Quando os Magos chegam ao lugar onde se encontra o menino "sentiram uma alegria muito grande" (Mt 2, 10). Também nós devemos sentir essa grande alegria, pois Natal e Epifania são, assim como a Páscoa e a Ascensão, uma única festa. Hoje, diz-se que a Epifania é a segunda festa de Natal, mas, sem dúvida, foi a primeira, por ser celebrada no tempo pela Igreja Oriental no dia 6 de janeiro, para dizer que Deus se manifestou ao mundo através do menino e da sua mãe em Belém a todos os povos da terra, através dos Magos que vêm do exterior.
O evangelista Mateus quis nos mostrar que o que havia sido anunciado pelo 3º Isaías, no fim do Exílio, finalmente se realizou com a vinda de Jesus Cristo para o mundo. O profeta Isaías convidou Jerusalém a se levantar, porque chegou a luz com o retorno dos exilados à Cidade Santa (Is 60, 1-2). Mas, não há judeus só judeus que voltam para Jerusalém; todas as nações para lá afluem e trazem as suas riquezas e os seus tesouros, porque todos reconhecem o Deus de Israel, que faz a unidade entre os povos. Esse Deus acolhe a diversidade e a pluralidade... É uma abertura à universalidade verdadeiramente surpreendente, se levarmos em conta que estamos no século VI antes de Cristo.
O evangelista Mateus, retomando o texto de Isaías, quer mostrar que é Jesus Cristo aquela luz que se elevou para todas as nações. O povo de Israel não é mais o único povo de Deus; os pagãos de todas as origens também são escolhidos por Deus, que se revela antes a eles.
São Paulo diz explicitamente em sua carta aos Efésios, no trecho da segunda leitura de hoje: "Eis o mistério: os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo e beneficiários da mesma promessa, no Cristo Jesus, por meio do evangelho" (Ef 3, 6). Isaías falava da peregrinação dos povos à Cidade Santa. Agora os magos do Orient e que seguem a luz, a estrela, até Belém. Deus não habita mais no templo de Jerusalém. Toma um caminho novo, desconhecido para os grandes, e habita nos coração dos pobres, dos oprimidos e dos excluídos. Segundo Mateus, Deus nasce em uma família pobre, em um lugar escuro, longe da cidade grande, em uma aldeia onde encontramos os excluídos, os pastores.
Aos dois presentes – ouro para a realeza e incenso para a divindade, Mateus acrescenta a mirra, símbolo da humanidade de Deus que se diz e que se expressa através do menino da manjedoura. O teólogo belga Claude Sélis, escreve: "Os magos usam de sabedoria humana prestando homenagem ao Deus que se manifestou a todos. Eles oferecem o ouro, atributo real, o único e verdadeiro Rei do único e verdadeiro Reino. Eles oferecem o incenso, atributo sacerdotal, ao único e verdadeiro Sacerdote do novo culto em espírito e em verdade. Mas eles também oferecem a mirra, atributo mortuário, porque que Mateus sabia q ue essa realeza e esse sacerdócio deviam passar pela morte".
Além disso, a tradição que interpretou Mateus fez dos magos, reis, sem dúvida por causa do profeta Isaías que diz: "As nações caminharão à tua luz, os reis, ao brilho do teu esplendor" (Is 60, 3). E ainda mais, para significar a universalidade, a tradição também identificou os magos com todos os povos da terra: um branco, um negro, um amarelo e lhes deu nomes: Gaspar, Melchior e Baltazar.
O evangelista Mateus, retomando o texto de Isaías, quer mostrar que é Jesus Cristo aquela luz que se elevou para todas as nações. O povo de Israel não é mais o único povo de Deus; os pagãos de todas as origens também são escolhidos por Deus, que se revela antes a eles.
São Paulo diz explicitamente em sua carta aos Efésios, no trecho da segunda leitura de hoje: "Eis o mistério: os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo e beneficiários da mesma promessa, no Cristo Jesus, por meio do evangelho" (Ef 3, 6). Isaías falava da peregrinação dos povos à Cidade Santa. Agora os magos do Orient e que seguem a luz, a estrela, até Belém. Deus não habita mais no templo de Jerusalém. Toma um caminho novo, desconhecido para os grandes, e habita nos coração dos pobres, dos oprimidos e dos excluídos. Segundo Mateus, Deus nasce em uma família pobre, em um lugar escuro, longe da cidade grande, em uma aldeia onde encontramos os excluídos, os pastores.
Aos dois presentes – ouro para a realeza e incenso para a divindade, Mateus acrescenta a mirra, símbolo da humanidade de Deus que se diz e que se expressa através do menino da manjedoura. O teólogo belga Claude Sélis, escreve: "Os magos usam de sabedoria humana prestando homenagem ao Deus que se manifestou a todos. Eles oferecem o ouro, atributo real, o único e verdadeiro Rei do único e verdadeiro Reino. Eles oferecem o incenso, atributo sacerdotal, ao único e verdadeiro Sacerdote do novo culto em espírito e em verdade. Mas eles também oferecem a mirra, atributo mortuário, porque que Mateus sabia q ue essa realeza e esse sacerdócio deviam passar pela morte".
Além disso, a tradição que interpretou Mateus fez dos magos, reis, sem dúvida por causa do profeta Isaías que diz: "As nações caminharão à tua luz, os reis, ao brilho do teu esplendor" (Is 60, 3). E ainda mais, para significar a universalidade, a tradição também identificou os magos com todos os povos da terra: um branco, um negro, um amarelo e lhes deu nomes: Gaspar, Melchior e
Quando os Magos chegam ao lugar onde se encontra o menino "sentiram uma alegria muito grande" (Mt 2, 10). Só uma outra vez Mateus irá falar de uma "alegria muito grande", quando as mulheres, no túmulo, na manhã da Páscoa, ficam sabendo de um anjo que Jesus ressuscitou (Mt 28, 8). Assim, os Magos encontram o menino somente com Maria (Mt 2, 11).
No relato de Mateus há três tipos de pessoas que também podem ser encontradas hoje:
No relato de Mateus há três tipos de pessoas que também podem ser encontradas hoje:
1) Há aqueles que detêm o poder: esses são representados por Herodes e pela sua corte. Quem detém o poder não aceita facilmente ser incomodado, interpelado pelo evangelho. Quer controlar tudo, até Deus, impedindo-lhe de se manifestar no mundo.
2) Há aqueles que sabem: os escribas, os sacerdotes, os profissionais da religião, os especialistas que interpretam corretamente a Bíblia: anunciam a novidade de Deus... mas não se movem, se sentam sobre as suas doutrinas e sobre o seu saber e dizem que não podem mudar nada, porque não têm autoridade para isso.
2) Há aqueles que sabem: os escribas, os sacerdotes, os profissionais da religião, os especialistas que interpretam corretamente a Bíblia: anunciam a novidade de Deus... mas não se movem, se sentam sobre as suas doutrinas e sobre o seu saber e dizem que não podem mudar nada, porque não têm autoridade para isso.
3) Há aqueles que buscam Deus e que se põem a caminho para descobri-lo e encontrá-lo como os magos. Há incerteza nessa aventura; não se sabe com antecedência onde isso vai nos levar e não se sabe nem onde iremos descobrir e encontrar o Deus da história. É preciso confiança e esperança. O importante é buscá-lo, pôr-se a caminho para descobri-lo, encontrá-lo e deixar-se transformar por esse encontro, por essa Epifania!!! QUE 2013 SEJA UM ANO DE MUITOS ENCONTROS!!!
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC-majocalderari@yahoo.com.br
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