31 de dez. de 2022

BIRÃO E TICÃO, duas lendas do futebol de salão


 Birão e Ticão, dos bons tempos na história maravilhosa do nosso futebol de salão em Campo Mourão. 

Bons momentos de um futebol de salão com qualidade, nível técnico, ginasinho JK lotados nos Citadinos e grande cobertura de profissionais das rádios Colmeia e Humaitá. Quem viveu, jogou, torceu e sentiu esta época sabe muito bem disso.

IMAGEM: A fotografia do segundo Enos Prado


 "A fotografia é uma janela para o futuro. Ela nos permite ver o mundo de uma perspectiva diferente e nos inspira a imaginar o que pode vir a seguir."

UMA POR DIA: Semana Cora Coralina


 

HISTÓRIA: CAMPO Mourão no Centro-Oeste do Paraná


 

EVANGELHO DO DIA sábado, 31 de dezembro 2022

Evangelho (Jo 1,1-18)

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. No princípio, estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.

Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.

A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. Mas, a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.

E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer. Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

30 de dez. de 2022

IMAGEM de Enos Prado: as pontes


 "As pontes são um símbolo de força e determinação. Elas nos mostram que, independentemente do que estejamos enfrentando, podemos superar qualquer obstáculo e continuar em frente."

UMA POR DIA: Semana Cora Coralina


 

HISTÓRIA: CAMPO Mourão no Centro-Oeste do Paraná


 

EVANGELHO DO DIA sexta-feira, 30 de dezembro 2022

Evangelho (MT 2,13-15.19-23)

Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”.

José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito.

Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”.

Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”.

José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, e entrou na terra de Israel. Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”. Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor!

29 de dez. de 2022

A ÚLTIMA CAMISA de Pelé no NY Cosmos entre 1975 e 1977 nos EUA


 No meu Memorial registro a camisa do NY Cosmos, onde Pelé jogou de 1975 a 1977 - 1. De outubro - e encerrou a carreira com 37 anos há 45. Obrigado ao amigo Marcos que me presenteou com este manto histórico.

O mundo perdeu a genialidade e a simplicidade de um personagem que era o lado bom do Brasil em todos os continentes. Há 45 anos não surgiu ninguém maior ou melhor que o Rei do Futebol no mundo da bola. Descanse em paz Pelé, o "moço de Três Corações" como diria o também saudoso  Fiori Gigliotti.  Viva o Pelé! 

DESCANSE em paz Pelé!


 

HISTÓRIA: Seleção mourãoense de futebol em 1976, campeão dos Jogos Abertos do Paraná


Seleção mourãoense em 1976, campeão dos Jogos Abertos do Paraná na modalidade de futebol.

1- Fernando "Japonês", 2- Mário Lima, 3- Orlando, 4- Beto Lima, 5- João Carlos Dissenha, 6- Calhambeque, 7- Jadir Ribeiro, 8- Odair, 9- Rubens "Milico", 10- Nilson Mendes Cardoso, 11- Gildão (in memorian), 12- Pedro Cordeiro, 13- Pedro "Cheiroso", 14- Luiz Carlos Khel, 15- Rosalino, 16- Flávio Angheben, 17- José Carlos "Baianinho", 18- Juarez Mendes, 19- João Miguel Baitala, 20 Flavinho Marques,  21- Aldevino "Vininho" da Silva, 22- Luiz Carlos "Luizinho" G. Freitas e 23- Paulo Gilmar Fuzeto. 

UMA POR DIA: Semana Cora Coralina


 

HISTÓRIA: CAMPO Mourão no Centro-Oeste do Paraná


 

EVANGELHO DO DIA QUINTA-FEIRA, 29 de dezembro 2022

Evangelho               (Mt 2,13-18)

Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito. Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”. Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos. Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: “Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos, e não quer ser consolada, porque eles não existem mais”. Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

28 de dez. de 2022

UMA POR DIA: Semana Cora Coralina


 

HISTÓRIA: CAMPO Mourão no Centro-Oeste do Paraná


 

EVANGELHO DO DIA quarta-feira, 28 de dezembro 2022

Evangelho (Mt 2,13-18)

Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito. Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”. Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos. Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: “Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos, e não quer ser consolada, porque eles não existem mais”. Palavra da Salvação. Glória a vós senhor.

27 de dez. de 2022

NUNCA desista


 

EMPATIA


 

UMA POR DIA: Semana Cora Coralina


 

HISTÓRIA: CAMPO Mourão no Centro-Oeste do Paraná


 

EVANGELHO DO DIA terça-feira, 27 de dezembro 2022


Evangelho              (Jo 20,2-8)

No primeiro dia da semana, Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou. Palavra da Salvação. Glória a vós senhor!

26 de dez. de 2022

UM TRIBUTO ESPECIAL de Gilmar Cardoso

TRIBUTO a Ilivaldo Duarte, Programa Tocando de Primeira

Todo sábado de manhã,
Pelas ondas da Rádio Colmeia, de Campo Mourão:
Cidadania, prestação de serviços, entrevistas e arte
Juntos, num só lugar, são levadas à toda parte.

Eu, você e o rádio, comunicando com emoção!
Falando do bem, do bom e do belo,
Direto da Capital do Centro-Oeste do Paraná
Através do Programa campeão: TOCANDO DE PRIMEIRA,

Jornalismo informativo e com credibilidade
Com o orgulho paranaense, ILIVALDO DUARTE;

Nosso amigo acadêmico, companheiro de verdade.
Companhia agradável e entusiasmada que não nos deixa sentir-nos sozinho.
Só não ouve quem não tem rádio, celular ou não tem vizinho.

TOCANDO DE PRIMEIRA, Um golaço no rádio brasileiro,
promovendo o bem, resgatando esperança e valorizando os bons exemplos.

Hoje, nosso coração é quem diz:
Parabéns
Ilivaldo Duarte, o bom mesmo é ser feliz!

TONY ALLYSSON - SELEÇÃO DOS MAIORES SUCESSOS (Música Cristã) PlayList 01

UMA POR DIA: Semana Cora Coralina

 


HISTÓRIA: CAMPO Mourão no Centro-Oeste do Paraná


 

EVANGELHO DO DIA segunda-feira, 26 de dezembro 2022

Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus (Mt 10,17-22)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: “Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. Vós sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor!

24 de dez. de 2022

SÁBADO sem o programa Tocando de Primeira


 Um feliz Natal e ótimo novo ano com tudo de bom e as graças e bençãos de Deus em sua vida. Viva!

Obrigado pela companhia, apoio, prestígio e audiência durante este ano de 2022. Obrigado ouvintes, equipe e direção do programa, amigos e apoiadores.

 Chegamos juntos a marca de 1.458 programas no dia 17 de dezembro e só temos que agradecer a Deus por todos os bons momentos que vivemos, propagando e apresentamos nesta nova jornada.

Viva! O programa campeão Tocando de Primeira na Colmeia FM retorna ao vivo e em cores no sábado, 14 de janeiro do ano novo.

EVANGELHO DO DIA sábado, 24 de novembro 2022

 Evangelho Lc 1,67-79


Naquele tempo: Zacarias, o pai de João, repleto do Espírito Santo, profetizou, dizendo: 'Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. Fez aparecer para nós uma força de salvação na casa de seu servo Davi, como tinha prometido desde outrora, pela boca de seus santos profetas, para nos salvar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam. Ele usou de misericórdia para com nossos pais, recordando-se de sua santa aliança e do juramento que fez a nosso pai Abraão, para conceder-nos, que, sem temor e libertos das mãos dos inimigos, nós o sirvamos, com santidade e justiça, em sua presença, todos os nossos dias. E tu, Menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás adiante do Senhor para preparar-lhe os caminhos, anunciando ao seu povo a salvação, pelo perdão dos seus pecados. Graças à misericordiosa compaixão do nosso Deus, o sol que nasce do alto nos visitará, para iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte, e dirigir nossos passos no caminho da paz.' - Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!

23 de dez. de 2022

MATURIDADE


 

EVANGELHO DO DIA sexta-feira, 23 dezembro 2022

 


Evangelho desta Sexta-feira, dia 23/12/2022 - Lc 1,57-66  - Últimos dias antes do Natal

Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe porém disse: 'Não! Ele vai chamar-se João.' Os outros disseram: 'Não existe nenhum parente teu com esse nome!' Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: 'João é o seu nome.' No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judéia. E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: 'O que virá a ser este menino?' De fato, a mão do Senhor estava com ele. - Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!

22 de dez. de 2022

O SONHO realizado do menino Davi


 Mas é preciso ter fé, confiar e esperar. O menino Davi Lucas com 9 anos e a doze de completar 10 anos já sabe bem o que é isso. Ele viveu um fim de tarde neste 22 de dezembro pra lá de especial na sua casa  em um bairro de Campo Mourão.

Há algumas semanas ele acreditou, foi em um evento e escreveu ao Papai Noel pedindo um presente: queria uma camisa do PSG, do Neymar Jr. Na cartinha disse que tinha se comportado bem durante o ano  e que  merecia o presente.

Passados alguns dias do evento, um grupo de amigos se sensibilizou com o pedido do menino Davi e tratou de realizar o desejo dele. Isso aconteceu na tarde histórica desta quinta-feira, 22 dezembro, do ano da graça de 2022, diante dos avós e da sua tia.

Acanhado e tímido inicialmente, Davi Lucas é torcedor do Palmeiras, e recebeu alguns  colegas deste grupo de voluntários. Sem saber nada, ficou em êxtase.

Foi presenteado com duas camisas do PSG, sendo uma do Neymar e outra do Messi; ganhou dois conjuntos do seu time do coração: um verde e outro branco com direito a camisa, calção e meia; e outras duas camisas da coleção de um dos voluntários do grupo.

Sem contar também com  uma cesta de doces e uma chuteira do Cristiano Ronaldo.

Tão logo os visitantes se despediram debaixo de muito emoção e alegria para a família e os doadores, o menino Davi pediu ao seu vô que o  levasse a um campinho perto da sua casa para bater uma bolinha e estrear a chuteira e o uniforme.

Sim, foi uma tarde diferente e provocante, que mostrou a importância de se acreditar e perseguir para realizar seus sonhos. O menino Davi ficou hiper feliz e com certeza aumentará a sua paixão pelo futebol e pelo Palmeiras, time do coração também do seu avô.

Feliz Natal menino Davi Lucas e seus familiares. Quanto aos voluntários, foi uma grande alegria e gratidão a Deus a realização deste pequeno e grandioso gesto do bem.



CORA Coralina: agradeça sempre


 

EVANGELHO DO DIA quinta-feira, 21 de dezembro 2022

 


Evangelho Lc 1,46-56 – Últimos dias antes do Natal

Naquele tempo: Maria disse: 'A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre.' Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa. - Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor

21 de dez. de 2022

VIVA o matrimônio!

 





Hoje eu e minha esposa Rosângela completamos 31 anos de uma feliz união, com as bodas de Nácar, que é um material muito resistente, mas para chegar até essa condição, este material passa por várias fases. Da mesma forma acontece com um casamento que dura todos estes anos. 

Sou feliz por ter esta pessoa maravilhosa ao meu lado nesses anos todos. Viva o matrimônio. Viva as famílias! 

20 de dez. de 2022

EVANGELHO DO DIA terça-feira, 20 de dezembro 2022

 


Evangelho Lc 1,26-38 

Naquele tempo: O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: 'Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!' Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: 'Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim'. Maria perguntou ao anjo: 'Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?' O anjo respondeu: 'O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altissimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível'. Maria, então, disse: 'Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!' E o anjo retirou-se. - Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!

SEIS coisas


 

HABILIDADES


 

19 de dez. de 2022

EVANGELHO DO DIA segunda-feira, 19 de dezembro 2022

 


Evangelho Lc 1,5-25 – 

Últimos dias antes do Natal

Nos dias de Herodes, rei da Judéia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, do grupo de Abia. Sua esposa era descendente de Aarão e chamava-se Isabel. Ambos era justos diante de Deus e obedeciam fielmente a todos os mandamentos e ordens do Senhor. Não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e os dois já eram de idade avançada. Em certa ocasião, Zacarias estava exercendo as funções sacerdotais no Templo, pois era a vez do seu grupo. Conforme o costume dos sacerdotes, ele foi sorteado para entrar no Santuário, e fazer a oferta do incenso. Toda a assembléia do povo estava do lado de fora rezando, enquanto o incenso estava sendo oferecido. Então apareceu-lhe o anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e o temor apoderou-se dele. Mas o anjo disse: 'Não tenhas medo, Zacarias, porque Deus ouviu tua súplica. Tua esposa, Isabel, vai ter um filho, e tu lhe darás o nome de João. Tu ficarás alegre e feliz, e muita gente se alegrará com o nascimento do menino, porque ele vai ser grande diante do Senhor. Não beberá vinho nem bebida fermentada e, desde o ventre materno, ficará repleto do Espírito Santo. Ele reconduzirá muitos do povo de Israel ao Senhor seu Deus. E há de caminhar à frente deles, com o espírito e o poder de Elias, a fim de converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à sabedoria dos justos, preparando para o Senhor um povo bem disposto.' Então Zacarias perguntou ao anjo: 'Como terei certeza disto? Sou velho e minha mulher é de idade avançada.' O anjo respondeu-lhe: 'Eu sou Gabriel. Estou sempre na presença de Deus, e fui enviado para dar-te esta boa notícia. Eis que ficarás mudo e não poderás falar, até ao dia em que essas coisas acontecerem, porque tu não acreditaste nas minhas palavras, que hão de se cumprir no tempo certo.' O povo estava esperando Zacarias, e admirava-se com a sua demora no Santuário. Quando saiu, não podia falar-lhes. E compreenderam que ele tinha tido uma visão no Santuário. Zacarias falava com sinais e continuava mudo. Depois que terminou seus dias de serviço no Santuário, Zacarias voltou para casa. Algum tempo depois, sua esposa Isabel ficou grávida, e escondeu-se durante cinco meses. Ela dizia: 'Eis o que o Senhor fez por mim, nos dias em que ele se dignou tirar-me da humilhação pública!' - Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!

17 de dez. de 2022

ENTREVISTA DE DOMINGO: padre Adilson Naruishi

"Desde pequeno algo em mim me encantava na vida sacerdotal e na Igreja. Claro que não entendia nada, e nunca tive a oportunidade de conversar sobre isso dentro de casa e nem mesmo na catequese. Pouco se falava sobre vocação no ambiente do meu dia a dia. Com isso penso que, quando há o chamado de Deus, ele sempre encontra um jeito de nos aproximar do seu coração." A afirmação é do jovem sacerdote Adilson Mitinoru Naruishi, atual pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Campo Mourão.

Padre Adilson está completando este mês uma década como servo de Deus e recebe homenagem aqui no Blog na tradicional ENTREVISTA DE DOMINGO

Ele conta um pouco da sua história, da sua vocação e das realizações nas dimensões sociais, educacionais e evangelizadoras nesses dez anos de padre. Ótima leitura com o desejo de que possamos rezar e agradecer a Deus por sua vocação, sua santidade e fidelidade, e agente de transformação para o bem das pessoas e do reino de Deus.

NOTA DO BLOG - Na manhã do sábado, 17 de dezembro 2022, padre Adilson foi surpreendido com uma homenagem especial pelo jornalista Ilivaldo Duarte, no programa Tocando de Primeira, na Rádio Colmeia FM. 
Para assistir ou rever o programa, copie ou acesse https://www.facebook.com/colmeianewsfm/videos/901472397930635
QUEM É ADILSON MITINORU NARUISHI? Sou filho de Carlos Mitinori Naruishi (in memoriam) e Aparecida da Silva Naruishi. Nasci no dia 26 de maio de 1981 em Campo Mourão e sou o caçula de sete irmãos, dos quais duas mulheres (Clarice e Cleunice) e quatro irmãos homens (Aulino, Paulo, Claudinei e Edson).

COMO SE DEFINE?   Como é difícil falar de nós mesmo. Sou um sonhador. Gosto de muitas coisas. Me considero uma pessoa alegre, disposto, ansiosos, prestativo, curioso, perfeccionista, observador, confiante, criativo, tolerante, extrovertido, flexível, honesto, otimista, determinado, pontual, persistente, observador, ponderador, altruísta, realista, leal, sensível, prático, bem humorado, empático, amante da vida.

COMO ACHA QUE OS OUTROS TE VÊEM? Gostaria que os outros vissem isto em mim. Sei que tenho muitas

pessoas boas ao meu lado, que caminham comigo, que gostam de mim. Essas mesmas pessoas as vezes tem medo de estarem ao meu lado, pois a primeira impressão é que sou uma pessoa muito séria, bravo. Mas aos poucos vão descobrindo que não sou mal. Gosto de pensar que as pessoas gostam de mim. Que se surpreende comigo.

QUAL SEU ESTILO? Sou meio maluco. As vezes coloco as pessoas em algumas enrascadas com meus improvisos. Tenho que aprender muito ainda a ser uma liderança. Sinto falta disso. Às vezes me confundo com o tradicional e o moderno. Mas no geral sou prático.

ONDE E ONDE FOI SUA INFÂNCIA? Nasci quando meus pais viviam em uma comunidade chamada Alto Alegre (aqui em Campo Mourão). Muito novo vim para cidade. Moramos muitos anos no Jardim Aeroporto. Depois mudamos para o Mato Grosso. 

Minha infância foi bem dividida. Não tenho amigos de infância porque sempre tive que deixá-los para traz. Tenho poucas lembras marcantes. Gostava muito de brincar e estudar. Sempre gostei de coisas estranhas.

Meu primeiro animal de estimação foi uma Ema, mas meus pais não quiseram que eu criasse. Acabei soltando ela, pois disseram que ela iria crescer. Nem sabia que bicho era. Depois tive uma tartaruga, mas tive que soltar ela, pois descobri que ela cresceria e daria muito trabalho.

Lembro que minha infância sempre foi muito alegre. Mesmo nas dificuldades financeiras da minha família, nunca me deixaram faltar nada. As vezes não tinha tudo que eu queria, mas eles me ensinaram a lidar com essa realidade, talvez por isso acabei tendo que me tornar uma pessoa criativa.

Meus pais me ensinaram a ser honesto e trabalhador.

Hoje o que me orgulha em relação a meu pai, é encontrar seus antigos patrões e ouvir deles que o meu pai foi um grande funcionário. Minha mãe sempre muito dedicada, prestativa, guerreira, mulher de fé, forte. Não tem como pensar nela sem se encher de orgulho.

ONDE ESTUDOU E QUE CURSOS FEZ? Minha primeira educação foi na Escola Maria do Carmo Pereira em Campo Mourão. Depois teve as mudanças, até voltar novamente para Campo Mourão. Conclui o Ensino Médio no Colégio Unidade Polo. Como seminarista me formei em Filosofia (licenciatura) pela PUCPR – Campus Maringá e Teologia (bacharelado) na PUCPR – Campus Londrina. Também tive a oportunidade de fazer uma especialização em Cultura e Meios de Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e SEPAC Paulinas – PUC São Paulo.

COMO FOI SUA TRAJETÓRIA? Profissionalmente não tive a oportunidade de trabalhar muito. Cedo fiz uma

experiência administrativa no escritório diocesano da RCC em Campo Mourão. Depois, decidi ir para o Japão, pois para lá já tinha indo meu pai e meus irmãos. Alguns ainda estavam lá na época. Em janeiro de 2000 embarquei para o Japão pela primeira vez. Fiquei até dezembro do mesmo ano. Depois voltei para lá em dezembro de 2002 e retornei para o Brasil em junho de 2003.

Costumo pensar que a vocação ela já é plantada dentro de nós no dia da nossa concepção. Não que seja uma predestinação, mas como uma forma de vivermos o amor de Deus em nossas vidas. Ao longo dos anos vamos nos descobrindo, nos conhecendo e vendo como melhor podemos viver nossa fé.

Não são os méritos humanos que nos coloca na frente de Deus para sermos chamados para esse ministério. Se assim fosse, homem algum poderia ser padre, pois até hoje, nunca encontrei um padre santo. Todos somos cheios de defeitos, fragilidades, pecados, etc. Mas mesmo assim Deus nos escolhe. E aqui está a beleza do amor de Deus e sua misericórdia. Àquele que muitas vezes é desprezado pelo mundo, é reconhecido por Deus como uma pedra preciosa, pois Deus vê no ser humano o que nenhum outro consegue enxergar.

Costumamos valorizar as pessoas por aquilo que ela faz e produz. Deus a partir do que somos em nossa essência. Isso é muito bonito.

Existe uma frase da oração do ano da Misericórdia (2015-2016) que diz:

“Vós quisestes que os Vossos ministros fossem também eles revestidos de fraqueza para sentirem justa compaixão por aqueles que estão na ignorância e no erro: fazei que todos os que se aproximarem de cada um deles se sintam esperados, amados e perdoados por Deus.” Essa é a verdade do ser padre que me anima em todos os momentos.

Por isso posso dizer que desde pequeno algo em mim me encantava na vida sacerdotal e na Igreja. Claro que não entendia nada, e nunca tive a oportunidade de conversar sobre isso dentro de casa e nem mesmo na catequese. Pouco se falava sobre vocação no ambiente do meu dia a dia. Com isso penso que, quando há o chamado de Deus, ele sempre encontra um jeito de nos aproximar do seu coração.

Foi durante minha catequese que comecei a refletir um pouco mais sobre o assunto. Na época já morava no território do Santuário Nossa Senhora Aparecida na Vila Urupês. Nessa paróquia fiz a primeira Eucaristia e a Crisma.

Lembro que um dia um catequista chegou para três amigos, entre eles estava eu, e disse: um de vocês será padre e outro irá casar. Nunca pensei que o ser padre seria para mim. Mas naquele momento, penso que Deus já estava falando claramente para mim, eu que não queria escutar.

DESDE QUANDO ESTÁ ENVOLVIDO NA IGREJA?Durante minha adolescência, após a crisma, comecei a me envolver pastoralmente mais com a Igreja. Esses dois amigos e eu, começamos a participar do grupo de Adolescente (Shalom Adonai – RCC) do Santuário. Mas a intenção era só participar mesmo. 

Os dois amigos foram chamados para participar do grupo de canto. Um dia eu fui no ensaio deles (lembro

que era para a Campanha da Fraternidade de 1997). (foto, o cartaz da CF 1997). Chegando lá, não tinha o que fazer, peguei o microfone e comecei a ensaiar juntos. Pronto, a partir daquele momento, super desafinado, comecei a participar do grupo do ministério de música. Fiquei porque todos eram ruins, então, a minha desafinação não fazia diferença.

Foi a partir desse momento que comecei a me aproximar do padre Reinaldo Kuchla (Foto). Ele era um homem difícil de conviver, mas seu testemunho, criatividade, dedicação e amor pelo servir, de certa forma foi inspiradora para mim.

Em 1999, quando dom Mauro já era bispo coadjutor da diocese, eu peguei uma carona com ele voltando de um TLC em Araruna, para Campo Mourão. Lembro que foi a viagem mais longa que já fiz na minha vida.
Quando entrei no carro, antes mesmo de perguntar meu nome, ele perguntou: você nunca pensou em ser padre? Naquela hora eu congelei, e um filme passou em minha cabeça. Minha resposta foi curta e única: não!

Não lembro o que conversamos depois, só lembro que aquilo ficou ecoando em mim o tempo todo, e me deixou inquieto.

Depois fui participar de um encontro de jovens em Umuarama, nessa época eu estava namorando e me preparando para fazer vestibular. Durante o encontro, o pregador pediu que todos os jovens que sentisse no coração o desejo de discernir a vocação, que se ajoelhasse, e os amigos que estivesse do lado, estendesse as mãos e rezasse por ele. Naquele momento me acanhei por causa da namorada que estava ao meu lado. Um amigo se ajoelhou, e naquele momento eu dizia para Deus que mesmo não ajoelhando, que ele me desse uma resposta e me encorajasse para tomar a decisão.

No fim do encontro, voltando para casa, já dentro do ônibus, esse amigo deu a notícia que iria para o seminário. Quando ele passou abraçando cada um, eu disse em seu ouvido: não fala para ninguém, mas eu também vou.

Quando chegamos em casa, ligamos um para o outro, e ficamos a madrugada toda no telefone conversando sobre o assunto, rezando e decidindo o que iriamos fazer no dia seguinte.

No outro dia, fomos até a casa da assessora do nosso grupo, a Dona Ana, compartilhamos com ela, e ela nos levou até o padre Reinaldo. O padre Reinaldo imediatamente ligou para o bispo e falou de nós, pedindo para marcar um dia e irmos na cúria. No dia marcado, fomos até o bispo que nos acolheu muito bem. Após isso, a coisa começou a ficar complicada. Como contar para os pais e família. Como deixar tudo, os sonhos, os projetos, a namorada, etc.

Em relação ao falar para as pessoas, foi mais fácil que eu imaginava. Todos acolheram muito bem e me apoiaram muito. Menos a namorada.

A primeira coisa que marcou bastante minha decisão foi o término do namoro. Lembro que era véspera da Páscoa. Ela havia preparado uma cesta enorme com chocolates para me dar. No fim, meus amigos comeram os chocolates e eu nem um bombom.

Depois tinha o apego a um sonho que tinha realizado, a aquisição de um carro. Quando voltei do Japão, realizei o sonho de todo jovem, ter um carro. Na época

era um carro maravilhoso. Um Santana 2000 da VW. Ele era usado em nossas missões, passeios com a família, festas com amigos, etc. Eu me achava o cara com aquele carro. 

Certo dia, as irmãs da Copiosa Redenção me pediram para levar algumas jovens em um encontro vocacional em Ponta Grossa. Assim fiz. Na volta, já noite, quando chegamos perto de Turvo - 38 km de Guarapuava), do nada, o carro começou a pegar fogo. Deu tempo de tirar nossas coisas. Algumas pessoas pararam para prestar socorro. Tentaram apagar o fogo até com extintores de caminhão e nada. Parece loucura, mas a impressão é que era para pegar fogo só no carro mesmo. Sinal disso é que uns rapazes levaram minha carteira embora, depois voltaram para devolver, sem o dinheiro, mas com todos os documentos. Depois teve o fato de que era inverno, o mato seco e o carro pegando fogo no acostamento, com os pneus derretendo, o fogo corria no meio do mato e não queimava nem a grama. Eu fiquei sentando do outro lado da rodovia, só vendo o carro terminar de pegar fogo. Não tinha seguro. Só sobrou a lata do carro. Ficou irreconhecível.

Em uma conversa que tive com Dom Mauro na época que estava sendo acompanhado, uma das coisas que eu disse a ele era do meu apego ao carro. Depois eu vi que quando Deus quer um projeto para nós, nada pode ficar no meio. Ele nos liberta verdadeiramente do que pode atrapalhar nossas decisões.

Enfim, fiz um estágio, e no dia de entrar para o seminário, não tive coragem. Com todas as coisas prontas, eu desisti. No lugar de ir para o seminário, fui para o Lar Dom Bosco, conversar com minha madrinha de oração, a irmã Severina, da Copiosa Redenção. Lá passei a noite e no dia seguinte voltei para casa.

Dom Mauro ficou insistindo comigo. Ele acreditava que

eu poderia ser um padre. Então remarcamos um outro dia. Padre Reinaldo Kuchla passou em casa e me levou para a casa do bispo, onde fazíamos o propedêutico na época. Era outubro de 2001. Fiz o propedêutico na casa dele com outros 11 jovens até dezembro.

Em fevereiro de 2002 fui fazer filosofia no Seminário São José. Não foi um ano fácil. Confesso que era muito rebelde com algumas normas da casa e da formação. Eu não era obediente e não consegui me conter diante de algumas coisas que eu não achava certo. Isso fez com o reitor da época me mandasse embora do seminário (outubro de 2002).

Dom Mauro me chamou para conversar e pediu para que eu continuasse a filosofia. Assim eu fiz. Fiquei morando na casa de meus pais e todos os dias pegava carona com os professores e ia para o seminário fazer as aulas e assim conclui o primeiro ano do curso.

No fim do curso, dom Mauro me chamou para voltar para o seminário, mas meus planos eram outros. Eu já estava com a passagem comprada para voltar para o Japão. Na época ele disse para eu ficar e entrar no seminário que ele me ressarciria o dinheiro gasto. Mas eu fui teimoso e fui embora. Disse a ele que iria renovar meu visto e voltaria.

Fiquei lá até junho. E aqui vejo um sinal de Deus. Quando voltei para o Brasil, trouxe dinheiro suficiente para comprar outro carro, dessa vez trabalhando bem menos tempo, consegui comprar um VW GOL 3ª geração bem melhor do que o primeiro carro que tive.

Foi aí que percebi o que Deus realmente queria de mim. Terminei aquele ano, e despois do meu retorno, continuei com uma boa amizade com Dom Mauro. Ele me chamava para levá-lo nas celebrações em outras cidades e sempre fazia questão de me reconquistar para a vocação. Dom Mauro ficou insistindo comigo.

Certo dia ele estava decidido que era para eu voltar para a formação e me ligou várias vezes naquela semana. Foi muito insistente. Até que um dia, ele ligou na minha casa, porque eu não atendia mais as ligações dele no celular e falou com minha mãe e depois comigo. Naquela noite ele foi na minha casa jantar e naquele dia eu entrei no seminário pela segunda vez, levado pelo próprio bispo (fevereiro de 2004).

ENTÃO QUEM FOI O “CULPADO”? Não sei se posso culpar Deus, mas a vocação nasce do coração dele. Claro que por traz de uma vocação tem várias testemunhas, como a minha família, o padre Reinaldo Kuchla, meus amigos, Dom Francisco Javier, meus formadores, especialmente o padre Jurandir. Mas compreendo que a vocação não é apenas uma questão de sentir que fui chamado ao sacerdócio. É preciso lembrar que é a Igreja que chama ao sacerdócio. Só sentir ou fazer uma escolha pessoal não é suficiente.

Certo dia, quando escrevia minha carta de admissão ao seminário, dom Mauro fez questão que eu escrevesse: Deus chama, eu respondo e a Igreja confirma. Hoje sei que se não fosse dom Mauro em minha vida, sua insistência, carinho, amizade e confiança, com certeza eu não estaria nessa vida.

QUAIS FUNÇÕES EXERCE HOJE NA IGREJA CATÓLICA? Hoje na diocese sou pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no Jardim Copacabana, em Campo Mourão; sou Chanceler da diocese; membro do Colégio de Consultores e do Conselho de Presbíteros; sou assessor eclesiástico da Pastoral da Comunicação da diocese – Pascom; responsável pelo Jornal Servindo e o setor de comunicação da diocese; membro do conselho de pastoral da diocese; professor de Catecismo da Igreja Católica no Seminário Propedêutico. Na Igreja sou Missionário da Misericórdia desde 2016. Em Campo Mourão sou presidente do Lar de Idosos São Joaquim e Sant’Ana. 

Imagens da posse da nova diretoria do Lar dos Idosos e da entrega da Comenda 10 de Outubro a entidade pelo Poder Legislativo de Campo Mourão. 


COMO É A SUA ROTINA? Não tenho uma rotina fixa. Uma coisa que não me adapto muito é com agenda. Parece estranho, porque disse que sou uma pessoa que gosta das coisas em ordem, mas quando se trata de agenda e horário, como tenho muitas funções, acabo fazendo uma programação diferente a cada dia. Onde chamam, lá estou. Seja em hospital, visita aos doentes, bênçãos, etc.

Mas normalmente meu dia começa às 7:30 com a oração da manhã. Após a oração, vou ver minhas mensagens e as notícias do dia. Não tenho uma pessoa que trabalhe na casa paroquial. Então faço meu café e saio para a missão. E costumo voltar para casa no final do expediente, normalmente as 20h.

Na segunda-feira dou aula no seminário de manhã. A tarde procuro revezar entre secretaria paroquial e cúria diocesana.

Terça-feira é nosso dia de descanso, normalmente

passo na Cúria para fazer algumas coisas, ou vou no Lar (lá tem trabalho todos os dias).

Nos outros dias revezo entre paróquia e cúria. Normalmente na quinta-feira são os dias de reuniões de padres e na cúria, então, sempre estarei por lá.

Nas horas vagas, gosto de assistir filmes e séries. Aos domingos, aproveito para almoçar com a família. Gosto de estar na casa da mãe. Lá eu sou só o Adilson, não tem protocolos. Deito e durmo no chão, ando descalço, é uma maravilha.

QUAIS OS DESAFIOS ATUAIS EM SER PADRE? Posso garantir que minha formação em 2012, quando fui ordenado, não me preparou para ser padre nos dias de hoje, não que falharam, mas o mundo mudou bastante. 

Estamos em um tempo marcado pelo progresso

científico e tecnológico. Vivemos há pouco uma pandemia, descobriram-se curas para doenças, o mundo tornou-se pequeno por causa da evolução das comunicações, etc. Dá a impressão de que o homem se sente muito dono de si, capaz de dominar a criação e considera-se praticamente sem limites. Brota no homem a auto-suficiência. Parece que o homem sente que não precisa mais de Deus. Isso é nítido no meio dos jovens. Como é difícil falar com eles hoje sobre fé.

Percebo duas situações complicadas nos dias de hoje, por um lado um apateísmo, onde pessoas pouco importa se Deus existe ou não, para ele é indiferente. Por outro lado, temos uma customização da fé, quando pessoas até acreditam em Deus, mas um Deus adaptado ao seu jeito de ser e viver. Não aceitam a doutrina na sua totalidade, só pega pra si o que lhe apraz.

Existe também muitas cobranças em relação ao padre. Qualquer coisa que falamos ou fazemos, sempre acaba sendo motivo de crítica para alguém. O padre tem que

ser um super homem. Não respeitam nossa fraqueza, nossos limites. Entendo que somos pessoas públicas, somos formados para servir, mas também temos limites e fraquezas. Seria tão melhor se as pessoas nos amassem por quem somos e não por aquilo que fazemos.

O QUE MAIS TE MOTIVA NA SUA IGREJA? A fé das pessoas simples. Como é bonito ver as pessoas se aproximando de Jesus na humildade e simplicidade, sem preconceitos, sem discriminação. Ser acolhedores. Isso é sinal de conversão. Isso é ser de Deus, é ser como Jesus. Ver a disposição das pessoas sendo protagonistas de evangelização. Que se envolvem com a vida pastoral. Que compartilha a igreja com os outros. Que abrem as portas para que todos possam entrar e ajudam elas a se sentirem bem. Isso é bonito na igreja.

QUAIS FATOS FORAM MARCANTES NO SEU SACERDÓCIO?  Minha ordenação que foi um grande passo na fé. Depois a experiência do Ano da Misericórdia. Vivi experiências extraordinárias no confessionário. Moram milhares de pessoas que atendi nesses anos como missionários. Poder absolver pessoas de pecados que são reservados a Santa Sé. E não foram poucos. Ainda hoje sou procurado para alguns atendimentos. Pessoas de várias partes do Brasil, mas tenho que manter sigilo.

A última experiência marcante foi a ida na Santa Casa no Domingo de Ramos de 2020 (05/04/2020).

Segue o testemunho:

O PADRE QUE NÃO QUERIA CELEBRAR A SEMANA SANTA

Como em todos os anos, esperava que em 2020 tivéssemos uma belíssima celebração de Domingo de Ramos, para proclamarmos a abertura da Semana Santa e a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, mas nem tudo é como a gente quer.

A grande tristeza veio com a notícia de que por razão

da pandemia Covid-19 as igrejas estariam fechadas e os fiéis não poderiam participar presencialmente das missas. Isso me deixou profundamente desolado e sem vontade de celebrar, fui até pedir a dispensa para o bispo das funções que deveria exercer nesse momento. E o que ele disse? “O momento é difícil para todos. Acho que aquele nosso povo que está sempre ao nosso lado ficará contente em acompanhar as celebrações, mesmo que mais breves. Pense nisso.”

Suas palavras não me agradaram, porque minha vontade era não celebrar nessas circunstâncias. Mas resolvi ser obediente, afinal, é melhor errar com a igreja do que acertar sozinho.

Organizei as celebrações e deixei Deus conduzir, avisando as pessoas para não se preocuparem que iria dar tudo certo. Então, Deus começou a entrar em ação.

Primeiro pediu para arrumar um carro para fazer um passeio com o Santíssimo pelas ruas da paróquia, para abençoar os ramos e as pessoas que não puderam estar na igreja. Estranho porque pelas Sagradas Escrituras, Jesus entrou em Jerusalém montado em um jumentinho.


Fizemos como Deus pediu. Organizamos tudo, pedimos para as pessoas colocarem ramos nas portas ou portões e quando Jesus passasse, que saíssem nas janelas ou portas. Terminada a missa, lá vou "eu" solenemente levar Jesus para as ruas.

Enquanto passava de carro pelas ruas da comunidade estava maravilhado. Ver a emoção das pessoas, a receptividade, a fé estampada no rosto das pessoas era tudo muito forte. Percorremos toda paróquia. Até que chegou a hora de ir para a Santa Casa, onde as vítimas do Coronavírus estão sendo tratados.

A princípio a ideia era chegar na porta do hospital, rezar, abençoar e ir embora. Mas Deus sabe o que faz. Ele foi me conduzindo pelos corredores do hospital, o jumentinho agora era eu que trazia nas mãos o Rei dos Reis, e nos ombros o peso da responsabilidade. Os corredores daquele hospital se tornaram as ruas de Jerusalém, onde funcionários iam saindo das portas dos quartos, de trás dos balcões, parando por um momento o que estavam fazendo, e o mais surpreendente, nem todos eram católicos, talvez alguns nem cristãos eram, mas estavam ali, porque algo diferente estava acontecendo.

Mas faltou os ramos! Não, os ramos estavam ali. Eram os estetoscópios, termômetros, jalecos brancos, verdes, azuis, canetas e prontuários, vassouras e baldes, cadeiras de rodas e macas, cada um apresentava a Jesus o que tinha no momento. Por onde Jesus passava era possível ouvir no silêncio daqueles corredores gigantes o múrmuros de preces que se levantavam a Deus. Não era o grito do povo que outrora proclamava: “Hosana ao Filho de Davi”, mas as esperançosas orações que replicava o eco da voz do próprio Jesus no alto do Calvário quando rezava o Salmo: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes (Sl 21).

Lagrimas, emoções tomavam conta das pessoas. Expressões de tristeza e cansaço se transformavam em esperança, afinal o Senhor da vida estava ali para cumprir sua promessa: "pedi e vos será dado, batei à porta e ela vos será aberta, procure e encontrareis" (Mt 7,7s), ou então “eis que estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos" (Mt 28,20).

Quando me dei por conta estava com Jesus na porta da UTI de isolamento do Covid-19. O que fazer? Parei ali diante daquela porta fechada e comecei a rezar. Me veio no coração o rito de chegada na igreja após a procissão de ramos. O padre de fora faz sua foz ressoar: “Ó portas levantai vossos frontões, elevai-vos bem mais alto antigas portas, afim de que o Rei da glória possa entrar.”

Mas eu não estava na igreja, achava que aquele rito não fazia sentido ali, naquele momento, naquele lugar, afinal esse rito já caiu em desuso a muito tempo nas liturgias de nossas comunidades. Mas para minha surpresa, lá de dentro alguém diz: “Quem está aí? Quer falar com alguém?” Era a mesma resposta que se segue no rito, mas em outras palavras.

Então percebi que estávamos realizando naquele momento a verdadeira liturgia da vida. Aquela que fomos convidados a celebrar nesse tempo de isolamento social, onde igrejas estão vazias de pessoas, mas cheia da fé daqueles que não puderam ali estar.

Com esse sinal então comecei a rezar. Dizia a Jesus: “Senhor, entra nessa UTI, fala para essas pessoas, toca com tua unção cada doente, cada profissional da saúde, independente da fé, do credo...” Eu rezava consagrando todos a Jesus, e aí veio o momento mais forte. Achei que iria entrar no setor de isolamento daquela UTI, mas não podia. Tive que ficar ali mesmo.

Na igreja, quando as portas se abrem, o padre com o povo entra solenemente, mas ali não podia. Uma barreira invisível me impedia naquele momento de entrar e fazer o que eu queria fazer naquele lugar. Por isso eu me dizia internamente que queria levar Jesus para as pessoas que não podiam ir até Ele.

Foi então que Ele (Jesus) me disse forte no coração: “não é você que me leva às pessoas, sou Eu que levo você onde quero e até onde você pode ir”.

Nesse momento não me contive emocionalmente diante de uma presença tão forte de Deus em minha vida. Entre lágrimas, fechei os olhos e vi nitidamente o Senhor segurar nas mãos daqueles médicos e enfermeiras que ali estavam, e entraram, enquanto eu ficava ali na porta na minha insignificância, apenas a rezar.

Não sei o que será essa semana santa. Só sei que desde a quarta-feira de Cinzas eu pedi para Deus fazer a vontade Dele em minha vida e que minhas penitências me ajudassem a experimentar com força no coração a sua infinita Misericórdia.

Para mim o viver é Cristo, e agora, depois dessa forte experiência, morrer é lucro (Filipenses 1,21 – meu lema de ordenação).

Rezemos pelos verdadeiros heróis que estão arriscando suas vidas nos hospitais, nas UTI’s, nas ambulâncias, nos carros funerários e nos cemitérios, e mesmo sem saber, dizem como o profeta: Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado (Isaías 50,7).


UMAS E OUTRAS

QUAL SEU ESPORTE PREFERIDO? Não sou muito dado ao esporte. Gosto de pedalar.

TORCE PARA ALGUM TIME? Torço apenas para o Brasil. Gosto de ver a seleção jogar.

QUAL O MELHOR TIME QUE JÁ VIU JOGAR?  Vou dizer do melhor jogo que já assisti. Foi um jogo de Brasil e Japão nas Olimpíadas de 1996 (Foto). O Japão ganhou. Eu estava assistindo o jogo com meu pai, foi o único. Nunca vi ele tão feliz quanto aquele dia. Isso me marcou muito.

CITE QUATRO PERSONALIDADES EM CAMPO MOURÃO E POR QUÊ? 

RELIGIOSO: Pe. Reinaldo Kuchla – foi um empreendedor, visionário, criativo, forte, de fé, homem de ótima oratória e grande pregador.

Para conhecer um pouco da vida do padre Reinaldo, copie no seu navegador e leia esta homenagem: 

https://ilivaldoduarte.blogspot.com/2009/12/entrevista-de-domingo-padre-reinaldo.html

CIVIL: Dona Hedir Vecchi Mulher simples, de caridade, de fé extraordinária, humilde, um coração maravilhoso. Uma pessoa que posso dizer que verdadeiramente é cristã, uma santa no meio de nós (vale a pena fazer uma história dela).

Saiba um pouco da história de vida da dona Hedir, acessando e copiando esta homenagem:

https://ilivaldoduarte.blogspot.com/2010/04/entrevista-de-domingo-hedir-vechi.html 

SAÚDE: Dr. Francisco Fernandes Claudino tem gente que acha ele um louco, mas é preciso reconhecer o bem que ele fez e faz pela cidade. Quantas pessoas tiveram acesso a um atendimento médico graças a generosidade desse homem.

Dr. Claudino recebendo título de Cidadão mourãoense, ao lado do vereador Edson Batilani.

COMUNICAÇÃO: Ilivaldo Duarte – homem de visão e grande observador; assertivo na comunicação; grande registrador de histórias; grande comunicador e motivador de coisas boas.

Padre Adilson com o casal Ilivaldo e Rosângela.

O MUNDO DIGITAL "INCOMODA" OU "AJUDA"? Mesmo incomodando, ajuda. A era digital veio para nos mostrar coisas que estavam muito distantes de nós. Pena que as vezes nos afasta daquilo ou daqueles que estão ao nosso lado.

COMO OBSERVA O INTERESSE DOS CIDADÃOS PELA VIDA E PELA IGREJA? A pandemia fez muitas pessoas repensarem a sua fé. Fez muitas pessoas a recorrerem e se aproximarem de Deus. Mas inda é preciso fortalecer essa fé. A Igreja não pode ser um clube, mas tem q ser vista como casa de Deus.

COMO FOI A EXPERIÊNCIA DE TER VIVIDO ESTA PANDEMIA? Eu não parei durante a pandemia. Tive que continuar minhas atividades. Naquilo que faço, não teve folga. Mesmo trabalhando em casa, ou no escritório de portas fechadas, muitas coisas precisavam de soluções. A vida pastoral da igreja não parou. Depois tivemos que lidar com a fragilidade humana, participando na vida das pessoas ao visitar os doentes, os enlutados, etc. 

No geral a pandemia trouxe grandes prejuízos, mas também grandes lições. Percebemos o quanto o outro faz falta. Como pequenos detalhes podem mudar nossa percepção das coisas. Que o tempo é muito breve. Que não temos controle sobre nada. Que não somos donos do mundo. Mas ao mesmo tempo, nos mostrou o quanto podemos ser melhores. Como existe solidariedade nas pessoas. Que quando queremos, podemos fazer o bem a tantas pessoas. Mostrou que temos o coração bom. Que somos generosos. Que ainda sabemos amar e que existe empatia na humanidade. Basta sabermos aproveitar e explorar esses potenciais.


AUTO-CONHECIMENTO

MELHOR EQUIPE COM QUEM TRABALHOU? Posso fazer referência a uma equipe que convivi. Foi a minha turma de propedêutico de 2004. Éramos muito unidos, companheiros, alegres.

QUEM SÃO PADRES EXEMPLOS NA SUA VIDA SACERDOTAL? Os padres Reinaldo Kuchla e Jurandir Aguilar.


QUAL CERIMÔNIA, QUAL CELEBRAÇÃO MARCOU SUA VIDA? Missa para os Missionários da Misericórdia em Roma, com o Papa Francisco no dia 8 de abril de 2018. Tive a oportunidade de abraçar, conversar e receber a bênção do Santo Padre.

Exéquias de Dom Mauro na Catedral de Cascavel. Teve um momento que fiquei sozinho com o corpo dele dentro daquela catedral enorme. Foi uma despedida muito dolorosa. Um grande amigo, pai, irmão, estava a sós comigo. Ele no silêncio me falou muitas coisas.

CHEGAR A 10 ANOS COMO PADRE É? Amadurecer na ideia de que o sacerdote deve ser um homem de Deus. Como padre temos o selo do sacramento. Passada aquela empolgação do primeiro momento, das primeiras horas da ordenação, começamos a compreender com mais verdade que a nossa vontade, as nossas faculdades devem estar imbuídas dos sentimentos de Cristo.

Não salvamos o mundo, pois a salvação vem de Deus. Com o tempo aprendemos que não podemos

conceber que a solução dos problemas do homem esteja nos meios humanos ou no padre como pessoa humana, por mais preparado e carismático que sejamos. Hoje, passados 10 anos, vejo que devo unir minhas ações e palavras a uma profunda vida eucarística. Lembro de uma reflexão que fiz em um retiro (2020): “preciso me fazer vítima e oblação, como sacerdote, para servir a Cristo na missão da salvação das almas, pois a minha presença entre meus irmãos, deve ser como a da sentinela da manhã, anunciador das coisas do além, uma contínua recordação de Cristo para as almas, que encarna o amor de Deus neste mundo”.

Hoje sei que passado esse tempo, não perdi minha própria objetividade ou identidade, mas sei que aquilo que almejo só se encontra definitivamente no céu, meta e objetivo último de nossa peregrinação nesta terra, pois o sacerdote é servo de Cristo porque é, a partir dele, por ele e com ele. E justamente nesta buscar pelo sagrado que percebemos que precisamos construir a caridade, porque a caridade é a virtude que de algum modo antecipa o céu aqui na terra.

QUAL O PRESENTE E FUTURO DO SACERDÓCIO? Um dia desses eu dizia para os seminaristas que terminavam o propedêutico, que buscar esse caminho de vida, que um dia melhor nos tocou o coração, tem muito mais a ver com santidade e amor as coisas do alto, do que com uma capacitação técnica, resultados

ou uma mera recompensa. Não é a formação que nos faz padres, mas o amor de um Deus que nos conhece e nos chama como somos. O padre é o homem que verdadeiramente fez uma experiência de vida, que o impulsiona para frente e um dia poder dizer as palavras de São Paulo: combati o bom combate, terminei minha corrida e guardei a fé (eu complemento: e valeu a pena).

Imagino que o futuro do sacerdócio continuará sendo aquilo que é a sua essência, pois não foi a igreja que inventou o padre, foi o próprio Jesus que o constituiu. Pode parecer uma utopia, mas o padre vai continuar sendo o homem de oração, o homem que escuta e medita a Palavra para aderir com amor ao que Deus quer dele; o que celebrar os sacramentos com o fervor e a unção das coisas sagradas com que lida, sabendo que para ser homem de Deus deve fazer um esforço particular e resistir à vertigem da atividade constante e acelerada a que o mundo nos submete. O padre vai continuar sendo o homem de Deus.



Penso que jamais a igreja vai permitir que a identidade do sacerdócio seja perdida ou esquecida. Pode até ter

algumas mudanças em questões periféricas do ministério sacerdotal, mas a essência será a mesma, que e levar Jesus para o homem e a humanidade para Deus. Lembro de uma história do sacerdote de São João Maria Vianney: Quando ele foi a Ars pela primeira vez, se perdeu. Então ele pediu a um pastorzinho que encontrou para guiá-lo e ele o levou para a cidade. O cura de Ars então disse aos pastorzinho: “Você me mostrou o caminho para Ars, agora vou lhe mostrar o caminho para o céu”. Essa é a essência do padre.

VAPT-VUPT

UM " GOLAÇO" QUE MARCOU NA SUA VIDA E COMEMOROU MUITO.  Minha ida na Santa Casa no dia 05/04/2020. Lá eu vi de verdade Deus e sua ação.

SER PADRE  É...  ser um dom do amor de Deus pelos outros.

DOM VIRGÍLIO: servo da misericórdia.

DOM MAURO: servo da vocação.

DOM BRUNO: servo da eucaristia.

DIOCESE DE CAMPO MOURÃO: Sinal da santa cruz.

ÉTICA É... valores que orienta o comportamento da pessoa para o bem.

MÚSICA: Viver para mim Cristo (Fábio de Melo) e Que santidade de vida (Pe. Jonas Abib).

AUTOR. Augusto Cury, Anselm Grün e Raniero Cantalamessa.

TEÓLOGO: Joseph Ratzinger.

 LIVRO: Mostra-me o teu rosto (Ignácio Larrañaga) e Confissões (Santo Agostinho).

 FAMÍLIA É... presente de Deus pra mim.

 


RELIGIÃO.
Caminho seguro para o céu.


 UMA ESPERANÇA... o céu.

 UM SONHO. Ser bom para todo.

SAUDADES... DE QUEM E DO QUÊ? Dom Mauro e do Japão.

Para rever ou conhecer um pouco da história de vida de dom Mauro Aparecido dos Santos, terceiro bispo da Diocese de Campo Mourão (1999-2007), copie no seu navegador: 

https://ilivaldoduarte.blogspot.com/2013/11/entrevista-de-domingo-dom-mauro.html

SE PUDESSE VOLTAR NO TEMPO, O QUÊ JAMAIS TERIA FEITO? Ter brigado com algumas pessoas.

QUAL PROJETO GOSTARIA DE REALIZAR?  Viajar o Brasil com um motorhome celebrando missa em todos os lugares (tipo uma pastoral rodoviária).


QUAL VIAGEM GOSTARIA DE FAZER E PAÍS A CONHECER? Fazer um cruzeiro e conhecer a China.

QUE LEGADOS GOSTARIA DE DEIXAR PARA OS OUTROS? Caridade.

O MOMENTO ATUAL DA SUA VIDA É...   Uma bênção de Deus. Só alegria.

SER CONVIDADO PARA ESTA ENTREVISTA DE DOMINGO? Sinal de carinho muito grande.


RECADO AOS LEITORES. Neste tempo de advento que estamos vivendo, a igreja nos convida à vigilância e a conversão, que consiste em abrir a mente e o coração para fazer o bem a todos. O evangelho de Lucas nos apresenta a parábola do pai que recebe o filho que partiu para longe e esbanjou a sua herança. Mas, depois de reconsiderar, toma a decisão de voltar e pedir perdão: “Sim, eu me levantarei e irei para meu Pai” (Lc 15,18). O texto nos mostra que o filho arrependido foi recebido pelo Pai Misericordioso que lhe restaurou a dignidade de filho. 

Aqui está o grande sentido do natal. Somos chamados a mudar, a reconciliar e a arriscar-nos a pôr em prática a lei do amor fraterno. As duas atitudes do encontro devem nos mover para sermos pessoas novas. A primeira é a do Pai que acolhe, purifica, perdoa e recria a comunhão entre todos. Segundo a do filho que reconhece sua fragilidade, o amor que existe no coração do pai, e volta para casa. Não há tempo a perder: é hora da mudança exigida pelo evangelho do encontro, da abertura de mentes e corações.

No final do advento, só poderemos celebrar o verdadeiro Natal, se todos os crentes e pessoas de bem unirem esforços para fazer brilhar o esplendor da dignidade humana que nos convida para sair de nossa escuridão. Para isso, é preciso construir pontes e derrubar muros, e construir um mundo que seja casa de todos. Esse é o nosso desafio, vamos aceitá-lo!