muita gente não quer acreditar, não se dignificando, entretanto, de irem sentir de perto a nossa situação.
Ao conferirmos o grau de ginasianos à turma de 1959, sentimos a satisfação do dever cumprido. Para que possam prosseguir seus estudos, sem necessidade de saírem de Campo Mourão, aí está a Escola Técnica de Comércio “Santo Inácio”, com o Curso Técnico de Contabilidade. Com o diploma de contabilista, terão uma profissão digna e rendosa e poderão prosseguir seus estudos na Universidade, se assim o desejarem. A todos quantos tem colaborado conosco, nossos agradecimentos. "
O Professor Ephigênio José Carneiro foi, portanto, o primeiro Diretor do Ginásio “Campo Mourão”, com os seguintes Professores, formando o corpo docente no primeiro ano de funcionamento: Nelson Bittencourt Prado, Iran Martins Sanches, Armando Queiroz de Morais, Ephigênio José Carneiro, Aurea Margarida Carneiro, Odilon Joffre Tayer, Augustinho Kauling, Dinah Saldanha Muniz e Lady Rosa Amaral.
Foi um dos grande homens da história de Campo Mourão, ainda me lembro, do grande respeito e admiração que meu pais tinham pelo professor Ephigênio, e foi assim com muitas gerações.
ResponderExcluirDevemos muito de nossa grandeza a sua coragem e ousadia, foram muitos exemplos de como sobrepujar as dificuldades. Deixa um legado de conduta e feitos grandiosos, seu compromisso com o futuro, foi uma marca indelével, sem medo alcançou os seus objetivos.
Nós mourãonses felizemente tememos esta história para contar e prosseguir ...