O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA - (Monsenhor Ascânio Brandão) - 12 de janeiro:
"O Santo Cura d'Ars, pouco tempo antes de morrer, exclamou: 'Como a vida é triste! Quando vim para a paróquia d'Ars, se tivesse previsto os sofrimentos que me esperavam, morreria de apreensão'.
Há muita gente que pode dizer como o santo, depois de ter abraçado um estado de vida penoso, como, por exemplo, o dos casados. E há momentos, Senhor, em que o fardo da vida é tão pesado! Sentimos necessidade de desabafar o coração, suspirando: 'Como a vida é triste!' Soframos cada dia o que cada dia nos vem. Não estejamos a dar rédeas à nossa imaginação, pensando no futuro, que nem sempre nos é sorridente. 'O futuro a Deus pertence', diz o povo. Abandonemo-nos cegamente nas mãos da Divina Providência. Tudo quanto nos vem do Alto é bom. É para nosso bem. Tudo é bom para o Céu! Santa Teresinha não queria que se chamasse vida a esta vida terrena, mas sim à vida eterna. Sua enfermeira, vendo-a sofrer tanto nos seus últimos dias, suspirou: 'Ah! Como a vida é triste!'. - 'A vida não é triste, minha irmã, exclamou Teresinha; é, ao contrário, muito alegre. Se dissésseis que a terra, exílio, é triste, eu vos compreenderia. É um erro dar o nome de vida ao que deve acabar logo. Só as causas do Céu merecem o nome de vida. E por isso a vida não é triste; é alegre, muito alegre'. Vida do Céu! Só ela é verdadeira vida! Vida da terra! Como és triste! Triste como a morte!"
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