A notícia de que os Estados Unidos irão ampliar sua ofensiva no comércio internacional do agronegócio, prometendo dobrar suas exportações em cinco anos, veio com um alerta para os produtores brasileiros de milho e soja, principalmente os paranaenses, pois nosso estado é o maior produtor de grãos do país.
Para estimular o agronegócio norte-americano, as autoridades anunciaram recentemente medidas como o aumento de subsídios para o setor e a intensificação dos acordos bilaterais com países de consumo em destaque, como, por exemplo, a China.
No Paraná, a soja e o milho são dois dos principais produtos do Estado e, mesmo com as chuvas em excesso em algumas regiões, as expectativas são de bons resultados para a safra 2009/2010. As regiões norte e oeste do estado destacam-se na produção de soja, enquanto o sul e o sudoeste apresentam ótimos resultados na cultura do milho.
O plantio de soja tem apresentado boas perspectivas para a presente safra, com possibilidade de colheita de mais de 13 milhões de toneladas no estado, contra nove em 2008/2009, sem contar, é claro, a esperança de que o valor por saca seja próximo do razoável, embora, ainda estejam longe do ideal, conforme estimativa do setor.
Mesmo sendo o maior produtor de milho do país, a área de plantio da cultura apresentou uma redução de 28% na safra 2009/2010, pois a estiagem do ano passado atingiu fortemente o produto rural. Para piorar as perspectivas, os baixos preços obtidos desanimam o plantio do milho. A baixa produção e a grande quantidade de milho em estoque também contribuem nos resultados da cultura, pois, segundo dados da Ocepar, mais de 10 milhões de toneladas estão armazenadas, aguardando preço melhor ou incentivo às exportações.
Embora o agronegócio brasileiro tenha muito a comemorar quando o quesito é produtividade de suas principais culturas, a falta de subsídios ao produtor rural e a queda das exportações brasileiras emperra a competitividade do produto brasileiro, quando, por exemplo, é comparado aos Estados Unidos, que, embora tenham áreas menores disponíveis para plantio, são líderes no plantio do milho e avançam, a passos largos, para alcançar o nível de produtividade e qualidade da soja brasileira.
Falta ao governo brasileiro e às nossas autoridades ligadas ao agronegócio a conscientização de que é preciso se preparar para um mercado cada vez mais competitivo, mais sustentável, onde será preciso um reposicionamento no mercado e em nossas relações diplomáticas comercias.
É preciso posicionamento mais firme do governo brasileiro sobre o tema, sem contar, é claro, medidas efetivas que resolvam um dos maiores empecilhos do agronegócio brasileiro: a precária infraestrutra nacional, que diz respeito aos meios de escoamento da safra, armazenagem, é, é claro, aos portos brasileiros.
E é a infraestrutura logística brasileira talvez um dos fatores que mais emperram o setor, pois anulam a competência de nosso produtor frente ao mercado internacional. A falta de investimento nos transportes e má gerência de nossos portos são as maiores dificuldades quando se quer aumentar as exportações e a competitividade.
Mais uma vez, há de se pensar em uma alternativa para o transporte nacional de grãos, trocando as rodovias por alternativas mais economicamente mais viáveis, como hidrovias e ferrovias, as quais, com investimentos necessários, iriam representar melhor eficiência operacional e, é claro, a redução de custos.
Alem da questão da infraestrutura, temos outro nó na questão ambiental, a qual vem sendo sistematicamente empurrada com a barriga ameaçando ``roubar`` aos produtores 20 % de suas áreas para serem abandonadas a recomposição de matas e mais as matas ciliares (as quais concordamos serem vitais e que devem ser mantidas). O problema é que tirar 20 % das áreas produtivas é o mesmo que pegar um industrial e cortar 20 % de seu parque industrial ou pegar uma loja e tirar 20 % da sua área de vendas. Áreas consolidadas ao processo produtivo devem ser mantidas excluindo-se as matas ciliares as quais devem ser mantidas intactas ou recompostas.
O produtor rural brasileiro pode ser considerado um herói ou aquele que não desiste nunca, afinal, com tantas perspectivas preocupantes para o futuro do plantio de grãos, ainda se dedica para suplantar, a cada ano, as expectativas de colheita e colaborar para os resultados positivos da balança comercial. Falta, no entanto, a mesma dedicação e crença por parte do governo brasileiro em dar sua contrapartida, que depende não apenas de subsídios que melhorem o preço de nossos produtos, mas, principalmente de melhores condições para que possamos competir em igualdade num mercado cada vez mais concorrido.
Para estimular o agronegócio norte-americano, as autoridades anunciaram recentemente medidas como o aumento de subsídios para o setor e a intensificação dos acordos bilaterais com países de consumo em destaque, como, por exemplo, a China.
No Paraná, a soja e o milho são dois dos principais produtos do Estado e, mesmo com as chuvas em excesso em algumas regiões, as expectativas são de bons resultados para a safra 2009/2010. As regiões norte e oeste do estado destacam-se na produção de soja, enquanto o sul e o sudoeste apresentam ótimos resultados na cultura do milho.
O plantio de soja tem apresentado boas perspectivas para a presente safra, com possibilidade de colheita de mais de 13 milhões de toneladas no estado, contra nove em 2008/2009, sem contar, é claro, a esperança de que o valor por saca seja próximo do razoável, embora, ainda estejam longe do ideal, conforme estimativa do setor.
Mesmo sendo o maior produtor de milho do país, a área de plantio da cultura apresentou uma redução de 28% na safra 2009/2010, pois a estiagem do ano passado atingiu fortemente o produto rural. Para piorar as perspectivas, os baixos preços obtidos desanimam o plantio do milho. A baixa produção e a grande quantidade de milho em estoque também contribuem nos resultados da cultura, pois, segundo dados da Ocepar, mais de 10 milhões de toneladas estão armazenadas, aguardando preço melhor ou incentivo às exportações.
Embora o agronegócio brasileiro tenha muito a comemorar quando o quesito é produtividade de suas principais culturas, a falta de subsídios ao produtor rural e a queda das exportações brasileiras emperra a competitividade do produto brasileiro, quando, por exemplo, é comparado aos Estados Unidos, que, embora tenham áreas menores disponíveis para plantio, são líderes no plantio do milho e avançam, a passos largos, para alcançar o nível de produtividade e qualidade da soja brasileira.
Falta ao governo brasileiro e às nossas autoridades ligadas ao agronegócio a conscientização de que é preciso se preparar para um mercado cada vez mais competitivo, mais sustentável, onde será preciso um reposicionamento no mercado e em nossas relações diplomáticas comercias.
É preciso posicionamento mais firme do governo brasileiro sobre o tema, sem contar, é claro, medidas efetivas que resolvam um dos maiores empecilhos do agronegócio brasileiro: a precária infraestrutra nacional, que diz respeito aos meios de escoamento da safra, armazenagem, é, é claro, aos portos brasileiros.
E é a infraestrutura logística brasileira talvez um dos fatores que mais emperram o setor, pois anulam a competência de nosso produtor frente ao mercado internacional. A falta de investimento nos transportes e má gerência de nossos portos são as maiores dificuldades quando se quer aumentar as exportações e a competitividade.
Mais uma vez, há de se pensar em uma alternativa para o transporte nacional de grãos, trocando as rodovias por alternativas mais economicamente mais viáveis, como hidrovias e ferrovias, as quais, com investimentos necessários, iriam representar melhor eficiência operacional e, é claro, a redução de custos.
Alem da questão da infraestrutura, temos outro nó na questão ambiental, a qual vem sendo sistematicamente empurrada com a barriga ameaçando ``roubar`` aos produtores 20 % de suas áreas para serem abandonadas a recomposição de matas e mais as matas ciliares (as quais concordamos serem vitais e que devem ser mantidas). O problema é que tirar 20 % das áreas produtivas é o mesmo que pegar um industrial e cortar 20 % de seu parque industrial ou pegar uma loja e tirar 20 % da sua área de vendas. Áreas consolidadas ao processo produtivo devem ser mantidas excluindo-se as matas ciliares as quais devem ser mantidas intactas ou recompostas.
O produtor rural brasileiro pode ser considerado um herói ou aquele que não desiste nunca, afinal, com tantas perspectivas preocupantes para o futuro do plantio de grãos, ainda se dedica para suplantar, a cada ano, as expectativas de colheita e colaborar para os resultados positivos da balança comercial. Falta, no entanto, a mesma dedicação e crença por parte do governo brasileiro em dar sua contrapartida, que depende não apenas de subsídios que melhorem o preço de nossos produtos, mas, principalmente de melhores condições para que possamos competir em igualdade num mercado cada vez mais concorrido.
Nery José Thomé é engenheiro agrônomo, jornalista e presidente da Associação dos Jornais do interior do Brasil - ADI/Brasil.
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