A série de desastres naturais provocados por desequilíbrios extremos: secas prolongadas, estiagem de um lado, chuvas intensas, granizo, inundações, furacões do outro lado, reafirmam que o ser humano precisa preocupar-se, e muito, com a questão do clima e com as consequências. As grandes e pequenas catástrofes naturais que afetaram diversos países de diversas formas anunciam o que está por vir. Longe de ser uma visão apocalíptica dos(as) ambientalistas mais radicais, a crise ambiental é uma realidade e não podemos mais culpar Deus. Temos que fazer a nossa “mea culpa”.
Ninguém duvida que o planeta esteja enfrentando um "efeito estufa" ampliado pelos gases da ação humana, seja pela radiação solar na atmosfera. Mudanças nos processos de produção, pesquisa de novas tecnologias, investimentos nas energias renováveis, combate ao desmatamento são necessários. Quem vai pagar a conta? Eis a grande discussão. Os países mais pobres, ainda em desenvolvimento, querem que as nações ricas banquem a modificação de suas economias. Afinal, foram eles que, há muito mais tempo, provocaram o problema climático...
Há sinais de esperança, afinal, nunca a ecologia esteve tão em moda, discutida amplamente, algumas mudanças estão em marcha. Modifica-se o padrão da economia mundial. Empresas redefinem suas estratégias competitivas, governos revêem seus planos, a sociedade grita, empurra governantes. Após dois séculos de industrialização explorando a natureza, nasce o novo paradigma da economia de baixo carbono. A economia verde do futuro é o assunto do momento.
Busca-se as energias renováveis, limpas, eficientes substituindo as energias fósseis do petróleo e do carvão, poluidora, como o etanol, combustível elaborado a partir da biomassa, a energia eólica. Carros elétricos, meio de transporte coletivo, habitação sustentável virou moda. Mas como diminuir a nossa “pegada ecológica”? Como utiliza e poluir menos a “nossa casa-planeta terra”? Como nos desligarmos deste paradigma opressor que nos obriga a consumir, a produzir e a oprimir os demais?
A cada aparelho estragado sem conserto fica a grande dúvida: o que fazer com este “lixo”. Onde vamos colocar tanta coisa descartada? De onde virá matéria prima para fabricar tantos novos bens de consumo que somos incentivados a comprar, consumir?? A cultura do consumo desenfreado que vivemos é o grande problema para a crise ambiental que se instalou mundialmente. Não dá para “ser como eles” dizia Eduardo Galeano. O mundo sonha viver com o padrão de consumo dos EUA, mas o planeta não comporta tanta gastança, desperdício. Copiamos a cultura do descartável, do velho, do fora de moda. Todos estão oprimidos hoje.
Além das opressões mais específicas que afetam o ser humano: oprimido econômico, oprimido étnico, oprimido de gênero, hoje a opressão é maciçamente mais coletiva. Não só os povos gritam, as águas gritam, as florestas, os animais, a Terra grita, porque são todos oprimidos. Solos são devastados, os ares são poluídos. O planeta é agredido de todas as formas. Temos que fazer a lição de casa. Governos, igrejas, empresas, entidades ambientalistas, governos, cientistas, será necessário articular as várias forças da sociedade em prol do benefício ambiental. Pensar globalmente, agir localmente: chave para a educação ambiental. Mais que discutir, fazer. < /p>
A libertação pessoal e planetária, começa dentro de cada um de nós. Cada cristão deve ser um militante em defesa da vida, se comprometer de alguma forma na defesa dos direitos humanos, das questões da ecologia, levando a perspectiva da fé e da ESPERANÇA. Podemos começar fazendo a nossa parte, exercitando os três "Rs": Reduzir, Reutilizar e Reciclar, que nossos pais, avós nos ensinaram... “depende de nós, se este mundo ainda tem jeito, apesar do que o homem tem feito, se a vida sobreviverá...”
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC-
Ninguém duvida que o planeta esteja enfrentando um "efeito estufa" ampliado pelos gases da ação humana, seja pela radiação solar na atmosfera. Mudanças nos processos de produção, pesquisa de novas tecnologias, investimentos nas energias renováveis, combate ao desmatamento são necessários. Quem vai pagar a conta? Eis a grande discussão. Os países mais pobres, ainda em desenvolvimento, querem que as nações ricas banquem a modificação de suas economias. Afinal, foram eles que, há muito mais tempo, provocaram o problema climático...
Há sinais de esperança, afinal, nunca a ecologia esteve tão em moda, discutida amplamente, algumas mudanças estão em marcha. Modifica-se o padrão da economia mundial. Empresas redefinem suas estratégias competitivas, governos revêem seus planos, a sociedade grita, empurra governantes. Após dois séculos de industrialização explorando a natureza, nasce o novo paradigma da economia de baixo carbono. A economia verde do futuro é o assunto do momento.
Busca-se as energias renováveis, limpas, eficientes substituindo as energias fósseis do petróleo e do carvão, poluidora, como o etanol, combustível elaborado a partir da biomassa, a energia eólica. Carros elétricos, meio de transporte coletivo, habitação sustentável virou moda. Mas como diminuir a nossa “pegada ecológica”? Como utiliza e poluir menos a “nossa casa-planeta terra”? Como nos desligarmos deste paradigma opressor que nos obriga a consumir, a produzir e a oprimir os demais?
A cada aparelho estragado sem conserto fica a grande dúvida: o que fazer com este “lixo”. Onde vamos colocar tanta coisa descartada? De onde virá matéria prima para fabricar tantos novos bens de consumo que somos incentivados a comprar, consumir?? A cultura do consumo desenfreado que vivemos é o grande problema para a crise ambiental que se instalou mundialmente. Não dá para “ser como eles” dizia Eduardo Galeano. O mundo sonha viver com o padrão de consumo dos EUA, mas o planeta não comporta tanta gastança, desperdício. Copiamos a cultura do descartável, do velho, do fora de moda. Todos estão oprimidos hoje.
Além das opressões mais específicas que afetam o ser humano: oprimido econômico, oprimido étnico, oprimido de gênero, hoje a opressão é maciçamente mais coletiva. Não só os povos gritam, as águas gritam, as florestas, os animais, a Terra grita, porque são todos oprimidos. Solos são devastados, os ares são poluídos. O planeta é agredido de todas as formas. Temos que fazer a lição de casa. Governos, igrejas, empresas, entidades ambientalistas, governos, cientistas, será necessário articular as várias forças da sociedade em prol do benefício ambiental. Pensar globalmente, agir localmente: chave para a educação ambiental. Mais que discutir, fazer. < /p>
A libertação pessoal e planetária, começa dentro de cada um de nós. Cada cristão deve ser um militante em defesa da vida, se comprometer de alguma forma na defesa dos direitos humanos, das questões da ecologia, levando a perspectiva da fé e da ESPERANÇA. Podemos começar fazendo a nossa parte, exercitando os três "Rs": Reduzir, Reutilizar e Reciclar, que nossos pais, avós nos ensinaram... “depende de nós, se este mundo ainda tem jeito, apesar do que o homem tem feito, se a vida sobreviverá...”
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC-
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