Mineira de Machado, Minas Gerais, há 70 anos, a escritora, poetisa e professora Silvia Novaes Fernandes tomou posse no sábado, 23, como segunda ocupante da cadeira 2 da Academia Mourãoense de Letras em Campo Mourão.
O patrono da cadeira é Nelson Bittencourt do Prado, o fundador Francisco Irineu Brzezinski e primeiro ocupante Agenor Krul.
Filha de pai pastor, professor, escritor, poeta e tradutor, e de mãe professora de música que tocava piano, Silvia estava radiante e muito feliz.
"Como não acabar gostando de ler e música, e gostar de cozinhar, então acabei sendo aquela pessoa que gosta de estar na cozinha e enquanto prepara as suas comidas pensa em versos", explica a mais nova integrante da AML.
"Tudo o que escrevo é muito simples e a poesia não é feita com palavras difíceis, ela é uma conversa que tenho com o leitor como se estivéssemos nessa minha cozinha saboreando um café, como disse o Rubens Alves :" Para se entrar numa escola alunos e professores deveriam passar por uma cozinha. Os cozinheiros bem que podiam dar lições aos professores. Os banquetes não se iniciam com a comida que se serve. Eles se iniciam com a fome. A verdadeira cozinheira é aquela que sabe a arte de produzir fome. Nós professores temos que despertar a fome pelo conhecimento em nossos alunos, como faz o bom cozinheiro quando deixa a porta da cozinha aberta para que aromas possam percorrer pela área de jantar e fazer o estômago dos frequentadores um cara de fome."
E segundo Silvia "É isso que esperam de nós, que possamos levar essa fome pelo saber, pela leitura, pela literatura."
Ela residiu em Campo Mourão de 1977 a 1983 quando retornou a Curitiba e desde 2017 está novamente em solo mourãoense. Acumula várias obras publicadas e diversos prêmios em concursos de poesias.
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