o bastante para
assumirmos a responsabilidade por ele”.
Hannah Arendt
Os 60 anos
do Colégio Estadual Campo Mourão foram enfatizados nos dois textos
anteriores. Basta qualquer referência ao Estadual e logo um sentimento
genuíno de orgulho e gratidão flui nas narrativas.
O Estadual
é constituído de um suceder de gerações protagonizadas por funcionários,
professores, estudantes e a comunidade educacional. É interessante exemplificar
histórias pessoais de quem estudou, se formou no magistério para retornar a
frequentar as mesmas salas do Colégio, na condição de professores. É o caso do
Celso Alves, filho do saudoso professor Abelegy (citado no primeiro texto). O
professor Celso é autor do Hino do Estadual, oficializado nos 50 anos do
Colégio. Outro detalhe importante, Celso é filho da professora aposentada
Maximina Brisola Alves, que lecionou lá. Maria Jurema e Odenir Colchon, atuais
professores, se formaram no Ginásio, orgulhosos da história que não é
só deles, é nossa.
A lista
extraordinariamente exemplar dos hoje cidadãos que concluíram os estudos no
Colégio e prosseguiram noutras formações, é extensa. E na relação do Luiz
Ferreira Lima, filho de pioneiros, apaixonado por eles, por toda a família como
a esposa Elvira (vereadora,
ex-estudante) pelo esportes e pelo Estadual, rememora:
“Marcelo Silveira, Fernando
Dlugosz, Laércio Daleffe, Tauillo Tezelli, Nelson Bizoto, Sebastião Mauro,
Ricardo Alípio Costa, Ricardo Graboski, Ney e Nilmar Piacentini, alguns dos
amigos que conquistei logo que comecei estudar no Colégio, lá em 1971, época em
que as turmas eram divididas por turno, meninos pela manhã e meninas à tarde –
as turmas eram mistas no noturno. (…)... lá conheci e convivi e os
saudosos eventos daqueles deliciosos anos, os melhores de minha vida escolar!
Daqueles que citei, três são engenheiros civis, Marcelo, Nilmar e Tião, dois
médicos, Fernando e Laércio, um advogado, Ricardo, o Ney é ator e presidente da
Cooperativa dos Atores de São Paulo. Bizoto, há anos, comanda o Sindicato
Patronal de nossa cidade e o Tauillo que foi o melhor prefeito da história de
nossa Campo Mourão. O Colégio ajudou na formação de grandes mourãoenses.
(…)...Mas esses são meus amigos, por
isso todo elogio fica sob ‘suspeição’. Então, cito outros com os quais convivi
e que admiro demais, mesmo à distância: Luzia Grasso, juíza de direito, Osvaldo
Mauro, ortopedista, Tuta Casali, empresário, Eucledson Salvador, que exerce
alto cargo no Banco Sofisa, Luiz Ben-Hur, dentista empresário, Marcos Antônio
Pacheco, dentista, Pedro Staniszewski, produtor rural, Jair Grasso, professor.
(…)... Numa festa junina de 1976, o penúltimo ano que lá estudei, comecei
namorar a ‘minha’ Elvira e nunca mais parei. Claro que essa foi minha maior
conquista no agora sexagenário Colégio Estadual”.
Fases de Fazer Frases
Maior valor
da vida: é não ter preço.
Olhos, Vistos do Cotidiano
Comércio abriu
no sábado. Para não fechar as portas.
Reminiscências em Preto e Branco (I) – Estadual
Dois dos meus irmãos recordam
carinhosamente quando lá estudaram. Rosira Brisola Maciel: Lembro bem do
Prof. Martello (…) … que nos dava bronca por comer melancia debaixo das
árvores, que ia fazer mal (…). ...Às vezes fazíamos aos sábados 'festinha', um
levava radiola, discos para danças 'Tuwist' eu e o Sebastião Nery dávamos show,
tudo de modo sadio. (…). Fui eu que fiz
o bolo para o aniversário do Martello, O Colégio arrecadou os ingredientes.
Cortei os dedos de tanto descascar coco para enfeitar o bolo”. (risos). Elio
B. Maciel, hoje morando em Florianópolis, acentua, “o grande conhecimento dos
mestres, exigentes, foram exemplos para mim”.
Reminiscências em Preto e Branco (II) - Estadual
Para o advogado, poeta e ex-prefeito de Farol Gilmar Cardoso
“O Estadual de Campo Mourão sempre será
uma das minhas maiores referências e um período de aprendizado, lições e
saudades. Cursei o então segundo grau quando Farol era distrito (…). ...Criamos laços de amizades que duram até hoje”.
Reminiscências em Preto e Branco (III) –
Estadual
Foi hoteleiro e
deputado, se formou na primeira turma, 1955. Darcy Deitos dissera, “lá
começaram grandes amizades que mantenho hoje”. Também falecido, um dos amigos
dele à época , Rubens Sartori, além de promotor, foi professor e diretor da
Fecilcam, “O Colégio fui essencial na minha vida”, ressaltou. “Grande orador”,
resume outro colega dele, ex-aluno Eraldo M. Barzotto.
José Eugênio Maciel é mourãoense e escreve aos domingos no jornal Tribuna do Interior.
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