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28 de jun. de 2012
COLUNA DE ESTER PIACENTINI: Fogueira de vaidades
É impressionante observar a competição para assumir responsabilidade de boas obras. Quando o trabalho está sendo bem elaborado, tem fisionomia perfeita aos olhos de quem aprecia, não faltam candidatos para assinar. É aquela história que conhecemos bem,... Ah! Viu o que seu filho aprontou!... . Isto quando há algum problema, mas quando é êxito... Ah! É meu filho!... . Assim acontece em todos os níveis, e escalas maiores ou menores, nas sociedades enquanto, política, igreja, clubes, família etc... Etc... .
O anonimato pertence aos feitores, aqueles que trabalham com a alma, com amor, com garra. Desde que o mundo é mundo. Não generalizando fatos e situações, mas é impressionante e desanimador, quando se dá conta de quantos trabalhos e projetos são mortos pelos assinantes de obras.
Todo início é árduo, o custo é alto, exige um desgaste emocional que não tem preço. Quando a obra aparece, a vaidade daqueles que não participa, aflora, então começam as picuinhas, querem a marca registrada, querem assumir a feitura. Para tal não importa quem esteve à frente, quem organizou quem deu suor, sorriso, lágrimas.
Em nome de uma organização, seja ela política, eclesiástica, sigla de clubes, ou mesmo nome de família, não importa, as críticas começam a esvair-se de lábios, que até então nada fizeram, ou dispuseram a fazer por tal projeto ou ação desenvolvida.
É fácil, palavras saem fácil da boca daqueles que querem mostrar o poder. Tenho um amigo, um parceiro fiel, que está atravessando, sua primeira experiência neste sentido, ele está desolado, revoltado, deprimido, como tem trabalhado este rapaz e sua esposa, esta família é uma benção no trabalho que desenvolvem, e agora apareceram os feitores para assinar a obra quase pronta, e o despreza para eles a presença dele é dispensável, não há mais necessidade de seu trabalho.
O que tenho a dizer-lhe, é meu amigo!, Outros campos estão sedentos de pessoas que queiram dar o seu anonimato por uma boa causa, resgatando cidadãos, a semente plantada germina, mesmo que escasseie os nutrientes, se ela for de boa qualidade, amor não faltou, portanto siga em frente não desanime!.
Se a sociedade em si se conscientizar, ignorar os assinantes de obra, e fizer o trabalho, de resgate de cidadão, sem olhar o bonde que vem atrás de sucesso, pode ter certeza que o mundo realmente será melhor.
Em Jeremias 10: 14 15,16... ”Todo homem se embruteceu, e não tem ciência; envergonha-se todo fundidor da sua imagem de escultura, porque sua imagem fundida é mentira... vaidade são obras de engano... Não é semelhante a estes a porção de Jacó; porque ele é o criador...” . Pense nisso!!! –
Ester de Abreu Piacentini. Corretora de Seguros, Contadora, Membro da Academia Mourãoense de Letras – Cadeira 29.
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