29 de mai. de 2012

COLUNA DO PROFESSOR MACIEL: A sensação exagerada do sensacionalismo


“Todos sabem, a galinha quando acaba de botar ovo ela canta muito. Confesso não saber se a alegria que a leva cantar é pelo ovo em si, ou por estar aliviada dado ao esforço hercúleo que teve que fazer”. Estive Nólocal (b.d.C)
O sensacionalismo dos meios de comunicação está tão arraigado que parece ser corriqueiro, manchetes caracterizam tal prática. Jornalistas alegam que grande parte do público aprecia – e só conseguem compreender – quando o conteúdo dos fatos é noticiado como um espetáculo, mesmo que grosseiro. O sensacionalismo nem sempre está explicitamente nas manchetes, ocorre a conta gotas, a cada momento quando a notícia é dada.
As redes televisivas estão proporcionando ampla divulgação quanto ao acidente e o quadro médico do cantor Pedro Leonardo, 24 anos, filho do também cantor sertanejo Leonardo, jornais das emissoras das nacionais entram ao vivo em todos os noticiários. É fácil constatar que a importância está ligada ao fato de ser o rapaz filho de Leonardo. Mesmo filho de uma pessoa famosa, o exagero é grande, dado ao tempo em minutos consumido para a divulgação. É estúpido tamanho estardalhaço.
Não se trata de não divulgar o fato, mas o sensacionalismo contribui para a alienação, escamoteando realidades que precisaríamos não só de saber, e sim com a importância devida, haja vista o desconhecimento mínimo que muitos brasileiros têm sobre os seus próprios direitos, embora eles saibam das fofocas do chamado mundo das celebridades, aliás, tantas vezes sem cerebridades.
Encerrar o assunto é não ter que se estender a tamanha mediocridade em torno de uma figura que até agora em nada contribuiu para a música do Brasil, quanto mais para a cultura, é apenas o filho de alguém famoso, ambos vazios em si mesmos.
Fases de Fazer Frases (I)
O molde molda a moda módica, modelo moderado.
Fases de Fazer Frases (II)
Sentir-se inteiramente à vontade é não se sujeitar a vontade por inteiro?
Fases de Fazer Frases (III)
A inveja quando não pode ser copiada ou apropriada gera a vingança.
Fases de Fazer Frases (IV)
Dê certo, decerto o acerto certeiro.
Fases de Fazer Frases (V)
Uma dita palavra dita sentidos e significados, a significar o que se sente ante a palavra.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
É simplesmente imperdível o blogue do Juma. Na referida página virtual João Marcos Durski demonstra o incontido amor e orgulho de ser mourãoense, também em relação ao passado, haja vista as fotos de várias gerações, trazendo à tona pessoas de saudosa memória, bem como os tempos de juventude de muita gente que está por aqui, com cabelos brancos ou já sem tê-los de há muito. O velho ditado bem se aplica, “recordar é viver”, nossa história com sabor da saudade, presente em nossos dias.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Pois é, o gato que teria supostamente morrido, levou a FECILCAM a instaurar uma sindicância, quando o felino apareceu, belo e saltitante. Na Coluna passada foi escrito aqui que era falta do que fazer. Mas é curioso, caso o gato tivesse sido morto e a sindicância fosse conclusiva neste sentido, que poder teria o diretor de punir o homicida? Mandaria prendê-lo? É mesmo falta do que fazer, ou melhor, vontade para fazer o que seja vital para uma instituição de ensino superior.
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
Na solenidade realizada pelo CENSE – Centro de Socioeducação de Campo Mourão, o pastor Élio Marques fez uma bela fala endereçada aos jovens internos da mencionada Unidade, e por diversas vezes, referindo-se aos desencontros da vida e a crença em superá-las, o pastor argumentou sobre as “pedras pelo caminho que precisam ser removidas para que surja e prevaleça a pessoa de bem”. Diante das várias citações a pedras, o enfermeiro do CENSE Claudio Rodrigues Cardoso de Melo interveio de modo irônico, oportuno e correto, ao exclamar: “não é pra vocês meninada fumarem estas pedras, viu?”
Olhos, Vistos do Cotidiano (IV)
“Tite mantém o mesmo time de São Januário na volta da Libertadores” foi a manchete do jornal Folha de São Paulo, na internet, dia 22 último (09:42). O pleonasmo é erro: manter, significa o que já é como tal, a mesma coisa, algo, enfim uma situação já existente e que continuará sendo.
Reminiscências em Preto e Branco
Eliane do Carmo Pereira Machado, conceituada professora de Matemática mourãoense, relembrava o fato das pessoas simples e em geral moradoras rurais, que, desejando saber como uma pessoa iria viajar, perguntavam se ela ia “de carro baixo” ou não. Elas se referiam aos veículos de passeio, já que “carro alto” eram caminhões, tratores. E, por falar nisso, não é difícil pessoas do campo (e não só de Campo Mourão) perguntarem os horários de ônibus do seguinte modo: “que hora que tem carro pra Altamira do Paraná?” Carro é ônibus.

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