Com 25 anos de sacerdócio e uma trajetória marcada pelo compromisso com o Evangelho, o carinho com os fiéis e sua disposição constante de servir a Igreja com alegria e simplicidade, o homenageado do Blog do Ilivaldo Duarte deste mês para comemorar do Dia do Padre 2025 é o padre Gerson de Araújo Costa, do Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Campo Mourão.
Seus amigos e familiares agradecem a Deus por seu ministério sacerdotal. Bastante familiar e sempre
presente, padre Gerson nasceu em Fênix, e valoriza os ensinamentos, a coragem e a fé vivenciada em seu ambiente familiar. Seus irmãos veem no padre Gerson uma figura alegre, companheiro e de bem com a vida, que sempre ajudou sua mãe Joana a cuidar deles. "Ele foi um filho especial, muito dedicado", diz sua mãe. E seu irmão mais velho, João, afirma que "É uma benção ter um padre ente nos, é um santo orgulho. Sinceramente, não o via como padre, mas Deus capacita os escolhidos que dizem sim a ele."Os paroquianos resumem bem o padre Gerson: "Um grande exemplo de sacerdote e de homem de fé. Nossa comunidade é muito abençoada por tê-lo como Pastor. Um homem de grande sabedoria, serenidade, fidelidade e dedicação a sua Igreja. Temos um padre de muita espiritualidade, que acolhe as pessoas, e é iluminado."
Padre Gerson foi homenageado no sábado, 2 de agosto, no programa Tocando de Primeira 1.557 na Colmeia FM, com o jornalista Ilivaldo Duarte, quando recebeu o troféu Tocando de Primeira.
Para ouvir e ver o programa copie no navegador https://www.facebook.com/colmeianewsfm/videos/1079808040444674
Confira a entrevista homenagem ao padre Gerson.
Padre Gerson, conte um pouco da sua história. Eu nasci em
Fênix em um dia 24 de setembro. Sou um dos sete filhos do casal Cleomenes de Araújo Costa e Joana Ribeiro Costa, que tem cinco homens e duas mulheres. Então, sou o filho do meio, o quarto filho, e tanto faz de cima para baixo como debaixo para cima, eu sou o quarto. Foi em Fênix que passei minha infância e iniciei meus estudos. Cresci em uma família simples, de muita fé, acolhimento e com muito amor. E Deus sempre esteve presente em nossas vidas e deu um carinho muito especial para nós.Quando o senhor decidiu ser padre? Foi na minha adolescência
e eu brincava de ser padre, e eu sempre gostava bastante disso, e tomei
consciência de que iria ser padre. Daí quando estava terminando o segundo grau
me preparei para ir, mas na hora “h” desisti, porque pensando melhor, achei que
não era um momento e falei que não ia mais, e minha família compreendeu e me
deu todo apoio.
Por que o senhor tomou esta decisão? Acredito que foi pela minha
personalidade, minha timidez e adolescência, que eu não tive coragem de sair.
Mas o chamado estava sempre presente, era algo que me inquietava como adolescente. Voltei aos
estudos e fiquei um tempo sem estudar e com 20 anos mais ou menos, eu voltei e vi
que estava na hora de decidir e discernir o chamado de Deus e decidi ser padre,
uma vocação que me faz muito feliz.
Mas sua irmã Inês conta que sua vocação surgiu quando ainda
era criança? Sim, ela fala que quando eu tinha um oito anos e a gente morava em
uma casa bem simples e humilde em Fênix, que eu escrevia na tábua a frase “Eu
quero ser padre” e até lembra que um dia ficou brava comigo porque escrevi esta
mesma frase com caneta vermelha na parede de madeira do seu quarto. E nas brincadeirinhas
de criança eu brincava que era o padre. Era tímido, mas Deus mostrava os sinais
para mim, e tudo tem o tempo certo. E foi assim na minha vida.
E então, o senhor foi para o seminário? Quando eu decidi sabia que teria desafios e que não seria fácil. Entrei em contato com o padre Irineu e fui conhecer o Seminário do
Sagrado Coração de Jesus em Rio Negrinho, Santa Catarina. Quando lá cheguei não me aceitaram naquele ano. O caminho de Deus às vezes é estranho. Eu fui e não fui aceito, e era um jovem cristão, mas nunca participei das pastorais ativamente. Fui orientado para fazer um ano de participação na paróquia e daí fui catequista, ajudava na pastoral da Liturgia e assim depois de um ano voltei para o seminário onde fui aceito, e segui minha caminhada vocacional.
Quando foi sua ordenação? Foi no dia 5 de dezembro de 1999 na paróquia Divino Espírito Santo, em Fênix – no mesmo dia em que foi ordenado também o padre Francisco Dantas de Carvalho, também natural de Fênix.
– Nota do Blog – Padre Gerson foi um dos 24 ordenados pelo bispo dom Mauro Aparecido dos Santos no seu bispado na diocese de Campo Mourão entre os anos de 1999 e 2009. E entre eles, como curiosidade, além do padre Gerson também foram ordenados neste período e foram párocos do Santuário Nossa Senhora Aparecido, os padres Carlos Cézar Cândido, em 2004 e Ivan Luiz Walter, em 2006.
“Padre Gerson, que benção, estudamos juntos a vida inteira, somos da mesma cidade de Fênix, e fomos ordenados no mesmo dia 5 de dezembro de 1999. O senhor é um irmão muito amado e sempre está presente na minha vida. É um irmão que amo demais, um parceiro que soma muito na minha missão, é uma joia de Deus. Um homem santo, do bem e da paz, e que ajuda a amenizar os conflitos.” Afirmação é do padre Francisco Dantas durante o programa Tocando de Primeira no sábado, 2 de agosto, na Rádio Colmeia FM, com o jornalista Ilivaldo Duarte.
Qual o seu lema de ordenação e quando foi? O meu lema é de 1
Cor.4. “O que se requer nos despenseiros é que cada um seja encontrado fiel”. E
surgiu assim: um dia estava na
biblioteca do seminário Paulo VI em Londrina e encontrei um cartãozinho com
essa frase bíblica, e daí foi essa inspiração, que Deus sempre fala da
fidelidade e que sejamos fiéis ao nosso trabalho.
O que é ser despenseiro? Ser despenseiro é aquele que cuida da despensa, que serve, é
aquele que cuida das pessoas, da paróquia, dos dons e das bençãos. Nota do Blog:
sua mãe dona Joana em entrevista no programa Tocando de Primeira lembrou que
padre Gerson era especial porque cuidava muito e bem dos irmãos e sempre foi dedicado
a família.
Qual foi sua caminhada, por quais paróquias o senhor passou? Ao longo da minha missão de 25 anos como sacerdote, servi com dedicação em diversas comunidades na diocese de Campo Mourão, sempre com humildade, escuta atenta e profundo zelo pastoral. Minha primeira paróquia foi a Santa Rita de Cássia, no Jardim Alvorada, em Campo Mourão, onde comecei em 2000 e fiquei cinco anos de meio. Depois servi em outras diversas paróquias, como as de Nossa Senhora Aparecida em Janiópolis, Santo Antônio em Araruna, fui reitor do Seminário Diocesano em Cambé, estive a frente da paróquia São Sebastião e São Gabriel em Ivailândia, da paróquia Divino Espírito Santo, na minha cidade natal que é Fênix. E atualmente exerço meu ministério no Santuário Nossa Senhora Aparecida, novamente em Campo Mourão.
Qual a sua mensagem padre Gerson? De gratidão a todos que participaram e participam da minha vida, e que continuem a rezar por mim e por todos os padres nos ajudando na nossa caminhada e nos deixando cheios de esperança, sejamos sempre chamados a dar testemunho da verdade, da misericórdia, da justiça e da fé em Jesus Cristo.
Nota do Blog: O Santuário Nossa Senhora Aparecida foi elevada a esta Categoria em 12 de outubro de 2002, quando o pároco era Reinaldo Kuchla. Na história do hoje Santuário, já atuaram desde a criação da categoria de paróquia – Padres Nelson Grande (1982/1984), Divonzir Mendes (1984/1985), José Edwig Kalsing (1985), Eugenio Nikle (1985/1986), José Maria Mendonça (1986/1989), André Gautreau (1989/1990), Alberto Bernarregui (1990/1991), Marcelino Jacominis (1991/1996), Reinaldo Kuchla (1996/2007), Ivan Luiz Walter (2007/2009), Carlos Cézar Cândido (2009/2017), Ricardo Arica Ferreira (2017/2019), Wesley de Almeida Santos (2019/2020), e padre Gerson desde 2021.
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