14 de jul. de 2025

PARA LAVRAR HÁ 37 ANOS, por José Eugênio Maciel, na coluna do jornal Tribuna do Interior em Campo Moiurão


 “Pois o silêncio não tem fisionomia, mas as palavras muitas faces...”. Machado de Assis

Esta Coluna tem agora 37 anos, completados dia 10 de julho.

Começou em 1988, quando a Tribuna do Interior faria 20 anos, também dia 10, mas em outubro, aniversário de Campo Mourão.

O Município tinha 21 anos, ocasião em que o Jornal circulou pela primeira vez, 1968, há quase 57 anos.

Na estreia da Coluna, este escrevinhador tinha 25 anos, hoje 63. É mais tempo de vida com a Coluna do que sem ela.

Este espaço não existiria sem o Jornal, e ambos não existiriam sem o caro leitor, a quem agradeço sempre, especialmente nesta data. A Coluna não alcançaria esse envolver do tempo.

Lavrar tem o sentido de semear; espalhar; cultivo. A Coluna é o cultivar de ideias, registros, opiniões, provocações, manifestações que levem à reflexões.

Pode-se juntar as duas primeiras palavras do título, fica assim: Palavrar, variação de apalavrar, acordo verbal; compromisso. Acrescento, pacto através da palavra, texto, prosa.

Oral ou escrita, sem dúvida uma das maiores invenções do mundo, o alfabeto, marco civilizatório. A origem da palavra – unidade linguística – do grego parabolé, e do latim, parábola, que na literatura é comparação, preceito, moral.

Palavras, parábolas, para lavrar, palavrar. É conteúdo em si e o que as palavras significam, representam, segundo o texto, o contexto, de acordo com quem envia a mensagem, assim como conforme quem a recebe.

Muitíssimo grato, caro leitor, com todas as palavras.

Fases de Fazer Frases (I)

Cultivo da palavra que lavro.

Fases de Fazer Frases (II)

Quanto mais só uma única letra, mais ela se liga às outras.

Fases de Fazer Frases (III)

De vagar digo vagar devagar.

Fases de Fazer Frases (IV)

Palavras são bebidas em letras garrafais.

Fases de Fazer Frases (V)

Não confundamos: Perder o sentido; com o sentido de se perder.

Fases de Fazer Frases (VI)

Não existe tempo para se viver tudo. Contudo, tudo pode ser vivido.

Fases de Fazer Frases (VII)

A morte é invencível e exige muita luta.

Fases de Fazer Frases (VIII)

Exija já mais de ti do que dos outros.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

Ingressos esgotados, dimensão da vontade das pessoas em saborear nosso prato típico, Carneiro no Buraco, 30a edição e por voltar a ser realizada no Parque de Exposição Getúlio Ferrari em Campo Mourão.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

Sidnei Jardim quer que a Câmara de Vereadores de Campo Mourão faça as sessões a partir das dezenove horas, como era antes, até a Legislatura passada mudar o horário para as nove da manhã.

As reuniões noturnas possibilitam a participação do povo. Sidnei argumenta, por lógico que pareça, mas digno de lembrar, se os mourãoenses costumam participar – ou não – não é a questão, e sim garantir seja possível a presença, como quer acertadamente o vereador, “ampliar a transparência e o diálogo com a comunidade”.

Olhos, Vistos do Cotidiano (III)

O advogado mourãoense Dirceu Jacob de Souza descobriu de onde vem o PÃO DO SERJÃO: É de  Moreira Sales, Dirceu pesquisou e enviou a resposta para a Coluna. Para situar o caro leitor que não leu na semana anterior, em Olhos, Vistos do Cotidiano (III) – o pão que comprei, com muitas informações sobre o produto, CNPJ, telefone etc, mas que não consta endereço, a cidade onde ele é produzido, mas que, graças ao citado leitor, agora sabemos de onde é o PÃO DO SERJÃO. Dirceu aproveitou para cumprimentar a Coluna.

A mensagem está em Caixa Pós Tal.

Caixa Pós Tal

Registro e agradeço as três manifestações de cumprimentos pelo aniversário desta Coluna. Gilberto Scipioni, “Parabéns pela Coluna. Que venham muitos anos/colunas!!! A coluna de hoje, como sempre, precisa/inquestionável”. Dirceu Jacob de Souza,

 Parabéns pela longevidade. Você escreve de maneira inteligente e de leitura prazerosa. Sou seu fã”.

E Rosira Brisola Maciel envia uma figurinha de um champagne com estouro da rolha.

Farpas e Ferpas (I)

Não se fala como se escreve nem se escreve como se fala.

Farpas e Ferpas (II)

Palavra que não diz não tem pingo nem is.

Farpas e Ferpas (III)

Não use muitas palavras ante a poucos ouvidos.

Farpas e Ferpas (IV)

Sábios não se alimentam de indagações, nutrem-se das respostas que recebem.

Sinal Amarelo (I)

Palavra carece ser ouvida, ou vida é palavra.

Sinal Amarelo (II)

Tudo são. O todo não é são.

Trecho e Trecho

“Voltar é quase sempre partir para outro lugar”. [Paulinho da Viola].

“Saudade, presente dos ausentes”. [Olavo Bilac].

Reminiscências em Preto e Branco (I)

Erroneamente, na Coluna anterior, ao me referir a este espaço, informei que seriam 36 anos de existência, mas, na verdade, é 37 anos o tempo que existe esta Coluna. Peço desculpas ao caro leitor. Quando muda a idade levamos – nem todos! - tempo para acostumarmos com a nova e velha data.

Reminiscências em Preto e Branco (II)

Registro do tempo, o que fazemos e somos, memória a atingir o futuro.

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