"Uma mulher protagonista é uma mulher que aprendeu a assumir as rédeas da sua própria vida, é subir ao palco da sua própria história. Quando nós entendemos que protagonizar é assumir o papel que nós desempenhamos com excelência..... é cuidar da nossa propriedade, cuidar da nossa família, do nosso marido, dos nossos filhos, é ajudar no desenvolver das atividades do dia a dia, mas acima de tudo, respeitando as nossas emoções, os nossos desejos, as nossas vontades e compartilhando isso junto com a nossa família." A afirmação é de Ana Maria Canton, especialista em neuro ciência cognitiva e inteligência emocional, idealizadora do Programa Protagonismo Feminino e Desenvolvimento de Liderança, palestrante, mentora & treinadora comportamental em neuroliderança. Canton foi entrevistada esta semana no Momento Coamo, pelo canal da cooperativa no youtube.
Quem é Ana Maria Canton? Que pergunta desafiadora, hein! Resumir quem é Ana Maria Cantom. Enquanto nós temos 8, 10 horas, temos alguns minutos. Existe várias formas da gente explicar quem nós somos, mas sem tem se tem algo que me define muito bem, é dizer que eu sou mãe, esposa, empresária, uma mulher autêntica, uma mulher de garra, que sabe quem é e sabe aonde vai. Uma mulher que entendeu desde a sua infância o que é ser protagonista da sua história.
Ana Maria, como define o protagonismo? Ah, esse tal do protagonismo, me pergunto um tanto a respeito disso. Uma mulher protagonista é uma mulher que aprendeu a assumir as rédeas da sua própria vida, é subir ao palco da sua própria história. Quando nós entendemos que protagonizar é assumir o papel que nós desempenhamos com excelência..... é cuidar da nossa propriedade, cuidar da nossa família, do nosso marido, dos nossos filhos, é ajudar no desenvolver das atividades do dia a dia, mas acima de tudo, respeitando as nossas emoções, os nossos desejos, as nossas vontades e compartilhando isso junto com a nossa família.
Então, protagonizar é? Protagonizar é quando uma mulher entende que ela é importante no processo e quando ela soma as suas competências, as suas capacidades, a sua inteligência, o seu trabalho junto com a família, todo mundo ganha, a família ganha, a propriedade ganha e todos vivem mais felizes.
É diferente do empoderamento? completamente diferente. Existe
uma correlação. Uma mulher protagonista, que sabe quem é, que desenvolve em si
as suas competências, se torna uma mulher com mais autoconfiança, com mais
posicionamento, mais amorosa, mais acolhedora, mais participativa e por
consequência, acaba tendo um poder dentro de si. Mas em momento nenhum nós
estamos falando sobre empoderamento feminino, que por muitas vezes é mal
interpretado. Uma mulher empoderada é diferente de uma mulher protagonista,
porque uma mulher empoderada talvez seja um momento exclusivo, específico da
vida dela. Agora, uma mulher protagonista é quando ela assume as rédeas e aí
não dá para fazer isso em ou em outro momento. É quando efetivamente ela vive
isso no dia a dia dela.
Quando você fala nos palcos, uma mesma mulher pode
estar vivendo em vários palcos? Muito bem, isso permite me fazer uma
correlação. Eu tenho o palco da maternidade, eu tenho o palco de ser esposa, eu
tenho o palco de ser empresária, eu tenho o palco de ser professora. E assim
nós mulheres vamos dançando uma espécie de baile da vida e vamos protagonizando
em todas essas outras áreas. Mas algo que é bem importante, a gente sempre
destacar para as mulheres é que antes de desempenhar os papéis para as outras
pessoas, a mulher precisa desenvolver o autoconhecimento para entender
verdadeiramente quem ela é, para aí sim, fazer todos os papéis que ela
desempenha com muito amor, muito carinho e muito capricho.
Como é que se faz tudo isso? Existe um termo chamado
autoconhecimento, e eu costumo dizer que autoconhecimento é a chave que abre
todas as portas. É quando nós fechamos os olhos para o lado de fora e abrimos
os olhos para o lado de dentro. É quando nós reconhecemos quem nós
verdadeiramente somos, quais são nossos sonhos, nossas vontades, nossas
capacidades e também os nossos limites. Aprender a dizer não, por exemplo, é um
exercício de autoconhecimento, para que a gente possa estar bem, para
desempenhar os diversos papéis, família, maternidade, esposa, propriedades,
gestão e assim por diante. Nós precisamos estar bem. E este é o processo.
Somente através do autoconhecimento, não só as mulheres, mas todos os seres
humanos são capazes de desempenhar esse papel de serem protagonistas das suas
histórias.
Nas suas redes sociais, tem uma frase que marca você, quando diz que nada é mais libertador do que poder ser você mesmo. É exatamente isso. O que tem por trás desse dizer? A tal da autenticidade. Quando você fecha essa câmera conversando com milhares de associados, quando você tira o teu crachá, quando você tira o teu uniforme da Coamo, existe um ser humano, um homem, um pai, um marido, um homem da sociedade com sonhos, com vontades, com desejos de realizar muita coisa. E ser quem a gente é, independente dos papéis pessoais, profissionais que a gente desenvolve. É uma capacidade que só o autoconhecimento nos permite fazer. Então esta frase, "Nada nesse mundo é mais libertador do que poder ser a gente mesmo", é descobrir qual é a nossa verdadeira essência e permitir que ela possa vir à tona e nos representar sem medo do julgamento ou de qualquer forma que as pessoas possam interpretar isso.
Qual é a dica, o recado, para as mulheres e também para os homens com relação a essa busca do máximo do potencial, sem abrir mão da sua essência? E como é esse processo da busca da tal da felicidade? São Duas dicas. Eu trago duas dicas que eu acredito ser fundamental na vida do ser humano.
Primeiro, nunca deixe de aprender. E nós aprendemos o tempo todo num bate-papo, numa troca de informação, na fila do supermercado, indo levar as crianças na escola, quando a gente atende o agrônomo lá na propriedade, quando a gente faz as reuniões da comunidade, aqui nos treinamentos da cooperativa, nas palestras, nas assembleias, nós aprendemos o tempo todo. Então, a primeira regra é nunca deixar de aprender, porque a gente aprende e a gente ensina o tempo todo.
E a segunda linha de raciocínio, concluindo e trazendo para a busca da felicidade, é uma coisa que por muitas vezes, como neurocientista que eu sou, levo nos meus trabalhos é que os outros pensam de ti não te define, mas o que você pensa a seu respeito, sim. E muitas vezes, a nossa mente tenta nos autossabotar e ela faz com que nós acreditamos que nós não somos tão bons o suficiente, tão inteligentes, tão capazes, tão bonitos ou tão sei lá o que que for. Então, toda vez que a tua mente tentar te sabotar, pense que ela pode ser a sua maior amiga ou sua principal inimiga, dependendo de como você a alimente. E a felicidade está justamente em você se olhar no espelho e amar, respeitar e acreditar nesse grande potencial.
Para assistir a entrevista completa no Momento Coamo exibido no canal da Coamo no youtube, acesse https://youtu.be/lAzS0f7CIU0?si=1w_OQz1ohfbtkwXR
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