19 de dez. de 2009

COLUNA DA PROFª MARIA JOANA: Nunca antes na história os líderes globais tiveram o futuro nas mãos...


“Depende de nós, quem já foi ou ainda é criança, que acredita e tem ESPERANÇA E FAZ TUDO PARA O MUNDO MUDAR...”
Toda a atenção do mundo voltou-se Copenhague nestes 12 dias. Líderes mundiais, políticos e ambientalistas, cientistas e jornalistas discutiram um acordo global sobre o clima. Entre o pessimismo e o otimismo, uma certeza: o aquecimento do planeta acende luz amarela para o futuro. “A visão dos representantes da sociedade civil mundial sustenta: a situação da Terra e da humanidade é tão grave que somente o princípio de cooperação e uma nova relação de sinergia e de respeito para com a natureza nos poderão salvar. Sem isso vamos para o abismo que cavamos", escreveu Leonardo Boff
Em Copenhague duas visões de mundo se confrontaram: a da maioria dos manifestantes que estão fora da Assembléia, vindo de todas as partes do mundo e a dos poucos líderes políticos dos 192 países que estão dentro. Os de fora buscam um mundo novo, uma troca no sistema de produção e consumo que respeite os limites da Terra.Os de dentro discutem quem vai pagar a conta, OS PREJUÍZOS causados pelas mudanças climáticas, como vão manter o crescimento, a produção, o consumo, o LUCRO, a exploração dos recursos da Terra.
Esquecem que o ser humano é essencialmente cooperativo e solidário, que foi a cooperação que nos permitiu deixar para trás o mundo animal e inaugurar o mundo humano. O ser humano é essencialmente cooperativo porque é um ser social. Mas faz-se egoísta quando rompe com sua própria essência o ser humano é essencialmente cooperativo porque é um ser social. Esse é o plano de Deus. Sem o que nos devoramos como animais. Por isso a economia deve dar lugar à ecologia cooperativa, solidária. Ou fazemos esta virada ou Gaia poderá continuar sem nós. Não é a Terra que tem que ser salva, repito, mas NÓS MESMOS.
A crise ecológica vem de longe denunciando, agora definitivamente, a falência do modo de produção construído nos últimos séculos. Tanto faz a cor ideológica. Capitalismo e socialismo nunca ligaram para a ecologia. A poluição era vista, por ambos os lados, como o "preço do progresso". Por isso o ambientalismo sempre mostrou dificuldades sem do seus defensores rotulados, de “melancias”(verde por fora vermelho por dentro), anarquistas, radicais, porra-loucas...
Pouco importa saber se o regime é capitalista ou socialista, neoliberal ou estatizante. A questão essencial reside na compreensão sobre o desenvolvimento, se sustentável ou predatório. Segundo Boff, “ forma mais imediata de nos salvar é voltar à ética do cuidado, buscando o trabalho sem exploração, a produção sem contaminação, a competência sem arrogância e a solidariedade a partir dos mais fracos. Este é o grande salto que se impõe neste momento. A partir dele Terra e Humanidade podem entrar num acordo que salvará a ambos.”
Que Deus nos ilumine, pobres, ricos, do Norte, do Sul, líderes políticos de todos os matizes, lideres dos movimentos não governamentais... “É preciso mudar de rumo... ou vamos direto para a catástrofe", disse o presidente francês Sarkozy “Depende de nós se este mundo ainda tem jeito... se a vida sobreviverá...” se nós sobreviveremos... A hora é agora!!!
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC- majocalderari@yahoo.com.br

Um comentário:

  1. Está certo isso? Não entendi:
    O ser humano é essencialmente cooperativo porque é um ser social. Mas faz-se egoísta quando rompe com sua própria essência o ser humano é essencialmente cooperativo porque é um ser social.

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