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2 de jul. de 2012
COLUNA DA PROFª MARIA JOANA: Que semana!
Nesta semana muitos assuntos chamam a nossa atenção na mídia e merecem profundas reflexões sobre o momento vivido. Só para avivar nossa memória: Até onde é possível agir eticamente para vencer as próximas eleições e permanecer no poder? Qual é o preço de abraços como o do (petista defensor da ética...) Lula em Maluf, um dos nomes procurados pela Interpol? Mas ter “conta suja” não é mais problema no Brasil. A decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que revoga a resolução da própria corte de impedir o registro de candidatos que tenham tido contas de eleições passadas reprovadas faz nos voltar ao estado de “vale tudo eleitora”l e perda de controle da sociedade sobre os homens políticos.
Enquanto o mundo debate soluções para a crise ECONÔMICA mundial e local, nossos “representantes” propõem aumentos dos próprios salários, fim do teto salarial para o funcionalismo público, inventam mil formas para não cumprir a lei que ninguém pode ganhar mais que o presidente da república, chegando ao cúmulo de considerar “inconstitucional” revelar os salários do poder Judiciário aqui no Paraná, justo os que devem zelar pelo cumprimento das leis...
Mas a justiça trabalha. Enquanto crianças são flagradas na escola com cocaína no celular, pai entrega filho aos policiais quando descobre ser o mesmo traficante de drogas a proposta do novo código civil sugere a liberalização do plantio e uso da maconha para fins pessoais... E enquanto os ambientalistas lutam pela defesa dos ovos das tartarugas o novo código propõe estender o direito ao aborto por falta de condições “psicológicas” dos pais, não respeitando o embrião humano...
Até o esporte número um dos brasileiros, o futebol que deveria unir os povos de um país em decisões internacionais, deixa as rivalidades entre times serem superiores ao Brasil... e muitos foguetes comemoraram o gol da Argentina, nossos naturais arqui-adversários... Preferem torcer pelos “hermanos argentinos” a superar as diferenças entre os times e torcer pelos irmãos brasileiros. Isso para não falar no Paraguai, na deposição do presidente Lugo, no fechamento da ponte da Amizade, no medo da perda da energia paraguaia da Itaipu, na difícil situação dos irmãos brasiguaios...
Mas as divisões maiores e mais prejudiciais são as que ocorrem nas grandes reuniões como a RIO+20 que propôs discutir e planejar O FUTURO QUE QUEREMOS PARA A HUMANIDADE. Infelizmente ela terminou como um diálogo de surdos, em que os governos de 193 países reunidos no Rio de Janeiro pareceram não ouvir os apelos de milhares de organizações não governamentais, empresas, cientistas, academias e simples cidadãos do planeta.
Duas das mais importantes decisões foram adiadas: a definição dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, cuja conclusão foi agendada para 2013 com implementação a partir de 2015 e a discussão em torno do financiamento de iniciativas para atingir esses objetivos, delegada a um comitê intergovernamental cujos trabalhos devem se encerrar em 2014. Ambas as negociações só devem ser oficialmente iniciadas após a aprovação formal do documento da conferência pelos países membros das Nações Unidas na 68ª Assembléia Geral da ONU, que começa em setembro, em Nova York.
Diante de um documento final enfraquecido, líderes internacionais da sociedade civil decidiram ocupar o vácuo de poder e de propostas deixado pela própria conferência propondo um movimento global pela defesa da vida. Há uma consciência generalizada entre os líderes da Cúpula dos Povos que é hora de todos sentarmos à mesa e esquecermos as divergências. A sociedade civil precisa se organizar, porque já sabemos que os governos não estão assumindo os compromissos necessários sustentabilidade. A idéia é criar uma rede global que aproxime os movimentos, identificando propostas e críticas comuns. Em vez de defender só as bandeiras de cada grupo, o objetivo é criar uma agenda comum, para fortalecer alternativas ao modelo econômico atual e pressionar o poder público. Enfim, ainda há ESPERANÇAS!
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC-majocalderari@yahoo.com.br
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