“Eu sei nadar”.
“A combinação do excesso de confiança com a faltade prudência resulta na mais pura estupidez”. Daniel Pierre
Dois jovens com 18 anos
morreram afogados em um tanque de três metros, numa fazenda em Castro, aqui no
Paraná. Um deles estava se afogando e o outro foi socorrê-lo, mas não
conseguiu.
“Eu sei nadar”, é
uma verbalização muito comum, reação de alguém após ser advertido, ou não, para
os cuidados ao entrar na água ou estando em alguma embarcação.
Nessa onda de calor
elevado aumenta o número de banhistas e, consequentemente, o número de
afogamentos, muitos dos quais resultam em morte e profunda consternação dos
familiares e amigos.
Alguém poderia afirmar
categoricamente, “eu sei correr”. No entanto, quantos metros ou
quilômetros uma pessoa consegue correr sem estar habituada?
Ainda que for forçando a
resistência, o dito corredor, ao não mais conseguir correr, pára.
Cabe a comparação quanto a
nadar. Saber nadar é um pressuposto que é válido, mas pode não adiantar muito
ou nada.
Existe a falta de preparo,
fôlego e as câimbras. Além disso, é comum alguém morrer afogado na tentativa de
salvar quem estivesse também se afogando.
O excesso de confiança que
se soma a absoluta falta de conhecimento de causa, limitada, repita-se, ao fato
de imaginar que basta “saber nadar”, o que, efetivamente é não saber,
nada.
Fases de Fazer Frases (I)
Não confundamos: Amor impossível; com amor impassível.
Fases de Fazer Frases (II)
Não confundamos: A mulata de moleta; com a maleta da mulata.
Fases de Fazer Frases (III)
Se os dias fossem iguais nós também seríamos.
Fases de Fazer Frases (IV)
A influência tem fluência e vice-versa.
Fases de Fazer Frases (V)
O pensamento perturba menos que a falta de ação.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
“Asfalto a caminho. Estrada de Roncador a Mato Rico, finalmente vai
deixar sacolejo!” A manchete é do Sítio de notícias CR3!. A
notícia tem um trocadilho: “Só falta a poeira baixar. Se correr tudo como se
espera, as máquinas estarão roncando (sem trocadilho) pelos trechos nos
próximos dias”. E conclui que será o fim das trepidações.
Na região são os dois
únicos municípios sem ligação asfáltica direta, e tira Mato Rico do isolamento
geográfico.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
“Motorista foge” e “Omissão de socorro” são colocações comuns em se
tratando do trânsito de Campo Mourão, tema abordado por diversas vezes nesta
Coluna. Apenas na semana passada, dois acidentes ocorreram, sendo que os
motoristas fugiram. Num deles chama a atenção o fato da motorista ser estudante
de medicina. A futura médica se omitindo de socorrer a vítima, que absurdo!
Farpas e Ferpas (I)
Pior inconveniente é sê-lo sem perceber.
Farpas e Ferpas (II)
A ingenuidade é uma qualidade de pouca serventia.
Farpas e Ferpas (III)
Desculpa não é o mesmo que perdão. Perdão nem sempre é boa desculpa.
Sinal Amarelo (I)
A verdade pode andar sozinha. A mentira sempre está mau acompanhada.
Sinal Amarelo (II)
Escolher as palavras é tão importante quanto saber dizê-las.
Trecho e Trecho
“Eu, como sou operário/ E não posso ser barão/ Vou morar lá em
Mangueira/ Num modesto barracão.” [Pixinguinha – Eu quero é só nota].
“Quanto maior é a nossa
ignorância, mais os milagres se transformam em acasos”. [Alejandro
Jodorowsky].
Reminiscências em Preto e Branco (I)
Sensibilidade artística e temas sociais brasileiros podem resumir a
criatividade e competência do cineasta Cacá Diegues. Ele morreu no último dia
14 aos 84 anos. Um dos mais importantes nomes do cinema nacional, são mais 50
anos de dedicação a chamada sétima arte.
Deixou um filme que será
finalizado, “Deus ainda é brasileiro”, continuação do filme “Deus é
brasileiro”. Era membro da ABL – Academia Brasileira de Letras.
Reminiscências em Preto e Branco (II)
O tempo voa mais para quem não tem asas.
Reminiscências em Preto e Branco (III)
Bom antiquário tem dois tipos de freguês: o antigo freguês e o freguês
antigo.
Reminiscências em Preto e Branco (IV)
“Até os cachorros da rua me conhecem”, disse uma senhora para a outra no
caixa eletrônico bancário. Ela se referia a morar no mesmo bairro há mais de 30
anos, no Santa Cruz, em Campo Mourão,
“na mesma casa”.
De fato o ditado não é mera força de expressão, pois os cães não avançam quando conhecem as pessoas.
* José Eugênio Maciel, mourãoense, professor, escritor, advogado, membro da Academia Mourãoense de Letras, fundador da cadeira nº 03, tendo como patrono Eloy Maciel. Coluna publicada também no jornal Tribuna do Interior, edição de 21 a 23 de fevereiro 2025
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