O homem atual conquistou o universo, o macrocosmo das estrelas e o microcosmo do átomo, mas perdeu o domínio de si mesmo; por isso, sente-se ameaçado por aquilo que ele mesmo criou com sua inteligência e com suas mãos maravilhosas. Junto com a ciência e a tecnologia ele cresceu na ética, na moral e na fé. Então geme, chora e se arrasta... dolorosamente. Está vazio da Sabedoria que vem de Deus. O nosso mundo, tão belo e tão sofredor, tão rico e tão pobre, tão culto e tão cego, precisa hoje, mais do que nunca de homens e mulheres sábios e santos, sob pena de implodir. Mas o que é a Sabedoria?
Sabedoria é aprender que a justiça só floresce no terreno lavrado pela caridade; que cada um que se achega a nós deve ser recebido como se fosse o próprio Cristo. Sabedoria é saber colher a experiência de quem já viveu e tem os cabelos brancos. É aprender com os erros dos outros. É ser humilde e pobre para aprender com quem sabe, sem fingir que já sabe de tudo. É não querer se exibir como se fosse dono da verdade ou senhor de todo saber. É não ter a pretensão de ser o melhor de todos. É não cultivar a arrogância e a prepotência de quem quer sempre mandar e dominar. É aceitar ser o último a falar e o primeiro a servir.
Ser sábio é saber amar o silêncio do deserto e da noite estrelada. É aceitar ser como a raiz da árvore que passa a vida toda escondida para sustenta-la. É não deixar que a tristeza apague o seu sorriso; não permitir que o rancor elimine o perdão; que as decepções eliminem a confiança; que o fracasso vença o desejo da vitória; que os erros vençam os acertos; que a ingratidão te faça parar de ajudar; que a velhice elimine em você o animo da juventude; que a mentira sufoque a verdade.
Sabedoria é ser gentil e corajoso. É ter o amor como lei; a verdade como meta, a paz como abrigo; a justiça como lema, a experiência como escola; a dificuldade como estímulo; o trabalho como benção; o equilíbrio como atitude; a dor como advertência; a perfeição como meta. É saber dar antes de ser solicitado. É amar a Deus e ao próximo. Do face do professor Felipe Aquino, na Canção Nova / Editora Cleofas.
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