Numa semana em que o setor do agronegócio ocupou as manchetes, ora como “vilão” para os ambientalistas extremados, ora como o “herói” para a economia brasileira, vale refletir sobre a importância do setor para nossas cidades, estado, país e para o mundo.
O ministério da economia anunciou que PIB ficou estagnado no terceiro trimestre do ano e que a roda da economia só não andou pra trás porque o setor agropecuário cresceu 3,2%, compensando a queda da indústria (-0,9%) e dos serviços (-0,3%). O ministro Mantega alterou as previsões da economia pela terceira vez no ano. No início do ano previram um PIB de 4,5%, em junho, 4%, em novembro, 3,8%. Como vai fechar 2011, só Deus sabe...
Enquanto isso no Senado, os ditos “ambientalistas” patrocinados por ONGS internacionais, discursavam contra a regulamentação do uso da terra brasileira no campo, que deixa quase 90% do agronegócio na marginalidade. O novo Código Florestal aprovado pelo senado volta agora a Câmara e depois vai para aprovação a presidência. Aqui no Paraná os agricultores já fizeram a lição de casa. É bonito ver as nossas terras cultivadas com competência, as margens dos rios protegidas, as reservas legais demarcadas, as embalagens recolhidas, abençoados com a tão esperada chuva...
O também tão esperado Código Florestal pode sofrer ainda algumas modificações, mas não pode impedir do Brasil continuar sendo o maior produtor de alimentos do mundo. Enquanto o nosso comércio é inundado de produtos ”made in China, Coréia etc.”, nossas indústrias seguem o exemplo dos outros países e buscam países com menos impostos, mão de obra mais barata, menos burocracia para abrirem suas fábricas (como o Peru, o Paraguai), a velha e boa agricultura continua produzindo seus grãos MADE IN BRAZIL, que vão alimentar AS PESSOAS, as aves, os bois também MADE IN BRAZIL. E pagando muitos impostos em cascata pelos seus produtos in natura ou industrializados .
”O Brasil, essa potência, que por produzir alimentos vai comandar o mundo” reconheceu o ministro da Agricultura Mendes de Oliveira, no Encontro Estadual de Cooperativismo em Curitiba, dia 4 passado. Valorizando a força do nosso Estado disse que “Construir uma agricultura forte que para ser forte tem que partir do Paraná”. Conclamou a união de todos: “O diálogo na política é o ponto de partida. Chega de confrontos. Nem no futebol não existe mais ponta esquerda e direita, quanto mais na política. Temos que pensar em somar. Juntos vamos construir um Brasil melhor!! Eu acredito no cooperativismo porque acredito na arte de somar.”
O governador Beto Richa presente no encontro, reconheceu a contribuição do setor cooperativista nos seus vários ramos de atividades como agropecuária, crédito, saúde, transporte entre outros, no desenvolvimento do Paraná. Ressaltou a contribuição das cooperativas no salto de produtividade graças à inovação tecnológica no setor agropecuário especialmente nas últimas décadas. Avaliou o efeito multiplicador das cooperativas em cadeias produtivas que se multiplicam pelo estado, pelas cidades, gerando renda, empregos, produção, impostos uma vez que o dinheiro recebido é reinvestido nas cidades.
Por isso bem vinda a campanha da OCEPAR conscientizando-nos da importância da nossa decisão: “ESCOLHA O QUE É NOSSO!!!”
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso PUC- majocalderari@yahoo.com.br
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