CID RAMOS, DE CARAZINHO PARA CAMPO MOURÃO: uma referência viva há décadas da tradição da música gaúcha

 “Eu te amo, te amo demais. Teu amor só me traz alegria. O teu corpo é minha querência. O meu céu minha estrela guia. Eu te amo, te amo demais. Teu amor só me traz alegria. O teu corpo é minha querência. Te amo, te amo, guria.” Esse são versos da consagrada canção “Te amo guria” - copie no navegador https://youtu.be/OZ1FUCJC0go?si=Jp46ncgVR5T-8oPm

Te amo guria, escrita por Cid Ramos para sua esposa Mariza, com quem partilha uma aliança de 45 anos, é uma das muitas canções deste gaúcho de Passo Fundo e criado em Carazinho.

Cid, mourãoense de coração desse o início dos anos 1970,  foi entrevistado ao vivo e por fone neste sábado, 22, no dia do músico - pelo jornalista Illivaldo Duarte no primeiro tempo do programa Tocando de Primeira, edição 1.589 somente aos sábados no microfone líder de audiência da Rádio Colmeia FM - copie no seu navegador para ouvir o programa https://www.facebook.com/share/v/14Ueg7eAK4s/

ORIGEM - Cid Ramos é um dos fundadores do Grupo Minuano, um grupo de música regionalista gaúcha criado há 46 anos, ao lado dos irmãos, Oscar, Clóvis e Ye Ramos. Após o grupo, ele seguiu com uma carreira solo e lançou CDs, como "Cid Ramos Taura de Verdade" e "Gritos de Gaiteiro", que incluem canções do próprio Cid Ramos, algumas em parceria com seus irmãos e outros artistas. 

Mas todo músico é compositor e todo compositor é músico? Mas Cid Ramos foi agraciado por Deus por esses dois dons sendo compositor e músico. Algumas de suas composições históricas e nos rankings das mais tocadas no ambiente tradicionalista estão "Te Amo Guria" e "Pensando Em Você".

PRIMEIRA FORMAÇÃO - A história dos Irmãos Ramos são a própria história do Grupo Minuano. Segundo a história que pesquisei, eles começaram com um  grupo que se chamava Os Selvagens, sendo formados pelos irmãos, José (Yé), Cid, Oscar, Clóvis, Jairo, e Edgar, todos nascidos em Carazinho (RS). Depois, o grupo mudou-se para Joaçaba (SC) e também de nome, passando a se chamar Irmãos Ramos, e em Joaçaba permaneceram por quatro anos.

Abaixo imagem O disco "Entardecer" do Grupo Minuano foi lançado em 1987 com sete canções de autoria de Cid Ramos.

MUDANÇA DE NOME -  Nesta época, o movimento gaúcho do Paraná estava em ascensão, e o grupo mudou-se para Campo Mourão onde fizeram o baile de fundação do CTG Índio Bandeira no ano de 1979. Ainda em 1979, Os Irmãos Ramos se inscreveram para participar do 1º Festival Nacional da Rádio Record, onde ganharam o primeiro lugar cantando Gaitinha de Oito Baixos, tendo como prêmio pelo festival a gravação do primeiro disco e dinheiro para comprar uma Veraneio. A gravadora Seta para lançar o disco pediu a mudança do nome e escolheu o nome que permanece até hoje (Grupo Minuano).

TRAJETÓRIA - Nos anos de 1980 e 1981 0 grupo concorreu novamente e ganhou 2º lugar nos dois anos consecutivamente. Com o passar dos anos, e novas formações o grupo alcançou grandes vitórias como o prêmio de Melhor Grupo Tradicionalista do Paraná nos anos 1991, 1992, 1993, Troféu Imprensa do Paraná em 1996, e consagrou-se com a turnê nos Estados Unidos no ano de 2001 onde receberam uma menção honrosa pela difusão da música gaúcha no Brasil e no Exterior, com a formação: Yé, Rosenildo, Maurício, Juliano, Marcelo, Paulinho, Carlinhos e Grilo, ganharam o Troféu Nenito, como destaque do ano de 2002, concedido pelo Jornal Buenas Tchê.

TRADIÇÃO - Passadas tantas décadas a história precisa ser contada e perpetuada, pois foi o passado vitorioso com os ideais, união e talento que trouxeram a música tradicionalista até os dias atuais, com Cid Ramos e os irmãos e o  Grupo Minuano consagrado pela sua origem, trajetória e qualidade musical.

REFERÊNCIA  – Em resumo, entre as contribuições dos Irmãos Ramos estão a fundação do Grupo Minuano no final dos anos 1970, a gravação de sucessos que se tornaram hinos do tradicionalismo gaúcho. Suas letras falam de amor à terra, às tradições, aos costumes e à vida simples do campo. E assim, eles mantiveram viva a tradição musical gaúcha, tanto nas composições quanto nas apresentações e nos trajes típicos.