20 de mai. de 2011

COLUNA DA PROFª MARIA JOANA: O caminho do SOL- SOLidariedade!!!



Neste ano muitos acontecimentos abalam nossa “segurança”, e nos faz pensar em como demoramos para aprender com os erros da humanidade e com os sinais que a vida, a natureza nos dá.Um mundo mais seguro só pode ser um mundo que respeita mais a natureza e encoraja a sobriedade ao invés da satisfação de exigências materiais sem limites.
As catástrofes naturais como as “chuvas de março-abril-maio”que
continuam destruindo nos ajudam a refletir sobre soberba do ser humano que pretende dominar a natureza, sobre a técnica que devasta a vida, sobre a nossa pretensiosa confiança ilimitada na técnica e no progresso. A nova ameaça nuclear de Fukushima contamina globalmente, tornando toda humanidade ainda mais frágil e deverá levará a mudança de convi cções, hábitos de vida, revisar o modelo de produção, consumo de energia, rever o padrão de produtividade e seus ideais.
Os atuais padrões de produção e consumo de energia estão apoiados nas fontes fósseis (petróleo, gás natural e carvão mineral), o que gera emissões de poluentes locais, gases de efeito estufa e põem em risco o suprimento a longo prazo do planeta, por serem finitas. Este acidente nuclear reacende as discussões sobre energia nuclear ”limpa”, acaba com a ilusão de acreditar na sua segurança. É preciso mudar esses padrões, incentivar a economia de energia e estimular o uso das energias renováveis (solar, eólica, hídrica e biomass a).
O ecologista italiano Enrico Turrini, cientista, engenheiro, especialista em energia nuclear, construtor de usinas nucleares se convenceu de que a ciência e a técnica estão diante da impossibilidade de garantir segurança plena às fontes geradoras de energia nuclear. Tornou-se então diretor da área científica do Mercado Comum Europeu, responsável pelo licenciamento de todo e qualquer invento dentro dos países da União Européia. Sua convicção científica tornou- o radical inimigo da energia nuclear e converteu-o de corpo e alma à mãe natureza depois de conscientizado de que contra acidentes atômicos não há defesa alguma possível.
Defende as chamadas energias suaves que sintetizou no chamado “Caminho do Sol” em oposição total às energias duras, destruidoras do planeta. As energias suaves são as que atapetam a estrada do sol. O sol é visto uma verdadeira fonte de espiritualidade cósmica: Deus Pai Criador, colocou o astro-rei, grande foco de explosões nucleares a uma distância de milhões de quilômetros da Casa Humana, o planeta Terra. Dessa imensa lonjura, todas as energias (eólica, marítima, hídrica, bioenergia, etc.) que dele brotam chegam à Terra de manei ra totalmente suave.
O sol convida à solidariedade, à partilha, à condivisão, ao altruísmo. É sobre este caminho sugerido pelo sol que o homem pode desenvolver uma nova cultura que permita encarar de forma responsável e respeitosa de toda a criação, o problema energético para a sociedade humana. Não é por mero acaso que a palavra solidariedade começa com SOL. É no sol que tudo começa em termos de fertilidade da terra, de energia, de fotossíntese, de vida. Bem-vindo ao mundo do SOLidariedade!!!
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC- majocalderari@yahoo.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário