A biografia e história de vida do jornalista e do cidadão londrinense Oswaldo de Jesus Militão, paulista nascido no dia 18 de fevereiro de 1939 em Presidente Bernardes, com graduação em Direito pela Faculdade de Direito de Londrina e primeiro apresentador da Televisão Coroados em Londrina é imensa e gratificante para quem gosta de história e gosta de aprender e conhecer muitas coisas bonitas. Recentemente, em, novembro deste ano, pude rever e conversar com o pai Oswaldo e o filho Marcelo Militão na Capital do Café.
Militão
desembarcou de ônibus, ao lado da mãe e com 17 anos, não poderia imaginar o futuro que
seria descortinado ao longo das décadas seguintes. Seu destino naquele momento
foi transformado definitivamente. Era fevereiro de 1956, quando chegou a
Londrina, na estação na Rua Sergipe projetada por Vilanova Artigas e o motivo
da viagem era cursar o ginasial, como era chamado o ensino médio. A cidade
paulista de Santo Anastácio, onde o garoto viveu em seus primeiros anos, era
pequena para o tamanho de seu sonho: tornar-se médico.
Ainda
com o filho sem endereço na cidade, dona Zulmira comprou a edição do dia da Folha
e encontrou um anúncio do aluguel de um quarto para hospedar o jovem. O enredo
é ponto de partida da epopeia vivida pelo jornalista, que completa dezenas de
anos ininterruptos de carreira.
Militão
com mais de 86 anos, com quem pude conversar brevemente neste mês de novembro
na Capital do Café, juntamente com seu filho Marcelo, tem sua vida e vinculado
a história da cidade e da própria Folha de Londrina. “Não bastasse o
classificado ter indicado o primeiro endereço, também foi responsável pelo
início de sua carreira. O anúncio havia sido feito pelo jornalista e redator do
jornal, Walmor Macarini, que imediatamente virou colega de quarto no Lar Hotel.
As visitas ao colega na redação do jornal na Rua Duque de Caxias acabaram
fazendo com que, na ausência dele, Militão fosse como substituto”, relata
matéria da Folha.
“Eu
tenho diploma de datilografia da Escola Remington, do tempo que a formatura
tinha baile, e comecei redigindo receitas e poesias. Quando me viram lá, não
entenderam nada, mas me permitiram continuar e assim comecei”, lembra Militão.
Segundo
a Folha, seu registro profissional foi assinado em 15 de maio de 1956, desde
então a atividade no jornalismo diário jamais parou. Seja nas páginas
impressas, nas ondas do rádio, ou na televisão. Ele aprendeu sobre a apuração
num tempo que o jornalismo não tinha faculdade. A coleta de informações era
feita gastando as solas dos sapatos nas ruas e assuntando as informações nas
principais rodas dos pontos de encontro. Hábitos que permanecem ainda hoje,
como um exemplo para os novatos.
Jornalista
com atuação em vários segmentos, mas nas últimas décadas como repórter social
da Folha de Londrina há mais de 60 anos, Oswaldo Militão foi homenageado em 2005
pela Câmara de Vereadores com o Diploma de Reconhecimento Público. Segundo o vereador
professor
Bordin autor da honraria “Militão pautou sua conduta pública e pessoal pela
integridade, honradez, ética, hombridade e pela honestidade, não havendo ao
longo da sua vida qualquer nódoa que viesse a macular a sua conduta ou a sua
reputação ética, o que deixará seu nome gravado de forma indelével na história
de nossa cidade”.
HISTÓRIA VIVA- Oswaldo de Jesus Militão é a história viva de Londrina.
Como repórter, participou do desenvolvimento da cidade. E este menino que
chegou com as malas nas mãos e, com o espírito de pioneiro, ajudou a escrever
capítulos da história da cidade com a sua própria trajetória de vida.
A
longa história de vida de Oswaldo Militão sempre teve um único ponto de
convergência: Londrina. Ele acabou deixando os convites para ingressar na
imprensa paulista ou carioca de lado e fincou raízes profundas no solo de terra
vermelha. “Militão é o maior embaixador
de Londrina, um patrimônio da nossa cidade, uma pessoa que, no jornalismo,
sempre procurou enaltecer o município como um dos mais belos e pujantes do
Brasil. Um homem digno, pai de família, correto, trabalhador, um dos
precursores do jornalismo na nossa cidade e, principalmente, um grande
apaixonado por Londrina”, define Marcelo Belinati. A impressão ecoa entre os
amigos de décadas, como o empresário Roberto Vezozzo, do Hotel Bourbon.
“Militão recebe uma homenagem excepcionalmente merecida. Ele é um homem de
educação total, amigo dos amigos, sempre trabalhou na melhor conduta possível.
Olha que fazer jornalismo não é fácil”, elogia Vezozzo.
MEMÓRIAS - O jornalista também é um entusiasta torcedor do São Paulo e do Londrina. Orgulhoso da família e extremamente generoso, é filho de Zulmira Militão e Otávio Biagio. “Nas minhas memórias de infância, me recordo de vê-lo sentado na mesa escrevendo na sua máquina de escrever antiga até muito tarde da noite. Ou então lendo em meio a uma pilha de jornais, revistas e livros. Tudo vira notícia em suas mãos”, relata sua filha. E parceiro do pai ao longo de décadas, o filho Marcelo recorda a dificuldade do chefe da família em ser homenageado. “Várias vezes tentam dar prêmios a ele e a resposta é uma recusa. Quando aceita, não costuma ir receber e pede que as pessoas lhe entreguem, mas recebeu em um programa de TV o reconhecimento do Poder Legislativo londrinense." - Fonte: Folha de Londrina.


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