de novembro de 1970, e também da Credicoamo com o número 19 em 17 de novembro de 1989. Moacir faleceu ontem, dia 21 de agosto de 2025, em Campo Mourão e será sepultado hoje a tarde. As diretorias da Coamo e Credicoamo manifestam votos de pesar à família do pioneiro, que foi um grande cooperativista e praticou a filosofia deste movimento que vem transformando há décadas a vida de milhares de agricultores.
Moacir está na história como um dos 79 produtores rurais que se uniram para buscar melhores condições de compra e venda de produtos e, com o tempo, viu a Coamo evoluir e se consolidar como uma grande empresa. Ele é uma testemunha viva da história da cooperativa e sua família é tradicional e originária de Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná, onde nasceu a Coamo.
Cooperativista que sempre foi, compartilhou na sua vida o orgulho de ter participado e visto a Coamo crescer e alcançar grandes resultados, desde a iniciativa em 1970 da união de agricultores até a consolidação como uma das maiores cooperativas do país e da América Latina.
Nos quase 55 anos da história da cooperativa, ele participou intensamente dos eventos da Coamo, presenciou e se emocionou com a inauguração de novos entrepostos e indústrias, que demonstram a evolução e a capacidade de adaptação da cooperativa às inovações tecnológicas.
A participação de Moacir Ferri na Coamo é vista como um legado por sua família, que como cooperados mantém a história viva do cooperativismo.
História - A família de Moacir Ferri era do ramo da madeira. Eles vieram para Campo Mourão explorar o segmento no final da década de 1960. Porém, a madeireira fechou e eles ficaram sem rumo. Foi quando começaram a mexer com lavoura. Logo em seguida, começou a movimentação para se fundar a cooperativa. “Juntamos os agricultores das regiões de Campina do Amoral e Piquirivai e viemos para Campo Mourão. Nos reunimos na associação do Banco de Brasil e fundamos a Coamo. Nossa família não tinha muita noção sobre a lida com a lavoura”, recorda o fundador número 32.
Com diversos membros da família entre os fundadores, Moacir não imaginava que a Coamo se tornaria o que é hoje. “Entre os fundadores tinham meu tio, Fioravante João Ferri, meu pai, Afonso César Ferri, meu irmão, Benito Ferri, Vitor Alécio, meu cunhado, todos falecidos, e eu, que na época tinha 23 anos. Penso que nem nos melhores sonhos do Aroldo, ele imaginou que a Coamo chegaria aonde chegou. Nossa intenção era apenas montar um grupo para ter força nas negociações.”
Para o fundador, um dos segredos da Coamo foi a reunião de pessoas coesas e inteligentes. “A meta sempre foi melhorar a cada dia. Com isso, fomos crescendo e crescendo. A cada ano, tínhamos que fazer um armazém novo, e a turma achava que era demais, mas depois de construído já não comportava mais a demanda. Já faltava espaço, de tão acelerado que foi esse crescimento da Coamo.”
Moacir Ferri e sua participação na história da Coamo está inserida no Memorial Coamo.
Outro aspecto que Moacir Ferri destaca é o crescimento que a Coamo trouxe à Campo Mourão. “A cooperativa trouxe um fluxo de dinheiro muito grande para Campo Mourão. É uma região essencialmente agrícola, os madeireiros que tinham foram embora, sumiram e Campo Mourão vivia da madeira. Como a madeira acabou, o dinheiro também acabou. Está aí a "olhos nus", aonde a Coamo se instala, as coisas melhoram. Ela leva conhecimento, condições e ensinamentos para os agricultores evoluírem.” Fonte: Jornal Coamo e Revista Coamo.
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