"Estamos vivendo um tempo de conversão e a liturgia é de reavivamento e não de ressurreição de Lázaro. A liturgia nos mostra que Deus é empático e próximo de nós, não é um Deus indiferente a nossa dor, mas é um Deus presente.
Vimos no Evangelho Jesus comovido, chorando por seu amigo. E isso nos mostra Jesus que é Deus, mas é humano.
Somos chamados a ver o sentimento do outro, ver e ter compaixão e cuidar dos outros. O tempo atual não é de solidão, mas de solidariedade.
Meus irmãos e irmãs, o tempo de Deus não é o nosso tempo, e as desgraça que devemos viver pode ser para mostrar a glória de Deus.
E a oração faz a diferença quando passamos por momento de dor e aquele que reza não se desespera, pois muitas vezes questionamos Jesus pelas coisas que acontecem em nossa vida.
No contexto de morte parece que Jesus chega atrasado, como aconteceu com a filha de Jairo e seu amigo Lázaro.
Talvez possamos estar desesperados como Marta, mas Jesus chega quando a condição humana não pode fazer mais nada, e somente Deus pode fazer.
O Evangelho nos mostra que tem coisas que devemos e precisamos fazer, mas muitas vezes não tiramos nenhum "paninho" e nem "rolamos a pedra" em nossa vida.
Na cena deste Evangelho, pergunto: quem é você? É quem está ouvindo Jesus, rezando, tirando o pano ou rolando a pedra? Tem pedras e panos que você tem que tirar para acontecer a graça de Deus.
Mas precisamos ouvir a voz de Deus, pois muitas vezes tem tantas vozes dentro de você que pode levar a situações como depressão e outras coisas.
Deus não é indiferente e ama todos nós, devemos confiar sempre."
Padre Ricardo Arica, parte de sua homilia do Evangelho de São João neste 28 de março na Paróquia Santo Antônio em Araruna.
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