Parecia novela mexicana. O diretor mostrava a cifra calculada, rebatia 50%, e outros 50%. Ainda assim as oportunidades para os negócios mostravam-se gigantescas. Os vendedores riam com desdém, julgando ser exagero. Insistiam em que o consumo real do produto era pífio.
Certo dia, um dos gerentes regionais teve de preparar uma apresentação a toda a equipe comercial. Um dos slides devia conter o potencial de mercado do produto. Ele teve de pesquisar, fazer suas próprias contas e, junto de seus subordinados, chegou ao número que, não por coincidência, era exatamente aquele em que o diretor insistia há dois ou três anos.
Desde então, as coisas mudaram. As vendas cresceram e o preço médio final de venda do produto aumentou.
O que aprender disso?
Ao que chamamos “visão” não consiste num atributo exclusivo dos olhos físicos. Depende – e muito – da massa de informações registradas e processadas no cérebro, onde tudo ocorre. Não conseguimos “ver” o que não conhecemos.
Os eventos ou fatos que acontecem são a realidade objetiva da vida. Contudo, o modo como encaramos estes fatos é totalmente subjetivo; é função do sentido que damos a eles, das nossas experiências pessoais e das aprendizagens que juntamos.
William Blake disse: “Não vemos com os nossos olhos, mas através deles. A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”.
O investimento de maior resultado que você pode fazer consiste em ajudar as pessoas a ter acesso à informação e a desenvolver sua percepção através de experiências, pois, só por este caminho elas conseguirão ver por si mesmas e, enfim, convencer-se de que você não é um teimoso, mas um visionário.Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
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