8 de fev. de 2013

NA NBB, FLAMENGO perde invencibilidade de dois meses


Confuso, com direito a uma paralisação de mais de 30 minutos em razão de um apagão em toda cidade de Barquisimeto, na Venezuela, sede do Grupo B da Liga das Américas, o Flamengo voltou a perder uma partida após dois meses. E, justamente para o arquirrival Brasília, responsável pelo último revés do time carioca, no dia 6 de dezembro de 2012, pela Liga Sul-Americana. Na ocasião, a equipe carioca foi derrotada por 85 a 74 e viu o título da competição escapar no saldo de cestas. A derrota desta sexta-feira por 91 a 79 (48 a 42) ainda não elimina o líder do NBB, mas deixa o Rubro-Negro em alerta e o time do Distrito Federal bem na fita para se classificar em primeiro lugar do grupo.
Após o clássico nacional, os brasileiros voltam à quadra no sábado. Enquanto o Flamengo enfrenta o Fuerza Regia, do México, às 17h, na preliminar, o time de Brasília, campeão da temporada 2008/2009, encara os donos da casa do Estrellas Occidentales, às 19h25min.
O JOGO
A mudança de ares parece ter feito muito mal ao time do Flamengo. Com Gegê no lugar de Kojo, o líder do NBB esteve irreconhecível no primeiro quarto. Com uma marcação frouxa e cometendo sucessivos erros ofensivos, o time carioca praticamente assistiu o Brasília jogar. Liderado por Guilherme Giovannoni, os atuais tricampões nacionais abriram 12 a 0 e chegaram a estar vencendo por 24 a 9. Mas José Neto parou o jogo e colocou Kojo em quadra. O time rubro-negro cresceu, dimunuiu o prejuízo e terminou o período perdendo por 26 a 18.
Brasília manteve o jogo controlado até a metade do segundo período. Mas já com Duda em quadra, a partida pegou fogo. A diferença, que chegou a subir para 12 pontos, despencou para apenas três (39 a 36) a menos de dois minutos do intervalo, e o Flamengo ainda teve chances até para empatar. Mas como quem não faz leva, Brasília fez 9 a 6 e foi para o intervalo com uma vantagem de seis pontos (48 a 42).
Assim como no primeiro quarto, Brasília começou mais ligado o segundo tempo. Enquanto o Flamengo, que voltou com Duda e Kojo nos lugares de Benite e Gegê, respectivamente, desperdiçava um ataque atrás do outro, o time do Distrito Federal, que voltou com seu quinteto base, encontrava muita facilidade para atacar. Em pouco menos de cinco minutos, fez 14 a 4 e ampliou a difrerença para 62 a 46.
Com Benite de volta, o Flamengo acordou na partida e diminuiu o prejuízo para dez pontos. Mas a reação parou por aí. Embora as bolas de três pontos de Brasília tenham parado de cair, a equipe do técnico José Neto errava demais e não conseguia encostar no marcador. Para piorar, Nezinho acertou um dos poucos arremessos de longa distância com o crônometro quase zerado e a diferença voltou a subir para 14 pontos (70 a 56).
Se o jogo estava quente, esfriou completamente com a paralisação de mais de 30 minutos por falta de luz na cidade de Barquisimeto, que deixou o placar do ginásio apagado. Mesmo sem luz, a bola voltou a subir. Recuperado de um fratura no dedo da mão esquerda, Shilton foi para o jogo como já era previsto. Mas nem a presença do pivô foi capaz de incendiar o time do Flamengo. O apagão na Venezuela eliminou de vez o brilho da equipe rubro-negra. Completamente dominado no período, o time carioca em nenhum momento lembrou a equipe que tem encantado sua torcida em território nacional e não para de quebrar recordes no NBB. Globo Esporte.

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