31 de ago. de 2020

CAXIAS é vice-presidente gaúcho 2020


 

TOMBENSE é vice-campeao mineiro


 

ATLÉTICO é campeão mineiro 2020


 

GRÊMIO tricampeão gaúcho 2020


 

EVANGELHO DO DIA segunda-feira, 31 agosto 2020


Evangelho- Lc 4,16-30

Naquele tempo: Veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 'O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor.' Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Então começou a dizer-lhes: 'Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.' Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: 'Não é este o filho de José?' Jesus, porém, disse: 'Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum.' E acrescentou: 'Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio.' Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. - Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!

30 de ago. de 2020

EVANGELHO DO DIA domingo, 30 de agosto 2020


 Evangelho Mt 16,21-27

Naquele tempo: Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir à Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: 'Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!' Jesus, porém, voltou-se para Pedro, e disse: 'Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus mas sim as coisas dos homens!' Então Jesus disse aos discípulos: 'Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. - Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!

29 de ago. de 2020

ENTREVISTA DE DOMINGO: Márcia Maria Queiroz Linhares

“Campo Mourão é o palco da história de minha vida e de meus pais também. Aqui passei minha infância e toda minha vida de casada com Elmo Linhares, desde 1972. É a cidade onde tive meus três filhos e atuei durante toda minha vida profissional, e cujo desenvolvimento acompanhei ao longo de todos esses anos”, afirma a cidadã, professora e advogada Márcia Maria Queiroz Linhares, que é a  homenageada nesta edição da ENTREVISTA DE DOMINGO no BLOG DO ILIVALDO DUARTE – projeto criado em 2009 para destacar e valorizar um pouco da nossa história e nossa gente; gente que se torna Celebridade, sendo gente que fez e gente que faz.”

Márcia Linhares, membro da Academia Mourãoense de Letras, filha do deputado Armando Queiroz, primeiro advogado em Campo Mourão. Esposa do advogado Elmo Linhares, faz parte de uma família apaixonada pelo mundo jurídico e foi professora e procuradora federal.

Ela conta um pouco de sua história e tem muito forte uma esperança: “Que os filhos sejam felizes, que o mundo se encaminhe rumo a mais solidariedade, onde o materialismo perca um tanto da importância que tem hoje. Que essa pandemia nos ensine algo que valha a pena.”

Com seu caminhar, ela como filha, mãe, esposa, advogada, terapeuta e avó, tem aprendido a aceitar, respeitar e agradecer a Vida.

Ótima leitura na 189ª ENTREVISTA DE DOMINGO.

QUEM É MÁRCIA MARIA QUEIROZ LINHARES? Sou filha de Armando Queiroz de Moraes  e Maria Conceição Queiroz de Moraes. 
Nasci em Capivari, SP, em 15 de junho de 1947. Casada com José Elmo Alvares Linhares, mãe dos  filhos Marcel Queiroz Linhares, casado com Edicarsia, residentes em Sinop (MT), onde é juiz federal;  Alexandre Queiroz Linhares, advogado,  casado com Keilla, residentes em Campo Mourão; José Elmo  Queiroz Linhares, o “Jota”, publicitário e casado com Cassiane, residente em Campo Mourão.

COMO SE DEFINE?
 Amante da leitura e da família, visionária com os pés no chão, antenada com as novas descobertas, razoavelmente de bem com a vida.
COMO ACHA QUE OS OUTROS TE VÊEM? Penso que
como estudiosa de descobertas, e pessoa de confiança. 

ONDE E ONDE FOI SUA INFÂNCIA? Nasci em Capivari (SP), onde vivi até os três anos e meio, parte desse tempo na Fazenda Água Sumida.

NOTA DO BLOG -Capivari,do interior de São Paulo, município localizado a Oeste da capital,  entre Campinas, Piracicaba e Sorocaba, com 53 mil habitantes, em uma área de 322,88 km² e tem como padroeiro São João Batista, que dá nome a Catedral. 

Capivari, do Tupi-Guarani: "Rio das Capivaras" - O nome foi dado pelo fato de existirem muitas capivaras às margens do rio onde o povoado se formou. Mas, a partir de 20 de dezembro de 1905, por meio da Lei n° 975, o município passou a ser denominado, oficialmente, como “Capivari”.



- “Salve, terra de luz e poesia / Salve, a terra de poetas que os céus/ Cobrem sempre de paz e harmonia, Sob as bênçãos excelsas de Deus!”, está na letra do hino de Capivari.

Em 1951 viemos, meus pais e eu para Apucarana (fotos abaixo), no Paraná, onde nasceu minha irmã Maria Cristina (Primeira foto abaixo e na segunda, elas com o irmão Armando). 
Morávamos em casa de madeira, água de poço, poeira e barro.
Em razão do convite feito a meu pai  pelo juiz de Apucarana, que também atuava em Campo Mourão, viemos a Campo Mourão, onde  meu pai foi o primeiro advogado. Os juris nos quais ele atuava eram o local de distração para as pessoas daqui, que vinham vê-lo falar. A oratória era especialidade sua. Doutor  José Carlos Ferreira e dona Mariazinha eram frequentadores assíduos  desses juris.  Estudei no Instituto Santa Cruz, antigo, de madeira, que ficava ao lado da Igreja de madeira, no tempo do padre João, em frente à minha casa na rua Ceará, hoje Harisson José Borges, esquina com Irmãos Pereira. 
Nesse período estudei no Internato do Colégio Santa Marcelina, em São Paulo, do qual não tenho boas lembranças. Voltando de lá, frequentei o "Ginásio do professor Ephigênio" (foto abaixo), lá no Lar Paraná, onde íamos a pé ou de bicicleta, comendo gabiroba e de onde voltávamos tão empoeirados que, segundo minha mãe, só aparecia, "o branco do olho".
Foi um período muito alegre. Jogava vôlei, estudava bastante, mas também era muito divertido. Meu pai, acostumado com minhas notas de primeira da classe, dizia: "Filha, desse jeito você não vai ser nem a última. Vai ficar atrás da última". E eu ficava imaginando como seria aquilo.  Tempo bom.   

ONDE ESTUDOU? Com a eleição de meu pai Armando Queiroz, deputado estadual em 1962, nos mudamos para Curitiba, onde estudei no Colégio Estadual do Paraná, na época com mais ou menos cinco mil alunos e fui eleita vice-presidente do Centro Estudantil.

Em 1965, fui escolhida como bolsista do American Field Service (AFS) e morei um ano nos Estados Unidos, na cidade de Aledo, Illinois (fotos abaixo), onde cursei o terceiro ano do ensino médio,  atual “Terceirão”. Então, meu diploma de ensino médio é americano, e, voltando ao Brasil, fiz uma espécie de "revalida", o que o validava no Brasil.
Lá, fiz 33 palestras sobre o Brasil, onde só me perguntavam  sobre Pelé. O Inglês que lá aprendi me é útil até hoje. - na foto abaixo, Pelé quando jogou no Cosmos, nos EUA. 
E SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL? Voltando a Curitiba, fui contratada pelo Centro Cultural Brasil Estados Unidos- Inter Americano- para lecionar inglês. Tinha 19 anos e esse foi meu primeiro registro em carteira de trabalho. Ao mesmo tempo, cursei uma cadeira chamada "Didática", na atual PUC, que me autorizava a lecionar Língua Inglesa nas mesmas condições que os formados em Cursos de Letras, uma vez que essa cadeira complementava o título de Proficiência em Língua Inglesa que eu adquirira por ter passado no Exame de
Inglês chamado" Michigan". Esse título me capacitou a lecionar Língua Inglesa na Facilcam, quando da sua fundação, convidada pelo professor Ephigênio (foto). Ali criei ou formatei  o Curso de Língua Inglesa, tendo sido sua primeira professora.

Uma vez em Curitiba, na volta dos Estados Unidos, frequentei também o Cursinho Abreu, preparando-me para o vestibular de Direito, onde fui aluna, em várias matérias do professor Leminski, hoje famoso por sua obra. Na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná conheci o Elmo (foto), meu colega de sala, com quem me casei em 1970, ao final do quarto ano. Formados, viemos trabalhar como advogados em Campo Mourão, a convite de meu pai, que tivera seu escritório aqui.
O QUE MAIS GOSTOU DE FAZER PROFISSIONALMENTE? Assim,  durante dez anos , entre 1962 e 1972,  residi em Curitiba. Quando eu e o Elmo fixamos residência em Campo  Mourão, morávamos em um apartamento ao lado do cinema, no prédio da Coremol, um andar acima do doutor Akinaga, que fez o parto dos nossos três filhos. 
Sempre me senti realizada e feliz como advogada. Em nosso escritório, na Manoel Mendes de Camargo, em frente à Prefeitura, trabalhamos por muitos anos, até que, em 1976  ingressei no serviço público, como procuradora do IAPAS, atual INSS, através de concurso no qual fui aprovada em primeiro lugar no Paraná e segundo lugar no Brasil. 
Sempre gostei muito do trabalho que  fazia lá e fui extremamente dedicada, tanto que durante os anos de 1988 até 1990, para me aperfeiçoar no que já fazia, cursei pós-graduação em Direito Tributário na Facilcam. Minha monografia de conclusão de curso versado sobre a Responsabilidade do Administrador pelo não Pagamento das Contribuições Previdenciárias acabou sendo publicada, por  intermédio do doutor Milton Luiz Pereira. Esse livro me proporcionou o ingresso na Academia Mourãoense de Letras (AML).

Após a aposentadoria, dei uma guinada, que nem eu mesma poderia ter imaginado. A vida me levou

às terapias (Pensando bem, acho que foi natural, porque à época do vestibular com 19 anos, eu estava em dúvida: escolheria Direito ou Psicologia?) Agora a vida me encaminhava para minha outra opção. Fiz Formação em Renascimento, terapia sobre crenças e respiração, com a qual trabalhei intensamente por nove anos, tendo inspirado outras dezenas de pessoas a fazer a formação também. Isso resultou em centenas de clientes em Campo Mourão, arredores, Maringá, Londrina. Foi um período de encantamento. Por meu intermédio vieram também outros cursos, como Medicina Tradicional Chinesa, cromoterapia. Nós organizamos em Campo Mourão workshops de Renascimento, que à época eram os maiores do Brasil e talvez sejam, até hoje.

Em seguida, iniciei os estudos sobre Constelação Sistêmica, que me maravilha até hoje e com a qual trabalho. Tenho uma empresa para isso. É um forma de trabalho desenvolvida por Bert Hellinger, indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Trata-se de compreender e liberar padrões herdados de nossos pais, avós e bisavós, que prejudicam nossa vida atual, como escassez, dificuldade no trabalho, com filhos, dificuldades escolares, agressividade, tristezas. Prova de que  gosto e me dedico à Constelação são os inúmeros cursos e formações que tenho feito. Formações completas são mais de seis (quando precisaria só uma) e cursos, talvez mais de 20.


O QUE FAZ HOJE? Constelação Familiar, Organizacional  (formação com o holandês Jan Jacob Stam), de Decisão (com o alemão Gunthard Weber)
Agora, com  a quarentena, temos feito reuniões de Constelação por zoom toda semana. 

QUAL SEU ESPORTE? Voleibol, porque já joguei, mas não acompanho muito. Futebol, especialmente da antiga Seleção. Sou do tempo da "Noventa milhões em ação, prá frente Brasil, salve a seleção". Acho que é uma das músicas mais emocionantes que conheço. Patriótica!

https://www.youtube.com/watch?v=KJVPTtjktdU

TIME DO CORAÇÃO? ÍDOLO? Ídolo (Ayrton Senna). Time (Corinthians, do meu pai e do Jota) e Inter (do Elmo e do Jotinha). 
QUAL O MELHOR TIME QUE JÁ VIU JOGAR?  Seleção brasileira, apesar de contar a idade, tenho que confessar que o jogo mais emocionante foi a final da Copa de 70.
DESDE QUANDO É APAIXONADA PELA VIDA, ADVOCACIA? Realmente sou apaixonada pela Vida. E quanto mais vejo meus filhos crescerem e trabalharem e serem pais, e vejo meus netos, mais respeito a vida. Reconheço o trabalho que o Elmo tem


feito a vida inteira, aqui em Campo Mourão, tanta coisa! A serviço da Vida.
Vejo a vida de meus pais, com ética e honradez, a serviço de Campo Mourão , Vidas brilhantes! 
E através do meu próprio caminhar, nesses setenta e três anos, como filha, mãe, esposa, advogada, terapeuta e avó, tenho aprendido a aceitar, respeitar e agradecer a Vida.

O QUE A LEVOU GOSTAR DA ADVOCACIA? Talvez a influência de meu pai ou talvez algo que venha das gerações anteriores. Afinal, o tio de meu pai foi presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (Euclides Custódio da Silveira). Meu pai é advogado, eu sou advogada, casada com um advogado; Marcel, meu filho, advogado e agora juiz; Alexandre, meu filho, advogado e o Jota, meu filho é um publicitário, casado com uma advogada.

O MOMENTO ATUAL DA SUA VIDA? É muito bom, acabei de fazer a revisão, da tradução do

espanhol para português  do livro de minha professora de Constelação Brigitte Champetier de Ribes (contei com a expertise da Edcléia - professora da Fecilcam e confreira da Academia Mourãoense de Letras), que será lançado no Brasil. Tenho tido bastante trabalho de Constelação. Interessante que pessoas de outros estados  têm vindo fazer Constelação aqui com nosso grupo, que aliás se reúne há 17 anos toda semana, desde 2003.  Devo ter feito mais de 1.200 Constelações.  Para esse trabalho, tenho sede especial e empresa. Em casa, a vida anda tranquila, Elmo está bem, continua advogando e os filhos estão vivendo suas vidas, cada um a seu modo, do jeito que escolheu.

COMO É SUA ROTINA? Agora na quarentena, faço cursos por videoconferência, como aluna com professores alemães, americanos e espanhóis. Aí está a grande vantagem de saber inglês. E, para entrar na única forma atualmente possível, fazemos Constelação também pelo zoom. Nunca pensei que fosse possível, mas é. A videoconferência veio para ficar. Tenho curiosidade em saber como será depois da quarentena.
No "velho normal" , até fevereiro, fazia Pilates,
academia, atendia clientes, preparava as Constelações presenciais semanais, além de cuidar da casa. Toda manhã, às 11h30 ia junto com o Elmo ao “Cafezinho”, pôr a conversa em dia. Como o Jota mora em casa, me divirto com o “Jotinha”, de cinco anos. Aliás, se não fosse por eles, teria ficado maluca nessa quarentena. "Vovó, não se preocupe, tudo vai ficar bem." ou "não perdoo o Bolsonaro  porque ele demitiu o Mandetta"

Logo que saí do INSS, voltei ao escritório para advogar com o Elmo. Comecei a ser procurada por pessoas que queriam me contratar para advogar contra o INSS. A lei não me impedia de fazer isso, mas não quis porque afinal, minha aposentadoria era paga pelo INSS. Então, resolvi parar de advogar, inclusive cancelei minha inscrição na Ordem dos Advogados. Abri  espaço para me dedicar às terapias, que me encantaram  desde o começo. Aliás, na minha segunda pós-graduação, pela FGV, em convênio com a Fecilcam, minha monografia teve como tema o “Exercício Profissional das Terapias Holísticas”. Então, o que me motiva é a paixão por saber o que está na raiz das questões e emoções  humanas, nos desencontros dos relacionamentos. E principalmente, poder  fazer algo para aliviá-los. A vida atual exige pressa e a Constelação produz efeito muito rapidamente. 

O QUE MAIS TE MOTIVA NO TRABALHO? Logo que saí do INSS voltei ao escritório para advogar com o Elmo, comecei a ser procurada por pessoas que queriam me contratar para advogar contra o INSS.

A lei não me impedia de fazer isso, mas não quis, porque afinal minha aposentadoria era paga pelo INSS. Então resolvi parar de advogar , inclusive cancelei minha inscrição na Ordem dos Advogados. abrindo  espaço para que me dedicasse às terapias, que me encantaram  desde o começo. Aliás, na  minha segunda pós, pela FGV em convênio com a Fecilcam, minha monografia teve como tema o Exercício Profissional das Terapias Holísticas. Então, o que me motiva. é a paixão por saber o que está na raiz das questões e emoções  humanas, nos desencontros dos relacionamentos. E, principalmente , poder  fazer algo para aliviá-los. A vida atual exige pressa  e a Constelação produz efeito muito rapidamente. 

O QUE MUDOU NA SUA PROFISSÃO COM A TECNOLOGIA? O exercício do Direito atualmente é quase que inteiramente virtual. Se tivesse continuado a advogar, penso que teria desistido só por causa disso. Na Constelação tudo é presencial ou era. Antes, o máximo que fazia era consulta pelo skype, agora é tudo pelo zoom. Os computadores me perseguem e estou vendo que não conseguirei escapar deles.Virtualizar ou morrer: Vamos virtualizar! 

COMO FOI SUA ENTRADA NA ACADEMIA MOURÃOENSE DE LETRAS? Fui convidada para fazer parte da AML pelo livro sobre as Contribuições

Previdenciárias. Jair Elias foi em casa fazer o convite. No início, pensei: "Será? Será que estou à altura dos Imortais?"  Mas as reuniões e a convivência com os confrades e confreiras têm  sido uma fonte de alegria. Ver os  professores que atuaram comigo nos 18 anos em que lecionei na Faculdade, como continuam ativos, animados e "antenados"!   E eles, ou nós, nos somamos aos mais jovens, que chegam cheios de gás. É a Vida. seguindo. Durante esse tempo na AML compilei a experiência que tive com 15 anos de Constelação (à época) e comecei a escrever um livro sobre a influência exercida em nós, em nossa maneira de pensar e atuar,  quando temos algum ancestral indígena. "O Índio que Habita em Nós". Apresentei esse trabalho em Brasília, 
na Faculdade de Medicina da ESCS, onde fui docente no curso de pós-graduação em Sistêmica Familiar e Organizacional. Trata-se, na verdade, de curso de Constelação, reconhecido pelo MEC. Por algum motivo, não concluí o livro, mas aprendi muito sobre a cultura indígena no Paraná. Agora, Jair e eu estamos nos preparando e estudando para escrever sobre a contribuição de meu pai para Campo Mourão. Temos muito material.   

QUAL DECISÃO MARCOU SUA VIDA? Quatro decisões: 1) Em 1964, pedir ao meu pai para ir aos Estados Unidos por um ano. Ele deixou e fui para o ano letivo de 1965-66. (Na época, não era comum). A experiência ampliou minha visão da vida, além de me proporcionar o conhecimento da língua inglesa, que me abriu portas e abre até hoje. 2) Cursar Direito e ingressar no INSS, como procuradora federal: proporcionou "ganhar a vida" e trouxe estabilidade financeira. 3) O casamento com o Elmo: me trouxe de volta a Campo Mourão, onde construímos a vida e tivemos nossos três filhos, que preenchem nossa vida até hoje. 4) Dar a guinada na profissão e abraçar as Terapias Holísticas, que conferem significado à minha vida hoje, além de terem me proporcionado um conhecimento amplo sobre as pessoas. 

QUAIS CONQUISTAS DESTACA NA SUA HISTÓRIA?  Ter passado no concurso para procuradora federal. Ter organizado na década de 1990  workshops de Renascimento em Campo Mourão, Por quê? Porque na época não se falava nisso, porque Campo Mourão era uma cidade pequena, predominantemente agrícola e porque tivemos os maiores números de frequência no Brasil, chegando a 89, quando  o normal era 23 pessoas.

SE PUDESSE VOLTAR NO TEMPO, O QUÊ JAMAIS TERIA FEITO? Não dependia de mim, mas não teria sido interna no Colégio Santa Marcelina, em São Paulo. Experiência difícil!
MELHOR TURMA COM QUEM TRABALHOU OU CONVIVEU? Colegas de turma da Faculdade de Direito, colegas de trabalho do INSS, companheiros durante os nove anos de prática de Renascimento.

QUEM É PROFESSOR EXEMPLO E POR QUÊ? Professor Ephigênio José Carneiro, pelo espírito pioneiro ao fundar o Colégio Estadual de Campo Mourão e professor Egydio Martello, pela dedicação, humildade e retidão.

CAMPO MOURÃO NA SUA VIDA? Quase tudo. É o palco da história de minha vida. De meus pais também. Aqui passei minha infância, de 1951 a 1962, e toda minha vida de casada, desde 1972.  Aqui tive meus três filhos, atuei durante toda minha vida profissional, e foi a cidade cujo desenvolvimento acompanhei ao longo de todos esses anos. Quando chegamos aqui em 1951, minha mãe contava que havia uma casinha, a cadeia, em cuja porta estava afixada  uma plaquinha:"o preso que chegar depois da seis, dorme na rua".  - abaixo fotos antigas e atuais de Campo Mourão.

TRÊS PERSONALIDADES EM CAMPO MOURÃO? Meu pai, Armando Queiroz de Moraes, deputado estadual por três mandatos, presidente da Assembleia Legislativa, presidente do Tribunal de Contas e chefe da Casa Civil no governo Jayme Canet. Ele fez muito por Campo Mourão. 

Nota do Blog - Armando Queiroz trabalhou até os 70 anos quando se aposentou em 1989 e faleceu aos 95 anos em 12 de dezembro de 2014. É dele os projetos de emancipação dos Municípios de Nova Cantu, Quinta do Sol e Mariluz. Foi agraciado com o título de Cidadão Honorário em Campo Mourão, Engenheiro Beltrão, Quinta do Sol, Mariluz, Araruna, Mamborê, Iretama, Nova Cantu e Boa Esperança.

Ele chegou em Campo Mourão em 1951 vindo de Apucarana, foi o associado 01 do Clube 10, orador oficial da Diocese de Campo Mourão, participou do desenvolvimento social e político do Município onde foi procurador e consultor jurídico, e professor de História até 1958.  É nome de uma das ruas do Conjunto Fortunato Perdoncini.




Doutor Milton Luiz Pereira: elevou o nome de Campo Mourão, através de sua conduta ética,  tanto na política como na Magistratura, sendo Ministro do Tribunal  Superior de Justiça.
José Elmo Alvares Linhares, meu marido, que, ao tempo em que exercia com honradez e  brilhantismo a profissão de advogado, dedicou-se ao serviço da comunidade de inúmeras formas, o que foi reconhecido com a entrega do título de Cidadão Honorário de Campo Mourão.  

VAPT-VUPT

ÉTICA:
Junto com a honestidade, são os fatores que movem a sociedade em direção à evolução rápida e organizada. Sempre penso porque o Brasil não tem Fundações que angariam doações vultuosas, para investimentos em pesquisas científicas  como nos Estados Unidos e Europa. No meu entender, é devido à falta de confiança das pessoas de que o dinheiro vai ser  realmente ser aplicado no  objeto ao qual a Fundação se propõe.Então, a falta de ética e honestidade dificultam a evolução e o progresso.
MÚSICA: É o açúcar da vida. Companheira nas alegrias e tristezas. animadora de festas, agregadora de pessoas. Toco violão desde os 13 anos (Não tenho
tocado mais).  Nos Estados Unidos me ajudou muito nas palestras e no convívio com os amigos, com o Elmo e os filhos, fonte de animação e divertimento. Adoro os Beatles, (muitas músicas , inclusive ´Imagine´), Almir Sater, Renato Teixeira e algumas poucas músicas sertanejas, e Ave Maria de Gounod. 
AUTOR: Luis Fernando Veríssimo, especialmente por "Analista de Bagé" e crônicas que escreve no jornal O Estado de São Paulo.

LIVRO: "Um Curso em Milagres", que estudo há muitos anos. "Minha Vida" de Michele Obama, muito bem escrito; “Abraham Lincoln" de Carl Sandburg.

FAMÍLIA: O suporte, a base, o ponto de apoio durante a vida inteira. Matéria prima para evolução espiritual e também local de divertimento, cantoria e churrasco.



RELIGIÃO: Importante, importantíssimo. Não é necessário que seja uma religião estruturada, mas uma ligação com a espiritualidade. A fé e confiança de que somos guiados e que a vida tem sentido, - além do que percebemos no mundo material-, nos deixa mais tranquilos nas dificuldades. Com isso confiamos mais na Vida e naquilo que está além da Vida. 

UM " GOLAÇO" QUE MARCOU NA SUA VIDA? Ter sido aprovada no concurso de Procurador Federal. Ter organizado o primeiro Workshop de Renascimento em Campo Mourão, ter alugado uma casa e aberto uma empresa para trabalhar com Constelação. Mas golaço mesmo foi ter criado três filhos, sem nenhum parente para ajudar.

ESPERANÇA: De que os filhos sejam felizes, que o mundo se encaminhe rumo a mais solidariedade, onde o materialismo perca um tanto da importância que tem hoje. Que essa pandemia nos ensine algo que valha a pena.

SONHO: Que o Brasil se concretize como "mãe gentil" para nossos filhos e netos, onde eles  tenham  oportunidade e condições para  realizar aquilo para o qual nasceram.

SAUDADES:  De meus pais. Agora, na quarentena, ao

fazer o trabalho de casa lembro exatamente como 
minha mãe ensinava e fazia. 

E a ouço dizendo, quando me pedia para tirar o pó dos móveis: "menina, você só limpa onde o Bispo passa!". 

E meu pai, com quem conversava até meia noite todos os dias em que ia a Curitiba. Ele tinha uma memória assombrosa, em todos os assuntos. Parecia um Google.

QUAL PROJETO AINDA GOSTARIA DE REALIZAR?  Ampliar a atuação de Constelação.
QUAL VIAGEM GOSTARIA DE FAZER E PAÍS A CONHECER? Gostaria de conhecer Istambul, antiga Constantinopla. Ver as instalações subterrâneas maravilhosas, as construções de época, convivendo com o mundo moderno. Também as geleiras e fiordes da Noruega(Foto abaixo) e Groenlândia, além da  Austrália. Conhecer melhor a natureza do Brasil.
SER HOMENAGEADA NA ENTREVISTA DE DOMINGO: Muita honra.  Espero corresponder.

LEGADO QUE GOSTARIA DE DEIXAR: Que a confiança em Deus  e a espiritualidade são  necessárias para dar sentido à vida. A evolução só acontece com o respeito às pessoas, a valorização de cada  profissão,  e com o uso do tempo presente para preparar um futuro melhor  do que agora.
RECADO AOS LEITORES: Vá atrás de seus sonhos, para que não se arrependa quando não der mais tempo.
Agradecimento: acervo pessoal da homenageada, facebook da família e Blog do Wille Bathke Júnior (in memoriam).