O atacante Flávio Marques, o "Flavinho", irmão do lateral Tiguéra, foi para mim o melhor ponta esquerda que vi jogar nesses anos todos no Roberto Brzezinski, em Campo Mourão.
Ele estava lá há 40 anos, naquele dia histórico de 28 de abril de 1976, no estádio RB quando a Mourãoense conseguiu um heróico empate por 0x0 contra o campeão Coritiba pelo Campeonato Paranaense da Primeira Divisão.
Conversei na noite desta quarta-feira (27) com o atacante Flavinho e ele disse como foi aquela façanha."Lembro com emoção daquela tarde com o RB lotado, foi ponto facultativo na cidade, o prefeito era Renato Fernandes Silva. Nosso time era guerreiro, mas não tinha estrutura, o apoio era pequeno. Então quando a gente entrava em campo tinha baixa estima e já entrava perdendo. Mas naquele jogo demos o máximo da gente e o Coritiba, mesmo com um timaço sofreu e não ganhou da gente, pelo contrário, derrubou muita gente da ´Loteca´. Foi demais, tinha 19 anos e aquele jogo não sairá da minha memória e da minha história", conta Flavinho que, inclusive jogou a partida de ida em Curitiba, quando a Mourãoense tomou de 8x0 do Coritiba, em 22 de fevereiro.
"A gente ia jogar e entrava tremendo, éramos profissionais mas não se sentia assim, não se empunha como profissional. Faltava treinador, psicólogo, estrutura", relata o atacante da Mourãoense, na imagem abaixo ao lado de Lourival e Ganso.
Há 40 anos, em uma tarde do RB, a Mourãoense fez história e talvez, o seu grande momento nos poucos anos de existência no futebol profissional.
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