9 de mai. de 2020

ENTREVISTA DE DOMINGO: Professor Fábio Sexugi

"Em 2008, inscrevi-me no I Concurso Nacional de Poesias Caleidoscópio de Belo Horizonte. Foi o primeiro certame literário que participei, com uma poesia concreta, “Xícara”, que, para minha surpresa, recebeu a primeira colocação. Dali em diante, empolgado pelo bom resultado, passei a escrever mais e a publicar sem receio" assim comenta o poeta, escritor e professor Fabio Sexugi, homenageado na ENTREVISTA DE DOMINGO no Blog do Ilivaldo Duarte. 
Sexugi,  o único poeta brasileiro a vencer concursos de poesias na Itália por poemas em italiano, concorrendo com escritores nativos, é presidente na gestão 2019/20 da Academia Mourãoense de Letras e conta um pouco da sua história com fatos e fotos.
"Nasci em 1980, no antigo Hospital Anchieta, de Campo Mourão, no Dia do Trabalhador e de São José Operário. Sou poeta e trabalho como professor, gosto de tudo o que faço, gosto da vida e do universo escolar desde bem novo. Desde criança acompanhava minha mãe e minha tia, professoras, à escola."
Fábio se considera um sonhador. "Sou um sonhador, um democrata, um artista, alguém em contínuo aprendizado e, na maioria das vezes, de bom humor."






QUEM É FÁBIO SEXUGI? Meu nome é Fabio Alexandro Sexugi. Nasci em 1980, no antigo Hospital Anchieta de Campo Mourão, no Dia do Trabalhador e de São José Operário. Sou poeta e moro sozinho em Peabiru, onde trabalho como professor.
COMO SE DEFINE? Sou uma pessoa que ama a vida e que, por ser otimista, não tem medo dos desafios. Minha origem humilde faz com que eu me considere, ao mesmo tempo, um sobrevivente – poucas pessoas têm um “atestado de pobreza” na Certidão de
Nascimento” – e um privilegiado – até aqui, vivi coisas fantásticas e convivi com pessoas incríveis –. 
Detesto injustiças e não me furto de denunciá-las, embora tenha me policiado ultimamente para não antecipar juízos. 
Sou um sonhador, um democrata, um artista, alguém em contínuo aprendizado e, na maioria das vezes, de bom humor. Tomo partido sempre e não acredito em imparcialidade. Neutro, para mim, só sabão.  Eu me realizo em, como o castelhano Miguel de Cervantes, “Soñar el sueño imposible, luchar contra el enemigo invencible, correr donde valientes no se atrevieron, alcanzar la estrella inalcanzable. Ese es mi camino”.

ONDE FOI SUA INFÂNCIA? Meu primeiro ano de vida foi na Vila Operária em Maringá, onde minha Mãe, Maria Julieta Sati Sexugi (foto),

trabalhava como alfabetizadora recém-contratada, e meu pai, Paulo Sexugi (foto abaixo), como pedreiro. Morávamos numa casa no mesmo quintal da minha avó materna, dona Maria das Dores. Apesar da pouca idade, lembro-me muito bem de um evento estranho. Meu
avô paterno, o libanês Toufic Said Sati, que morava em Peabiru, certo dia, à tardinha, me chamou do portão, com sua inconfundível voz rouca: “Sabino!” – ele não sabia pronunciar meu nome –, chamando também por minha mãe. Fomos recebê-lo, mas não era ninguém. Meia hora depois, recebemos um telefonema dando conta do seu falecimento.

Depois, mudamos para Peabiru, no mesmo endereço em que vivo desde então, e onde minha Mãe e meus avós já moravam. Tive uma infância feliz, apesar das dificuldades. Nossa casa era cheia de crianças:  primos, colegas da escola e os vizinhos. Na rua da frente, ainda sem asfalto, jogávamos bets, queimada, bugalha.  O pó vermelho que pintava nossos pés sempre era motivo
de chinelada ardida ao entrar em casa, principalmente, quando minha mãe passava cera e lustrava com escovão.

ONDE ESTUDOU? 
Praticamente nasci na escola, acompanhava minha mãe desde muito pequeno, aos três ou quatro anos. Tive a sorte de ter tido professores brilhantes durante toda minha formação, sempre em escola
pública, da Educação Infantil ao Metrado. Em 1986, na ainda Escola Estadual 14 de Dezembro, hoje Colégio, ingressei na pré-escola na turma da dinâmica professora Aldry Suzuki (foto), que atualmente vive no Japão. Mesmo que as aulas fossem muito chamativas, eu sempre dava uma escapadinha para ir à turma da minha mãe, que lecionava na sala ao lado. No ano seguinte, mudei de escola. Fui para o Colégio Olavo Bilac onde trabalhava minha tia Amália, para uma turma inesquecível. A sala de aula da dona Carmem (foto abaixo) era mais divertida que o Xou da Xuxa. Cada aula era, literalmente, uma aventura. Com ela, aprendemos a fazer e soltar pipa, letramento, arte, psicomotricidade e recreação.
Visitamos a pedreira e na escola, transformamos pedras em esculturas. Geografia, artes plásticas, ciências, história. Numa das aulas, digitei pela primeira vez meu nome numa máquina de escrever. Parecia mágica! Também pela primeira vez vi de perto uma tartaruga e um coelho. Linguagem, poesia, biologia. 
Lembro uma vez que fomos surpreendidos, no salão nobre do colégio, com uma mesa linda, preparada por dona Carmem, com bolo gelado que ela mesma fez e embrulhou. Em cada um, uma bandeirinha enfincada, com o nome dos alunos. Mais de 30 anos depois, ainda me lembro do gosto e sei que muita gente também. Segui com ela até a lição do CH. 
Depois, voltei ao 14 de Dezembro, que era mais perto de casa, e segui com a professora Maria da Glória Bonini. Também foram minhas professoras: Virma Bassi Frare (2ª Série – 14 de Dezembro),  Maria de Lourdes Saragiotto (3ª Série – Olavo Bilac), Ana Maria Jorge (4ª Série – 14 de Dezembro).
O restante do ensino fundamental também foi no 14 de Dezembro, que era como uma casa para mim. Lembro com carinho e gratidão dos professores Vergínia Bandeira (Ed. Física), Luizinho Bassi (que também fazia os anúncios da comunidade na torre da Matriz), José Ferreira, Márcia Forastieri, Maria de Lourdes Silva, Antônio Bassi (docente de Língua Portuguesa que me deu o pito mais necessário para a minha formação), Cidinha Ferreira, Graça Pedrezini, Enilda e Elza Rocha, Ilham Daher.

Meu Ensino Médio foi técnico. Comecei Contabilidade e Magistério, mas preferi seguir apenas com o segundo, no Colégio Olavo Bilac, onde conheci mestres, exemplos de vida - Wall Pinheiro (amiga e companheira de trabalho), Irmã Maria Elena (grande alfabetizadora e conselheira), Maria de Lourdes Shiba (a quem devo, entre outras coisas, minha CNH), Maria de Lourdes Bassi (companheira de partido e exemplo de dignidade), Cristina Palma, Jandarc Daher, Helena Izelli, Espedito Ferreira, Maria Helena Sabará, Edmeia Forastieri, Marlene Brito, Dulce Marçal (que nos permitia aulas de inglês criativas), Nereide Simonelli, Oscar Radke, Delcimar Barros, Deise e Denise Peron, Manoel Duque da Costa, Sueli e Izolinda Costa.

A paixão pelo teatro, pela literatura e pela língua portuguesa veio, porém, da doce professora Emília Carlos Gomes e da incrível professora Célia Carlos Gomes, que me direcionou para o vestibular de Letras. A nossa foi a última turma do Magistério. Uma fase de crescimento muito grande.

Paralelamente ao Ensino Médio, eu fazia Italiano na Casa da Cultura com o saudoso professor Antonio Bassi, o “Toniquinho”. 
No primeiro dia de aula, ele perguntou a cada aluno o sobrenome: todos, exceto o meu, de origem italiana. Na minha vez de dizer “Sexugi”, ele disse: “Olha, Fábio. Como você não é descendente de italiano, pode ser que não aprenda”. O aviso sincero dele foi o combustível para que eu não só concluísse o curso e aprendesse o idioma, mas que o ensinasse e vencesse concursos literários na Europa.

Como graduação, fiz Letras na antiga Fecilcam. Tenho profunda gratidão aos professores Wilson Moura, Soraia Sonsin, Edcleia Basso, Antônio Carlos Aleixo (de quem aprendi o latim) - foto, Belinha Tognato, Hilda Barrionuevo, Mônica Socio Fernandes. Fiz uma pós-graduação em Educação e tenho mestrado em Sociedade e Desenvolvimento
pela Unespar, com a sorte de ter tido como orientadores os professores Frank Antonio Mezzomo, colega de AML, e Cristina Satie de O. Pátaro, pesquisando sobre religião e política, que são temas que eu adoro.

COMO FOI SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL?Antes do trabalho formal, ainda na adolescência, vendia geladinho pela rua. Certa vez, quando chegou um circo aqui perto de casa, me ofereci para vender pipoca na plateia. Mas, como sou daqueles “que se encantam mais com a rede que com o mar”, roubavam os saquinhos enquanto eu estava boquiaberto olhando o espetáculo. Quando meu pai se tornou coveiro em Peabiru, eu sempre o ajudava a carregar lajotas e, principalmente, a escrever os letreiros nos túmulos. Interessante como as letras me perseguiam até onde menos se espera.

Como professor, minha primeira turma foi no ano 2000, na recém-inaugurada Escola Criança Feliz, onde trabalhei até o ano seguinte. 
Entre 2002 e 2003 atuei como estagiário na Casa da Cultura, coordenando oficinas de teatro. Após concurso público, assumi o cargo de professor da rede municipal de Peabiru em 2004 na Escola Municipal São José, onde atuo até hoje.

Em 2005, a convite da professora Edcleia (foto), passei a lecionar italiano no Centro de Línguas (Celin) da Fecilcam, idioma que também ensinei nas escolas Smart, Wizard e Yázigi em diversas ocasiões.

Quando o professor Carlinhos Aleixo assumiu a direção da Fecilcam, foi aberta uma vaga temporária para substituí-lo no curso de Letras. Eu fiz o teste seletivo de língua latina em 2008 e fui aprovado, assim como nos demais que se abriam a cada dois anos, prazo de vigência do contrato: 2010, 2012, 2014, 2016 e 2018. Com isso, acabei batendo o recorde de tempo como professor temporário naquela instituição - mais de 10 anos ininterruptos ensinando latim (e, às vezes, Língua Portuguesa) no curso de Letras.

Desde 2008 também ensino o idioma no Seminário São José de Campo Mourão. A máxima “ensinar padre a rezar missa” não faz muito sentido para mim, que já ensinei a muitos rezá-la em italiano e latim.

Em 2011, candidatei-me a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Peabiru (Sismup), período em que conseguimos aprovar o plano de carreira do magistério e implantar o piso nacional dos professores. Desse tempo guardo boas lembranças.
Em 2013, a convite do prefeito Claudinei Antonio
Minchio, após indicação da categoria de uma lista tríplice, assumi a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Peabiru. Foi um período em que conseguimos reformular o cardápio da merenda escolar, inserindo pratos típicos regionais, e elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) à 5ª melhor nota do Estado, criando uma premiação aos melhores projetos pedagógicos desenvolvidos pelos professores nas unidades escolares da rede municipal e elevando a hora-atividade para 1/3 da carga horária do professor. 
Na Cultura, foram criados projetos importantes, como o Poema no Prato, que estampa no prato onde é servido o Carneiro ao Vinho uma poesia composta por alunos das escolas municipais, sob coordenação da professora Cleonice Lazzaretti Cabreira e do colega Arleto Rocha, realizando também festivais musicais e concursos variados. 
Convidei o colega da AML, Jair Elias (foto), para chefiar a Cultura. Período em que o setor deu um salto significativo. No esporte, creio que a principal conquista tenha sido a reforma interna do ginásio de esportes professor Ary da Silva, quando substituímos o velho assoalho de madeira que soltava lascas por um miso de concreto e a conquista de emenda parlamentar para a instalação de iluminação do Estádio Ulisses França.
Além disso, já trabalhei como locutor de rádio (apresentava o "Arquivo do Rock" na Rádio Cidade FM e gravava algumas publicidades de anúncios de rua, fui pintor e escultor (a capela da Catequese de Peabiru, o Anexo 1 da Prefeitura e o Seminário Menor da Sagrada Família têm obras de minha autoria), letrista, editor de vídeo e designer gráfico.
O QUE MAIS GOSTOU DE FAZER? Gosto de tudo o que faço, mas da experiência como sindicalista guardo uma saudade especial. É sempre um desafio dialogar, mobilizar as categorias profissionais e pressionar o poder público para conseguir manter e ampliar avanços. Quem sabe um dia não volte a exercer essa atividade, que é tão importante.
O QUE FAZ HOJE? Atualmente, sigo como professor da rede municipal de Peabiru que, pelo segundo ano consecutivo, me deu o título de Professor Destaque, por experiências pedagógicas desenvolvidas junto a alunos da Escola São José, onde leciono, em 2018 e 2019. 
Continuo ensinando Latim no Seminário São José e, esporadicamente, dou aulas particulares de italiano em Campo Mourão. 
Além disso, penso que seja válido mencionar que estou no último ano do meu primeiro mandato como vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT), tendo recebido, por três anos consecutivos, o título de Vereador Nota 10 da Associação das Câmaras Municipais da Microrregião Doze (Acamdoze).
TRAJETÓRIA ESPORTIVA? Embora eu seja primo do Paulinho Sechuqui – é assim que se pronuncia meu sobrenome – que foi um grande vulto do futebol regional (hoje é mestre-cuca na belíssima Positano, Sul da Itália), sou um perna de pau. Na distribuição dos times nas aulas de futebol na Educação Física, sempre era um dos últimos a ser escolhido. Por outro lado, pela estatura, me saía bem no basquete, esporte pelo qual disputei uns campeonatos escolares, mas nada sério. Agora, no levantamento de garfo e na maratona Netflix, eu sou medalha de ouro.
SEU ESPORTE PREFERIDO?Gosto de futebol, mas só acompanho pra valer em Copa do Mundo. Nesse intervalo, leio notícias do Brasileirão, dos campeonatos estaduais, e assisto a um jogo ou outro. Acho que o brasileiro, de modo geral, tem o futebol como uma dimensão da própria vida, tanto que está presente até em expressões do nosso cotidiano: “não dar bola”, “deixar pra escanteio”, “pisar na bola”, “pendurar as chuteiras”, “vestir a camisa”, “comer bola”, “correr pro abraço”, “deixar para os 45 do segundo tempo”, “tirar o time de campo”.
Mas não sei se conta como esporte, porque não sou muito assíduo, mas de vez em quando gosto muito de fazer caminhada pela natureza, especialmente, no entorno da cidade e na Mata do Berrini.
TIME DO CORAÇÃO? “Uma vez Flamengo, sempre Flamengo”.
Porém, admiro mesmo um desportista do box: Muhammad Ali. Gosto de pessoas que têm espírito esportivo, o tal fair play, também na vida cotidiana. E o lutador tinha ideais legítimos: denunciava o racismo e a guerra.

QUAL O MELHOR TIME QUE JÁ VIU JOGAR? Acho que da Seleção Brasileira na Copa de 1994 é que eu tenho uma lembrança muito positiva: só é comparável ao Barcelona do Messi.
DESDE QUANDO TEM PAIXÃO POR SER PROFESSOR? Acho que gosto da vida e do universo escolar desde bem novo: desde criança acompanhava minha mãe e minha tia, professoras, à escola. As lembranças mais remotas vêm do magistério vêm sala dos professores da Escola 14 de
Dezembro, onde me divertia com os carimbos, com o estêncil do mimeógrafo, com as caixas de giz de cera. 
Acho que, por isso, aprendi a desenhar antes de ser alfabetizado. Minha mãe também desenhava e pintava bem. Ela guardava, em cima do armário, uns cartazes da cartilha Caminho Suave: minha satisfação era contemplar um por um. 
A Igreja também foi preponderante para que eu apreciasse as artes. Ainda na catequese, me pediram para desenhar um rosto de Cristo, do tamanho de quatro cartolinas. Desde então, eu fazia uma ilustração, num painel ao lado do altar, do evangelho do domingo. Fui pegando gosto pela estética dos vitrais que ornamentam a Paróquia São João Batista de Peabiru e, principalmente, as imagens sacras esculpidas em madeira por José Moser.
PERCEBO QUE TEM "VIAJADO" PELA CULTURA DO NOSSO PAÍS. COMO VÊ A NOSSA CULTURA? Eu adoro a cultura brasileira, gosto muito do meu país e da nossa brasilidade. A nossa culinária é a melhor do mundo! Por mais gostosas que sejam as massas italianas e os pratos orientais, ou ainda as iguarias árabes, nada se compara a um prato de arroz e feijão bem temperado, com um belo churrasco derretendo, mandioca cozida, farinha e salada. A culinária do Brasil é simples, mas de lamber os beiços! Gosto tanto de Minas Gerais – dos doces, do tempero, das igrejas barrocas, da simpatia, dos montes – que, se não fosse católico, diria que fui mineiro em outra vida. 
Mas o Paraná não fica atrás: meu prato preferido, depois do Carneiro ao Vinho, é o Barreado de Paranaguá. Gosto do cancioneiro paranaense – a poesia e o ritmo dos fandangos –, a delicadeza da pamonha, o pão caseiro, o café torrado e moído em casa.
Sempre que posso vou em romaria
a Aparecida, epicentro da fé brasileira desde o século XVIII. A nossa literatura é lida e estudada no mundo todo. Apesar das nossas riquezas, o Brasil é um país de injustiças sociais, de e exclusão: são poucas as pessoas que tem acesso aos bens culturais. É preciso inverter essa lógica e promover o ser humano em todos os aspectos da vida, inclusiva, a cultural. Pena estarmos cada vez mais longe disso.
O QUE LEVA A GOSTAR DA CULTURA? A cultura é o que nos difere dos animais, que nos eleva, que nos caracteriza como humanos. É uma necessidade intrínseca de toda pessoa. Fico triste quando leio nas redes sociais: “Já precisei de um médico, de professor, de dentista, mas nunca de  artista”.
Vivemos um período de aversão à classe artística. No entanto, especialmente nesse período de quarentena, temos visto com mais nitidez a importância dos profissionais da TV, do rádio, da música.O próprio celular e as redes sociais são produtos culturais fundamentais no mundo moderno. Portanto, para mim, gostar de cultura é mais que uma opção, é uma necessidade humana como qualquer outra.
SE FOSSE MINISTRO QUAIS SERIAM SEUS PROJETOS? Já tive a oportunidade de gerir a Educação e a Cultura numa escala bem menor, em Peabiru, período em que avançamos bastante. Em âmbito nacional, na Educação, também faria ações para dar destaque aos professores – que são aqueles que fazem o ensino acontecer e sem os quais não haveria Educação –, mas também a aqueles estão inseridos no universo escolar e que são igualmente educadores - zeladoras, merendeiras, secretários, motoristas. 
É preciso garantir e ampliar seus direitos trabalhistas, melhorar as condições de trabalho. Só assim o aluno e, por extensão, a sociedade seriam beneficiados.
Creio que o ministro da Educação, seja ele quem for, deve ter, no mínimo, (com)postura. Morro de vergonha quando vejo quem ocupa o cargo máximo do MEC, mais que tuitando repetidas vezes com erros de ortografia, postando ataques a orientais ou divulgando mentiras cabeludas sobre a universidade pública. 
Leciono há mais de uma década no ensino superior. Devo a graduação e o mestrado à gratuidade da Unespar e sei que investir nessa área impacta diretamente no desenvolvimento da região. Além disso, é preciso fazer com que as ações culturais também cheguem à periferia. Mas não chegará enquanto a Cultura for tratada como “pum do palhaço”, reduzida a uma apenas secretaria, sem status de ministério.
O MOMENTO ATUAL DA SUA VIDA É? De serenidade, calma, de repensar prioridades, de valorizar as pessoas que se importam comigo, de sonhar um pouco mais, e, principalmente, de luta.
COMO FOI O CONVITE PARA ENTRAR NA AML? Sempre admirei a respeitabilidade da Academia e lia com interesse as notícias na imprensa sobre ações desenvolvidas ou quando se abria uma vaga. No entanto, nunca nem supus que eu integraria a AML. Eu achava que uma academia de letras, qualquer que fosse, só acolheria pessoas conservadoras, e eu sou progressista.  Além disso, sou de Peabiru, e a Academia é mourãoense. Ingressar na Instituição, portanto, era algo impensável para mim, achava. 
Em 2013, porém, houve uma mudança no estatuto, que passou a permitir que escritores dos municípios adjacentes a Campo Mourão também poderiam concorrer a uma das cadeiras vacantes. 
Assim, quando foi aberto edital para ocupação das Cadeiras 2 e 7, o acadêmico João Lara, que então era meu aluno no curso de Letras, instigou-me a apresentar candidatura. Decidi, dessa forma, enviar meu curriculum e tive a sorte de ter sido eleito.
COMO É A EXPERIÊNCIA DE ESTAR NA AML? Eu tenho um carinho especial pela Academia Mourãoense de Letras, que tem um papel preponderante na difusão da cultura e das artes em Campo Mourão e na região. É um privilégio conviver com pessoas que têm uma bagagem cultural elevadíssima e com disposição filantrópica para compartilhar o saber com a comunidade. 
O que mais amo na AML é a sua condição eclética, interdisciplinar. Não há só poetas ou romancistas. Há também advogados, professores, historiadores, jornalistas, comunicadores, religiosos e tantas outras categorias de posições diferentes e ideologias variadas. Isso é muito salutar e enobrece a Entidade.
É PRESIDENTE ATUAL DA AML. QUAIS SEUS PRINCIPAIS PROJETOS? Assim como não imaginava ser acadêmico da AML, eu tampouco tinha a pretensão de presidi-la algum dia. Até que, quando do encerramento da gestão da competentíssima acadêmica Ester de Abreu Piacentini, ela e outros colegas, alternadamente, me convidaram para o cargo que, ao contrário do que se possa imaginar, não tem absolutamente nada de glória, mas muito de suor, doação e paciência. Com os colegas da diretoria, recebemos uma Academia muito bem estruturada e com nossa sede completamente revitalizada. 
Nosso desafio, portanto, não estava mais na nossa sala – que ficou impecável – mas extramuros com a  necessária abertura à comunidade. 
Não por acaso, todas as principais ações dessa diretoria foram nessa direção, como que tentando esticar nossa pelerine para revestir também Campo Mourão e a região.
Lançamos, ano passado, o 1º Concurso de Poesias Prof. Rubens Luiz Sartori, que revelou talentos literários em toda a Comcam. 
Criamos o Troféu José Moser, aplaudindo e premiando artistas plásticos locais e regionais, ao mesmo tempo em que divulgamos a história e a obra do grande escultor austro-brasileiro que espalhou cultura e arte nessa terra. 
Levamos os acadêmicos à Feira Criativa na Praça da Catedral, num projeto que chamamos de "Café com Letras", disponibilizando livros de autores locais a preços muito acessíveis e colocando nossos escritores em contato direto com a população. 
Realizamos reuniões culturais abertas à comunidade – uma sobre literatura de autoria feminina, em parceria com mestrandos da UEM, uma sobre cultura guarani, mediada pela professora Sinclair Casemiro com índios da comunidade do Barreiro das Frutas. 
No começo do ano, uma deliciosa aula das professoras Edcleia e Herminia sobre a escritora Sandra Sisneros. 
Implementamos o Projeto "Santas Letras", que recebeu doações para nossa biblioteca de vários exemplares de textos sagrados de diferentes religiões e idiomas e que estarão à disposição dos pesquisadores. 
E está praticamente pronto um livro historiográfico da AML, sob coordenação do acadêmico Jair Elias dos Santos Júnior, que dará a conhecer às novas gerações nossos patronos, fundadores e ocupantes. 
Para tudo isso, precisávamos de um uniforme, já que, para o trabalho menos solene, uma camiseta é mais prática que a pelerine.
Procuramos, portanto, popularizar a AML junto aos veículos de comunicação e às redes sociais, não, evidentemente, por capricho, mas por uma necessidade que os novos tempos nos impõem. 
Ainda gostaria muito de realizar, antes de  passar a "bola": a reforma do túmulo do escultor José Moser, que empresta seu nome a uma de nossas honrarias, como um sinal de agradecimento póstumo e de reconhecimento institucional pela obra insuperável que legou à região. 
Seja como for, de minha parte, procurei ser um presidente democrático, ativo e presente. Apesar da minha explícita vinculação política, jamais atuei, nos espaços e projetos da AML, para fazer proselitismo da minha visão partidária e da minha leitura de mundo, constrangendo colegas ou, menos ainda, tirando proveito eleitoral de qualquer ação, e disso todos são testemunhas. 
Creio que o colegiado acadêmico, que é ideologicamente eclético, não seja o âmbito ideal para embates, mas para o diálogo, para a convergência, pelo que sempre acolhi, respeitei e dei espaço a todos e todas, independentemente das próprias convicções.
QUAL O ESTÁGIO DA AML ATUALMENTE?  A AML, com a colaboração de cada imortal e das sucessivas diretorias, é uma Instituição respeitada na região e consolidada como baluarte das letras e do fomento à cultura.
NA SUA OPINIÃO, QUAIS SÃO OS DESAFIOS DA PRÓXIMA GESTÃO? Há muitos desafios, na minha avaliação, que devem continuar como uma inquietação para a próxima diretoria. Da porta para fora, ampliar a abertura à comunidade, intensificando as ações sociais que visem ao ingresso da AML nos diversos ambientes. Da porta para dentro, fortalecer as reuniões culturais que tanto nos enriquecem e conscientizar quem eventualmente ainda não tenha assumido as responsabilidades que o Estatuto nos impõe.
A ACADEMIA PERDEU MEMBROS NOTÁVEIS COMO AGENOR KRUL E ASSABIDO RHODEN.
Sem dúvida nenhuma, perdas enormes. O professor  Agenor Krul omou posse comigo em 2014 na AML
numa cerimônia inesquecível em 2014.  Deixou uma grande contribuição ao desenvolvimento sociocultural da região pelo processo de estatização da Fecilcam que abriu caminhos para a Unespar, com desprendimento e grandeza de espírito. 

Já o professor Assabido, de uma cultura invejável, lega-nos um exemplo de amor à AML e de efervescência literária. Várias vezes, saindo das nossas reuniões, tive o privilégio de dar-lhe carona até sua casa, nas proximidades da Unespar, para onde eu ia lecionar o idioma clássico que ele também ensinara anos antes e no qual íamos conversando no brevíssimo trajeto. São dois ilustres nomes que enobrecem a cultura de Campo Mourão e honram o nome da nossa Academia.
QUAL PROJETO AINDA GOSTARIA DE REALIZAR?
Estou me planejando para aprender árabe. Insha’Allah! Tenho origem libanesa e quero muito conhecer tios e primos que não falam português.
Além disso, quero fazer doutorado em Ciências Sociais, área pelo qual me apaixonei no mestrado. Também gostaria muito de voltar a fazer teatro. Escrevi, dirigi e atuei em muitas peças, principalmente, na época da Pastoral da Juventude e cheguei a participar de um telefilme que foi exibido nacionalmente pela CNT. Hoje não sobra mais tempo, mas me faz muita falta.
QUAL VIAGEM GOSTARIA DE FAZER?Gostaria muito de visitar o Líbano, a capital Beirute, as ruínas da Acrópole de Baalbek, o Vale do Beqaa e, principalmente, Kamid el-Lawz, terra natal do meu avô, Toufic Said Sati. E quero também voltar a Lecce, belíssima “Città d’Arte” italiana, mais antiga que Roma, que reconheceu e premiou minha poesia.
QUAL DECISÃO MARCOU SUA VIDA? Acredito que quando decidi, a partir de 2008, publicar minhas poesias na internet, comecei a ganhar uma certa visibilidade que foi me empurrando naturalmente tanto para o aprofundamento na literatura, quanto para a vida pública.
QUAIS CONQUISTAS DESTACA NA SUA HISTÓRIA?Em 2008, inscrevi-me do I Concurso Nacional de
Poesias Caleidoscópio de Belo Horizonte: foi o primeiro certame literário que participei, com uma poesia concreta, “Xícara”, que, para minha surpresa, recebeu a primeira colocação. Dali em diante, empolgado pelo bom resultado, passei a escrever mais e a publicar sem receio. 
Essa overdose literária me rendeu um saldo muito positivo. Recebi, ao todo, 14 premiações literárias no Brasil e no exterior (Uruguai, Portugal e Itália). Sou o primeiro – talvez ainda o único – poeta brasileiro a vencer concursos de poesias na Itália por poemas em italiano, concorrendo com escritores nativos. Para mim, o Prêmio Primaverart de Lecce, no Salento, foi o principal da minha trajetória como escritor, não só pelo fato de que se tratava de um reconhecimento internacional num lugar que se respira arte e se valoriza a cultura, mas porque era uma espécie de formatura do curso de italiano do professor Toniquinho Bassi que, infelizmente, já tinha falecido. Fiquei uma semana lá, sendo muito bem recebido pela idealizadora do concurso, Mariangela de Carlo. 
A cerimônia de premiação aconteceu no elegante Palazzo Carafa, de mais de 500 anos, e contou com a presença da imprensa e das autoridades. Esse prêmio me abriu muitas portas desde então, pelo que sou muito agradecido a Lecce.
SE PUDESSE VOLTAR NO TEMPO, O QUE JAMAIS TERIA FEITO? Se eu pudesse voltar no tempo, talvez não seria mais cauteloso, falaria menos, não confiaria tanto nas pessoas: coisas que a gente só aprende com o tempo. Mas faria tudo o que fiz.
TRÊS PERSONALIDADES DE CAMPO MOURÃO?  Professora Ecleia Basso. Tive o
privilégio de ser aluno e, posteriormente, seu colega de trabalho. Ela é uma docente visionária, cuja didática, sempre que possível, eu tento imitar nas minhas aulas. É uma pessoa dinâmica, generosa, criativa, prática, bem-humorada e competentíssima, que admiro e aplaudo. Certamente, é um orgulho para todos nós termos alguém da erudição dela representando Campo Mourão junto ao Ministério da Educação.
Pastora Soraia Sonsin - Respeito e estimo muito a
dulcíssima professora Soraia, que é pastora da Comunidade Betânia, e que também foi minha professora e colega de trabalho no Colegiado de Letras da Unespar. Mesmo sendo de outra área, lecionando Língua Inglesa, sempre foi solícita para com os colegas: me ajudava, com toda abnegação e generosidade, nos projetos que eu desenvolvia na disciplina de Latim, porque entendia que essas iniciativas favoreceriam o desenvolvimento intelectual dos alunos. É uma pessoa dócil, pró-ativa, atenta às necessidades de todos, e que desenvolve um trabalho social relevantíssimo para Campo Mourão e para a região.
Mário Lima - Trata-se de uma pessoa carismática, cuja história liga-se à luta pela democracia e pelos direitos dos trabalhadores nessa região do Paraná: dimensões da realidade do povo brasileiro cada vez mais ameaçadas. Conheci o Mario nas eleições municipais de 2008 e fui seu colega de trabalho em 2013, quando atuou na Prefeitura de Peabiru. Admiro seu otimismo, seu bom humor, sua lealdade e, especialmente, sua coerência. Aliás, lealdade e coerência são qualidades que devem ser valorizadas não só na política, mas em todas as circunstâncias da vida.
TRÊS PERSONALIDADES ESPORTIVAS DE CAMPO MOURÃO? Ilivaldo Duarte - 
Creio que o seu blog seja uma verdadeira enciclopédia, não só para o esporte mourãoense, como para a história de Campo Mourão. E esse serviço à comunidade deve ser reconhecido. Não foram poucas as vezes que eu recorri ao seu site para consultar uma biografia,
lembrar um evento importante, pesquisar uma imagem histórica. O seu “Tocando de Primeira” - programa eclético aos sábados-  que vai ao ar há tanto tempo pela Colmeia é o que há de mais genuíno nos veículos de imprensa, porque não só os esportistas têm um espaço para fazer conhecer a própria atuação, mas também todos os segmentos da sociedade. É uma honra estar concedendo esta entrevista no seu Blog.
Professora Silvana Casali - 
Pelo pouco contato que tive com a Silvana, quando eu era secretário de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Peabiru, pude perceber a paixão que ela tem pelo Xadrez Escolar que, certamente, teve um salto importante na região durante sua passagem pela Regional de Esportes.
Professor Paulinho Costa - 
Não o conheço pessoalmente, mas creio que seja uma unanimidade sua contribuição ao Atletismo de Campo Mourão, tendo treinado e promovido inúmeros atletas.
MELHOR EQUIPE COM QUEM TRABALHOU? Graças a Deus, sempre trabalhei com pessoas incríveis. Na Escola São José, convivo diariamente com profissionais brilhantes e dedicados, que não medem esforços para acolher o aluno, indo, muitas vezes, além das suas atribuições. No Colegiado de Letras, igualmente, pude conviver com professores que amam o que fazem e que aspiram por uma sociedade melhor, que passa pelo
Ensino Superior. Mas, gostaria de destacar a equipe que trabalhou ao meu lado na Secretaria de Educação, seja no setor administrativo, seja no pedagógico. Nos desdobramos, todos, para superar as adversidades, favorecer os trabalhadores da Educação: seja os que estão nas escolas, seja os que transportam nossos alunos, diariamente, com o mesmo desprendimento. Tenho muitas saudades desse período: apesar das dificuldades próprias de uma pasta tão grande, tenho certeza que demos nosso melhor.
QUEM É CIDADÃO EXEMPLO? Penso que exemplar é a pessoa que pensa além dos próprios interesses, que cultiva grandes ideais e age para concretizá-los, que aprende com os próprios erros, que denuncia arbitrariedades e se posiciona a favor do outro.
VAPT-VUPT
ÉTICA É? Muito mais que um conceito filosófico, é aquilo que pode salvar o mundo e que é a síntese da lei, do bom senso, da religião: é consciência do bem comum
MÚSICA? No meu pendrive tem de ter: “Sete Cidades” (Legião Urbana), “Azul da Cor do Mar” (Tim Maia), “Ideologia” (Cazuza), “Due” (Raf), “Strani Amori” (Laura Pausini), “Santa Lucia Luntana” (Jerry Adriani)
AUTOR? Em português, Guimarães Rosa; em italiano, Dante Alighieri.
LIVRO? “Grande Sertão Veredas” e “A Divina Comédia”.
CAMPO MOURÃO DO PRESENTE É? É uma a capital regional da cultura e do ensino superior, um campo fértil para o saber.
CAMPO MOURÃO DO FUTURO SERÁ? Menos desigual do que é hoje.
FAMÍLIA É? Família é o nosso lugar no mundo, é o que nos humaniza, nos torna melhores, nos motiva a continuar lutando.
RELIGIÃO? A religião é uma dimensão importante da minha vida. Eu acredito que a fé seja, para usar uma linguagem religiosa, um “dom”. 
A escritora Rachel de Queiroz, numa entrevista que concedeu pouco tempo antes de morrer, disse: “Eu não tenho fé porque Deus não me deu”. Felizmente, tive o privilégio de ter sido agraciado com o dom da fé desde pequeno. Digo “felizmente”, porque a fé nos deixa mais resistentes, menos vulneráveis, mais fortes, já que nos dá esperança de que existe Alguém além de nós, Alguém conosco. 
Fui batizado no dia 26 de julho, dia de São Joaquim e Sant’Ana, em 1980, pelo padre José Kalfhues na Matriz de Peabiru, que é mais linda igreja do Paraná. 
Apesar de católico romano, minha família é um rosário de muitos credos: meu avô materno era muçulmano, meu avó paterno era católico de rito ucraniano, tenho irmãos evangélicos e um tio, já falecido, que era pastor de uma igreja pentecostal. Como muitos latino-americanos, desde pequeno, cultivo uma forte ligação filial com Nossa Senhora. Nunca comecei nenhum projeto sem pedir-lhe proteção. Atuei por muitos anos como coordenador paroquial e decanal da Pastoral da Juventude, onde cresci muito como pessoa, como cidadão e fiz muitas amizades.
Em 2007, a convite de Dom Mauro, assumi a coordenação diocesana do Setor Juventude, ajudando a implementar esse serviço que abarca todas as pastorais e movimentos juvenis da diocese. Ao lado do Padre Ediberto, que era o assessor, criamos em 2008 a Jornada Diocesana da Juventude, para celebrar e discutir temas relacionados à juventude no âmbito eclesial.
 Nesse período, conseguimos aprovar o tema “juventude” como prioridade no 19º Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, documento que Dom Javier nos deu total autonomia para ajudar a elaborá-lo coletivamente. 
Como líder leigo do Setor Juventude, tive o privilégio de participar de dois eventos mundiais que impactaram minha vida: a Jornada Mundial da Juventude de Madri 2011, com o Papa Bento XVI, e a JMJ Rio 2013, já com o Papa Francisco. Em 2003, durante inauguração da Capela da Imaculada Conceição Aparecida, recebi minha investidura como ministro extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística, serviço que exerci com muita devoção e do qual me licenciei quando assumi cargo público eletivo. 
Sou grato a muitos religiosos, meus amigos, que foram importantes na minha trajetória: Pe. Gerônimo Zonca, que foi como um pai para mim, Pe. Ezio Lorenzo Bono, Pe. Wagner Zacarias Rufino, Pe. Ediberto Henrique de Mecena, Irmã Francismara – minha catequista –, Irmã Carmelita Piovezan, Irmã Glória, Irmã Dionísia, Irmão Gian Franco Giassi, Pe. Fiorenzo Longhi, Dom Mauro Aparecido dos Santos.
UM "GOLAÇO" QUE MARCOU NA SUA VIDA E COMEMOROU MUITO… Sem dúvida, os prêmios literários que recebi fora do Brasil: Ovar e Anadia, em Portugal; e Módena, Caserta, Parma, Roma e Lecce, na Itália. A sensação é indescritível.
UMA ESPERANÇA… Ver esse país tratando as crianças com seriedade, dando condições para que tenham um futuro melhor.
UM SONHO... Viajar pelo mundo e conhecer culturas diferentes.
SAUDADES… Saudade hoje é uma só: minha Mãe…
SER CONVIDADO PARA ESTA ENTREVISTA DE DOMINGO Uma surpresa e uma honra. Entrar no catálogo de entrevistados do Blog do Ilivaldo é um privilégio, com toda certeza.
RECADO. Leiam mais, assistam mais, riam mais, amem mais, cuidem-se mais, vivam mais!
QUE PERGUNTA 
GOSTARIA DE 
TER RESPONDIDO? Capitu traiu Bentinho? Essa pergunta o Arleto me fez tempos atrás. Continuo achando que sim. Traiu. Aqueles “olhos de ressaca” nunca me enganaram.


2 comentários:

  1. Parabéns, Fabio! Sua vida é exemplo para nossa juventude. Ter sido sua professora foi, de fato, um prazer. Ja ser sua colega de trabalho foi ainda melhor, por ver na sua prática docente o que eu tanto sonhara ao ensinar no curso de Letras.
    Obrigada por tudo o que tem feito pela educação!
    Parabéns também ao Ilivaldo por ter dado à sociedade a oportunidade de saber mais sobre você!

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  2. Que maravilha poder conhecer melhor a trajetória do professor Fábio Sexugi! Minha Admiração e respeito. Parabéns Ilivaldo Duarte em nós proporcionar tudo isso!

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