Graças à Deus podemos cantar “Gracias a la vida, que me a dato tanto...”. Nos deu a alegria imensa de ver nascer uma criança cheia de saúde, um anjo que veio iluminar a vida de seus pais, tios, avós. Se a experiência da maternidade é linda, a da “voternidade” é indescritível. E nestes tempos reflexivos de “licença voternidade” em que me encontro em tempo integral e dedicação exclusiva, fica difícil escrever sobre outros temas que não seja os relacionados com o fabuloso milagre da vida que se renova a cada nascimento de uma criança.
Foram meses de preparação e espera alegre e confiante, certos de que Deus estava nos dando o melhor dos presentes. As últimas semanas, os últimos dias foram de apreensão e ansiedade: É hoje! Não, ainda mais um pouquinho de tempo para o grande “momento mágico”. E as memórias do nascimento das três filhas foram pouco a pouco, tomando conta de nosso coração, de nossas lembranças, de nossas conversas. Relembramos tantas alegrias, ansiedades, dúvidas, medos, inexperiências de mãe e que continuam inquietando todas as futuras mamães, especialmente em sua primeira viagem...
Agora percebo como foi bom ter vivido tantas experiências, muitas delas não muito fáceis... Foram elas que nos ajudaram a amadurecer e poder agora estar ao lado de minha filha (como foi bom ter minha mãe ao meu lado...) neste momento tão especial e poder assim ter o privilégio de ver João Antonio chegar ao mundo, acompanhar todas as suas pequenas vitórias diárias. Fica uma certeza que é muito melhor e mais fácil ser avó do que ser mãe. Realmente, como diz o ditado: Avó é mãe com açúcar. E não tem avó que não se derreta diante daquele ser amassadinho, vermelho de tanta força para viver, chorando a pleno pulmões, que nos é mostrado através do vidro do berçário: Meu Deus, é meu neto! Sou avó! Ele é liiindo!
É amor a primeira vista que vai aumentando a cada bocejo, espreguiçadinha, choro, mamada... A alegria é sempre redobrada às conquistas de cada dia: a primeira mamada, a volta para casa, o primeiro banho, o conhecimento das primeiras falas-choros avisando que está com fome, cansado, com dor, os primeiros espasmos de sorriso, o umbiguinho que cai, o primeiro encontro do a verdade- a hora da balança- está engordando!!! Vivaa!!!
Como abelhas ficamos o dia ( e a noite) em volta deste nenê que é um docinho mesmo e que mesmo tão pequenino, faz uma revolução na casa, em nossas vidas. Fica difícil fazer outra coisa que não seja ligada ao pequeno. É tem razão minha filha quando diz que neste Carnaval o hit da casa vai ser: “Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar. Traga a chupeta, traga a chupeta, traga a chupeta por bebê não chorar. Dorme neguinho do meu coração...” E tem momento melhor, com mais magia??? Que Deus o proteja João Antonio!
Maria Joana Titton Calderari – graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC- majocalderari@yahoo.com.br
Maria Joana Titton Calderari – graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC- majocalderari@yahoo.com.br
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